THEO CROKER – DREAM MANIFEST (Dom Recs)

Há tantos motivos pelos quais o trompetista Theo Croker estampa a capa da DownBeat de junho de 2025. Para começar, ele vem construindo fãs leais com seu belo tom e mente criativa — desde “Star People Nation” de 2019 até “BLK2LIFE // A FUTURE PAST” de 2021 e “LOVE QUANTUM” de 2022. Seus espetáculos ao vivo são hipnotizantes, festas dançantes e alegres. Além disso, ele faz tudo isso sem se enquadrar em nenhum gênero musical específico, como habilmente demonstrado em seu último lançamento, “Dream Manifest”. Jazz? Sim. Soul? Por dias. Hip-hop?. Sem dúvida. R&B? Sim, senhor. Tudo isso e algumas melodias e batidas psicodélicas para deslizar. O álbum, que reúne membros das bandas antigas e atuais de Croker, tem um verdadeiro clima de festa. É um grupo que transcende gerações, estilos e formas de arte— Mike King, Eric Wheeler, Michael Shekwoaga Ode e Miguel Marcel Russell, mais artistas convidados McDole, Estelle, Kassa Overall, MAAD, Gary Bartz, Natureboy Flako, Malaya e artistas multidisciplinares e diretor criativo D’LEAU. Merece destaque especial a música “light as a feather”, com Croker e Bartz trocando farpas em uma faixa animada com produção de Natureboy Flako. Em “high vibrations”, arranjado por Croker e D’LEAU, a batida club é contagiante, com os vocais de Malaya intensificando a vibração. Com “crystal waterfalls” e em “high vibrations”, arranjado por Croker e D’LEAU, a batida club é contagiante com os vocais de Malaya intensificando a vibração. Também dá à banda uma chance de brilhar: Os dedos de Michael King flutuam sobre o Fender Rhodes e o piano, os calos de Eric Wheeler deslizam perfeitamente sobre as cordas graves e o baterista Shekwoaga Ode demonstra um toque primoroso nas escovinhas. Porém, logo depois daquele intervalo, a equipe volta ao modo de sacudir o bumbum com “we will wanna dance”, outra batida digna de clube de Croker e D’LEAU. Uma última nota: “Dream Manifest” inicia com “prelude 3” e encerra com “postlude 3”, dois pequenos momentos de descoberta da banda. Sem pressa aqui, apenas algumas oportunidades para relaxar e curtir o som desses talentosos artistas e seus instrumentos. Quantas vezes já ouvimos que o jazz costumava ser música de dança? Theo Croker está trazendo tudo de volta ao chão. Porém, não é o jazz do seu pai ou do seu avô. A sua música é feita para hoje… com um olhar para o amanhã.

Faixas

1 prelude 3

2 one pillow (Estelle, Kassa Overall)

3 64 joints (Tyreek McDole)

4 up frequency (higher) (MAAD)

5 light as a feather (Gary Bartz, Natureboy Flako)

6 high vibrations (Malaya Watson, D'LEAU)

7 crystal waterfalls

8 we still wanna dance (D'LEAU)

9 postlude 3

 Músicos: Theo Crocker (trompete); Idris Frederick (teclados), Eric Wheeler (baixo), Miguel Marcel Russell (bateria).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=vuc22BVoB_Y

 Fonte: Frank Alkyer (DownBeat)