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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

CAROL SLOANE - DEAREST DUKE


Pense em um telhado de um viveiro, refletindo o sol, todo brilhante e novo. Agora adicione várias décadas de uso e considere como são intrigantes as marcas do tempo, polindo-o em verde e cinza, refletindo o calor e a maturidade. Assim é o esplendor outonal da voz de Carol Sloane.

Entretanto, este tributo a Duke Ellington e, por consequência, a Billy Strayhorn, é um sentimento de Vernon Duke que assalta, imediatamente, nossos pensamentos. O que há para ser dito, que já não foi mencionado sobre o carisma da voz de Sloane ?. Realmente, nada, exceto sua capacidade para interpretar densamente as onze faixas do CD "Dearest Duke", lançado pela Arbors, acompanhado pelo piano de Brad Harthfield mais toques de palhetas ( com Ken Peplowski alternando o uso do clarinete e do saxofone), que simplesmente incrementa a magnificência dos executantes.

Há uma faixa instrumental com Peplowski e Hartfield executando uma leitura "relaxada" nos meandros de "Serenade To Sweden", relembrando-nos que uma pausa musical rivaliza com a prazeirosa "(Back Home Again) Indiana".

No encerramento do disco, com "Just Squeeze Me", Peplowski prova ser um ótimo parceiro para Sloane, com uma perfeita integração, parecendo o equivalente vocal de Ginger e Fred (ou dado o pendor de Peplowski para as brincadeiras, mas acuradamente, Dean Martin e Jerry Lewis)

Fonte : JazzTimes / Christopher Loudon

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