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quinta-feira, 7 de setembro de 2023

PAT BIANCHI - SOMETHING TO SAY: THE MUSIC OF STEVIE WONDER (Savant Records)

Quando considerando os artistas pop, cuja música deve prontamente emprestar a si um ambiente de jazz, o nome de Stevie Wonder não é algo que surge prontamente à mente. O organista Pat Bianchi, entretanto, sentiu que Wonder tinha Something to Say (NT: algo a dizer) no contexto do jazz, assim ele estabeleceu a prospecção da arte de Wonder, reimaginando-a em termos de trio de órgão, acentuando o singular talento do compositor para a melodia e harmonia e recolocando as letras com solos do órgão, guitarra e (em dois momentos) saxofone tenor.

Para apreciar completamente o escopo da visão de Bianchi, alguém, claro, deveria ser um fã da música de Wonder. Por outro lado, o que emerge é uma sequência de bem elaborados, mas, de outra maneira, canções comuns interpretadas por um trio impressionante trio: Bianchi, o guitarrista Paul Bollenback e o baterista Byron Landham—com o saxofonista tenor Wayne Escoffery compondo um quarteto em "Superstition" e "Something to Say. Considerado nestes termos, “Something to Say” tem uma grande coisa a dizer, muito do admirável e bem merecedor desfrute.

Wonder compôs cada canção apresentada no álbum — em ritmo acelerado,"Just Callin', de Bianchi, que é uma variante de "I Just Called to Say I Love You". Bianchi teve o cuidado de que as melodias de Wonder permanecessem basicamente como foram compostas, o que é verdade, assim como os andamentos também, adicionando improvisação como o componente do jazz. Assim fãs do autor não necessitam "surpreender-se", que desce quando o trio estabelece o curso em tais alimentos básicos como "Go Home", "Moon Blue", "If It's Magic" ou qualquer dos outros, incluindo talvez a mais reconhecível canção de (neste álbum), "Isn't She Lovely". Bianchi exibe talentos para respeitar cada uma delas, como faz Bollenback, enquanto Landham providencia suporte rítmico, agudo e perceptivo, e pesa em um solo aquecido em "Just Callin'. Os solos de Escoffery providencia efetivo contraponto sem desviar da premissa do hard-bop, embora Bianchi, cuja voz é mais frequentemente ouvida, é sempre eloquente e controlador.

Há duas formas de avaliar o álbum: como um tributo aos talentos notáveis de Stevie Wonder, ou como uma série de canções vistosas habilmente interpretadas por um trio de órgão de primeira classe. De qualquer modo, o ouvinte vence.

Faixas: Go Home; Until You Come Back to Me; Superstition; Moon Blue; Isn’t She Lovely; If It’s Magic; Something to Say; Just Callin’; Ribbon in the Sky.

Músicos: Pat Bianchi: órgão Hammond B3; Paul Bollenback: guitarra; Byron Landham: bateria; Wayne Escoffery: saxofone tenor.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=GyIpAOxfawI

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

 

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