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quarta-feira, 26 de novembro de 2025

WILD IRIS BRASS BAND - WAY UP (Ear Up)

O Wild Iris Brass Band nasceu de uma bela e boa ação. O saxofonista Jeff Coffin (que foi recentemente introduzido no Hall da Fama do Rock & Roll com a Dave Matthews Band) estava conversando com um bom amigo em sua cidade natal, Nashville, durante o auge da maldita pandemia. Aquele amigo estava prestes a completar 50 anos e sonhava em passar o aniversário em Nova Orleans, tomando café e curtindo uma banda de metais, mas a COVID acabou com esse plano. Isso é tudo que Coffin precisava ouvir. Ele entrou em contato com o trombonista Ray Mason e os dois bolaram um esquema: Eles montaram uma banda de metais e, no aniversário daquele amigo, foram para rua com aquele amigo em Nashville, apresentando um conjunto de favoritos da banda de metais de Nova Orleans. O momento foi tão divertido que os dois começaram a compor e arranjar mais músicas para bandas de metais, e assim surgiu a Wild Iris Brass Band. The Wild Iris toca música divertida e de grande sentimento com um balanço tão profundo, que você não tem escolha a não ser sorrir, bater o pé, levantar e dançar. Os arranjos de metais são precisos e com muitas surpresas. Em “We’re The Wild Iris”, o trompetista Steven Bernstein recebe convidados com um interlúdio matador de trompete elétrico slide. O sousafone de Neil Konouchi dá início a uma versão deliciosa e festiva de “9 To 5” de Dolly Parton com solos ferozes de Coffin, Mason e do trompetista Emmanuel Echem. “Eye Of The Cyclops” chega quente como uma composição do Coffin moldada por Mason com um doce balanço pantanoso, entregue pelo baterista Justin Amaral e aprimorado por uma participação especial de guitarra de Bob Lanzetti, típico da Snarky Puppy. O que é incrível sobre esse grupo é que ele segue o espírito, senão o roteiro, da música de banda de metais. Veja, por exemplo, “Step Up”, uma releitura interessante de “Giant Steps” de John Coltrane. Ele tem balanços com ligaduras doces de trompete e muito espaço para solos. “Slow Express” serve como um passeio de ritmo médio com Béla Fleck no banjo e um canto que lembra você de “Buckle up, enjoy the ride/ Relax, gonna let it slide NT: Aperte os cintos, aproveite o passeio/ Relaxe, vou deixar isso passar”. De cima para baixo, da frente para trás, “Way Up” é muito divertido, repleto de ótimos arranjos, trabalho em grupo, solos incríveis e muitos sorrisos.

Faixas

01) We’re the Wild Iris (Coffin/Mason) [4:13]

02) 9 to 5 (Parton) [4:36]

03) Eye of the Cyclops (Coffin) [6:17]

04) Bramble Ramble (Coffin) [4:52]

05) Steppin’ Up (Coffin) [4:19]

06) The Slow Express (Coffin) [5:20]

07) Let It Slide (Coffin/Mason) [3:25]

08) To The Bone (Mason/Coffin) [5:48]

Músicos : Emmanuel Echem (trompete); Weedie Braimah (djembe, conga); Jeff Coffin (saxofones soprano, tenor, barítono, electro-sax, clarinete); Justin Amaral (bateria, percussão); Béla Fleck (banjo); Ryoko Suzuki (tamborim); Steven Bernstein ( electric slide trumpet); Neil Konouchi (sousafone); Bob Lanzetti (guitarra); Bernardo Aguiar (percussão brasileira); Jovan Quallo (sax alto); Yuko Bannai(vocal); Ray Mason (trombone, composição).

Fonte: Frank Alkyer (DownBeat) 

 

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