Comentando este novo lançamento, Martin Hummel da Ubuntu diz
que ele só recentemente foi apresentado à música de Lloyd. Eu, também. Hummel
adiciona: “‘Jon pode andar suavemente, mas emite um som cativante”. E é aquele
som etéreo e agudo do tenor que primeiro atinge o ouvinte, estas peças
definidas pelas exposições quase esqueléticas de Lloyd, a emoção palpável, os espaços
entre frases às vezes deixado nu, outras vezes preenchido pelas variações
distintivas de Law. Ele ganhou destaque na década de 1990 na cena livre e desde
então mudou estilisticamente a um ponto em que vê sua música como um reflexo da
'Estética do Jazz Europeu'.
Dito isto, é no seu impacto imediato que se procura julgar
esta música profundamente pessoal. Nove peças são de Lloyd, a décima, ‘The
Trip’, é uma improvisação, os títulos sugerindo preocupações contemporâneas, daí
o título principal do álbum. A interação entre os membros do quarteto é
frequentemente mágica, instintiva, sem elisões estranhas ou movimentos
contrários, o efeito geral contido, mas sempre envolvente, não há nada difícil
aqui para o público do clube, antes, uma série refinada de declarações, com
Law, um associado frequente do Lloyd, acrescentando e auxiliando brilhantemente.
Em vez de diferenciar entre uma peça e outra, melhor ver
isto como uma suíte de canções conectadas, performance de conceitos reflexivos
de Lloyd e seu desejo de criar música e beleza muitas vezes surpreendente com
músicos que compartilham uma visão semelhante. Isto sintetizado por seu sublime
soprano em ‘The Heron’, sua calma imponente lembra a postura vigilante do
pássaro. Difícil classificar, por
certo, mas, mesmo assim, convincente.
Faixas
1 Al'Afiyah
2 Breaking
the Waves
3 Cinq Feuilles
4 Flux
5 River
6 Meta Meta
7 Lanovo
8 Desert
Song
9 The
Trip
10 The
Heron
Músicos: Jon Lloyd (sax tenor, sax soprano); John Law (piano); Alex Goodyear (bateria); Nick Pini (baixo).
Fonte: Peter
Vacher (JazzWise)
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