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sexta-feira, 15 de março de 2024

BILLY CHILDS - THE WINDS OF CHANGE (Mack Avenue Records)

Billy Childs, um dos pianistas mais aclamados pela crítica no jazz moderno, está em alta demanda como um moderno compositor clássico. Ele tocou e compôs música orquestral e trabalho de câmara para pequenos grupos de jazz contemporâneos. Isto trouxe-lhe cinco prêmios Grammy.

Iniciando como um pianista em sua nativa Los Angeles, ele então passou seis anos com a banda de Freddie Hubbard antes de vir a ser um líder do seu próprio jeito. Ele atuou com uma variedade de artistas incluindo de artista como Sting, Wynton Marsalis, Jack DeJohnette e Chris Botti. Em “The Winds of Change”, ele está reunido ao trompetista Ambrose Akinmusire, ao baixista Scott Colley e ao baterista Brian Blade.

Este álbum oferece cinco novas composições ao lado de duas reinterpretações. Muitas das composições são provocadas pela experiência de Childs em Los Angeles misturada com sua paixão por trilhas sonoras de filmes, especialmente as paisagens urbanas evocadas por compositores como Jerry Goldsmith, John Williams e Bernard Hermann. O resultado é um refinado som post-bop, que impulsiona os limites criativos do grupo e homenageia seus trabalhos iniciais dos anos 1970 e 1980.

A faixa de abertura, "The Great Western Loop", evoca os espaços abertos de sete mil milhas de caminhada do Sul da Califórnia a Vancouver e ao Grande Canyon. Inicia com um intenso acompanhamento improvisado ao piano e o trompete sonante de Akinmusire. Colley e Blade oferecem a Akinmusire uma plataforma para seu trompete romper e providenciar a condução rítmica através das várias seções. O álbum é preenchido com dispositivos cinemáticos, claramente aparente na dinâmica faixa título com cascatas do tema ao piano. Composto como se fosse para orquestra para o falecido trompetista Roy Hargrove, surge e recua conforme Childs e Akinmusire conversam em diálogo imaginativo.

"The End of Innocence", originalmente gravado por Childs em “Portrait of a Player (Windham Hill, 1993)” espalha-se sobre um ritmo melancólico em tempo médio e apresenta o piano melódico e uma parada do baixo de Colley. "Master of the Game" é outra música inspirada em filme, Child cita a música de Henry Mancini para o filme de 1963, “Charade”, e a trilha sonora de Michel Legrand, de 1968, para “The Thomas Crown Affair”. Childs e Akinmusire trabalham juntos para comunicar o tema entre a complexidade de numerosas seções.

A primeira das reinterpretações é "Crystal Silence" do falecido Chick Corea. Todo o quarteto está no topo da forma: o ofegante trompete de Akinmusire, o solo de baixo de Colley, a sutil percussão de Blade e o piano pictórico de Childs faz deste um tributo fascinante. O humor é então trocado por uma exploração movimentada de "The Black Angel" de Kenny Barron (originalmente na gravação de Freddie Hubbard, em 1970, pela Atlantic com o mesmo nome). O álbum encerra com "I Thought I Knew" a música sendo gentilmente explorada e expandida por Childs, Colley e Blade.

As inéditas e reinterpretações são inspiradas pelas intrigantes trilhas sonoras de filmes noir junto com paisagens rurais e urbanas da Costa Oeste. O quarteto demonstra o devido respeito pelo passado, mas este é um jazz interativo contemporâneo pleno de excertos musicais objetivos, que tocam bem atualmente. Os resultados valem ser ouvidos.

Faixas: The Great Western Loop; The Winds of Change; The End of Innocence; Master of the Game; Crystal Silence; The Black Angel; I Thought I Knew.

Músicos: Billy Childs: piano; Ambrose Akinmusire: trompete; Scott Colley: baixo; Brian Blade: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=DjQdDMbQKcM

Fonte: Neil Duggan (AllAboutJazz)

 

 

 

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