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terça-feira, 14 de novembro de 2023

ELSA BERGMAN - PLAYON CRAYON (Bergman Inspelningar)

Desde 1967, quando a pontuação gráfica Treatise, em 193 páginas, do compositor britânico Cornelius Cardew foi publicada, houve controvérsia sobre o papel da atuação de pontuações gráficas na música improvisada. Tendo trabalhado em Treatise de 1963 a 1967, uma vez publicada e discutida, Cardew escreveu Treatise Handbook, publicado em 1971, que não esclarece como os complexos gráficos de Treatise poderiam ser interpretados.

A razão da nota histórica é que com “Playon Crayon”, Elsa Bergman deve ter seguido as pegadas de Cardew. A capa do álbum e sua brochura contêm sete obras brilhantemente coloridas de Bergman, que compartilham seus títulos com as faixas do álbum. Sim, eles são partituras gráficas destas faixas, que foram interpretadas por Bergman no baixo, Susanna Santos Silva no trompete, David Stackenäs na guitarra, Katt Hernandez no violino e Matilda Rolfsson bateria e gravado em Fylkingen, Estocolmo, em 22 de Agosto de 2021.

Neste ponto, leitores são convidados a olhar a capa do álbum, que apresenta a parte de "Kaleidoscope" e pensar sobre a música que pontuação gráfica pode desencadear. O folheto do álbum explana que "a cada músico foi atribuído uma cor específica – parte codificada—Vermelho para Silva, amarelo para Stackenäs, vermelho para Hernandez, violeta para Rolfsson, azul para Bergman—para, além de explicar brevemente suas ideias e providenciando algumas direções livres, os músicos foram questionados a trazer suas próprias imaginações para a   performance". Se isto soa como base para uma improvisação free, a música do álbum confirma isto. A razão é particularmente verdade para as duas versões de "Kaleidoscope", que suporta o álbum. Se alguém ouve as faixas enquanto observa o arranjo, é quase impossível dizer que um som foi tocado por causa de uma marca particular do arranjo, ouvindo as duas faixas, elas soam diferentes o bastante para não serem interpretações do mesmo arranjo.

Dos seis arranjos, além de "Kaleidoscope", para "Rosmarie", "Heartbeats", "Maths" e "Telephone Cords" todos têm alguma notação musical convencional —notas em pautas— misturada com elementos mais abstratos e, assim, seguem os passos de Treatise. Ocasionalmente, nestas peças uma frase ou acompanhamento improvisado é executado de forma que poderia ter sido citado a partir da partitura gráfica da peça. Entretanto, nenhuma destas peças soam completamente compostas e a improvisação é dominante. Bergman tem dito, "A ideia para “Playon Canyon” veio da vontade de encontrar novas direções para a música, enquanto ainda mantém o sentimento da liberdade e improvisação". Completamente, o baixo de Bergman é o esteio da música do quinteto, para a dimensão do seu toque tem mais efeito no som da banda do que suas pontuações. Em ambos os casos, ela pode estar orgulhosa dos resultados finais, assim como seus companheiros de banda.

Faixas: Kaleidoscope I; Rosmarie; Heartbeats; Maths; The Sea; Phone Cords; Inspired by Steve Adams; Kaleidoscope II.

Músicos: Elsa Bergman: baixo acústico; Susana Santos Silva: trompete; David Stackenäs: guitarra; Katt Hernandez: violino; Matilda Rolfsson: bateria.

Fonte: John Eyles (AllAboutJazz)

 

 

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