O saxofonista Tim Berne ganhou a maior parte da sua
notoriedade via gravações de pequeno grupo, com grupos tais como Big Satan,
Hard Cell, Snakeoil e Science Friction. Sua parceria com a
ECM Records, iniciando com Snakeoil de 2012 —após poucas
contribuições dos acompanhantes no selo — levantou o seu perfil, merecidamente.
Sua abordagem para fazer música deve ser chamada " lá fora no espaço
profundo" ou " mini tumultos aleatórios com intervalos de tempo entre
o olhar e a tempestade, que se transformam em complexidades plácidas melódicas
e rítmicas". Material de suporte e pensamento- provocando ao mesmo tempo, entrelaçamento
de beleza com " não para os fracos de coração ". Porém, em suas
gravações em duo, a interação com seus vários parceiros não mostra com a mesma
frequência a sua habitual fragilidade em pequenos grupos. De fato, emparelhado
com o pianista Matt Mitchell em “Angel Dust (Screwgun, 2018)”, e agora com “One
More Please”, os sons são frequentemente bastante agradáveis—singularmente
buscando danças certamente contém uma alta percentagem de improvisação, uma
baixa percentagem de coreografia pré-definida. Sons cerebrais em seu próprio
jeito agradavelmente codificado.
O som: deixa a liberdade tocar, em um estilo fluido, em
entonações medidas conforme os instrumentistas exploram, em detalhe intricado, a
arte do duo. Para uma pedra de toque, olhe para trás, o álbum do saxofonista Ornette
Coleman, “Colors: Live At Leipzig (Harmolodic/Verve, 1997)”, com o pianista
Joachim Kuhn, um dos mais belos do saxofonista do free jazz, uma das suas
gravações mais acessíveis.
"Soothing" não é uma palavra normalmente usada
para descrever a música de Berne, mas é isso que se encontra na abertura;
"Purdy" com o saxofonista soando um pouco áspero à volta das bordas (como
usual), em um caminho restrito (mas não tentativa), enquanto Mitchell vem de
uma abordagem de delicadeza e refinamento, muito na forma do jeito de Gregg
Belisle-Chi trabalhar em “Mars (Intakt, 2022)”, o lançamento do duo de guitarristas
com Berne.
Tim Berne ajusta-se bem à avant-garde ao final do espectro musical.
Porém, os lançamentos do seu duo podem exigir uma revalorização desse rótulo. Eles
não temerão —na tarde da audição das sessões no pátio, ou onde quer que estas
se realizem — as pombas longe do alimentador das aves. De fato, “One More
Please” pode ver os amigos emplumados a terminar as suas refeições e depois subir
até ao topo da cerca para ouvir.
Faixas:
Purdy; Number2; Rose Colored Missive; Oddly Enough / Squidz; Middle Seat Blues
/ Chicken Salad Blues; Motian Success; Rolled Oats / Curls.
Músicos: Tim Berne: saxofone alto; Matt Mitchell: piano.
Fonte: Dan McClenaghan (AllAboutJazz)
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