No informe para a imprensa e as notas para o disco, Brad
Mehldau, um homem espiritual que analisa profundamente assuntos que são
importantes para ele, falha um pouco sobre a universalidade do Fab Four
e à estranheza de sua originalidade e nossa assimilação em relação a ela. Porém,
ele nunca realmente alcança o ponto clara, pessoal e sucintamente como ele faz
quando ele executa a música. Porque ao final do dia, apesar e incluindo as
colcheias pontilhadas, ritmos cortados, grandes pensamentos, conceitos e
prazeres à parte, Mehldau é um fã puro duro de matar e simples dos Beatles. Esse
é o ajustamento completo. Como milhões
de nós, ele ama e preza a música da banda.
Mehldau, que não é estranho aos four of finger pies
(citação da letra de "Penny Lane" (John Lennon/Paul McCartney), apresentou
tão cativantes pepitas do Fab Four como "Blackbird",
"She's Leaving Home", "And I Love Her", "Dear
Prudence", "Martha My Dear" e outras em solo e performances com trio
em décadas. Porém, aqui, do palco da Philharmonie de Paris em Setembro
de 2020, ele tece um especial, espectral e seguramente memorável programa de
canções dos Beatles não interpretadas anteriormente, mais o triunfo dramático
de 1971 de David Bowie, "Life On Mars?".
Gravado ao vivo e tão humanamente consciente e íntimo quanto
possível, “Your Mother Should Know: Brad Mehldau Plays The Beatles” postula de
forma convincente o pianista a apresentar os Beatles e a si mesmo como um
classicista moderno. A harmonia inquietante e descendente de "I Am The
Walrus" inicia o programa conforme Mehldau se propõe a exibir a ampla gama
de musicalidade, que estava embaixo até de um pop azedo como a antiga "Your
Mother Should Know" de 1960 e o antigo garage-rock , "I Saw Her
Standing There".
É um pacote doce como Mehldau, que admitidamente chegou aos
Beatles via Billy Joel, Supertramp e a frequentemente indisciplinada (e exigentemente
indulgente) cacofonia de prog-rock, está em pleno comando de sua missão.
Ressaltando todo o romantismo ("Baby's In Black"), a Bachiana,
singularmente temperada fundida de melancolia e suavidade ("She Said, She
Said") e a triunfantemente baladeira ("Golden Slumbers") em uma
grandiosamente prazerosa performance.
Faixas: I
Am the Walrus; Your Mother Should Know; I Saw Her Standing There; For No One;
Baby’s in Black; She Said, She Said; Here, There and Everywhere; If I Needed Someone;
Maxwell's Silver Hammer; Golden Slumbers; Life on Mars?.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=lgJPmMOWPU4
Fonte: Mike
Jurkovic (AllAboutJazz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário