O multi-instrumentista de palhetas, Yusef Lateef, se ainda
estivesse vivo em 2020, estaria celebrando seu 100º aniversário. Tristemente,
Lateef faleceu há sete anos. Porém, 93 anos é um bom período para um músico de jazz,
especialmente um da geração de Lateef, que veio do tempo da sua atuação em
bandas de swing.
Lateef contribuiu com o bop—ele foi um membro da banda de
Dizzy Gillespie, em 1949, e, então, foi para o hard bop. No meado dos anos 1950,
ele foi pioneiro de uma vertente de um jazz espiritual, que desenhou uma
inspiração e instrumentação de culturas bem alicerçadas no
jazz afro-americano e que ele buscou mais pelo resto da carreira. Em paralelo, na
Atlantic, nos anos 1970, Lateef estabeleceu uma série corajosa de álbuns
de soul-jazz. Seus anos finais o viu mover-se para o que alguns observadores
consideram como insípidos sons de New Age, mas em sua faixa gravada, Lateef
foi intitulado para tocar qualquer coisa que ele quisesse.
Um músico que postumamente deve ser atraente a uma ampla
audiência, o mesmo que ele fez durante sua vida inteira, Lateef teria gerado
múltiplos álbuns tributo em 2020, não teve sabotadas as oportunidades de
gravações em razão da pandemia. Um infiltrado por baixo do arame, entretanto,o
multi-instrumentista de palhetas, britânico, Nat Birchall, lançou o altamente
recomendado “The Storyteller: A Musical Tribute To Yusef Lateef (Jazzman)” realizado
com seu quinteto em 2019.
Em 2022, alguns tributos pós-aniversário podem surgir. Se
eles são de um padrão similar ao da gravação do duo Bennie Maupin e Adam
Rudolph, “Symphonic Tone Poem For Brother Yusef”, eles serão bem-vindos. A música
está em cinco movimentos, cada uma meditação na estética culturalmente virada
para fora. Detalhes completos da instrumentação não são dados, mas soa como
Maupin está tocando saxofone soprano, clarinete, clarinete baixo e uma
variedade de flauta, incluindo o som japonês finalizado da shakuhachi (NT: é uma flauta tradicional japonesa, tocada verticalmente,
como a flauta doce ou a quena, e possui embocadura livre. O modelo tradicional
é fabricado com bambu madake, possui cinco furos para os dedos e sete nós em
seu corpo), e Rudolph tocando hand drums, berimbau, thumb pianos,
pratos, gongos, shekere e sinos, incluindo os sinos pregadores tibetanos
mais um pouco do esqueleto do piano acústico no quinto movimento.
Há um pouco de manipulação eletrônica na sonoridade, mas o
principal do que ouvimos é belamente gravado, sons acústicos sem mediação, com
múltiplas camadas e, talvez, com alguns circuitos. Tranquilamente virtuoso, o
atributo mais importante da música é sua qualidade revigorante. A arte da capa,
a propósito, de Nancy Jackson, está baseada no dito de Lateef, "Já reparou
as folhas que acenam para você? Está okay se você acena de volta".
Em 2022, é bom notar que nós estamos iniciando a visão de um
recuo contra o barbarismo de apenas se fazer download de álbuns. O selo
britânico, “Strut “, foi a milha extra e está realizando “Symphonic Tone Poem
For Brother Yusef” disponível em LP, CD, download e uma edição limitada
em fita cassete. Tudo somado é um tributo apropriado.
Faixas: First Movement; Second Movement; Third Movement;
Fourth Movement; Fifth Movement.
Músicos: Bennie Maupin: clarinete, clarinete, clarinete
baixo, flauta; Adam Rudolph: berimbau, percussão, hand drums, thumb pianos,
pratos, gongos, shekere, piano acústico (5)
Nota: Este álbum foi
considerado, pela DownBeat, um dos melhores lançados em 2022 com a
classificação de 4 estrelas.
Fonte: Chris May (AllAboutJazz)
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