A estreia da gravação de Kate Baker com seu falecido marido,
Vic Juris, foi o canto do cisne. Porém, isto não foi o começo, nem o fim da
estória. No início de 2019, os colaboradores casados — que atuaram juntos por
duas décadas — gravaram “Return to Shore”. E um cativante trabalho em duo, o álbum
expôs a voz fluida e radiante de Baker e a suave maestria da guitarra de Juris
em um trabalho intimista e sem adorno. Tragicamente, logo depois destas
sessões, Juris soube que tinha câncer neuroendócrino. No feriado de Ano Novo, a
doença tomou sua vida aos 66 anos.
“Upon Return” o
lançamento de Shore em 07 de Outubro de 2022, teve aplausos extraordinários. A Downbeat
deu ao álbum a classificação de 4 ½ estrelas. O Arts Fuse o
considerou um dos melhores álbuns de jazz de 2022. Making a Scene chamou-o
de “uma das gravações mais intimistas e ternas em recente memória”.
A história de fundo levou os críticos de jazz a identificar
o poder emocional na escolha do material para o álbum: o standard de Lerner
e Loewe, “I’ve Grown Accustomed to His Face”, standard de Joni Mitchell,
“Black Crow” e “Both Sides Now” e — talvez mais comoventemente — “God Only
Knows” dos Beach Boys.
Mas se o talentoso Juris ainda estivesse conosco — e por
todos os direitos, ele deve estar — “Return to Shore” ainda pertenceria à sua
prateleira. Porque o álbum tem sucesso por um mérito mais simples: alguns
mestres musicais conseguiriam.
Enquanto, “Return to Shore” marca a estreia de Baker em
gravação e de forma alguma marca a inauguração de seu legado musical. Ela tem
sido um esteio no circuito de performance desde que ela começou cantando rock aos
20 anos, passando para o repertório estadunidense, fornecido em configurações
de solo e duo.
A linha condutora é a voz inimitável de Baker, que ressoa
com seu amor por diversas inspirações musicais, se jazz, música brasileira, latina
ou blues. Se em inglês ou em português , um standard de Cole Porter ou uma
composição de Antônio Carlos Jobim, Baker , sem esforço, se mostra em casa.
Por duas décadas, ela frequentemente atuou com Juris, mas
isto, também, não é o mais importante aqui. Ao longo dos anos e décadas, a lista
de luminares do nativo de Nova Jersey atuou
com uma seção transversal da paisagem
global do jazz.
Pelo caminho, Baker tem atuado em espaços e festivais nos
Estados Unidos e no exterior, e forjado um legado paralelo com uma educadora vocal
— às vezes apelidada “a sussurradora de voz”.
A ladainha de depoimentos sinceros diz tudo.
“Kate Baker é uma feiticeira na determinação do que é
necessário para trazer sua voz para um alto nível, ilumina La Tanya Hall, uma cantora
de jazz e participante do coro para Seal e Steely Dan. “Sua técnica não é suave
ainda que altamente efetiva. Eu a recomendei a muitos estudantes avaliarem sua
competência”.
“Pergunte a qualquer profissional vocal em Nova York para
onde eles vão quando estão em apuros e mãos para baixo, a primeira pessoa que
eles citam é Kate Baker”, diz a nominada ao GRAMMY, Nicole Zuraitis.
Uma produtora vocal em Nova York e Los Angeles, Baker também
ensina privativamente e está na faculdade New School University of Jazz e
Contemporary Music. Ela tem conduzido master classes em grandes
instituições nos Estados Unidos e na Europa e coliderando muitas master
classes com legendas como Sheila Jordan e Mark Murphy.
Ela eleva-se como uma educadora assim como seus colegas e
estudantes são rápidos em notar.
“Kate Baker é minha primeira opção para um workshop ou
aula” declarou a legenda do jazz de 94 anos, Sheila Jordan, cuja carreira data
da sua amizade com Charlie Parker e além.
Correntemente, Baker está trabalhando com uma nova banda que
é mais baseada na música tradicional estadunidense, com a violinista Sara
Caswell, a tecladista Rachel Z, o guitarrista Paul Bollenback, o baixista Jay
Anderson e o bateristaTim Horner.
Baker está excursionando para celebrar o lançamento do “Return
to Shore” em um formato de duo com Bolenback, tão bem quanto o conjunto de
estilo estadunidense acima.
Independentemente, a próxima oferta de Baker vai acabar
sendo a marca de um dos artistas mais profundamente consciente e emocionalmente
na cena contemporânea, alguém que provavelmente apenas começou.
Faixas
1 God Only Knows (Wilson, Asher) 5:44
2 Return To Shore (Baker, Miller, Juris) 5:26
3 I've Grown Accustomed To His Face (Lerner / Loewe) 4:55
4 Black Crow (Mitchell) 4:10
5 The Moon Is A Harsh Mistress (Webb) 5:03
6 Moonscape (Baker, Juris) 5:35
7 Madalena (Ivan Lins, Ronaldo Monteiro de Souza) 4:56
8 Both Sides Now (Mitchell) 5:36
9 Blackberry Winter (Wilder, McGlohon) 6:45
10 Are You Kind (Baker, Miller) 6:20 [Backing Vocals:
Arta Jēkabsone]
Nota: Este álbum foi considerado,
pela DownBeat, um dos melhores lançados em 2022 com a classificação de 4 ½
estrelas.
Fonte: katebakerandvicjuris.com
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