playlist Music

domingo, 30 de novembro de 2008

ROGER KELLAWAY LIVE AT THE JAZZ STANDARD - (IPO Recordings [2008])


O pianista e compositor Roger Kellaway está naquela “interface” entre os poucos conhecidos , mas respeitado, e conhecido , porém injustamente pouco reconhecido como um mestre. Suas recentes gravações para a IPO,“Heroes (2007)” e “I Was There: Roger Kellaway Plays from the Bobby Darin Songbook (2005)”, foram muito bem recebidas e reveladoras de um profissional e persistente batalhador. Kellaway é um tesouro nacional, que é onisciente no campo do jazz. Apresentou-se diversas noites em Nova York no “Jazz Standard”, que resultou no álbum “Roger Kellaway Live at the Jazz Standard”.

Kellaway veio para a gravação com uma proposta na agenda: a formação de uma banda sem bateria , aproximando-se da formação de Nat King Cole - piano, baixo, guitarra dos anos 60. Está acompanhado pelo guitarrista Russell Malone e pelo baixista Jay Leonhart, veteranos da cena jazzística de Nova York . Adicionou o vibrafonista Stefon Harris e o trio passa a ser um suingante quarteto. O violoncelista Borislav Strulev brilha na única composição de Kellaway do “set”, a elegíaca "All My Life". Em toda parte está a sonoridade dos anos 50 e 60 . O repertório de Kellaway reflete suas aspirações para a banda: a intensidade de Ellington em um grupo bop.

A abertura do disco apresenta não menos que três composições de Ellington ; espirituosas em "Cottontail" and "C Jam Blues" e “religiosa” em "I'm Beginning to See The Light." Kellaway e Harris entrelaçam suas respectivas melodias ao redor do outro , com um iniciando uma frase enquanto o outro a termina. Isto é mais provocativo quando aplicado em canções mais elaboradas, particularmente na composição de Paul Desmond, "Take Five". Com este "standard" do jazz, há certa expectativa antes da audição do arranjo de Kellaway . Kellaway e Harris intercambiam seções na famosa abertura, deixando a peça levemente fora de forma , mas é prazeiroso e inventivo.

Kellaway afasta-se do seu toque baladeiro em "Someday My Prince Will Come" e "The Nearness of You". Do bebop vem a marcante "Doxy" , que encerra o primeiro disco. O segundo disco inicia com genialidade. Kellaway arranja a música datada de 1930, de “Bob Nolan and the Sons of the Pioneers”, "Tumbling Tumbleweeds". Toda a banda tem uma saudável experiência nesta faixa. Kellaway caminha através do território das canções “country”, das estalagens de beira de estrada e de música de salão, com Malone sendo particulatmente vigoroso em seus solos e acompanhamento. O destaque do disco é o longo tratamento dado à composição de Miles Davis, "Freddie Freeloader". Kellaway efetivamente estende um século de piano jazzístico através do prisma modal do seu abstrato componente blueseiro, oferecendo a mais atrativa interpretação em recente memória. Mais do mesmo pode ser dito para a espinhosa "52nd Street Theme", de Thelonius Monk, que é apresentada em toda sua glória bop.

Qualquer lançamento de Roger Kellaway merece respeito, mas “Roger Kellaway Live at the Jazz Standard” está acima do seu melhor. Tem um som clássico para uma música clássica.

Faixas - CD1: Cottontail; C Jam Blues; Someday My Prince Will Come; All My Life; I'm Beginning to See the Light; Take Five; The Nearness of You; Doxy.
CD2: Tumbling Tumbleweeds; Cherry; You Don't Know What Love Is; Freddie Freeloader; 52nd Street Theme.

Fonte: All About Jazz / C. Michael Bailey

ANIVERSARIANTES 30/11


Duane Andrews (1972) - guitarrista,
Jack Sheldon (1931) - trompetista , vocalista (na foto) ,
Stan Sulzman (1948) - saxofonista

IMENSA LOJA DE LPS EM VANCOUVER

Existem duas grandes lojas de LPs em Vancouver. Uma com especialidade em Jazz e a outra vende apenas Classicos. Eh mesmo de tirar o chapeu, quer dizer a `boina`


Em meio aos discos encontram-se belissimos boxes de Jazz, estilizados e de edicoes limitadas, da Verve, Capitol, Impulse Records entre outros, como tambem discos de Laurindo de almeida, Walter Wanderley, Elis, Jobim, Gil, Baden Powell, Tania Maria, Astrud, Marcos Valle (carissimo). A parte brasileira eh bem refinada e cara tambem (discos de $100,00)




Por esses dias conheci o dono de uma Radio daqui de Vancouver, e depois de um longo papo, este convidou-me a participar ativamente da programacao de sua Radio. Ele me deu toda a liberdade para escolher as musicas que irao para a programacao, que sera ao vivo. Isso ocorrera na sexta-feira da semana seguinte. A Radio eh vinculada a University Of British Columbia.


Sera uma experiencia interessante!




Forte Abraco,
Felipe Sancho

sábado, 29 de novembro de 2008

ACORDO ENTRE CONCORD MUSIC GROUP E RAY CHARLES FOUNDATION


O grupo “Concord Music” anunciou que firmou um acordo de exclusividade com a Ray Charles Foundation para divulgar o catálogo do artista nos anos pós 1960, que contém trabalhos clássicos para os selos ABC e Tangerine . Muitos dos trabalhos serão disponibilizados digitalmente pela primeira vez, incluindo gravações ícones como “Georgia On My Mind”, “Hit the Road Jack” e “Crying Time” , dentre outras.

O programa de relançamento será inaugurado com o lançamento de “The Spirit of Christmas” e continuará em março de 2009 com a , ainda não intitulada, coleção de seus grandes sucessos. Ao longo de 2009, a Concord relançará seis importantes álbuns, bem como alguns exclusivamente digitalizados.

“The Spirit of Christmas”, que foi lançado originalmente em 1985 pela Columbia Records, apresenta sucessos natalinos como “What Child Is This”, “The Little Drummer Boy” e “Santa Claus Is Coming to Town”. A reedição inclui a faixa adicional “Baby It’s Cold Outside” , um dueto com Betty Carter gravado em 1961. A gravação digititalizada estará disponível no iTunes e em outros estabelecimentos digitais. O produto físico virá para o Natal de 2009.

Em Março, a Concord divulgará uma retrospectiva com 21 grandes sucessos, incluindo as anteriormente mencionadas “Georgia on My Mind”, “Hit the Road Jack” mais “Busted”, “I Can’t Stop Loving You”, “Sticks and Stones”, “Drown in My Own Tears”, “Unchain My Heart” ,“I’ve Got a Woman” , “You Are My Sunshine” e “Take These Chains From My Heart”.

Durante 2009, vários outros títulos virão à luz. Entre os destaques estão “Starbucks Opus Anthology” para ser disponibilizado na conhecida cafeteria; “Modern Sounds in Country Western Music, Vol. 1 & 2”; “The Genius Hits the Road”; “Genius + Soul = Jazz”; Berlin, 1962” mais a versão física de “The Spirit of Christmas”. A ambiciosa iniciativa continua com “Genius Loves Company” , vencedor de oito “Grammy® Awards”, incluindo melhor álbum. A Concord também lançará “Ray Sings, Basie Swings in 2006”, uma gravação não divulgada , apresentando Ray Charles com a “Count Basie Orchestra”.

Fonte : JazzTimes / Jeff Tamarkin

ANIVERSARIANTES 29/11


Adam Nussbaum (1955) – baterista,
Billy Hart (1940) - baterista,
Billy Strayhorn (1915-1967) – pianista (na foto),
Chuck Mangione (1940) - trompetista, flugelhornista,
Darryl Alexander Sr. (1956) - baterista,
David Shaich (1954) – baixista,
Dr. Michael White (1954) - clarinetista,
Ed Bickert (1932) - guitarrista,
Jim Massoth (1957) – saxofonista

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

JACO PASTORIUS PARK SERÁ INAUGURADO EM 1° DE DEZEMBRO


A cidade de Oakland Park, Florida, será palco da inauguração do “Jaco Pastorius Park” situado na “ 4000 North Dixie Highway” às 16h30min do próximo 1° de Dezembro. A cerimônia será seguida pelo concerto “Jazz on the Green” com a participação de vários artistas que estiveram ligados ao legendário artista (na foto), que dá nome ao parque .

“Nós escolhemos o dia 1° de Dezembro porque é a data do aniversário de Jaco ” declarou Mayor Layne Dallett Walls. “Nós estamos com grande expectativa em relação às performances dos músicos que possuem conexões pessoais com Jaco, bem como com as apresentações das bandas de jazz da “Northeast High School” , onde Jaco estudou.

Pastorius, que cresceu próximo ao “Oakland Park City Hall”, viria a ser um extraordinário talento musical da “Northeast High School”. Vinte anos após sua morte, ele ainda é considerado,na indústria musical, como o maior baixista do mundo. Durante sua breve e brilhante carreira, Pastorius gravou , também, álbuns com Pat Metheny, Herbie Hancock, Joni Mitchell e Weather Report.

De acordo com Jenna LaFleur , diretor dos Serviços de Lazer do Parque, o concerto começará às 18h com jazzistas importantes do sul da Flórida, tais como Toni Bishop, Othello Molineaux, Ira Sullivan, Bobby Thomas e Randy Bernsen dentre outros.

Fonte : JazzTimes / Jeff Tamarkin

ANIVERSARIANTES 28/11


Butch Thompson (1943) - clarinetista, pianista,
Dennis Irwin (1951) - baixista ,
Diego Rivera ( 1977) - saxofonista,
Gato Barbieri (1934) – saxofonista (na foto),
George Wettling (1907-1968) - baterista,
Gigi Gryce (1927-1983)- saxofonista,
Pete Robbins (1978) - saxofonista,
Randy Newman (1943) - pianista,
Roy McCurdy (1936) - baterista,

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

ANIVERSARIANTES 27/11


Daniel Bennett (1979) - saxofonista ,
Ed Saindon (1954) - vibrafonista,
Eddie South (1904-1962) - violinista,
Jacky Terrasson (1966) – pianista,
Joris Teepe (1962) - baixista ,
Lyle Mays (1953)- pianista,
Maria Schneider (1960) - pianista , arranjadora, compositora, líder de orquestra (na foto),
Michael Rabinowitz (1955) - fagotista,
Randy Brecker (1945) - trompetista , flugelhornista, Rebecca Coupe Franks (1961) - trompetista,
Wessell Anderson (1964) - saxofonista

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

ANIVERSARIANTES 26/11


Amos Garrett (1941) - guitarrista,
David Cooper (1963) - trompetista,
Mark Dresser (1952) – baixista (na foto)

No cinqüentenário da bossa nova, Som Brasil rende homenagem a Tom Jobim


Na próxima sexta-feira, dia 28, o ‘Som Brasil’ homenageia o defensor da música brasileira, como assim se intitulava Tom Jobim. Para relembrar os “sambas de uma nota só” de um dos músicos mais interpretados do mundo, cantam no palco do programa BR6, Mario Adnet, Rosa Passos, Joyce e, para representar o grande maestro, Milton Nascimento e Jobim Trio.
Nota: O programa SOM BRASIL vai ao ar pela rede Globo após o Programa do Jô, de sexta para sábado.












Para lembrar os melhores sambas e bossas de Tom, o ‘Som Brasil’ recebe a cantora baiana de sucesso internacional Rosa Passos, que trás para o palco “Dindi”, “Retrato em branco e preto”, “Você vai ver” e “Águas de março”. “Na música do Tom, é preciso ter um sotaque universal. Faço música do coração e, nisso, estou em sintonia com ele”, disse Rosa.
O sexteto BR6 interpreta à capela “Girl from Ipanema”, “Surfboard” e “Samba do Avião”. A combinação das vozes de Crismarie Hackenberg, Deco Fiori, André Protásio, Marcelo Caldi, Simô e Naife Simões encantou Letícia Sabatella, que aproveitou o show de olhos fechados, verdadeiramente impressionada com a apresentação.

O violonista, cantor, compositor e maestro carioca Mario Adnet toca “Wave” e “Quebra pedra”. Em um momento muito especial do programa, Mario e sua orquestra se juntam à cantora Joyce para interpretar “Luiza”. “Este foi um programa de nível altíssimo. Fico feliz de fazer parte da nova fase do ‘Som Brasil’ que se abre para a música instrumental”, disse o maestro.

Milton Nascimento e Jobim Trio interpretam “A Felicidade”, “Inútil Passagem”, “Eu sei que vou te amar” e “Chega de Saudade”. O cantor afirmou com muito orgulho sua paixão por Tom. “Gravar ‘Som Brasil’ com músicas do Tom, para mim é o máximo que pode acontecer com um músico. Estou em busca de recriar no mundo todas as pessoas que ouvem Tom”.

Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim nasceu em 25 de janeiro de 1927, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Porém, o cantor só encontrou a garota de seus sucessos em Ipanema, onde cresceu e floresceu. Ainda jovem, trabalhava como pianista nas boates dos anos dourados de Copacabana para se sustentar. Com uma lista de parceiros invejáveis, que inclui Vinícius de Moraes e João Gilberto, Tom Jobim teve 35 discos gravados e mais de 500 grandes canções compostas em seus 40 anos de carreira.

O programa foi gravado nos dias 22 e 23/9, nos estúdios do Projac, RJ. O diretor de núcleo Luiz Gleiser não esconde a admiração pelo cantor. “Vocês estão vivendo um momento antológico na televisão brasileira”, disse ao público presente. “É preciso ter essa frente permanente de combate em favor da música de qualidade”
Vejam texto completo e escute as apresentações no link http://tvglobo.sombrasil.globo.com/som-brasil/
Fonte: Site G1

terça-feira, 25 de novembro de 2008

ANVERSARIANTES 25/11


Dick Wellstood (1927-1987) - pianista,
Eddie Boyd (1914-1994) – pianista, vocalista ,
Etta Jones (1928-2001) - vocalista,
Nat Adderley (1931-2000) – cornetista,
Paul Desmond (1924-1977) – saxofonista(na foto),
Rusty Bryant (1929-1991)- saxofonista,
Terell Stafford (1966) - trompetista,
Willie "The Lion" Smith (1897-1973) - pianista,
Willie Smith (1910-1967) - clarinetista, saxofonista , vocalista

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Diego Bruno Quarteto lança o cd "REFLEJOS"


Diego Bruno, guitarrista de renome na cena de jazz da Argentina radicado na Bahia a alguns anos, lança seu primeiro CD "REFLEJOS". Inicialmente gravado pela nata jazzística de Buenos Aires o CD foi finalizado no Brasil. Extremamente bem cuidado, o cd prima pela grande execução das músicas, pela inventividade das composições de Diego a exemplo das músicas "R.E.M" e "Charlie, Charlie, Charlie" e pelo alto nível dos músicos envolvidos, a exemplo do baterista Oscar Giunta e do saxofonista Ricardo Cavalli. Que seja o primeiro de uma série de discos do guitarrista. Boa sorte, Diego!

Diego Bruno Quarteto.

Diego Bruno: Guitarra e direção musical
Hernan Voyzuk: Bateria
Bruno Aranha: Teclado
Ledson Galter: Contrabaixo acustico


Teatro do Sesi - Rio Vermelho
25 de novembro às 21h
R$10,00 inteira e R$ 5,00 meia

ANIVERSARIANTES 24/11


Al Cohn (1925-1988) – saxofonista (na foto),
Scott Joplin (1868-1917) - pianista,
Serge Chaloff (1923-1957) - saxofonista,
Teddy Wilson (1912-1986) - pianista,
Wild Bill Davis (1918-1995) - organista

domingo, 23 de novembro de 2008

Grande noite da Sojazz













Muita alegria, bom ambiente, música e recepção em alto nível na festa da Sojazz, ocorrida na noite da última sexta-feira no aristocrático salão de festas da Mansão Pedro Calmon.
A anfitriã Edleusa, suas filhas, juntamente com Felipe capricharam na produção. Um coquetel maravilhoso, uma ótima comida que esbanjou principalmente na qualidade. A decoração, irretocável.
A música ao vivo ficou a cargo de Paulinho Andrade e banda, com ele no sax e também Vítor Brasil na bateria, Ledson Galter no baixo, Mou Brasil na guitarra e Marcelo Galter no teclado. O repertório de jazz e bossa encantou a todos.


















































































ELIANE ELIAS - BOSSA NOVA STORIES (Blue Note Records[2008])


Para a maioria das pessoas, a bossa nova começou em 1962, o ano em que o disco do saxofonista Stan Getz “Jazz Samba (Verve, 1962)” e o compacto em 45rpm "Desafinado" revolucionou os álbuns pop e as paradas de sucesso dos “singles”. Naquele outono, "Desafinado" vendeu aproximadamente 500.000 cópias e até o final do ano a América viveu a loucura da bossa nova . Mas em seu nascimento no Brasil, a bossa nova emergiu por volta de 1958, e 2008 tem sido declarado o seu 50° aniversário. O ano tem tido um incontável lançamento de discos de bossa nova, alguns divinos outros nem tanto.

“Bossa Nova Stories” toca os extremos. A vocalista e pianista , nascida em São Paulo, Eliane Elias cresceu com a bossa nova e, desde que migrou para Nova York no início da década de 80, tem gravado diversos álbuns celebrando o estilo. Entre os que obtiveram sucesso está “Sings Jobim (Blue Note, 1997)”, apresentando o trabalho seminal do compositor Antonio Carlos Jobim (autor de Desafinado e co-autor de "The Girl From Ipanema"), em que foi acompanhada por Michael Brecker,no saxofone tenor, pelo violonista Oscar Castro Neves, pelo baixista Marc Johnson e pelo baterista Paulo Braga.

O grupo retorna com “Bossa Nova Stories”, sem o saxofonista (falecido em 13/01/2007 após complicações com leucemia [NR]), mas com a adição de uma orquestra de cordas em metade das 14 faixas. Sete canções são clássicas, a maioria familiar, incluindo "Desafinado" e "The Girl From Ipanema." As outras sete são recolhidas do grande repertório norte-americano. Elias canta as bossas novas em português e os “standards” em inglês. Seu melífluo, mas muscular piano, com seu opulento bloco de acordes, aparece em diversos solos, mas é geralmente subserviente à sua vocalização, que é rica, calorosa e mais atraente que em “Sings Jobim”.

O álbum divide-se quase que precisamente à metade , com a primeira das seis faixas obtendo mais sucesso que as oito subsequentes. "The Girl From Ipanema" e "Desafinado" têm leituras suntuosas , ambas fazendo bom uso dos arranjos de corda de Rob Mathes e em "Desafinado" há alguns dos mais fortes trabalhos de piano de Elias. Duas outras amadas bossas novas, "Chega De Saudade" e "Estate" são incluídas, junto com um par de “standards”, que se encaixam bem ao estilo leve do ritmo. Se você nunca ouviu antes "The More I See You" de Warren e Gordon e "They Can't Take That Away From Me" de George e Ira Gershwin, provavelmente assumirá que foram escritas originalmente como bossa nova.

Estas seis primeiras faixas são um sonho, exuberante e amoroso, um bálsamo para as almas fatigadas. Mas a disposição não é sustentada durante a execução da segunda parte do disco. Os ‘standards” não combinam bem com a bossa nova, muito menos os arranjos, e as interpretações de Elias do material brasileiro são comuns.

A metade das faixas que abrem o álbum empurram-no para fora da zona morta. Entrementes, uma completa comemoração do 50° aniversário da bossa nova espera o lançamento de “Stan Getz: The Bossa Nova Albums (Verve, 2008)”,uma caixa incluindo cinco discos de Getz, gravados entre 1962 e 1963.

Faixas: The Girl From Ipanema; Chega De Saudade; The More I See You; They Can't Take That Away From Me; Desafinado; Estate (Summer); Day In Day Out; I'm Not Alone (Who Loves You?); Too Marvellous For Words; Superwoman; Falsa Baiana; Minha Saudade; A Rã (The Frog); Day By Day.

Músicos: Eliane Elias: vocal e piano; Oscar Castro Neves: violão; Marc Johnson: baixo; Paulo Braga: bateria e percussão; Toots Thielemans: gaita (7, 13); Ivan Lins: vocal (8); Orquestra arranjada e conduzida por Rob Mathes (1, 3, 5, 6, 8, 9, 14).

Fonte: All About Jazz / Chris May

ANIVERSARIANTES 23/11


Alvin Fielder (1935) - baterista,
Claude Marc Bourget (1956) - pianista,
Ray Drummond (1946) – baixista (na foto),
Ruth Etting (1897-1978) - vocalista,
Tyree Glenn (1912-1974)- trombonista,vibrafonista

sábado, 22 de novembro de 2008

ENRICO RAVA – THE PILGRIM AND THE STARS – (ECM Records [2008])


Em celebração ao seu 40° aniversário, a ECM iniciou um programa chamado “Touchstones” em que quarenta álbuns ,gravados entre 1971 e 1993, serão relançados.O programa tem o objetivo de permitir aos colecionadores preencher sua coleção, caso haja alguma lacuna, e apresentar a novos ouvintes diversos artistas que foram identificados como “Som da ECM "

Muitas destas escolhas estão fora de catálogo ou não estão prontamente disponíveis nos Estados Unidos, incluindo o álbum de estréia do trompetista Enrico Rava ,”The Pilgrim And The Stars”, que nunca foi disponibilizado em CD nos Estados Unidos.

Tão fascinante quanto o jazz pode ser, como demonstra a aparentemente criação sem fim de novidades e de apresentação de coisas não ouvidas antes , é uma reedição de um disco difícil de adquirir por aficcionados, possibilitando que o antigo seja apreciado como novo. Enquanto a história da música clássica ocidental mede-se em séculos , o jazz tem sua apuração em décadas.

“The Pilgrim And The Stars”, gravado em 1975, é da primeira década da existência da ECM , e apresenta as primeiras performances do guitarrista John Abercrombie, do baixista Palle Danielsson e do baterista John Christensen. Estes dois últimos, mais tarde , foram membros do "European Quartet" de Keith Jarrett— veja “Belonging” (ECM, 1974[ Completava o quarteto, o excelente saxofonista norueguês, Jan Garbarek [NR])

A música soa atual , que é apenas uma indicação de que a boa música não tem tempo , e paira sobre qualquer limite estilístico de uma era. Todas as composições são de Rava (com a parceria de Graciela Rava em "By The Sea") e apresentam larga diversidade , possibilitando um acompanhamento atrativo. Em toda parte , há um forte sentimento de que que cada músico tem liberdade para interagir, reagir e responder ao som do momento do grupo, sempre colorindo-o, entretanto , direcionado pelo romantismo livre do trompete de Rava.

Contudo, o álbum é obviamente de Rava através das suas composições e toque do trompete, com Abercrombie roubando a cena com seus solos intensos, fluidos e completamente inesperados, bem como com seus brilhantes e bem colocados acompanhamentos.

Enquanto todas as faixas têm algo a oferecer , a faixa título e "Bella" , além de serem as mais longas, são estonteantes. Construídas similarmente, suas aberturas com seções em rubato, oferecem graça e beleza, antes da banda surgir no meio, estendendo-as. É aqui que Abercrombie, particularmente em "Bella", brilha, levando alguém a fazer "woo", presumivelmente Rava.

Danielsson e Christensen, na seção rítmica, estão soberbos, altamente afinados, dando a pulsacão da música.

“The Pilgrim And The Stars” é uma reedição benvinda , que é indiferente a perspectivas, sendo muito vivo, vibrante e , simplesmente, uma grande música. Jazz do melhor.

Faixas: The Pilgrim And The Stars; Parks; Bella; Pesce Naufrago; Surprise Hotel; By The Sea; Blancasnow.

Músicos: Enrico Rava: trompete; John Abercrombie: guitarra; Palle Danielsson: baixo; Jon Christensen: bateria.

Fonte : All About Jazz / Budd Kopman

ANIVERSARIANTES 22/11


Dave Carter (1969) - trompetista,
Gunther Schuller (1925) – líder de orquestra(na foto), Horace Henderson (1904-1988) - pianista,
Jimmy Knepper (1927-2003) - trombonista,
Rogerio Boccato (1967) - percussionista,
Ron McClure (1941) – baixista

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

JOHN PIZZARELLI - WITH A SONG IN MY HEART (Telarc Records [2008])


“The American Songbook”. Há ocasiões em que estas três palavras faz um ouvinte repugnar-se: Não ! Outro disco com velhas canções. Este não é o caso com John Pizzarelli. Há algo com sua guitarrra, seu estilo vocal e arranjos que fazem suas gravações alegres e interessantes. É o que ocorre duplamente em “With a Song in My Heart”, um tributo de Pizzarelli a um dos grandes compositores que contribuíram para o “songbook”: Richard Rodgers.

Pizzarelli começou a tocar guitarra com seis anos de idade . Ele seguiu os passos do seu pai , Bucky Pizzarelli, e aprendeu com Erroll Garner, Les Paul e Django Reinhardt. Ele compôs algumas músicas, mas ele é amplamente conhecido por atualizar os clássicos , interpretando músicas de legendas como Nat King Cole, The Beatles, George Gershwin e Frank Sinatra. Além disto, é um dos poucos artistas do jazz com exposição nacional na televisão, tendo se apresentado diversas vezez em programas como “The Tonight Show” com Jay Leno, “The Late Show” com David Letterman, “Live” com Regis & Kelly e “The CBS Early Show”.

Acompanhado por seu trio — seu irmão Martin Pizzarelli no baixo, Tony Tedesco na bateria e Larry Fuller no piano—e uma pequena seção de metais, Pizzarelli dá o ponta a pé inicial com a canção título. O delicioso arranjo enfatiza a seção de metais e o solo de piano de Fuller. O baixo e a bateria marcam sua presença.

Bucky Pizzarelli junta-se ao filho em "It's Easy to Remember." A banda assiste a pai e filho fazerem uma afetuosa viagem na linha da memória. Esta colaboração de Rodgers & Hart foi apresentada em 1935 no filme Mississippi. Benny Goodman gostava de tocar esta canção quando John e Bucky Pizzarelli faziam a abertura para ele , quando John era jovem. É uma música tranquila e intimista .

A banda retorna com "Johnny One Note." Andy Fusco contribui com um belo solo de saxofone . A canção altera o movimento em alta velocidade para um modo mais tranquilo. Pizzarelli faz um suave “scat”.

"Mountain Greenery" apresenta maiores variações. A canção começa lentamente com Pizzarelli cantando sobre a fatigante vida na cidade. Então, quando ele parte para a montanha , o passo acelera. Guitarra e “scat” e piano mais os metais no suporte põem alegria na música.

Ouvindo as mesmas velhas canções pode parecer repetitivo, se não aborrecido. Entretanto, Pizzarelli tem habilidade para manter as coisas interessantes. Neste caso, ele faz justiça com Richard Rodgers, mantendo aquele elemento de individualidade, que deixa você saber que “With a Song in My Heart “ é todo Pizzarelli.

Faixas : With a Song in My Heart; This Can't Be Love; I Like to Recognize the Tune; It's Easy to Remember; Johnny One Note; Nobody's Heart; Happy Talk; Mountain Greenery; I Have Dreamed; The Lady Is a Tramp; She Was Too Good for Me; You've Got to Be Carefully Taught.

Músicos: John Pizzarelli: guitarra, vocal; Larry Fuller: piano; Martin Pizzarelli: baixo; Tony Tedesco: bateria; John Mosca: trombone (1, 2, 5, 8, 10, 11); Andy Fusco: saxofones alto e tenor , clarinete (1, 2, 5, 8, 10, 11); Kenny Berger: saxofone barítono, clarinete baixo(1, 2, 5, 8, 10, 11); Tony Kadleck: trompete e flugelhorn (1, 2, 5, 8, 10, 11); Cesar Camargo Mariano: piano (7); Bucky Pizarelli: guitar (4); Don Sebesky: arranjos (1, 2, 5, 8, 10, 11).

Fonte : All About Jazz / Woodrow Wilkins

ANIVERSARIANTES 21/11


Alphonse Mouzon (1948) - baterista,
Charlie Johnson (1891-1959)- pianista,
Coleman Hawkins (1904-1969) – saxofonista(na foto),
Dr. John (1940) - pianista,
Geoffrey Keezer (1970) - pianista,
Peter Warren (1935) - baixista,
Rainer Bruninghaus (1949) - pianista,
Sal Salvador (1925-1999) - guitarrista

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

MORRE O BATERISTA TONY REEDUS


Tony Reedus (na foto) um baterista que , dentre outros , trabalhou com Woody Shaw , além de gravar discos solos, morreu de embolia pulmonar em 16 de Novembro próximo passado. Reedus teve o colapso no Aeroporto Kennedy, em Nova York, após retornar de uma excursão à Itália, onde havia se apresentado com o pianista Mike LeDonne. Tentativas de reanimá-lo pela equipe que o transportava em uma ambulância não obtiveram êxito. Ele tinha 49 anos.

De acordo com sua biografia registrada em seu “Web site”, Reedus nasceu em Memphis em 1959, passando a tocar bateria aos 14 anos , e logo passou a se apresentar com a banda da sua escola. Inspirado pelo seu tio, o veterano pianista da “Jazz Messengers” , James Williams, Reedus veio a se interessar pelo jazz e começou a desenvolver seus conceitos no ensino médio através de aulas particulares e análise de estilos de personagens que o influenciaram , tais como: Chick Webb, Art Blakey, Louis Hayes, Max Roach, Elvin Jones, Tony Williams e Victor Lewis.

Após concluir o ensino médio, ele ingressou na “Memphis State University” em 1978. Junto com seus estudos musicais, ele trabalhou em clubes locais com o saxofonista Herman Green e numerosos músicos de Memphis . Durante este período, Reedus atuou com músicos de Nova York , a exemplo de Milt Jackson, Slide Hampton e Frank Foster. Durante uma apresentação no “Blues Alley” de Memphis, Woody Shaw convidou-o para uma audição em Nova York . Após obter sucesso no teste, Reedus deixou a Universidade em 1980 para unir-se ao grupo de Shaw, que contava com Steve Turre, Mulgrew Miller e Stafford James. Em 1981, ele estreou em disco com “United” de Shaw, e excursionou pelo mundo com a banda do trompetista. Ele permaneceu com o grupo até seu término em 1983.

Reedus também atuou com a “Mercer Ellington Orchestra”, Art Farmer, Bobby Hutcherson, Freddie Hubbard, Kenny Garrett, Mulgrew Miller, George Coleman, Benny Golson, Joe Lovano, Phineas Newborn, Jr., Wynton Marsalis, Dave Stryker e muitos outros. Seus álbuns como líder incluem “People Get Ready”, “Minor Thang”, “Incognito” e “The Far Side”.

Fonte : JazzTimes / Jeff Tamarkin

ANIVERSARIANTES 20/11


Don Braden (1963) – saxofonista (na foto),
Jay Rosen (1961) - baterista,
June Christy (1925-1990) - vocalista,
Meredith Monk (1943) - vocalista

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

ITHAMARA KOORAX NOVAMENTE NA LISTA DAS MELHORES DO MUNDO

A revista americana DOWNBEAT, na edição de Dezembro de 2008, novemente colocou a brasileira Ithamara Koorax na lista das melhores vocalistas do jazz mundial. Desta vez em terceiro lugar, após as divas Diana Krall e Cassandra Wilson.
O baiano João Gilberto também está em destaque, na lista dos vocalistas masculinos.

Cantoras
1. Diana Krall
2. Cassandra Wilson
3. Ithamara Koorax
4. Dianne Reeves
5. Roberta Gambarini

Cantores
1. Kurt Elling
2. Tony Bennett
3. Bobby McFerrin
4. João Gilberto
5. Mark Murphy

ANIVERSARIANTES 19/11


Bill Allred (1936) - trombonista,
Kenny Werner (1951) - pianista ,
Matt Dusk (1978) - vocalista,
Tommy Dorsey (1905-1956) -trombonista , líder de orquestra, Tommy Stewart ( 1939) – trompetista, pianista,
Vincent Herring (1964) – saxofonista(na foto)

RONDA JAZZ NO BALCÃO BOTEQUIM

terça-feira, 18 de novembro de 2008

BLUE NOTE CONTRATA AVISHAI COHEN


A “Blue Note Records” anunciou que sua equipe francesa assinou um contrato com o baixista/compositor/vocalista e “bandleader” Avishai Cohen(na foto). Seu disco de estréia na Blue Note, que será o seu 11° álbum como líder , será gravado em Dezembro em Paris , com seu lançamento previsto para a primavera de 2009.

Nascido em 20 de abril de 1970, em Israel, Cohen é considerado uma das maiores estrelas internacionais da atual cena jazzística. Em 2003 gravou um disco com a artista do “pop-soul” Alicia Keys. Atuou em concertos com a “London Philharmonic Orchestra”, a “Israel Philharmonic Orchestra” e a “ Boston Pops Symphony” e, mais recentemente, foi escolhido como diretor artístico do “Eilat Red Sea Festival”.

Cohen atuará no “Blue Note Rec Festival", em Paris, em Abril de 2009, num dos eventos agendados ao redor do mundo para celebrar o 70° aniversário da Blue Note Records .

Fonte: JazzTimes / Jeff Tamarkin

ANIVERSARIANTES 18/11


Bennie Wallace (1946) – saxofonista(na foto),
Cindy Blackman (1959)- baterista,
Claude Williamson (1926) - pianista,
Don Cherry (1936-1995) -trompetista,cornetista,pianista,percussionista
Johnny Mercer (1909-1976) - compositor, vocalista,
Sheila Jordan (1928)- vocalista

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

STANLEY JORDAN - STATE OF NATURE (Mack Avenue Records [2008])


O guitarrista Stanley Jordan tem deslumbrado platéias desde o meado da década de 80 com sua inovativa performance com o toque das duas mãos na guitarra. Seu disco de estréia , em 1985, pela Blue Note Records , “Magic Touch” , obteve sucesso comercial e assegurou sua posição na indústria da música como um herói do seu instrumento. Em “On State of Nature”, sua estréia pelo selo baseado em Detroit, Mack Avenue Records, Jordan, ao lado do baixista Charnett Moffett e dos bateristas David Haynes e Kenwood Dennard, exibe sua técnica pioneira através de um bem concebido programa de “standards” e composições originais.

Os destaques incluem a bem arranjada e prolongada abertura de "A Place in Space" e o solo de guitarra em "Andante from Mozart's Piano Concerto #21". Em diversas faixas, o nativo da California adiciona outra dimensão à sua técnica apresentando-se ao piano e na guitarra simultâneamente . Isto não significa que ele seja um pianista eficiente com suas improvisações, utilizando a mão direita, que não tem o mesmo fervor emocional que apresenta na execução da guitarra.

Tão impressiva como isto, entretanto, é a decisão de apresentar um enfoque já gasto em músicas como "All Blues" de Miles Davis e "Song for My Father" de Horace Silver, que demonstra ser rotineiro. O álbum encerra com uma elevada travessura em "Steppin' Out" de Joe Jackson apresentando uma comovente performance na guitarra e uma doce vocalização da filha de Jordan, Julia.

Faixas: A Place in Space; All Blues; Forest Garden; Insensatez (How Insensitive); Andante from Mozart Piano Concerto #21; Song for My Father; Mind Games #1; Ocean Breeze; Healing Waves; Mind Games #2; Shadow Games; Mind Games #3; Prayer for the Sea; Steppin´ Out.

Fonte : All About Jazz / John Barron

ANIVERSARIANTES 17/11


Ben Allison (1966) – baixista (na foto),
David Amram (1930) - frenchornista,
George Masso (1926) - trombonista,
Roswell Rudd (1935) – trombonista,
Tab Benoit (1967) - guitarrista

Segundo encontro no Estação Cultural Café







O trio com Brandão, sax, Pestana no violão e Gil no baixo acústico encontou. E o simpático casal Cris e Mauro se sentiu inteiramente à vontade em sua estréia.



















Pela segunda vez a reunião da SOJAZZ foi realizada no ESTAÇÃO CULTURAL CAFÉ e o sucesso do primeiro encontro foi repetido com até mais intensidade, com a irradiante simpatia das anfitriãs Lílian e Fabiana.

Tivemos a agradável estréia do simpático casal Cris e Mauro que demonstrou possuir um gosto musical muito apurado, trazendo raridades de JAZZ que empolgaram.

Tivemos também a estréia de Mecenas que no primeiro encontro no Estação Cultural estava viajando e Yaci já não achou que o local fosse tão inacessível.

Se tudo isso é pouco, houve a apresentação de gala ao vivo de um trio formado por Brandão ao sax, Pestana no violão e Gil no baixo acústico que encantou os presentes com clássicos da bossa nova. Quem ficou até o fim e assistiu a esse show, não se arrependeu.

Sérgio Franco