Gravando como valioso líder e acompanhante
em numerosos contextos por mais de 40 anos, o saxofonista barítono, Ronnie
Cuber, continua sua lavra através de diferentes, às vezes contrastantes, terrenos.
Ele reuniu uma banda desafiadora com saxofone/baixo/bateria para “Trio”, em
2018, e para “Four”, onde Cuber apresenta um balanço típico do soul-jazz, adicionando seu barítono a um
trio de órgão. É um som clássico do jazz, mas é atípico em sua própria
discografia. A entonação calorosa e fluída que Cuber traz para esta sessão é
maravilhosa porque ele assume por bastante tempo a tropa. Seu comando da dinâmica
vem através de cores especialmente vívidas em baladas como “Tenderly”, como o
instrumentista de B-3, Brian Charette, projeta “Bluesette” de Toots Thielemans como
funk. O baterista Adam Nussbaum tem sido um regular acompanhante nos grupos de Cuber,
e esta familiaridade possibilita um diálogo contínuo e satisfatório. Em
entonações austuciosas, o baterista em “Coming Home Baby” deve ter feito Cuber
repensar sua direção no voo, embora ele facilmente flutue sobre as mudanças. Enquanto
a abordagem de Cuber, aqui, seja resolutamente moderna, muito do álbum serve à
mesma função que o idioma do órgão-jazz realizou 50 anos atrás: clubes de rock
com a mesma espécie de espinha dorsal de uma banda mais ampliada.
Faixas:
Battery Blues; Sidewinder; Motivation; Tenderly; Just Friends; Bluesette;
Coming Home Baby; How High The Moon; Sugar; Four. (66:45)
Músicos:
Ronnie Cuber, saxofone barítono; Ed Cherry, guitarra; Brian Charette, Hammond
B-3; Adam Nussbaum, bateria.
Fonte: Aaron
Cohen (DownBeat)
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