A pandemia da COVID mudou muitas coisas na vida diária, criando
algo de novo, transformado em "normal". Isto não é mais aparente do
que em muito dos métodos "fora da caixa", que a performance dos artistas
utilizou para subsistir e exercer o intercâmbio durante um bloqueio virtual. Em
particular, o saxofonista tenor Harry Allen foi alcançado pela pandemia em uma
curta excursão na Europa, em Março de 2020, retornando a Nova York. Porém, mais
do que simplesmente esperar para ver o que aconteceu, Allen saltou
impetuosamente em dois projetos impetuosos. Tomando vantagens de algum novo
equipamento adquirido para gravação e um software, o saxofonista realizou uma
gravação "solo", “The Bloody Happy Song (GAC Records, 2020) ”. Esta
gravação apresentou Allen sozinho, aparecendo em uma variedade de formatos virtuais
gerados por computador, do solo do seu instrumento a uma pequena orquestra. Os resultados
foram suingantes e impressionantes.
Extrapolando este método, Allen convidou o guitarrista Dave
Blenkhorn, com quem ele tinha excursionado na Europa na véspera da pandemia, ao
realizar uma gravação transatlântica: Allen em Nova York e Blenkhorn em
Bordeaux, França (considere a atmosfera romântica destes locais!). O resultado está em “Under A Blanket
Of Blue (GAC Records, 2020)”. Os projetos prosperamente exibidos, cuja
criatividade é adaptada quando necessária, e, no seu melhor, traz todas as
coisas para se juntar, apesar das circunstâncias temporais. Os mais recentes
projetos de Allen exibem a excelência. Eles também restauram um pouco do
mistério, que é ainda capaz de realizar mesmo o mais exausto e cético entre
ouvintes.
Tome, por instante, o terceiro projeto pandêmico de Allen, “Milo's
Illinois”, gravado na casa de Allen com o baixista Mike Karn. O título em si é
preenchido com questões. Quem é Milo e porque Illinois? Apenas parte disto é revelada,
mas esta parte vale a pena. Em números, “Milo's Illinois” é composto por nove standards e duas inéditas. O tema
importante vem desde o mapa esperançoso de "Love Is Just Around The
Corner" à resignada "Just One of Those Things" à com entonação
sépia "Tea For Two". Duas canções são capturadas com um espírito
intensamente relaxado, fazendo algo de melhor do que uma situação marginal com
intimidade e empatia.
A entonação de Allen permanece tão suave e segura como
sempre, adotando uma natureza mordaz, quando aplicada a Antônio Carlos Jobim
("O Grande Amor", "How Insensitive"). Karn encontra Allen frontalmente,
antecipando o saxofonista e guiando-o. Karn providencia a introdução a diversas
peças, dando a "Tea For Two" sua mais cuidadosa consideração antes de
impulsionar as coisas em modo suingante com a entrada de Allen. "Gypsy
Sweetheart", de Mitchell Parish, raramente é apresentada com um tratamento
arredondado com o saxofonista e o baixista dedilhando tranquilamente. "The
Song Is Ended" de Irving Berlin é apresentada de forma animada e passeando
em um imperturbável 4/4, passando para "How Insensitive", providenciando
a Karn o maior e mais inventivo espaço para o solo.
"Milo's Illinois" é a contribuição de Karn para a
gravação, uma peça em circuito bebop com uma comovente liderança e interior
convincente. Milo resulta em ser um cachorro, algo pequeno. E, "'Milo's
Illinois" é uma música sobre a manutenção de um pequeno cachorro animado, trazendo
este projeto para seu tranquilo e positivo encerramento com questões ainda
respondidas. O louvor ao pequeno e simples. Eles nunca desapontarão e tem sido
um longo inverno.
Faixas: Love
Is Just Around The Corner; Just One Of Those Things; A Time For Love; O Grand
Amor; Tea For Two; Gypsy Sweetheart; Tenderly; Milo's Illinois; Just Pickin'
Out Ditties; The Song Is Over; How Insensitive.
Músicos: Harry Allen: saxofone; Mike Karn: baixo acústico.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=4GhmOXFsoVQ
Fonte: C.
Michael Bailey (AllAboutJazz)
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