Precisa de alguma elevação séria? Experimente “Being Human”,
um ponto alto para a pianista/compositora Lynne Arriale.
Preso naquela rede muitas vezes rebelde de conexões entre o
coração, cérebro e seu vívido lirismo emotivo, o decimo-sétimo trabalho de Arriale
serve como um canal para nossas esperanças compartilhadas, sonhos, pensamentos,
preces e desejos de um mundo melhor. Ágil e como se fosse um balé, com uma
mística feminina e unidade que é essencial, ainda que difícil de definir, “Being
Human” lança uma luz calorosa sobre a gama dos inúmeros poderes da pianista.
Em diálogo próximo com o baixista israelense Alon Near
(Billy Childs, Eli Degibri) e o baterista polonês Lukasz Zyta (Lee Konitz,
Bennie Maupin, Wadada Leo Smith), “Being Human” flui brilhantemente com uma
humanidade partilhada que não é, em vez de todo o caos que abunda no planeta,
tribal. É uma suíte universal com dez músicas em que cada faixa é seu próprio
hino.
Focando nas qualidades que herdamos uns dos outros, Arriale e
companhia consegue parar o mundo para ver onde estamos, como e por que chegamos
aqui, e como diabos conseguimos sair do atoleiro. Porém, não com a raiva do
partidarismo. Não - "Courage" com sua puxada desafiadora de 6/8, o
encorajamento lírico ilimitado da pianista herdado em "Passion", a
dança folk, história de homem comum contada em "Faith"— deixam-se
vulneráveis a toda graça e consolo.
Corações dispostos a serem abertos e acolhedores é a energia
que alimenta por trás “Being Human”. Se não fosse assim, então Arriale, Near e
Zyta não poderiam possivelmente retirar a queda livre efervescente encontrada
em "Curiosity" ou a polirritmia de blues por trás de "Soul"
e as especificidades de "Persistence".
Embora se possa argumentar que faixa do encerramento
"Love (Reprise)" com seu coral eletrônico de vozes, poderia ser um
pouco pesado, Arriale evita a didática ou dissonância. Poético na estrutura, “Being
Human” ressoa com estrofes comemorativas e dísticos. Sintonizados com nosso
poder maior, nossos melhores anjos, “Joy” é realmente isso, uma brisa de ilha
trazendo calipso destacada por solos marcantes de todos os envolvidos.
"Gratitude" é uma tranquila e bem-vinda meditação. É o momento
necessário para, esperançosamente, inspirar mudança.
Faixas: Passion;
Courage; Love; Faith; Curiosity; Soul; Persistence; Heart; Gratitude; Joy; Love
(Reprise).
Músicos: Lynne Arriale (piano, Yamaha Clavinova); Alon Near
(baixo acústico); Lukasz Zyta (bateria).
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=DCUO8ZIKkE4
Fonte: Mike
Jurkovic (AllAboutJazz)
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