
No roteiro, um giro pelo repertório do compositor, espraiado
em gêneros solicitados por trilhas de balés e peças, como a História de Lily Braun, embebida em
blues ou no estilizado ( e farpado) baião maracatu Ode aos Ratos, ambos com Chico Buarque .
Do inaugural parceiro Vinicius de Moraes, da bela e sombria Canto Triste e da redentora Canção do Amanhecer, ao alegórico samba Ave Rara (com Aldir Blanc), o disco
promove uma releitura jazz sinfônica de temas desse discípulo da dualidade
erudita e popular de Jobim e Villa Lobos. Alternam-se solos memoráveis como o
sax soprano tempestuoso de Senise em Vento
Bravo, e o aparte sanfoneiro de Peranzetta em Dança do Corrupião (com Paulo César Pinheiro). Os solistas
integram-se sem sotaque ao ambiente. No baião Zanzibar, Herman van Haaren transforma o violino em rabeca, mesmo a
léguas do agreste armorial.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte : CartaCapital /Tárik de Souza
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