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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

PROGRAMA DE ENSINO À DISTANCIA DA MANHATTAN SCHOOL OF MUSIC


Um inventivo processo de ensino à distancia trouxe o jazz para o mundo. A Manhattan School of Music foi a pioneira em vídeo-conferência para educação e performance musical , cujo programa teve início em 1996.

O Conservatório de Música de Xangai , China, recentemente se uniu ao programa. Em junho deste ano começaram as transmissões. O assistente da Divisão de Jazz, Justin DiCioccio ministrou duas horas de aula sobre os princípios de improvisação e ritmo, construindo um currículo jazzístico, e os segredos da abordagem do blues.

“Desde o início do programa, dez anos atrás, com o ‘Canadian National Arts Center’ nós temos conduzido, em tempo real, conferências audiovisuais em diversas escolas”, disse Christianne Orto, assistente do programa de ensino e diretora de gravações. “Nós já oferecemos aulas em tempo real com Bob Mintzer, Dave Liebman,Kenny Barron(na foto) e Dick Oates. As transmissões para Xangai incluem performances orquestrais e composições jazzísticas”. “As conversações jazzísticas com Xangai iniciaram há dois anos” ela prosseguiu. “Eles estão dirigindo o programa de educação dentro do que esperam de nós. Diferentemente das coisas que a China vem introjetando , aqui está um exemplo de algo que eles estão absorvendo de nós. Esta é uma oportunidade para impactarmos o processo educacional. É o ensino em tempo real”.

Um dos desafios das transmissões em tempo real é o horário. Para a clínica de DiCioccio, o instrutor ( que é baterista, acompanhado por piano e baixo), pode ser visto pressionando os olhos em uma aula às 7h30min da manhã. Ao contrário, Xangai está às 19h30min. Após uma introdução sobre os princípios do Jazz, DiCioccio faz observações críticas sobre a banda do Conservatório, que apresenta standards de Jazz. O trio de DiCioccio põe as palavras em prática e suinga pesado. DiCioccio lembra que seus estudantes internacionais precisam praticar.

“A vantagem é que eles podem tocar seus próprios instrumentos” declara DiCioccio. “Eles têm um bom comando. A fraqueza está no ritmo, estilo, história e entendimento da linguagem do blues e do jazz com a emoção correta. Eu sempre digo : Grandes fraseados e articulações transformam-se em ponto positivo. O fraseado e as articulações vêm do blues. Esta é a estética americana. Eles têm pouco disto, mas a mesma coisa ocorre na Europa, entretanto eles estão evoluindo cada vez mais”.

DiCioccio falou sobre Duke Ellington e Louis Armstrong, a natureza essencial da batida do “swing” e o sentimento do blues. Os estudantes de Xangai estão “ligados”. DiCioccio e a Manhattan Jazz School estão planejando residências e mais programas de ensino à distancia.

“Eu espero estar fazendo um ‘workshop’em Xangai no verão”, afirma DiCioccio. “Teríamos aulas sobre a maioria dos instrumentos e lições sobre ritmo, improvisação, arranjos, composição , história, teoria e treinamento de audição. Faríamos ‘jam sessions’ e concertos na faculdade. Planejo, também, uma mesa-redonda sobra a importância do blues e o negócio do jazz.”

“Eles estão buscando como desenvolver um programa de artes no Jazz”, Christina Orto diz. “Para nós é uma oportunidade para incrementar um conjunto de oportunidades para estes jovens artistas”.

Fonte: Downbeat/Ken Micallef

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