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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

LIZZ WRIGHT – SHADOW(Blues & Greens)

 A vocalista Lizz Wright fez uma breve escala em Londres em março de 2024, em uma excursão anterior a “Shadow”. Ela apareceu por uma noite apenas no Cadogan Hall, um auditório com 900 lugares, grande o bastante, quando cheio, para se sentir agitado, mas pequeno o suficiente para permanecer próximo da intimidade. Foi um cenário perfeito para Wright e seu programa caracteristicamente à la carte de jazz, gospel, blues e música folclórica de múltiplas tradições.

“Shadow” é uma produção discreta e primorosamente elaborada que explora a dor e valoriza o amor perdido. Se isso parece deprimente, não se preocupe, não é: o álbum é intensivamente triste às vezes, certamente, mas a vibração fundamental é resiliente e voltado para o futuro. A pessoa se sente limpa ao ouví-la. Confira no YouTube o single principal "Sweet Feeling", coescrito por Candi Staton e Clarence Carter. O médico chegou e o diagnóstico é forte (A faixa soa como algo pelo Taj Mahal e nos relembra que Wright participou do álbum Concord de 2017 de Mahal e Keb Mo de TajMo ).

O tema de “Shadow” foi sugerido, Wright explanou à audiência do Cadogan, pela morte de sua avó Martha, "o maior amor definidor de minha vida", que fez o mundo parecer "pequeno e cálido" para Wright quando criança e lhe deu a espinha dorsal enquanto ela estava crescendo. Há cinco composições de Wright no disco e seis reinterpretações, tocada por uma firme guitarra e teclados na banda acrescida por convidados ocasionais e, em duas faixas, por um quarteto de cordas.

Destaques? A duração do álbum de 50 minutos está cheio deles. "Lost In The Valley" de Caitlin Canty é um, em um ataque genial apresentando um solo de violino excepcional do convidado Arun Ramamurthy. A faixa é reminiscente de "The Mountain", uma faixa vocal de “Fly Or Die Fly Or Die Fly Or Die ((World War)) (International Anthem, 2023)” de Jaimie Branch. Outro tesouro é a declaração imortal de Cole Porter de "I Concentrate On You", onde Wright é acompanhada por guitarra acústica, bateria eletrônica e um vigoroso quarteto de cordas belamente arranjada por Hanna Benn. A frequentemente interpretada "Who Knows Where The Time Goes", composta pela vocalista britânica Sandy Denny e gravada pela primeira vez por ela com o Fairpoint Convention em 1969, é uma das mais tristes canções já composta. Wright lhe faz justiça. A reverencial "I Made A Lover's Prayer" de Gillian Welch fecha o álbum.

Resumindo: você não poderia melhorar “Shadow” se tentasse.

Faixas: Sparrow; Your Love; Root Of Mercy; Sweet Feeling; This Way; Lost In The Valley; I Concentrate On You; Circling; No More Will I Run; Who Knows Where The Time Goes; I Made A Lovers Prayer.

Músicos: Lizz Wright (vocal); Adam Levy (guitarra); Kenny Banks (piano,B3); Rashaan Carter (baixoacústico); Abe Rounds (bateria); Kenny Banks Sr (piano, B3) ; Angelique Kidjo (vocal [1]); Tina Basu (violino[1, 6]); Arun Ranamurthy (Carnatic violin[1, 6]); Chris Bruce (guitarras, Rhodes, percussão[1-6, 8-11]); Deantoni Parks (bateria acústica e eletrônica [1-5, 7-11]); Meshell Ndegeocello (baixo [2]); Brandee Younger (harpa[2]); Glenn Patscha (Rhodes, B3 [2, 5, 6, 8]); Lynne Earls (Wurlitzer, guitarra acústica barítono, percussão[3]); Melissa Park (cello [7, 11]); Katherine Hughes (violino[7, 11]); Jeff Young (viola [7, 11]); Elizabeth Brathwaite (violino[1-11]).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=u8zAvBWjYX8

Fonte: Chris May (AllAboutJazz)

 

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