Com apenas sete lançamentos em sua história de mais de 30 anos,
a banda suiça Day & Taxi, liderada pelo saxofonista e compositor
Christoph Gallio, essa não está exatamente bem documentada. Isto é uma vergonha,
já que tem sido um conjunto consistentemente estimulante e que tem uma visão
ampla da tradição do free jazz. Gallio foi a única presença constante
desde a existência do grupo, mas a corrente formação, desde 2018, compreende o baixista
Silvan Jeger e o celebrado baterista estadunidense, agora residindo na Suíça,
Gerry Hemingway, que convence como um dos melhores.
Gallio desenvolveu sua própria voz em que suas linhas
complicadas, que se enrolam e se fragmentam em gritos emotivos e desgastados, às
vezes trazendo à mente Oliver Lake do World Saxophone Quartet, famoso
por seus saltos angulares e, em mais uma remoção, sua inspiração, Eric Dolphy. Em
"Faces" seu saxofone soprano gagueja, ocasionalmente, relembrando seu,
por um tempo, professor Steve Lacy.
Gallio compôs todos os números deste álbum gravado em sua
cidade. Estes transportam o trio pra locais não familiares. Ou é o trio levando
as músicas para novas paragens? Provavelmente, um pouco dos dois. Duas das nove
faixas estão abaixo da marca de um minuto, enquanto apenas quatro estão acima
de seis. Embora não seja surpreendente que as faixas mais longas coloquem a
carne improvisada nos ossos composicionais, as peças mais curtas, entretanto
adicionam variedade e novidade no programa de três quartos de hora, notavelmente
em "Dieses Gedicht Erinnert Sich", onde Jeger recita/canta sobre um
uníssono espasmódico.
A mais longa das faixas, a abertura "Tall Guy
Blues" revela o atraente modus operandi da unidade. Pequenas passagens em
ritmo e harmonia do baixo despreocupado de Jeger primeiro estabelece o clima, antes
de Hemingway cair para trás e antes de Gallio sobrepor um motivo simples de
saxofone terroso, que é esticado, comprimido, torcido e finalmente deixado para
trás na criação do meio de um vórtice rodopiante. É um efeito maravilhoso, feito
possível por capacidade incomparável de mudar de dentro para fora de forma tão
imperceptível de Hemingway, e um para o
qual eles retornam novamente, com este tempo executado no microcosmo, na
vigorosa "Kopfnuss."
Embora possa não abrir novos caminhos, o trio prospera na
relaxada, mas emocionante interação, que é contrapontual, acolhedora e, mais
importantemente, uma audição valiosa.
Faixas : Tall
Guy Blues; Infinite Sadness; Mare; Dieses Gedicht Erinnert Sich (Words by
Thorsten Krämer); Kopfnuss; Faces; Too Much Nothing; Jimmy; Marina and the
Lucky Pop Song Transformation.
Músicos: Christoph Gallio (saxofone soprano); Silvan Jeger
(baixo acústico); Gerry Hemingway (bateria); Silvan Jeger (voz & sequenzer)
Fonte: John
Sharpe (AllAboutJazz)
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