Billy Childs, um dos pianistas mais aclamados pela crítica
no jazz moderno, está em alta demanda como um moderno compositor clássico. Ele tocou
e compôs música orquestral e trabalho de câmara para pequenos grupos de jazz
contemporâneos. Isto trouxe-lhe cinco prêmios Grammy.
Iniciando como um pianista em sua nativa Los Angeles, ele então
passou seis anos com a banda de Freddie Hubbard antes de vir a ser um líder do
seu próprio jeito. Ele atuou com uma variedade de artistas incluindo de artista
como Sting, Wynton Marsalis, Jack DeJohnette e Chris Botti. Em “The Winds of
Change”, ele está reunido ao trompetista Ambrose Akinmusire, ao baixista Scott
Colley e ao baterista Brian Blade.
Este álbum oferece cinco novas composições ao lado de duas
reinterpretações. Muitas das composições são provocadas pela experiência de Childs
em Los Angeles misturada com sua paixão por trilhas sonoras de filmes, especialmente
as paisagens urbanas evocadas por compositores como Jerry Goldsmith, John
Williams e Bernard Hermann. O resultado é um refinado som post-bop, que
impulsiona os limites criativos do grupo e homenageia seus trabalhos iniciais
dos anos 1970 e 1980.
A faixa de abertura, "The Great Western Loop", evoca
os espaços abertos de sete mil milhas de caminhada do Sul da Califórnia a
Vancouver e ao Grande Canyon. Inicia com um intenso acompanhamento improvisado ao
piano e o trompete sonante de Akinmusire. Colley e Blade oferecem a Akinmusire uma
plataforma para seu trompete romper e providenciar a condução rítmica através
das várias seções. O álbum é preenchido com dispositivos cinemáticos, claramente
aparente na dinâmica faixa título com cascatas do tema ao piano. Composto como
se fosse para orquestra para o falecido trompetista Roy Hargrove, surge e recua
conforme Childs e Akinmusire conversam em diálogo imaginativo.
"The End of Innocence", originalmente gravado por Childs
em “Portrait of a Player (Windham Hill, 1993)” espalha-se sobre um ritmo
melancólico em tempo médio e apresenta o piano melódico e uma parada do baixo de
Colley. "Master of the Game" é outra música inspirada em filme, Child
cita a música de Henry Mancini para o filme de 1963, “Charade”, e a trilha
sonora de Michel Legrand, de 1968, para “The Thomas Crown Affair”. Childs e
Akinmusire trabalham juntos para comunicar o tema entre a complexidade de
numerosas seções.
A primeira das reinterpretações é "Crystal
Silence" do falecido Chick Corea. Todo o quarteto está no topo da forma: o
ofegante trompete de Akinmusire, o solo de baixo de Colley, a sutil percussão
de Blade e o piano pictórico de Childs faz deste um tributo fascinante. O humor
é então trocado por uma exploração movimentada de "The Black Angel" de
Kenny Barron (originalmente na gravação de Freddie Hubbard, em 1970, pela Atlantic
com o mesmo nome). O álbum encerra com "I Thought I Knew" a música
sendo gentilmente explorada e expandida por Childs, Colley e Blade.
As inéditas e reinterpretações são inspiradas pelas
intrigantes trilhas sonoras de filmes noir junto com paisagens rurais e
urbanas da Costa Oeste. O quarteto demonstra o devido respeito pelo passado,
mas este é um jazz interativo contemporâneo pleno de excertos musicais
objetivos, que tocam bem atualmente. Os resultados valem ser ouvidos.
Faixas: The
Great Western Loop; The Winds of Change; The End of Innocence; Master of the
Game; Crystal Silence; The Black Angel; I Thought I Knew.
Músicos:
Billy Childs: piano; Ambrose Akinmusire: trompete; Scott Colley: baixo; Brian
Blade: bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=DjQdDMbQKcM
Fonte: Neil Duggan (AllAboutJazz)
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