A carreira de gravação do pianista Denny Zeitlin iniciou com
sua contribuição no álbum do flautista Jeremy Steig, em 1963, “Flute Fever
(Columbia Records) ”. Então, Zeitlin realizou a sua própria, criando sobre mais
de cinco décadas valorosos lançamentos pela Columbia
Records, Decca/ECM, Windham Hill, MaxJazz (e mais) antes de passar para uma sobremarcha, quando ele
se conectou à Sunnyside Records, em
2009, no “In Concert with Buster Williams and Matt Wilson”. Desde a estreia em
2009 pelo selo, o relacionamento com a Sunnyside
resultou em treze lançamentos compreendendo os mais finos trabalhos da sua
jornada no jazz, com tributos a Wayne Shorter e Miles Davis ao lado de uma
fileira de projetos de trios de piano e solo, apresentando uma abordagem
corrente de aventura consistentemente audaciosa, que lhe dá a distinção de ter
alcançado o mais alto talento artístico no mundo do piano no jazz.
Porém, como um pianista de jazz, Zeitlin tem um ás em sua
manga — música eletrônica. Ele se interessou pela forma nos anos 1960, e o
explorou intensamente na, então, relativamente experiência rudimentar do tempo.
Então, em 1977, ele recebeu uma chamada do cineasta Phillip Kaufman sobre
compor em jazz acústico uma orquestração para uma reedição de um filme de
ficção científica de 1958, The Invasion
of the Body Snatchers. Ele aproveitou a oportunidade, não sabendo que as
coisas mudariam, que os poderes seduziriam um par de corações, passando do
plano acústico original para algo proposto em orquestração do jazz sinfônico do
século XX com grande quantidade de eletrônica. Porém, Zeitlin transformou seu
par de ases em suas mãos e falou sobre a mudança de planos: "Eu o farei".
O filme foi um imenso sucesso, um perfeito trabalho
artístico de ficção científica, a partir de um roteiro para atuar na
orquestração eletro-sinfônica.
Assim, que participação teve a música eletrônica nos
trabalhos subsequentes de Zeitlin? Não muito, até 2013, quando ele lançou “Both/And:
Solo Electro-Acoustic Adventures” pela Sunnyside
Records. Desde então ele tem também oferecido um par de excelentes álbuns de
improvisação em duo eletro-acústico com o baterista George Marsh, prelúdios para
o disco à mão, em conjunto com Marsh, para “Telepathy: Duo Electro-Acoustic
Improvisation”.
O som de Zeitlin-Marsh emparelha a evolução. O primeiro
disco deles pela Sunnyside, “Riding The Moment”, de 2015, é uma viagem
maravilhosa no mundo improvisador de duo, mas começando em alto nível, que a
progressão deles resulta em pequenos incrementos. Estas são vias da criação
deles em um painel sonoro do momento. Conforme a tecnologia se expande —a perspicácia
telepática de Zeitlin e Marsh expande-se com ela—as cores sutis e matizes
assumem novas complexidades. Zeitlin encontrou novas vozes. Sons de guitarra
sintetizada estão mais presentes que anteriormente. Um coro eletrônico emerge. As
atividades da percussão orquestral de Marsh toma vida em seu próprio modo e
ele, Marsh, parece mais proeminente aqui, mais que um parceiro igual na
capacidade artística.
Como a inovação de uma abordagem eletrônica veio a ser mais
proeminente no jazz, são os veteranos, Denny Zeitlin e George Marsh—com cento e
vinte anos de experiência musical profissional entre eles—que estão fazendo a
música mais interessante no campo, impulsionando as coisas que promovem um
avanço com “Telepathy: Duo Electro-Acoustic Improvisations”.
Faixas: Highlands;
Quicksilver; Hatching; Black Hole; Moon flower; Boiling Point; On The Move;
Disagree To Agree; If Only; Hadron Collider; The Ascent; Odyssey; Maze;
Fillmore Dreams.
Músicos: Denny Zeitlin: piano, hardware & virtual
sintetizadores, teclados; George Marsh: bateria, percussão.
Fonte: DAN
MCCLENAGHAN (AllAboutJazz)
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