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sábado, 14 de junho de 2014

MORRE O CANTOR JIMMY SCOTT

Jimmy Scott, cuja distinta voz  de soprano—causada por uma rara condição genética chamada Sindrome de Kallmann — deu à sua música uma pureza e mocidade mesmo na velhice, faleceu em 12 de Junho em sua casa em Las Vegas, enquanto dormia. Sua morte, cuja causa ainda não foi revelada, foi confirmada por uma amigo da família. Scott tinha 88 anos.

Nascido James Victor Scott, em Cleveland, Ohio, em  17 de Julho de 1925, um dos 10 filhos,  “Little” Jimmy Scott, como ele era conhecido no início da carreira, nasceu dentro das condições anteriormente mencionada , que retardou seu crescimento físico e o fez incapaz de alcançar a puberdade. Como resultado, a voz de Scott era invulgarmente aguda para um adulto masculino, entretanto ele a utilizou como uma vantagem no palco e nas gravações que ele fez , iniciando no final dos anos 40 com a Orquestra de Lionel Hampton, Charlie Parker e outros. O atrativo de Scott cruzou o jazz para o nascente mundo do rhythm and blues(R&B), e seu disco com Hampton , em 1950, pela Decca , “Everybody’s Somebody’s Fool” , alcançou a lista dos 10 mais da  Billboard em R&B (Scott não foi creditado pela da gravadora, entretanto).

Scott gravou sob seu próprio nome em 1951, lançando seu disco de estreia,” Very Truly Yours”, pela Savoy em 1955. Porém, no início dos 60, após um álbum que ele gravou para o selo de Ray Charles, ficou obscurecido por questões contratuais, assim ele desistiu da  música e começou a trabalhar em vários empregos fora da indústria de entretenimento. Ele lançou  novos álbuns em 1969 e  1975, porém eles não foram divulgados.

Scott começou atuando em clubes outra vez em 1985 e, em 1991, cantou no funeral de seu velho amigo, o compositor Doc Pomus, e subsequentemente foi  abordado pelo presidente da Sire Records , Seymour Stein, que expressou interesse em gravá-lo outra vez . Scott lançou um álbum intitulado “All the Way”  em 1992, e , em seguida, o interesse no vocalista cresceu. Ele foi  patrocinado por artistas de rock, tais como Lou Reed (Scott cantou no álbum “Magic and Loss” de Reed) e David Byrne, e o diretor David Lynch utilizou-o na tela e na trilha sonora da sua popular série de TV, Twin Peaks.

Scott continuou a gravar para a Sire, depois para a Milestone e outros selos no início dos anos 2000. Um documentário,  Jimmy Scott: If You Only Knew, foi produzido em 2002 e exibido em estações da PBS . Uma biografia, “Faith in Time: The Life of Jimmy Scott (DaCapo)”, de David Ritz, foi publicada no mesmo ano. Diversas compilações de álbuns iniciais e dos seus últimos trabalhos foram lançadas por vários selos, incluindo “ Someone To Watch Over Me”, pela Warner Bros., e uma coleção pela Rhino ,” Lost and Found”. Jimmy Scott foi nomeado um Mestre do Jazz pela NEA em 2007.

Fonte: Jeff Tamarkin (JazzTimes)


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