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sexta-feira, 27 de março de 2015

STEFANO BOLLANI – JOY IN SPITE OF EVERYTHING (ECM Records)

“Joy in Spite of Everything”, o novo álbum do pianista Stefano Bollani, é belo. Deslumbrante. Sereno. Isto é tudo. Não há escuridão diante da luz que salta.  Apresentando o baterista  Morten Lund, o baixista acústico  Jesper Bodilsen, o guitarrista Bill Frisell e o saxofonista tenor Mark Turner, “Joy”  é um evento singular. Nada para anular os bons sentimentos. O que mais nós temos aqui é beleza, mas do que qualquer  coisa, isto vale muito mais.

O mais próximo que chegamos da tensão é o dueto Frisell/Bollani, “Teddy”, que foi inspirado no pianista Teddy Wilson (Bollani compôs todas as músicas em “Joy”) . O início da faixa encontra o guitarrista e pianista explorando o som restrito, mas misterioso dentro de uma improvisação livre, um alívio após muita estrutura e refinamento. Então, quando a canção emerge, há algo mais aguçado na música. Talvez os instrumentistas sintam-se liberados pela ausência do baixo e bateria.

Composicionalmente , “Joy” é mais atraente em “Easy Healing”. A peça caribenha é , como se depreende do seu título, suavizante.  Turner soa natural e confortável neste espaço . Seu solo é exultante. “No Pope No Party” é memorável, também. A melodia parece  de Thelonious Monk, e Turner, mais uma vez, ajusta-se perfeitamente. Porém, em geral, “Joy”  soa mais ou menos do mesmo jeito do início ao fim.

Faixas: Easy Healing; No Pope No Party; Alobar e Kudra; Las hortensias; Vale; Teddy; Ismene; Tales From The Time Loop; Joy In Spite Of Everything.


Fonte: Brad Farberman (JazzTimes)

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