“Texas Moon” é a reviravolta espiritual do lançamento de Khruangbin
e Leon Bridges, em 2020, “Texas Sun”, e , como aquela, outra breve, mas
aventureira brincadeira, “Texas Moon” tece junto, aparentemente, tradições
musicais disparatadas em uma tapeçaria psicodélica bem forjada.
Esta coletânea inicia com “Doris”, uma faixa destinada a dar
a uma mulher o sal da terra no crepúsculo de sua vida. Encharcado em
reverberação liberal e wah-wah na guitarra, a forma como uma debutante
de New Orleans de ontem poderia ter encharcado “Evening In Paris”, o som
capturado aqui, repleto de um coro alagado a repetir o nome do sujeito como um
canto, fica consigo muito tempo depois dela ter terminado.
O mesmo poderia ser dito para todas as faixas: Da suingante,
com o sabor de afro-batidas para um dançarino, “B-Side”, uma jam lenta inspirada
em Prince, “Chocolate Hills”, e o país por via do soul, “Mariella”, cada faixa promove
a parcela sônica global que este coletivo explorou desde “Texas Sun”. O
excelente baixo de Laura Lee, a bateria descontraída de Donald Johnson e a
guitarra alucinógena de Mark Speer, um grande efeito aprimorado pelo pedal de Will
Van Horn, todos perfeitamente suportando o companheiro texano, Leon Bridges, um
vocalista que continua o deleite com sua entonação e fraseado intimista.
Faixas: Doris; B-Side; Chocolate Hills; Father Father;
Mariella. (22:39)
Músicos: Leon Bridges, vocal; Khruangbin, coro; Mark Speer,
guitarra, percussão, órgão, sintetizador (3); Laura Lee, baixo; Donald Johnson
Jr., bateria, SK-20 Symphonic Ensemble (1); Will Van Horn, pedal
steel guitarra (1, 3–5); Charlie Perez, conga, bongô (2).
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=CgugkEB-q_Q
Fonte: Ayana Contreras (DownBeat)
Nenhum comentário:
Postar um comentário