O estado corrente da música gravada está em fluxo de formas
como nunca houve antes. Audiências jovens tem sabores variáveis e é como pegar
e escolher faixas em plataformas de streaming.
Assim a ideia de um álbum tendo completitude e uma singular existência é uma
ideia totalmente estranha para muitos ouvintes abaixo de 30 anos. Entretanto, o
álbum conceitual foi integral para os ouvintes do jazz na estreia da gravação
em LP. Imagine o léxico do jazz sem “Kind of Blue (Columbia, 1959)” de Miles
Davis, “A Love Supreme (Impulse!, 1965)” de John Coltrane ou “Far East Suite
(RCA Victor, 1967)” de Duke Ellington e você terá uma ideia.
Em torno de 50 anos, ele dispendeu seu tempo como músico
profissional, o organista de jazz, Tony Monaco, permanece um dos segredos mais
bem mantidos do mundo jazzístico. Parte de uma pujante e vital cena do jazz em Columbus,
Ohio, Monaco seria, provavelmente, melhor conhecido se ele tivesse feito de
Nova York seu lar. Porém, por muitas razões, ele permanece nas redondezas do
seu ambiente e trouxe sua música para o mundo via seus talentos evoluídos no
uso da tecnologia. É impressionante quando você alcança o que Tony capturou nesta
música dinâmica em seu estúdio caseiro.
Para seu décimo-segundo álbum como líder, alguém deve dizer
que ele retornou às raízes e, de muitas maneiras, é verdade. Este é um álbum
verdadeiro no senso que inclui três inéditas de Monaco e um punhado de valiosos
standards programados sagazmente para
uma boa audição. No formato e na inclusão da música "Brothers-4", há,
também, uma homenagem ao ícone do organista de jazz da Columbus, Don Patterson.
Monaco carrega na chama da sua geração e, esperançosamente, do futuro.
A composição de Monaco, "Four Brothers", é ouvida
em duas versões e é um clássico arrasta pé vindo à vida com a bateria de Willie
Barthel III. "Brothers-4" de Patterson é aparentada da peça de Monaco,
que é icônica in natura. O balanço da
segunda linha estimula Barthel a expor as chamas para uma performance em
combustão com a guitarra rica de Kevin Turner acompanhando à frente e no centro
da mistura.
A versão de Monaco para "Mas Que Nada" é uma
criatura diferente da versão melodiosa que os estadunidenses ouviram em 1966,
quando Sérgio Mendes interpretou a canção. Barthel agita a fermentação em proporções
bacchanalianas, completa com os
saxofonistas Edwin Bayard soprando um suingante saxofone tenor e Turner apresentando
acompanhamentos improvisados pungentes em notas simples em sua própria forma.
O renomado guitarrista Grant Green sempre será associado com
a profundamente moderna "Jan Jan", que pode ser ouvida em seu “Live
at Club Mozambique (Blue Note) ” de 1971 e “Live at the Lighthouse (Blue Note)
” de 1972. Monaco e banda mudam as coisas com a sólida batida de Barthel em
dois e quatro tambores. Quando Bayard vem com seu solo no tenor, eles passam do
suingue para um fim variado. Raramente tem o que é, essencialmente, uma jam de acorde único soando tão moderna.
O destaque do trabalho é uma animada folia em "My
Shining Hour", que encontra cada um em sua forma máxima. Bayard estabelece-se
diretamente na tradição do folk como Gene Ammons e Houston Person, mas vai além
destes indicativos com passagens fluentes em registro alto no seu instrumento.
Monaco literalmente tira as paradas do seu solo alucinante seguido por uma
igualmente animada corrente intercambiando as oitavas.
É uma espécie peculiar do reino da música clássica, reverência
a pessoas como Bach e Beethoven, que têm honrado a tradição, enquanto mera
esperança no jazz no impulsionamento para frente, que parece sugerir algo que a
tradição é antiquada. Nada poderia ser adicional à verdade e esforços de Monaco,
que aqui, apontam bem para a vitalidade continuada do conjunto de órgão no jazz.
Faixas: Four
Brothers; You Can Count on Me; Mas Que Nada; Jan Jan; One For Everyone; Lush
Life; Brothers-4; My Shining Hour; Four Brothers Too.
Músicos : Tony
Monaco: órgão, Hammond B3; Edwin Bayard: saxofone tenor; Kevin Turner: guitarra;
Willie Barthel III: bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assista ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=ddIURJSq0pc
Fonte: C.
Andrew (AllAboutJazz)
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