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sexta-feira, 27 de junho de 2025

BRIA SKONBERG - WHAT IT MEANS (Cellar Music Group)

Em seu primeiro álbum em cinco anos, a trompetista Bria Skonberg retorna com um novo senso de maturidade e propósito em sua música. Ela continua seu estilo usual de misturar jazz tradicional e vocais emocionantes com motivos clássicos de jazz e rock, mas este lançamento parece mais confiante do que os álbuns anteriores. Duas mudanças em sua vida, provavelmente, contribuíram para isto. Ela mudou para New Orleans, vindo a ser parte do vasto cenário musical da cidade, e ela veio a ser mãe pela primeira vez.

Skonberg apresenta algumas músicas clássicas de New Orleans neste álbum, algumas se mantiveram firmemente na tradição e outras se misturaram com outros gêneros. Ela lidera uma atrevida passagem de "Cornet Chop Suey" e canta "Do You Know What It Means To Miss New Orleans" com uma intimidade sentimental que traz à mente Peggy Lee. Sua canção inédita, "Elbow Bump", exibe como adepta como ela se tornou tocando e escrevendo funk suado de desfiles de New Orleans. Outras canções familiares são sujeitas ao seu tipo inventivo de rearranjo. "Comes Love" inicia como um arrasto lento e honky-tonk (NT: é simultaneamente um tipo de bar com acompanhamento musical, típico do sul e sudoeste dos Estados Unidos, normalmente frequentado pela classe trabalhadora e um gênero musical do country) e se desenvolve em um tórrido jazz latino. O clássico de Sidney Bechet, "Petite Fleur", recebe uma atualização rude ao ser combinada com o ritmo furtivo de “Harlem Nocturne”. Naquela, um trombone e clarinete baixo ao fundo dá um toque adicional ao amplo trompete de Skonberg.

Em outro lugar, "The Beat Goes On" de Sonny e Cher é ambientada com o toque funk de "The Sidewinder" de Lee Morgan e "Days Like This" de Van Morrison se torna um dueto vocal de segunda linha para Skonberg e a convidada Gabrielle Cavassa. Ao longo do álbum, a líder canta com mais calor e nuances do que nunca. Isto é mais perceptível nos dois números provavelmente gravados pensando em seu novo filho, "Beautiful Boy" de John Lennon e o encerramento com "Lullabye", um medley de "Goodnight, My Angel" de Billy Joel e "A Child Is Born" de Thad Jones. A delicadeza e o amor ouvido nestas faixas contribuem ao senso de lugar e enraizamento que permeia este álbum. Esta música é às vezes ousada e inventiva, como o trabalho de Skonberg costuma ser, mas aqui está infundida com mais coração. Parece uma celebração íntima das alegrias simples do lar e da vizinhança. Como o título diz, Bria Skonberg exibe o que tudo isso significa para ela neste álbum.

Faixas: Comes Love; Sweet Pea; Do You Know What It Means To Miss New Orleans?; The Beat Goes On; In The House; Cornet Chop Suey; Beautiful Boy (Darling Boy); Days Like This; Petit Fleur; Elbow Bump; Lullabye (Goodnight, My Angel /A Child is Born).

Músicos: Bria Skonberg (trompete, vocal); Don Vappie (banjo, guitarra); Chris Pattishall (piano); Grayson Brockamp (baixo); Herlin Riley (bateria); Aurora Nealand (saxofone, saxofone soprano [1]); Rex Gregory (saxofone tenor, clarinete baixo [4, 8-10]); Ethan Santos (trombone [4, 8-10]); Ben Jaffe (tuba, sousafone [1, 10]); Gabrielle Cavassa (vocal [8]).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=yuy1I5oTL1Q

Fonte: Jerome Wilson (AllAboutJazz)

 

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