O lançamento ambicioso de David Binney em seu próprio selo no início deste ano, “Graylen Epicenter”, arrancou mais aplausos que o usual dos críticos e companheiros músicos. E este novo, editado pela Criss Cross é outro vencedor para o muito admirado, mas não elogiado compositor e saxofonista alto.
Grandes músicos, um time de alta qualidade formado em sua maioria por jovens instrumentistas foram reunidos para Barefooted Town—Ambrose Akinmusire no trompete, Mark Turner no saxofone tenor, David Virelles no piano, Eivind Opsvik no baixo e Dan Weiss na bateria, que parecem felizes em manter a ênfase na complexidade das composições de Binney em vez de investir nas suas proficiências como solistas. Há impressivos sopros no disco, especialmente na elevada energia das peças de abertura “Dignity” e “Seven Sixty”. Akinmusire e os saxes atuam desprendidos em “Secret Miracle” e Weiss mantém uma brilhante multiformidade. Mas o foco permanece notavelmente centrado no trabalho da banda e na música de Binney. Virelles executa um poderoso solo em “The Edge of the Seasons” e adiciona brilho à maior quietude e mais baladeira “A Night Every Day”, por exemplo, porém respeitosamente repete um acorde para um efeito s hipnótico. E Akinmusire não tem nenhum problema em permitir que seu trompete seja usado simplesmente para colorir outras partes.
As composições de Binney, entretanto, são sérias sem serem desprazeirosas . Ele mesmo utiliza vocalizações sem palavras em três faixas, tece modelos melódicos com os três instrumentos de sopro e alimenta-os com complicadas linhas uníssonas, e transita entre espertezas bem medidas. Por toda complexidade e experimentação, entretanto, seu trabalho mantém a paixão e o lirismo engajado. Esta não é uma audição casual, de qualquer maneira. Porém é um lembrete que composições feitas olhando para frente podem ser palatáveis.
Faixas
1. Dignity 9:42
2. Seven Sixty 7:253. The Edge of Seasons 10:51
4. Barefooted Town 7:42
5. Secret Miracle 7:35
6. A Night Every Day 5:22
7. Once, when she was here 6:48
Fonte : JazzTimes /Bill Beuttler
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