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domingo, 3 de dezembro de 2023

BENNIE MAUPIN & ADAM RUDOLPH - SYMPHONIC TONE POEM FOR BROTHER YUSEF (Strut Records)

O multi-instrumentista de palhetas, Yusef Lateef, se ainda estivesse vivo em 2020, estaria celebrando seu 100º aniversário. Tristemente, Lateef faleceu há sete anos. Porém, 93 anos é um bom período para um músico de jazz, especialmente um da geração de Lateef, que veio do tempo da sua atuação em bandas de swing.

Lateef contribuiu com o bop—ele foi um membro da banda de Dizzy Gillespie, em 1949, e, então, foi para o hard bop. No meado dos anos 1950, ele foi pioneiro de uma vertente de um jazz espiritual, que desenhou uma inspiração e instrumentação de culturas bem alicerçadas    no jazz afro-americano e que ele buscou mais pelo resto da carreira. Em paralelo, na Atlantic, nos anos 1970, Lateef estabeleceu uma série corajosa de álbuns de soul-jazz. Seus anos finais o viu mover-se para o que alguns observadores consideram como insípidos sons de New Age, mas em sua faixa gravada, Lateef foi intitulado para tocar qualquer coisa que ele quisesse.

Um músico que postumamente deve ser atraente a uma ampla audiência, o mesmo que ele fez durante sua vida inteira, Lateef teria gerado múltiplos álbuns tributo em 2020, não teve sabotadas as oportunidades de gravações em razão da pandemia. Um infiltrado por baixo do arame, entretanto,o multi-instrumentista de palhetas, britânico, Nat Birchall, lançou o altamente recomendado “The Storyteller: A Musical Tribute To Yusef Lateef (Jazzman)” realizado com seu quinteto em 2019.

Em 2022, alguns tributos pós-aniversário podem surgir. Se eles são de um padrão similar ao da gravação do duo Bennie Maupin e Adam Rudolph, “Symphonic Tone Poem For Brother Yusef”, eles serão bem-vindos. A música está em cinco movimentos, cada uma meditação na estética culturalmente virada para fora. Detalhes completos da instrumentação não são dados, mas soa como Maupin está tocando saxofone soprano, clarinete, clarinete baixo e uma variedade de flauta, incluindo o som japonês finalizado da shakuhachi (NT: é uma flauta tradicional japonesa, tocada verticalmente, como a flauta doce ou a quena, e possui embocadura livre. O modelo tradicional é fabricado com bambu madake, possui cinco furos para os dedos e sete nós em seu corpo), e Rudolph tocando hand drums, berimbau, thumb pianos, pratos, gongos, shekere e sinos, incluindo os sinos pregadores tibetanos mais um pouco do esqueleto do piano acústico no quinto movimento.

Há um pouco de manipulação eletrônica na sonoridade, mas o principal do que ouvimos é belamente gravado, sons acústicos sem mediação, com múltiplas camadas e, talvez, com alguns circuitos. Tranquilamente virtuoso, o atributo mais importante da música é sua qualidade revigorante. A arte da capa, a propósito, de Nancy Jackson, está baseada no dito de Lateef, "Já reparou as folhas que acenam para você? Está okay se você acena de volta".

Em 2022, é bom notar que nós estamos iniciando a visão de um recuo contra o barbarismo de apenas se fazer download de álbuns. O selo britânico, “Strut “, foi a milha extra e está realizando “Symphonic Tone Poem For Brother Yusef” disponível em LP, CD, download e uma edição limitada em fita cassete. Tudo somado é um tributo apropriado.

Faixas: First Movement; Second Movement; Third Movement; Fourth Movement; Fifth Movement.

Músicos: Bennie Maupin: clarinete, clarinete, clarinete baixo, flauta; Adam Rudolph: berimbau, percussão, hand drums, thumb pianos, pratos, gongos, shekere, piano acústico (5)

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, um dos melhores lançados em 2022 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte: Chris May (AllAboutJazz)

 

 

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