playlist Music

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

KENNY BARRON -THE SOURCE (Artwork Records)

Ele deve admitir o nervosismo sempre que se senta pela primeira vez no seu instrumento escolhido para gravar ou executar, mas o mais maduro e estabelecido NEA Master, Kenny Barron, nunca falha em suscitar uma tepidez, abrangendo senso de elegia, sagacidade e balanço emocional para qualquer que seja o cenário em que a música o encontre.

Em seu primeiro trabalho solo em quarenta anos, “The Source”, distante do seu predecessor “At The Piano (Xanadu, 1982)” tem Barron transbordando com a mesma empatia e efervescência, mas com toda a natureza reflexiva que os anos tendem a instilar em um homem que transformou uma conversa em uma forma de arte. Uma forma de arte com seus companheiros, indo de Dave Holland a Regina Carter, Freddie Hubbard, Stan Getz, Booker Ervin, a Mulgrew Miller, tão bem quanto os ouvintes em toda parte.

"What If?", reimaginada e ressignificada a partir da sua consciência bop do original de 1986 (em “What If? da Enja), encontra vigor renovado na linha do baixo que é impossível evitar. Não só sustenta a melodia como ativamente vem a ser como “The Source”, e navega a partir daí. Como tem feito durante anos por reverência e inquisitividade, Barron revisita "Isfahan" de Duke Ellington e Billy Strayhorn com um júbilo reminiscente a Thelonious Monk. O que faz todo o sentido em muitos aspectos desde o nó corrediço do próprio Monk, "Teo", que segue exuberantemente. Habilidoso, ágil, lírico e vibrante, Barron traz sua emoção para outra epifania de Strayhorn, "Daydreams", antes de nos trazer a um local tranquilo em sua própria "Dolores Street SF".

Mais Monk segue com o cromático salto de "Well You Needn't" e, se Barron ainda necessita um destaque para seu amor por Monk, aqui está. Uma energia contínua de rolamento emana da via e você sente Barron, cujo senso de improvisação está ativo como em qualquer outro das nove destacadas performances de “The Source”, que ele está realmente desfrutando. O disco encerra com dois altamente reconhecimentos considerados por Barron: "Sunshower" com sua ressonância melódica ainda é uma fonte de invenção após sua audição inicial de “Innocence (Wolf, 1978)”, e "Phantoms", que ainda mantem as entonações sombrias mesmo quando o mestre se afasta da melodia, servindo como uma reflexão final de um homem que pode brilhar e sombrear seus blocos construídos sem forte dependência.

Faixas: What If?; Isfahan; Teo; Daydream; I'm Confessin'; Dolores Street SF; Well You Needn't; Sunshower; Phantoms.

Fonte: Mike Jurkovic (AllAboutJazz)

 

 

Nenhum comentário: