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domingo, 2 de fevereiro de 2025

OWEN BRODER – HODGES: FRONT AND CENTER: VOL. TWO (Outside in Music)

“Hodges: Front and Center Vol.Two” de Owen Broder é uma homenagem respeitosa e modernizadora a Johnny Hodges, um saxofonista com um som icônico, ao mesmo tempo que injeta uma vitalidade contemporânea na mixagem. A influência de Hodges aparece ao longo do álbum, orientando a abordagem de Broder à música. Na jornada musical deste quinteto, Broder, no saxofone alto e barítono, é acompanhado pelo trompetista Riley Mulherkar, pela pianista Carmen Staaf, pelo baixista Barry Stephenson e pelo baterista Bryan Carter. Em seu toque e composições, Hodges exibiu sua afinidade com o blues e variações na forma do blues, e as oito faixas neste lançamento captura esta direção.

A faixa de abertura, "Used To Be Duke", é de um álbum de Hodges de 1956 de mesmo nome. Este número saltitante pula das notas de abertura, com Broder e Staaf tendo solos de ritmo rápido. Quando Mulherkar vira e rola, ele oferece um solo com fluência e continuidade. "Wabash Blues" é apenas um blues no nome. Tem um suíngue exuberante, que é contagiante. O arranjo é configurado de forma que o alto de Broder saia do tema e seja dominante em todo o número. Mulherkar e Staaf estão impressionantes e perspicazes em suas intervenções.

Ao longo do lançamento, Broder demonstra uma compreensão clara da linguagem musical de Hodges, sintonizando seu espírito, enquanto adiciona sua voz única à conversa, mesmo quando ele utiliza o sax barítono em números como "Back Beat" e "Shady Side", no seu estilo no barítono o toque crescente está na frente e no centro do ritmo do primeiro e da oferta mais sensual do segundo número.

"St. Louis Blues" de W.C. Handy é interpretada como previsto com uma abertura de piano estelar de Staaf, após o que Broder está pleno na voz no saxofone alto, enquanto o ritmo muda da rumba para uma sensação de suíngue. A banda assume o comando da peça, o que ajuda a melhorar a sua acessibilidade e diversão. Dois números de Duke Ellington trazem o álbum para o encerramento. A primeira, "Stumpy Jones", é um suíngue tranquilo com o sax alto de Broder, expressivo e perspicaz. Mulherkar no trompete surdinado exibe contenção de bom gosto e o piano de Staaf é vivamente assertivo. "The Star-Crossed Lovers" vem da suíte "Such Sweet Thunder", que estreou no Stratford Ontario Shakespearean Festival de 1957. Esta balada adorável é dominada pelo toque do sax alto de Broder, cheio de profunda paciência e sentimento extravagante. O álbum reafirma a música atemporal de Hodges no cenário em constante evolução do jazz.

Faixas: Used To Be Duke; Wabash Blues; Back Beat; Big Smack; St. Louis Blues; Shady Side; Stompy Jones; The Star-Crossed Lovers.

Músicos : Owen Broder (saxofones); Riley Mulherkar (trompete); Carmen Staaf (piano) ; Barry Stephenson (baixo); Bryan Carter (bateria);

Fonte: Pierre Giroux (AllAboutJazz)

 

 

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