“Joy in Spite of Everything”, o novo álbum do pianista Stefano
Bollani, é belo. Deslumbrante. Sereno. Isto é tudo. Não há escuridão diante da
luz que salta. Apresentando o baterista Morten Lund, o baixista acústico Jesper Bodilsen, o guitarrista Bill Frisell e
o saxofonista tenor Mark Turner, “Joy” é
um evento singular. Nada para anular os bons sentimentos. O que mais nós temos
aqui é beleza, mas do que qualquer coisa,
isto vale muito mais.
O mais próximo que chegamos da tensão é o dueto Frisell/Bollani,
“Teddy”, que foi inspirado no pianista Teddy Wilson (Bollani compôs todas as
músicas em “Joy”) . O início da faixa encontra o guitarrista e pianista
explorando o som restrito, mas misterioso dentro de uma improvisação livre, um alívio
após muita estrutura e refinamento. Então, quando a canção emerge, há algo mais
aguçado na música. Talvez os instrumentistas sintam-se liberados pela ausência
do baixo e bateria.
Composicionalmente , “Joy” é mais atraente em “Easy Healing”.
A peça caribenha é , como se depreende do seu título, suavizante. Turner soa natural e confortável neste espaço
. Seu solo é exultante. “No Pope No Party” é memorável, também. A melodia
parece de Thelonious Monk, e Turner, mais
uma vez, ajusta-se perfeitamente. Porém, em geral, “Joy” soa mais ou menos do mesmo jeito do início ao
fim.
Faixas:
Easy Healing; No Pope No Party; Alobar e Kudra; Las hortensias; Vale; Teddy;
Ismene; Tales From The Time Loop; Joy In Spite Of Everything.
Fonte: Brad
Farberman (JazzTimes)
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