playlist Music

domingo, 24 de dezembro de 2023

EMMET COHEN - UPTOWN IN ORBIT (Mack Avenue Records)

O pianista/compositor/educador/empresário Emmet Cohen tem provado a si mesmo, outra vez, que é uma luz guia do jazz no século XXI. Ele poderia ter solitariamente salvo nossa sanidade coletiva e continuado a ascensão e relevância do jazz quando, diante de uma praga mundial, começou a divulgar programas gravados em seu apartamento no Harlem, que chamou de Live From Emmet's Place. Primeiro foi Cohen e seus fieis companheiros de trio, o baixista Russell Hall e o baterista Kyle Poole. Então as sessões se expandiram para incluir talentos maravilhosos como Veronica Swift, Cyrille Aimee, Joy F. Brown, Joe Lovano e Buster Williams e a lista segue continuamente. Adicione-se a isto suas gravações de Masters Legacy com George Coleman, Ron Carter, Jimmy Cobb, Albert Tootie Heath e Benny Golson, e você tem o padrão de um talento determinado a manter a música profunda e real.

É isto que “Uptown in Orbit”, sem qualquer dúvida, faz. Segundo suas aventuras em passo largo na sua estreia na Mack Avenue, “Future Stride (2021)”, Cohen dobra e celebra não apenas a tradição, enquanto o produtor Poole utiliza um antigo gravador para "Finger Buster" de Willie Smith e a performance para romper os portões com uma exuberância que é dura de igualar. Tudo isto deve ajudar e estimular a sobrevivência destes que amamos, destes que nós confiamos, da música e a reflexão em si. "Uptown in Orbit", em si, é um aceno revigorante para “Blues In Orbit (Columbia, 1960)” de Duke Ellington, que arremessa a si mesmo como um temporal com relâmpago e trovão conforme o saxofonista convidado Patrick Bartley uiva alegremente após o convidado seguinte, o trompetista Sean Jones, elevar os glissandos.

Fica melhor a partir dali como “Uptown in Orbitblossoms” em um fim de ano melhor dos melhores, gravado no Sear Sound no centro da cidade, o álbum igualmente serve como uma nave para nova energia de todos envolvidos, bem como a dedicação ao passado por parte de Cohen. "My Love Will Come Again", um original terno de Cohen com uma divertidamente melancolia do solo cambaleante e destacado de Jones, poderia deduzir um embaralhamento através de catálogos anteriores de muitos dos grandes compositores para ver quem escreveu estas joias. A música move-se com sua própria energia nostálgica ainda que não olhe para trás.  O maliciosamente delicioso stride/pop do pianista em "Spillin' the Tea" pode iluminar um dia. Hall e Poole, sempre flexíveis e espertos, são particulares. "The Loneliest" de Hall é um astuto, blues de final de noite com Bartley e Jones languidamente deslizando e movimentando-se para frente.

A breve "Uptown in Orbit (Reprise)" deve arremessar algo como um autocongratulatório tapinha nas costas, mas nos deixa esboçar nesse assunto a impetuosidade jovial e move-se para três estimulantes reinterpretações que coloca em casa “Uptown in Orbit”. A saltitante "Mosaic" de Cedar Walton explode no passo de percolação, configurando o palco para uma suingante renovação de "Venus de Milo" de Gerry Mulligan e uma investigação robusta de "Braggin' In Brass" de Ellington, que  encontra Cohen variando através do seu piano como um homem possuído. Grande material.

Faixas: Finger Buster; Uptown in Orbit; My Love Will Come Again; Spillin' the Tea; Li'l Darlin'; The Loneliest; Uptown in Orbit (Reprise); Distant Hallow; Mosaic; Venus de Milo; Braggin' in Brass.

Músicos: Emmet Cohen: piano; Russell Hall: baixo; Kyle Poole: bateria; Patrick Bartley: saxofone; Sean Jones: baixo.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=QzIcMgMknDc

Fonte: Mike Jurkovic (AllAboutJazz)

 

 

Nenhum comentário: