Em seu primeiro álbum em cinco anos, a trompetista Bria
Skonberg retorna com um novo senso de maturidade e propósito em sua música. Ela
continua seu estilo usual de misturar jazz tradicional e vocais emocionantes
com motivos clássicos de jazz e rock, mas este lançamento parece mais confiante
do que os álbuns anteriores. Duas mudanças em sua vida, provavelmente, contribuíram
para isto. Ela mudou para New Orleans, vindo a ser parte do vasto cenário
musical da cidade, e ela veio a ser mãe pela primeira vez.
Skonberg apresenta algumas músicas clássicas de New Orleans
neste álbum, algumas se mantiveram firmemente na tradição e outras se
misturaram com outros gêneros. Ela lidera uma atrevida passagem de "Cornet
Chop Suey" e canta "Do You Know What It Means To Miss New
Orleans" com uma intimidade sentimental que traz à mente Peggy Lee. Sua canção
inédita, "Elbow Bump", exibe como adepta como ela se tornou tocando e
escrevendo funk suado de desfiles de New Orleans. Outras canções familiares são
sujeitas ao seu tipo inventivo de rearranjo. "Comes Love" inicia como
um arrasto lento e honky-tonk (NT: é simultaneamente um
tipo de bar com acompanhamento musical, típico do sul e sudoeste dos Estados
Unidos, normalmente frequentado pela classe trabalhadora e um gênero musical do
country) e se desenvolve em um tórrido jazz latino. O clássico de Sidney
Bechet, "Petite Fleur", recebe uma atualização rude ao ser combinada
com o ritmo furtivo de “Harlem Nocturne”. Naquela, um trombone e clarinete baixo
ao fundo dá um toque adicional ao amplo trompete de Skonberg.
Em outro lugar, "The Beat Goes On" de Sonny e Cher
é ambientada com o toque funk de "The Sidewinder" de Lee Morgan e
"Days Like This" de Van Morrison se torna um dueto vocal de segunda
linha para Skonberg e a convidada Gabrielle Cavassa. Ao longo do álbum, a líder
canta com mais calor e nuances do que nunca. Isto é mais perceptível nos dois
números provavelmente gravados pensando em seu novo filho, "Beautiful
Boy" de John Lennon e o encerramento com "Lullabye", um medley
de "Goodnight, My Angel" de Billy Joel e "A Child Is Born"
de Thad Jones. A delicadeza e o amor ouvido nestas faixas contribuem ao senso
de lugar e enraizamento que permeia este álbum. Esta música é às vezes ousada e
inventiva, como o trabalho de Skonberg costuma ser, mas aqui está infundida com
mais coração. Parece uma celebração íntima das alegrias simples do lar e da
vizinhança. Como o título diz, Bria Skonberg exibe o que tudo isso significa
para ela neste álbum.
Faixas: Comes
Love; Sweet Pea; Do You Know What It Means To Miss New Orleans?; The Beat Goes
On; In The House; Cornet Chop Suey; Beautiful Boy (Darling Boy); Days Like
This; Petit Fleur; Elbow Bump; Lullabye (Goodnight, My Angel /A Child is Born).
Músicos:
Bria Skonberg (trompete, vocal); Don Vappie (banjo, guitarra); Chris Pattishall
(piano); Grayson Brockamp (baixo); Herlin Riley (bateria); Aurora Nealand
(saxofone, saxofone soprano [1]); Rex Gregory (saxofone tenor, clarinete baixo
[4, 8-10]); Ethan Santos (trombone [4, 8-10]); Ben Jaffe (tuba, sousafone [1,
10]); Gabrielle Cavassa (vocal [8]).
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=yuy1I5oTL1Q
Fonte: Jerome
Wilson (AllAboutJazz)
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