Quando considerando os artistas pop, cuja música deve
prontamente emprestar a si um ambiente de jazz, o nome de Stevie Wonder não é
algo que surge prontamente à mente. O organista Pat Bianchi, entretanto, sentiu
que Wonder tinha Something to Say
(NT: algo a dizer) no contexto do jazz, assim ele estabeleceu a prospecção da
arte de Wonder, reimaginando-a em termos de trio de órgão, acentuando o
singular talento do compositor para a melodia e harmonia e recolocando as
letras com solos do órgão, guitarra e (em dois momentos) saxofone tenor.
Para apreciar completamente o escopo da visão de Bianchi, alguém,
claro, deveria ser um fã da música de Wonder. Por outro lado, o que emerge é
uma sequência de bem elaborados, mas, de outra maneira, canções comuns
interpretadas por um trio impressionante trio: Bianchi, o guitarrista Paul
Bollenback e o baterista Byron Landham—com o saxofonista tenor Wayne Escoffery compondo
um quarteto em "Superstition" e "Something to Say. Considerado
nestes termos, “Something to Say” tem uma grande coisa a dizer, muito do
admirável e bem merecedor desfrute.
Wonder compôs cada canção apresentada no álbum — em ritmo
acelerado,"Just Callin', de Bianchi, que é uma variante de "I Just
Called to Say I Love You". Bianchi teve o cuidado de que as melodias de Wonder
permanecessem basicamente como foram compostas, o que é verdade, assim como os
andamentos também, adicionando improvisação como o componente do jazz. Assim
fãs do autor não necessitam "surpreender-se", que desce quando o trio
estabelece o curso em tais alimentos básicos como "Go Home",
"Moon Blue", "If It's Magic" ou qualquer dos outros, incluindo
talvez a mais reconhecível canção de (neste álbum), "Isn't She
Lovely". Bianchi exibe talentos para respeitar cada uma delas, como faz Bollenback,
enquanto Landham providencia suporte rítmico, agudo e perceptivo, e pesa em um
solo aquecido em "Just Callin'. Os solos de Escoffery providencia efetivo
contraponto sem desviar da premissa do hard-bop,
embora Bianchi, cuja voz é mais frequentemente ouvida, é sempre eloquente e
controlador.
Há duas formas de avaliar o álbum: como um tributo aos
talentos notáveis de Stevie Wonder, ou como uma série de canções vistosas
habilmente interpretadas por um trio de órgão de primeira classe. De qualquer modo, o ouvinte vence.
Faixas: Go
Home; Until You Come Back to Me; Superstition; Moon Blue; Isn’t She Lovely; If
It’s Magic; Something to Say; Just Callin’; Ribbon in the Sky.
Músicos: Pat
Bianchi: órgão Hammond B3; Paul Bollenback: guitarra; Byron Landham: bateria;
Wayne Escoffery: saxofone tenor.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=GyIpAOxfawI
Fonte: Jack
Bowers (AllAboutJazz)
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