A carreira de Denny Zeitlin, no jazz, começou quando ele
atuou no “Flute Fever (Columbia Records, 1964)” do flautista Jeremy Steig. Ele
seguiu sua ascensão com sua estreia como líder com o álbum “Cathexis”, pela Columbia
Records, em 1964. Enquanto mantinha outra carreira de sucesso como psiquiatra e
professor de faculdade, ele lançou uma dúzia de álbuns ao longo do próximo
quarto de século, a maioria deles com piano acústico, mais um pouco de
lançamentos experimentais com eletrônica, junto com uma trilha sonora
eletro/orquestral inovadora para a nova versão , em 1978, do filme de ficção
científica The Body Snatchers (Os Ladrões de Corpos).
Na virada do século, Zeitlin estabeleceu-se com um top de
linha, de algo pouco reconhecido, para um talento do jazz. Então, em 2001, ele
encontrou um lar na Sunnyside Records, uma conexão que se transformou em
um impulso em seu perfil no final da carreira, que resultou em alguns das mais
finas gravações do pianista. Em adição ao seu lar na Sunnyside, Zeitlin também
encontrou outro na Piedmont Piano Company em Oakland, onde apresenta,
anualmente, recitais solos focando em compositores individuais. Em 2014, o
escolhido foi o saxofonista Wayne Shorter, resultando no álbum “Early Wayne
(Sunnyside, 2016)”. Em 2016, foi Miles Davis, resultando em “Remembering Miles
(Sunnyside, 2019)”. Agora, para 2023, nós temos “Crazy Rhythm: Exploring George
Gershwin”.
Como ele fez com a música de Davis e Shorter, Zeitlin
reimaginou a música de Gershwin. Improvisação nos temas está na frente e no
centro. Uma das canções mais famosas de Gershwin, "Summertime", não é
prontamente reconhecida nos primeiros minutos, conforme Zeitlin divaga, circula
em torno o que em breve se transformará na melodia familiar. Então, ele se
afasta novamente, com grande elegância, rolando em sutileza, segmentos
improvisados impregnados com o clima da peça. Vale a pena notar que "Summertime"
é uma das três canções escolhidas da linguagem operística estadunidense de
Gershwin de 1935, Porgy And Bess. Inspirado pela reimaginação do
trabalho de Miles Davis/Gil Evans, em 1959, para a Columbia Records, ele inclui,
além de "Summertime", "Bess You Is My Woman Now", "The
Man I Love" e "My Man's Gone Now".
"How
Long Has This Been Going On?" está aqui, também. Assim é
"S'Wonderful, "It Ain't Necessarily So", "Fascinating
Rhythm", "By Strauss, "I've Got A Crush On You" e "I
Was Doing All Right". Uma volta pelo trabalho reforça a opinião de
que ninguém poderia escrever uma música popular contendo uma combinação de
graça hábil e inteligência incomum melhor que George Gershwin—um tesouro
estadunidense se alguma vez houve um. E ninguém os interpreta com mais estilo e
celebração do seu charme e da sua dinâmica de simplicidade/complexidade,
adicionando suas próprias camadas de complexidade melhor que Denny Zeitlin.
Faixas: Summertime;
How Long Has This Been Going On?; S'Wonderefull; Bess You Is My Woman Now; It
Ain't Necessarily So; By Strauss; The Man I Love; I've Got A Crush On You:
Fascinating Rhythm; I Was Doing All Right.
Fonte: Dan McClenaghan (AllAboutJazz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário