O Wild Iris Brass Band nasceu de uma bela e boa ação.
O saxofonista Jeff Coffin (que foi recentemente introduzido no Hall da Fama do
Rock & Roll com a Dave Matthews Band) estava conversando com um bom amigo
em sua cidade natal, Nashville, durante o auge da maldita pandemia. Aquele
amigo estava prestes a completar 50 anos e sonhava em passar o aniversário em
Nova Orleans, tomando café e curtindo uma banda de metais, mas a COVID acabou
com esse plano. Isso é tudo que Coffin precisava ouvir. Ele entrou em contato
com o trombonista Ray Mason e os dois bolaram um esquema: Eles montaram uma
banda de metais e, no aniversário daquele amigo, foram para rua com aquele
amigo em Nashville, apresentando um conjunto de favoritos da banda de metais de
Nova Orleans. O momento foi tão divertido que os dois começaram a compor e
arranjar mais músicas para bandas de metais, e assim surgiu a Wild Iris Brass
Band. The Wild Iris toca música divertida e de grande sentimento com um balanço
tão profundo, que você não tem escolha a não ser sorrir, bater o pé, levantar e
dançar. Os arranjos de metais são precisos e com muitas surpresas. Em “We’re
The Wild Iris”, o trompetista Steven Bernstein recebe convidados com um
interlúdio matador de trompete elétrico slide. O sousafone de Neil Konouchi dá
início a uma versão deliciosa e festiva de “9 To 5” de Dolly Parton com solos
ferozes de Coffin, Mason e do trompetista Emmanuel Echem. “Eye Of The Cyclops”
chega quente como uma composição do Coffin moldada por Mason com um doce balanço
pantanoso, entregue pelo baterista Justin Amaral e aprimorado por uma
participação especial de guitarra de Bob Lanzetti, típico da Snarky Puppy. O
que é incrível sobre esse grupo é que ele segue o espírito, senão o roteiro, da
música de banda de metais. Veja, por exemplo, “Step Up”, uma releitura
interessante de “Giant Steps” de John Coltrane. Ele tem balanços com ligaduras
doces de trompete e muito espaço para solos. “Slow Express” serve como um
passeio de ritmo médio com Béla Fleck no banjo e um canto que lembra você de “Buckle
up, enjoy the ride/ Relax, gonna let it slide NT: Aperte os cintos, aproveite o
passeio/ Relaxe, vou deixar isso passar”. De cima para baixo, da frente para
trás, “Way Up” é muito divertido, repleto de ótimos arranjos, trabalho em
grupo, solos incríveis e muitos sorrisos.
Faixas
01)
We’re the Wild Iris (Coffin/Mason) [4:13]
02) 9 to
5 (Parton) [4:36]
03) Eye
of the Cyclops (Coffin) [6:17]
04) Bramble
Ramble (Coffin) [4:52]
05)
Steppin’ Up (Coffin) [4:19]
06) The
Slow Express (Coffin) [5:20]
07) Let
It Slide (Coffin/Mason) [3:25]
08) To
The Bone (Mason/Coffin) [5:48]
Músicos : Emmanuel Echem (trompete); Weedie Braimah (djembe, conga); Jeff Coffin (saxofones soprano, tenor, barítono, electro-sax, clarinete); Justin Amaral (bateria, percussão); Béla Fleck (banjo); Ryoko Suzuki (tamborim); Steven Bernstein ( electric slide trumpet); Neil Konouchi (sousafone); Bob Lanzetti (guitarra); Bernardo Aguiar (percussão brasileira); Jovan Quallo (sax alto); Yuko Bannai(vocal); Ray Mason (trombone, composição).
Fonte: Frank
Alkyer (DownBeat)

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