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domingo, 31 de maio de 2015

GREG ABATE QUARTET – MOTIF

Uma viagem de um mestre do jazz com uma reputação internacional como um dos melhores saxofonistas em ação, Greg Abate e seu distinto quarteto desvela um novo motivo pra esplêndidos sons do bebop que , para este artista, é um tema de natural recorrência. Um especialista do som do bebop/post-bop , ele tem atuado bastante em sua carreira e é reconhecido como um dos mais finos proponentes e intérpretes deste estilo no atual mundo do jazz.

Um educador bem como um renomado músico por profissão, sua capacidade de tocar um instrumento é inquestionável, como é evidenciada em suas performances que apresenta aqui e onde, como multi-instrumentista , através da tecnologia e "sobreposição" vem a ser sua própria seção de palhetas em seu álbum, não só no saxofone alto , pelo qual ele é mais conhecido, mas também no barítono , no soprano e na flauta.

A música explora o lado suingante, o lado que Abate parece estar mais confortável, arrasando na faixa título com um excitante solo de sax alto após outro ótimo acompanhamento do soberbo trabalho do piano de Tim Ray e vários solos do baterista Mark Walker. Escrita para o amigo Buddy Boy Hawkins , "Buddy's Rendezvous", harmoniza um pouco para baixo , mas ainda controla  o balanço , apresentando o saxofonista no barítono.  "Snowfall" é apenas insinuante , apresentando John Lockwood  em excelentes linhas do baixo,  o formidável trabalho dos pratos de Walker e Abate providenciando um tórrido e pequeno solo no soprano.

Baseado no standard  do jazz "It Could Happen to You", "Mrs. T" parte direto da melodia familiar que , claro, desenvolve-se dentro da fornalha da canção que realça o toque do líder no barítono  e do alto através da magia da sobreposição. Uma das maravilhosas inéditas é a "Bittersweet", apresentando Abate no toque grandioso do alto interpretando uma bela melodia com suporte da bossa nova, bem como o pianista Ray providencia maravilhosos momentos no teclado, enquanto o baixista Lockwood torna sua presença conhecida.

Entretanto, tudo não é suíngue como "Flashback" vem a ser a primeira aquecida do disco e a balada que o líder expõe ..." resume meus recorrentes pensamentos do passado " e "Morning of the Leaves"— que exibe o mestre na flauta— uma valsa-jazz em 34 compassos , é outra canção suave do álbum. A textura  da música rapidamente retorna a um estofo mais suingante , começando com a fulgurante "Steppin' Out"; levemente embasada em "Giant Steps" de  John Coltrane,  a em passo rápido "Conflict" e a última peça inédita do trabalho, "Swingin' at the Cookie" , um outro tema em tempo agitado escrito em memória dos saxofonistas que atuavam no The Cookie, um clube de jazz em Leicester, Inglaterra.

A grande  composição de Phil Woods, "Bop'n Bob Don't Stop", encerra a sessão na mesma batida como começou, pulsando com vigor. “Motif” captura um incrível trabalho suingante de Greg Abate e banda que articulam os sons do bebop com uma performance de mestre em uma obra-prima e em um álbum para uma época completamente comovente.

Faixas: Motif; Buddy's Rendezvous; Snowfall; Mrs.T; Bittersweet; Flashback; Steppin' Out; Morning of the Leaves; Conflict; Swingin' at the Cookie; Bop'n Bob Don't Stop

Músicos: Greg Abate: saxofones alto, barítono e soprano, flauta; John Lockwood: baixo; Mark Walker: bateria; Tim Ray: piano

Gravadora: Whaling City Sound

Fonte : EDWARD BLANCO (AllAboutJazz)


ANIVERSARIANTES - 31/05

Albert “Tootie” Heath (1935) - baterista,
Christian McBride (1972) – baixista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=sxNRkJIEYmw
Clint Eastwood (1930) – pianista,diretor e ator de cinema,
Ed Lincoln (1932) – pianista,
Greg Abate (1947) - saxofonista,
Louis Hayes (1937) - baterista,
Marty Ehrlich (1955) - clarinetista,flautista, saxofonista,
 Matteo Brancaleoni (1981) – vocalista,
Otto Hardwicke (1904-1970) - saxofonista,
Paulinho DaCosta (1948) - percussionista,
Red Holloway (1927-2012) - saxofonista 

sábado, 30 de maio de 2015

NICK VAYENAS – SOME OTHER TIME

“Some Other Time”  parece , com frequência, o trabalho de dois artistas. Das suas oito faixas, quatro— só as de número ímpares— são inéditas de Vayenas , todos trabalhos instrumentais apresentando seu maravilhoso trombone (e às vezes trompete) e a maioria em tempo agitado, que encontra o líder e seu grupo brincando vertiginosamente com o ritmo e com grande habilidade. As outras quatro faixas são standards— de Michel Legrand, Leonard Bernstein (a faixa título), Cole Porter e Oscar Levant— e cada balada é cantada em um tranquilo e natural estilo à la Chet Baker por Vayenas.

O espírito vai para trás e para frente a cada nova canção e não formam um passeio divertido , pois cada mudança é dissonante. As escolhas de seus instrumentistas, em particular o guitarrista Doug Wamble e o baterista  Rudy Royston, estão sempre alinhadas com ele, explorando profundamente o balanço das jams instrumentais e acentuando os números vocais  com entusiasmo natural.

        Faixas

 1 I'm Looking At You 5:18
 2 You Must Believe In Spring 4:26
 3 Assembly Line 7:58
 4 Some Other Time 6:31
 5 Polemic 6:27
 6 So In Love 6:31
 7 City of Notions 6:58
 8 Blame It On My Youth 4:09

Fonte : Jeff Tamarkin (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 30/05

Ann Hampton Callaway (19590 – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=8iXMVZ8N8gA&feature=artist,
Armando Peraza (1924) – percussionista,
Benny Goodman (1909-1986) - clarinetista,
Chuck Manning (1958) –saxofonista,
Darrell Grant (1962) – pianista,
Dave McKenna (1930-2008) - pianista,
Frankie Trumbauer (1901-1956) - saxofonista,
Mala Waldron (1958) – vocalista,
Marco Tamburini (1959) – trompetista,
Randy Napoleon (1977) – guitarrista,
Sidney DeParis (1905-1967) - trompetista,
Willie Garnett (1933) – saxofonista, líder de orquestra

sexta-feira, 29 de maio de 2015

THE COOKERS – TIME AND TIME AGAIN (Motema)

Para o seu quarto lançamento, The Cookers trocaram o saxofonista Craig Handy por Donald Harrison, mudando a média de idade do hepteto para abaixo dos 70. Toda esta longevidade não significa complacência, entretanto: O pianista de 69 anos, George Cables, os  septuagenários Eddie Henderson (trompete), Billy Harper (saxofone tenor ), Cecil McBee (baixo) e Billy Hart (bateria) e os dois mais jovens  Cookers, Harrison (54) e o trompetista David Weiss (49) trazem estilos pessoais bem definidos para este avançado projeto, não havendo nada retrô neles. “The Cookers” cozinham tudo direito e nada  vem a ser mais audaz , esperto e  pensado de forma avulsa com cada nova contribuição.

Cada uma das nove faixas de “Time and Time Again”  foi composta por um membro do grupo , mais as contribuições de Harrison e Henderson e embora tal jogo de amarelinha  de fontes deveria em mãos menos hábeis resultar em um programa disperso, há uma firme unidade atravessando esta gravação. A abertura “Sir Galahad”, de Harper, é antiga remetendo à estreia do líder em 1973, “Capra Black”, que também teve a participação de Cables. O novo arranjo, uma das três faixas arranjadas por Harper  é mais brilhante, assentada e menos  melancólica, facilmente identificável com uma viva improvisação do século XXI a despeito da sua linhagem. Das cinco faixas arranjadas por Weiss, duas intervenções de McBee, o alternativamente pesado e frenético blues “Slippin’ and Slidin’” (nenhuma relação com o sucesso de Little Richard) e a  ampla “Dance of the Invisible Nymph” são particularmente louváveis.

Normalmente cada número permite oportunidade para solo para três ou quatro dos músicos , mas “Farewell Mulgrew”  de Cables é apenas para o seu piano brilhar, o que providencia muita emoção para o álbum. É um tributo ajustado e uma amorosa evocação.

            Faixas

 1 Sir Galahad (Billy Harper) 7:57
 2 Reneda (Billy Hart) 6:12
 3 Slippin' and Slidin' (Cecil McBee) 7:03
 4 Double or Nothing (George Cables) 6:46
 5 Farewell Mulgrew (George Cables) 6:46
 6 Three Fall (The Cookers) 6:38
 7 Time and Time Again (Billy Harper) 6:37
 8 Dance of the Invisible Nymph (Cecil McBee) 9:20
 9 Dance Eternal Spirits Dance (Billy Harper) 4:28

Fonte:  Jeff Tamarkin (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 29/05

Dan Stern (1973) – saxofonista,
David 'Bubba' Brooks (1922) – saxofonista,
Dick Hafer (1927) - saxofonista,
Eugene Wright (1923) - baixista,
Freddie Redd (1928) - pianista,
Hilton Ruiz (1952-2006) - pianista,
Jim Snidero (1958) - saxofonista, 

Lynne Arriale (1957) – pianista,
Kenny Washington (1958) – baterista,
Maurício Eihorn(1932) – gaitista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=DV1HyYY0nB0,
Michael Kocour (1963) – pianista,
Ned Otter (1959) – saxofonista,
Ron Levy (1951) - organista,pianista,
Sean Jones (1978) – trompetista,
Wycliffe Gordon (1967) - trombonista 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

FAY VICTOR ENSEMBLE – ABSINTHE & VERMOUTH (Greene Avenue)

É difícil imaginar um melhor agente inebriante que o absinto para descrever o destemido vocal abstracionista de Fay Victor. O espírito com sabor de anis ganhou força em Paris no início do século 20, entre artistas iconoclásticos — Wilde, Toulouse-Lautrec, Satie—que são seus congêneres espirituais. Absinto continua a oferecer perigosa fascinação, um atributo que Victor aplicaria segura e alegremente em seu trabalho desvairado.

Como tem sido frequentemente observado, Victor começa a explorar onde Betty Carter parou. Seu terceiro trabalho com seu Ensemble, agora reduzido de um quarteto para um trio, é seu mais  ousado projeto. Victor construiu todas as peças do álbum com seu marido e produtor, Jochem van Dijk, deixando considerável espaço para ligações improvisacionais com o guitarrista Anders Nilsson e o baixista Ken Filiano. Quer esquadrinhando os detritos do seu enorme tesouro (“Big Bag”), examinando  “Gunk”, que deve ser iluminado para possibilitar saúde e  clareza , grasnando através da monotonia de um engarrafamento urbano (“Robot Clown”), interpretando na moderna tecnologia de um drone mecanizado (“Talk Talk”) ou abrindo a porta para o céu (“Seashore”), Victor e companhia permanecem estimulantes e astuciosamente brilhantes.

         Faixas

1. Big Bag 8:23
2. Crystal 5:30
3. I'm On a Mission / Paper Cup 15:03
4. Gunk 8:43
5. Robot Clown 6:40
7. Talk Talk 1:12
8. The Sign At the Door 17:08
9. Shaded in Grey 3:19


Fonte : Christopher Loudon (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 28/05

Andrew Hadro (1985) – saxofonista,
Andy Kirk (1898-1992) - tubista , 
Claudio Roditi (1946) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=YncPqELJTTo ,
Cyro Monteiro(1913-1973) – vocalista,
Janet Seidel (1955) – pianista,vocalista,
Max Perkoff (1962) – trombonista,
Nika Rejto (1951) – flautista,
Russ Freeman (1926-2002) - pianista,

T-Bone Walker (1910-1975) – vocalista,guitarrista,
Tommy Ladnier (1900-1939) - trompetista,cornetista 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

SARAH MANNING – HARMONIOUS CREATURE (Posi-Tone)

A saxofonista alto Sarah Manning assevera sua individualidade neste disco, que reúne jazz‚ elementos de música folk norte-americana e uma reinterpretação de Neil Young. Manning utiliza um incomum quinteto  —  Eyvind Kang‚ viola; Jonathan Goldberger‚ guitarra; Rene Hart‚ baixo; Jerome Jennings‚ bateria—e cada instrumentista traz suas próprias ideias à mesa. Em “Copland On Cornelia Street” que invoca o compositor norte-americano Aaron Copland e o clube de jazz, em Nova York, Cornelia Street Cafe‚ Manning e Kang combinam seus instrumentos belamente. O solo da guitarra de Goldberger , aqui, é rítmico com efeitos  entalhados sob controle: Ele sustenta um bordão de fundo , enquanto livremente dedilha simples notas cruzadas e entrosadas à la Bill Frisell. O título do álbum‚ “Harmonious Creature”‚ e canções como “Grey Dawn‚ Red Fox” e “Radish Spirit” revelam a afinidade de Manning por um mundo natural e sua música tem uma qualidade mundana e silvestre (Ela trabalhou o álbum em na zona rural de New Hampshire ‚ onde Copland também esteve em 1956.). Para a interpretação de “On The Beach”  de Young,  Kang cria um som agudo‚ como a sonoridade  de uma gaita de foles , enquanto Jennings sai às carreiras com uma batida pesada. O grupo atua  em flocos de arrebatamento‚ levando a música para o ápice na sobremarcha afetuosa  que  Young , provavelmente, exploraria. Apenas o trompetista Dave Douglas utilizou vocalista bluegrass , Aoife O’Donovan, para grandes efeitos em  “Be Still (Greenleaf)” em  2012‚ a reinterpretação de Manning de “I Dream A Highway”  da cantora e compositora folk Gillian Welch é outro exemplo de como músicos de jazz podem lançar brilho no panorama das raízes da música norte-americana. Manning oferece uma encantadora, mas sucinta, versão da extensa canção de Welch, 14 minutos, criando uma assombrosa interpretação que permanece na mente do ouvinte por longo tempo após o final da música.

Faixas: Copland On Cornelia Street; Tune Of Cats; Floating Bridge; I Dream A Highway; Grey Dawn, Red Fox; Radish Spirit; Three Chords For Jessica; Don't Answer To The Question; On The Beach; What The Blues Left Behind.

Músicos: Sarah Manning: saxofone alto; Eyvind Kang: viola; Jonathan Goldberger: guitarra; Rene Hart: baixo; Jerome Jennings: bateria.


Fonte : BOBBY REED (DownBeat)

ANIVERSARIANTES - 27/05

Albert Nicholas (1900-1973) - saxofonista,clarinetista,
Bud Shank (1926-2009) – saxofonista,
Dee Dee Bridgewater (1950) - vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=RIhoHwhiFU0&feature=related,
Felipe Ávila(1957) – violonista,guitarrista,
Gonzalo Rubalcaba (1963) –pianista,
Marc Copland (1948) – pianista,
Niels-Henning Orsted-Pederson (1946-2005) - baixista,
Ramsey Lewis (1935) - pianista 

terça-feira, 26 de maio de 2015

HOWARD ALDEN /ANDY BROWN QUARTET – HEAVY ARTILLERY (Delmark Records)

Apesar do título, “Heavy Artillery” (NT: artilharia pesada ), o  disco tem mais sutileza do que potência de fogo, algo que é evidente a partir da faixa de abertura , um astuto desdobramento e suingue fácil na inter
pretação de “Louisiana”.

A fim de que ninguém necessite  mais provas de que os guitarristas Howard Alden e Andy Brown—mentor e protegido, respectivamente— são inspirados pela seção rítmica (baixista Joe Policastro e baterista Bob Rummage) e o ambiente relaxado do estúdio, o balanço do álbum oferece sete músicas adicionais que elegantemente s salienta a química do grupo e a intuitiva interação da guitarra. Há um par de duetos de guitarra, também. O último, uma imaginativa interpretação de “If Dreams Come True”  é tão esperta quanto encantadora, arranjada de forma a exibir intercâmbios ágeis e desenhos contrapontuais.

É ótima a coloridamente variada seleção das músicas. Alden e Brown nunca parecem perdidos diante de uma restauração de uma canção clássica, familiar ou não. Ambos são excelentes no embelezamento melódico, e quando passam do papel de líder para o papel de acompanhante rítmico, como fazem com frequência, as transições são sem emendas. Uma após a outra, peças compostas Clark Terry (“Chuckles”), Thad Jones (“Three and One”), Antônio Carlos Jobim (“Brigas Nunca Mais”), Don Redman (“No One Else But You”), Django Reinhardt (a faixa título do álbum) e, não menos, Red Norvo/Tal Farlow (“I Brung You Finjans for Your Zarf”) são imaginativamente recriadas e revividas pelo quarteto. De fato, a ausência de material inédito não é um problema.

         Faixas:
 1. Louisiana (6:26)
 2. Chuckles (5:54)
 3. Você E Eu (6:30)
 4. I Had The Craziest Dream (6:16)
 5. Three And One (5:09)
 6. No One Else But You (6:11)
 7. Brigas Nunca Mais (6:12)
 8. Heavy Artillery (5:29)
 9. I Brung You Finjans For Your Zarf (5:42)
 10. If Dreams Come True (5:55)

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Mike Joyce (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 26/05

Al Jolson (1885-1950) – vocalista,
Calvin Jackson (1919-1985) – pianista,líder de orquestra,
Colette Wickenhagen (1959) – vocalista,
Gene DiNovi (1928) – pianista,
Mamie Smith (1883-1946) - vocalista,
Miles Davis (1926-1991) - trompetista,
Peggy Lee (1920-2002) - vocalista,
Ruben Gonzalez (1919-2003) – pianista,

Shorty Baker (1914-1966) - trompetista,
Sivuca(1930-2006) – acordeonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=i1As5WXlTkI ,
Ziggy Elman (1914-1968) - trompetista

segunda-feira, 25 de maio de 2015

TIM GARLAND – SONGS TO THE NORTH SKY (Edition Records)

Revisitando o enfoque que adotou em “Libra”,  de 2009, o saxofonista Tim Garland divide “Songs to the North Sky” em dois discos. O primeiro CD apresenta Lighthouse, seu expansivo pequeno grupo com o baterista/percussionista Asaf Sirkis, enquanto o segundo reúne o compositor britânico à Royal Northern Sinfonia Strings. É menos que dois lados da mesma moeda  do que uma fartura de música com ambição instrumental de múltiplos gêneros.

 “Uplift!” inicia o disco com  o salto fluente de  Lighthouse, o tenor agudo de Garland emitindo uma melodia cativante sobre o vibrante piano de Geoffrey Keezer e o impulso rítmico de  Sirkis e do guitarrista Ant Law. O grupo, com os pianistas Jason Rebello e John Turville variavelmente em outras sete músicas  e Kevin Glasgow tocando baixo elétrico em três faixas , efetivamente mergulham em amplo estilo fusion  à la Yellowjackets em  “Little Sunshine” e “Yes to This” , apresentando o minucioso trabalho de guitarra de Law, e amplo estilo baladesco no soprano em  “A Brother’s Gift”,  embebido  no toque de Sirkis em uma espécie de frigideira. “Lammas Days” com Garland no clarinete baixo e soprano, mantido pelo claramente articulado Kevin Glasgow em singulares explorações do baixo e a percussão efervescente de  Sirkis, encontra o grupo referenciando o líder do grupo de jazz celta Lammas. E o encerramento “She’s Out of My Life” tem Garland  no soprano e Rebello passa para o sucesso de Michael Jackson em um dolorido apelo, mais pungente que o original.

“Songs to the North Sky”, o segundo disco, inicia com a sonoridade plenamente suntuosa de   “The Road Into Night”, tema reminiscente de uma trilha sonora dos anos 40, o tenor    de Garland envolto em cordas calorosamente luxuriantes. Ancorado em um grupo central, inclundo Sirkis e o baixista  John Patitucci, o líder segue  a viagem longa e difícil das cordas através dos mais variados terrenos emocionais, incluindo peças similarmente românticas como “Tyne Song” e “Lullaby of the Road” e composições com sonoridade ominosa como “Dawnbreakers”. Em adição, quatro interlúdios intimistas são construídos nas frequentes manifestações de Patitucci no pizzicato e no arco. A suíte representa uma vasta mistura de jazz e música clássica contemporânea, e outro salto adiante do desenvolvimento de Garland como compositor.

Faixas: CD 1, Lighthouse: Uplift!; Little Sunshine: A Brother’s Gift; Yes to This; The Perth Flight; Farewell to Ed; Lammas Days; She’s Out of My Life. CD 2, Songs to the North Sky: The Road into Night; Dawnbreakers; Interlude 1; Tyne Song; Storm Over Kielder; Interlude 2; Little Bay Blue; Shapes Over Northumberland; Interlude 3; Lullaby of the Road; Sage and Time; Interlude 4; A Journeyman’s Horizon; Freedom to Wander; Sage and Time (Remix).

 Músicos: CD 1: Tim Garland: saxofones tenor e soprano, clarinete baixo, flauta; Jason Rebello: piano (2, 5, 7-8); John Turville: piano (3-4, 6); Geoffrey Keezer: piano (1); Asaf Sirkis: bateria, percussão; Ant Law: guitarra elétrica e com cordas de aço (1, 3-4, 6); Kevin Glasgow: baixo elétrico (2, 5, 7). CD 2: Tim Garland: saxofones tenor e soprano; The Royal Northern Sinfonia Strings; Asaf Sirkis: percussão; John Patitucci: baixos acústico e elétrico; Neil Percy: percussão; Magdalena Filipczak: violino solo.

Fonte : Philip Booth(JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 25/05

Christof Lauer (1953) - saxofonista,
Gary Foster (1936) - flautista,
Jimmy Hamilton (1917-1994)- clarinetista, saxofonista,
Marshall Allen (1924) - flautista , saxofonista, 

Nailor Proveta(1961) –saxofonista, clarinetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=0bybo0EVgdA,
Wallace Roney (1960) – trompetista

domingo, 24 de maio de 2015

THE GARY URWIN JAZZ ORCHESTRA - A BEAUTIFUL FRIENDSHIP

Às vezes, apenas quando as coisas não parecem  ficarem melhores, elas ficam. Este é certamente o caso de “A Beautiful Friendship”, a espetacular gravação nova da superlativa orquestra de jazz do arranjador Gary Urwin, baseada no sul da Califórnia. Tendo lançado, anteriormente, três discos, exibindo a excepcional capacidade musical do saxofonista tenor Pete Christlieb e / ou do trombonista Bill Watrous, Urwin elevou e retirou todos os empecilhos, não só reutilzando Christlieb e Watrous para uma consistentemente agradável performance bisada , não obstante agitando o cardápio com outro componente apetitoso, isto é, Carl Saunders, um dos mais versáteis e criativos trompetista de jazz no planeta.

Saunders emprega seu impressionante talento, solando  brilhantemente em cinco números, "duelando" com  Wayne Bergeron em  "Shaw 'Nuff"  de Charlie Parker / Dizzy Gillespie (apresentada em agradável tempo médio) e com aclamado convidado , Bobby Shew,  no clássico de Clifford Brown , "Joy Spring",  enquanto compôs dois dos mais  afetuosos temas do álbum, "Autumn Sojourn" e "Dear Mr. Florence", o último dedicado ao grande compositor/arranjador / pianista Bob Florence. Como  solista, Saunders apresenta o seu jogo de primeira, assim como Christlieb e Watrous competem com ele passo a passo, nota a nota , emprestando especial fervor e charme para os números que apresentam, "Guess I'll Hang My Tears Out to Dry" (Watrous) e "Dear Mr. Florence" (Christlieb).

Quanto a Urwin, que se autodescreve nas notas do disco, como , entre outras coisas , “chefe da cozinha e lavador de garrafas"  ele, destramente, arranjou cada faixa , exceto a final , a emocionante interpretação solo do pianista Christian Jacob de "We'll Be Together Again". Christlieb, Watrous e Saunders estão à frente e ao centro com Jacob tremulando a bandeira no início de "A Beautiful Friendship" e com o baterista Ralph Razze na genial "Waltz for Debby"  de Bill Evans. Christlieb e Jacob compartilham o espaço dos sopros com Saunders (flugelhorn e trompete em alta nota ) na despreocupada  "Emmanuel"  de Michel Colombier.  Christlieb, Jacob e Razze reluzem no sedutor standard "It Could Happen to You", Watrous e Christlieb em "The Gentle Rain"  de Luiz Bonfá e Watrous e Saunders na  sensível "Look to the Sky"  de  Antônio Carlos Jobim.

Embora se amontoe elogios para os solistas, não se deveria perder a visão do fato de que esta banda é de primeira classe com fantásticos artífices em cada cadeira. Juntos eles fazem  “A Beautiful Friendship” um dos mais impressionantes álbuns em recente memória. Uma cotação menor  que cinco estrelas ?. Fora de questão.

Faixas: A Beautiful Friendship; Waltz for Debby; Emmanuel; Autumn Sojourn; Guess I’ll Hang My Tears Out to Dry; It Could Happen to You; The Gentle Rain; Shaw ‘Nuff; Look to the Sky; Dear Mr. Florence; Joy Spring; We’ll Be Together Again.

Músicos: Gary Urwin: líder, arranjador; Wayne Bergeron: trompete; Rick Baptist: trompete ; Dan Fornero: trompete; Carl Saunders: trompete ; Jeff Bunnell: trompete: Kim Richmond: sax alto; Rusty Higgins: sax alto ; Pete Christlieb: sax tenor ; Dan Higgins: sax tenor; John Mitchell: sax barítono; Charlie Loper: trombone; Alex Iles: trombone; Andy Martin: trombone; Rich Bullock: trombone baixo; Craig Gosnell: trombone baixo; Christian Jacob: piano; Frank Browne: guitarra; Trey Henry: baixo; Ralph Razze: bateria, percussão; Chris Razze: percussão. Em faixas selecionadas —Larry Hall: trompete; Pete De Siena: trompete; Ron King: trompete; Alex Budman, Billy Kerr, Rob Hardt, Joel Peskin: saxofone; Alan Kaplan: trombone; Linda Small: trombone; Dave Woodley: trombone. Artistas convidados – Bobby Shew: trompete; Bethany Pflueger: flauta.

Gravadora: Summit Records

Estilo: Big Band


Fonte : JACK BOWERS (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 24/05

Archie Shepp (1937) - saxofonista,
Charles Earland (1941-1999) – organista,
Dmitri Baevsky (1976) – saxofonista,
Eric Daniel (1952)–saxofonista,clarinetista,flautista,
Francesco Cafiso (1989) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=XFHg9HL9aLA, 
Jarmo Savolainen (1961-2009) – pianista,
Simone Guiducci (1962) – guitarrista 

sábado, 23 de maio de 2015

TOM HARRELL – TRIP (HighNote Records)

Não para diminuir o trabalho dos parceiros de linha de frente de Tom Harrell dos seus discos anteriores, mas  o emparelhamento tonal e a harmonia improvisacional entre o trompetista-flugelhornista e o saxofonista tenor Mark Turner nesta gravação é notável. Claro, as composições de Harrell é um fator preponderante porque estabelece humores atrativos, configuração que guiam os ritmos e temas melódicos. Há também sua desenvoltura na direção da seção rítmica do baixista Ugonna Okegwo e do baterista Adam Cruz. Harrell compôs todas as músicas, incluindo a suite Adventures of a Quixotic Character em seis partes, que foi originalmente encomendada para o Festival of New Trumpet Music de Dave Douglas. “Trip” denota não só o nome do álbum,  mas também do quarteto.

 Um par de músicas —“Cycle” e a suíte “Windmills”—demonstra como soberbamente Harrell emparelha as figuras musicais e títulos. O autor emprega uma melodia que sugere uma roda furiosamente rolando  e dá a cada instrumentista uma chance para exercitar suas agitadas proficiências. “Windmills ” é outra composição com circularidade, embora grandiosa e contendo harmonia oriental. “The Princess” (da suíte) e “After the Game Is Over” inspira algum trabalho mais audacioso de Turner — saltando intervalos (o falecido Eddie Harris vem à mente), notas e frases altíssimas, movimentos fluídos e firme controle de registros baixos. Os solos de Harrell são ricamente melódicos, limpos e fluentes, como em “There”, a faixa final, e como um hino religioso em “Coming Home”. Você nunca flagra Harrell tocando clichês ou exibições em seus solos, e ele nunca tropeça.

          Faixas

1 Sunday 5:31
2 Cycle 6:10
3 Ingenious Gentleman, The (Adventures of a Quixotic Character, Pt. 1) 7:04
4 Duke and the Duchess, The (Adventures of a Quixotic Character, Pt. 2) 0:56
5 Enchanted (Adventures of a Quixotic Character, Pt. 3) 2:53
6 Sancho and Rocinante (Adventures of a Quixotic Character, Pt. 4) 1:17
7 Princess, The (Adventures of a Quixotic Character, Pt. 5) 6:39
8 Windmills (Adventures of a Quixotic Character, Pt. 6) 3:45
9 Coming Home 6:44
10 Coastline 6:10
11 After The Game Is Over 7:07
12 There 7:09

Fonte : Owen Cordle (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 23/05

Arthur Satyan (1973) – pianista,
Artie Shaw (1910-2004) - clarinetista,líder de orquestra,
Daniel Humair (1938) - baterista,
Famoudou Don Moye (1946) - baterista,percussionista,
Humphrey Lyttelton (1921) - trompetista,clarinetista,líder de orquestra,
James Barela (1971) – trompetista,
Ken Peplowski (1959) - clarinetista,saxofonista,
Les Spann (1932-1989) – guitarrista,flautista,
Marvin Stamm (1939) trompetista , flugelhornista,
Randy Sandke (1949) – trompetista,
Richie Beirach (1947) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=uyT89ptsHHI&feature=related,
Rosemary Clooney (1928-2002) – vocalista

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Ulf Wakenius Trio - Tributo a Wes Montgomery!


STEVE WILSON /LEWIS NASH - DUOLOGUE (MCG Jazz)

Álbuns em duo que apresentam sax e bateria não são ouvidos, mas há pares anteriores—John Coltrane e Rashied Ali, Max Roach com Anthony Braxton e  Archie Shepp, David Murray e Kahil El’Zabar, para nomear uns poucos , têm usualmente sido usados através da avant-garde. “Duologue”, o novo disco dos talentosos veteranos Steve Wilson (saxofone alto ) e Lewis Nash (bateria), derruba este modelo ao permanecer relativamente mundano, enquanto  toma um passeio completamente moderno através de um punhado de composições importantes da história do jazz.

Wilson oferece três inéditas.  Seu  “Black Gold” é a música central do álbum, inspirando o toque mais vigoroso da bateria de Nash para celebrar a cultura de Pittsburgh (onde estas performances foram gravadas ao vivo) e três concessões pró divertimentos. “Row Twelve” é apenas uma atuação em torno de dois minutos de Wilson desacompanhado, resumo de movimentos para frente e para trás como o blues no meio . “RCJG” soa como pontos do sax de Wilson, quando este está citando  “Trinkle Tinkle Monk, e é seguido imediatamente por  “Monk Medley Part 1 (Ask Me Now, Evidence)”; “Bright Mississippi” e “Four in One” vem mais tarde com “Monk Medley Part 2”.

O disco inicia com ricas interpretações de dois clássicos associados a Ellington, “Caravan” e “The Mooche”. “Jitterbug Waltz” de Fats Waller é outra joia pré-bop apresentada com poderoso suporte e a interpretação particular de Wilson põe em mente algo da versão de Eric Dolphy. “Freedom Jazz Dance” de Eddie Harris, “Happy House”  de  Ornette Coleman e  “Woody ’n’ You”  de Dizzy Gillespie preenchem o programa dançante . Wilson está veloz e inventivo e  o toque de Nash geralmente enfatiza sutilmente o vigor. Como um duo sua marca de arrojo deve ser controlada e historicamente propensa a ser considerada  aventurosa ,mas este álbum é um tributo muito entusiasmante e adorável para a modernidade do jazz.

Faixas: Caravan; The Mooche; RCJG; Monk Medley Part 1 (Ask Me Now, Evidence); Row Twelve; Black Gold; Jitterbug Waltz; Freedom Jazz Dance; Monk Medley Part 2 (Bright Mississippi, Four In One); Happy House; Woody 'N' You.


Fonte : Bill Beuttler (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 22/05

Armandinho (1953) – bandolinista(na foto e vídeo) http://v3.bcast.co.nz/videos/293970/armandinho-&-raphael-rabello,
Dick Berk (1939) - baterista,líder de orquestra,
Elek Bacsik (1926-1993) – guitarrista,violinista,
Jackie Cain (1928)- vocalista,
Kenny Ball (1930) - trompetista,
Sun Ra (1914-1993) - tecladista,líder de orquestra,
Tao Højgaard (1974) - guitarrista 

quinta-feira, 21 de maio de 2015

VIJAY IYER & MIKE LADD – HOLDING IT DOWN : THE VETERANS´S DREAMS PROJECT (Pi Recordings)

A terceira colaboração do pianista Vijay Iyer com o artista do hip-hop Mike Ladd começou em 2009, quando eles iniciaram entrevistas, após o 11/09,  com veteranos militares sobre os seus sonhos. “O sonho de todos” , o duo expõe nas notas do álbum ”mas pesadelos pós traumáticos e sonhos tensos são frequentes , exatamente o que separa o militar do civil. Neste caso, então, nós tentamos construir a ponte demarcatória pela audição, ao menos para o que aqueles sonhos contêm”.

Dois veteranos, o poeta Maurice Decaul (que serviu um ano no Iraque como fuzileiro naval) e Lynn Hill (um veterano de seis anos da força aérea que passou dois anos pilotando drones sobre o  Iraque e o Afeganistão a partir de uma base em Las Vegas), contribuíram com letras e vocais para o projeto, que estreou no Harlem Stage Gatehouse em 2013. Iyer compôs a maioria das músicas, Ladd transformou outros sonhos de sete veteranos em letras , e o time foi completado por Pamela Z e Guillermo E. Brown nos  vocais, Liberty Ellman na guitarra, Okkyung Lee no cello e Kassa Overall na bateria.

Colocando o pessoal no estúdio, as 17 faixas resultantes são comoventes e  assombrosas. Iyer faz a música servir às palavras, marcante, surreal e explorando mundos da cultura pop , geralmente ignorados. Solando está disperso: Iyer finalmente se deixa espalhar em “Patton”, “Shush” e “Requiem for an Insomniac” e Ellman dá alguns toques em “Costume” e “Tormented Star of Morning”  e , posteriormente, atuando no sensível canto de  Brown para a letra de  Decaul. Na maior parte, todavia, os instrumentos estão lá por ambiência: o arco de Lee em  “Derelict Poetry” evoca o Oriente Médio e o Fender Rhodes de Iyer harmoniza ao lado do suavemente elegíaco cello de Lee em “Name”. Várias faixas— como “Capacity”, “There Is a Man Slouching in the Stairway” e  “Dreams in Color”— compartilham sentimento minimalista, como em sonho, com uma alusão de ameaça. O conjunto de “Holding It Down” é um gênero  indistinto e um olhar emocionante sobre um tópico importante.

Faixas: Here (Mike, Cambridge); Derelict Poetry (Maurice, Brooklyn); Capacity (Lynn, Bronx); Walking with the Duppy (Rashan, Queens); There is a Man Slouching in the Stairway (Maurice); My Fire (Brad, Chester, NC); On Patrol (Maurice, Brooklyn); Dream of an Ex-Ranger (William, Newton, MA); Name (Lynn, Bronx); Costume (Mike, Cambridge); Tormented Star of Morning (Maurice, Brooklyn); Patton (Calvin, Massapequa, NY); Shush(Maurice, Brooklyn); REM Killer (Kirk, Lexington, KY); Requiem for an Insomniac (Maurice, Brooklyn); Dreams in Color (Lynn, Bronx); Mess Hall (Merrin, San Diego).

Músicos: Vijay Iyer: composições, piano, Fender Rhodes piano, programação, eletrônica; Mike Ladd: letras, vocal, efeitos; Kassa Overall: bateria; Liberty Ellman: guitarra; Guillermo E. Brown: vocal, efeitos; Okkyung Lee: cello; Pamela Z: composição, vocal com processamento; Lynn Hill; letras, vocal; Maurice Decaul: letras, vocal.


 Fonte : Bill Beuttler (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 21/05

Bill Holman (1927)- saxofonista, arranjador,
Fats Waller (1904-1943) - pianista, 

Larance Marable (1929) – baterista,
Marc Ribot (1954) – guitarrista,
Matthew Von Doran (1960) – guitarrista,
Sylvia Bennett (1956) – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=9RzeoHsSSP4,
Tommy Bryant (1930-1982) - baixista 

quarta-feira, 20 de maio de 2015

BRUCE BARTH – DAYBREAK (Savant)

 Instrumentistas monstruosos gostam de se cercar de companheiros monstruosos. Porém, quem poderia possivelmente sustentar o rápido uso dos dedos de Bruce Barth? . Em seu 13° álbum como líder, o pianista fascina com velocidade sobrehumana em faixas como “Vámonos”, mas o vibrafonista Steve Nelson e o resto do quinteto são capazes de trazer o equivalente calor. Os rápidos fogos de artificio são certamente impressivos,  mas o tempo da marcação muda em “Vámonos” e o programa , em 62 minutos, ilustram que Barth é um mestre em qualquer tempo. O álbum contém sete composições inéditas, bem como três reinterpretações, incluindo uma atrativa, em 7/4,  versão de “Triste”  de Antônio Carlos Jobim, que exibe um elegante solo de baixo de Vincente Archer. A canção inédita, lenta e pungente , “Moon Shadows” , tem um sentimento sonhador que é incrementado pelo fantástico trabalho do trompete de Terell Stafford‚ que utiliza a surdina . O versátil baterista Montez Coleman usa habilmente um sentimento brasileiro para a bem intitulada “Brasilia” e, então, suínga firme em  “Then Three”. O programa encerra com uma performance em duo , na qual Stafford e Barth aventuram-se  em um terreno sagrado , interpretando “So Tender”  de Keith Jarrett, mas a dupla sai vitoriosa , graças à conversação memorável e graciosa. “Daybreak” é um magnífico cartão profissional para o pianista e compositor que está no topo do seu jogo.
Músicos: Bruce Barth (piano); Vincente Archer (baixo);Terell Stafford (trumpet, flugelhorn); Steve Nelson (vibrafone); Montez Coleman (bateria).

      Faixas

 1 Triste 6:32 
 2 Tuesday's Blues 6:21 
 3 Vamonos 8:28 
 4 Moon Shadows 5:04 
 5 Daybreak 4:47 
 6 Brasilia 6:51 
 7 Then Three 6:36 
 8 Somehow It's True 6:24 
 9 In The Still Of The Night  5:25 
 10 So Tender 5:13


Fonte : DAVIS INMAN (DownBeat)

ANIVERSARIANTES - 20/05

Bob Florence (1932-2008) - pianista,arranjador,líder de orquestra,
Dino Saluzzi (1935) - bandoneonista ,banjoista,
Hélio Delmiro (1947) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=IEtnL1NMeFs,
Louis Smith (1931)- trompetista,
Ralph Peterson, Jr. (1962) – baterista,
Sheryl Bailey (1966) – guitarrista,
Tiziano Zanotti (1964) – baixista,
Victor Lewis (1950) - baterista,
Wajdi Cherif (1975) - piano 

terça-feira, 19 de maio de 2015

LUCIAN BAN/MAT MANERI – TRANSYLVANIAN CONCERT (ECM Records)

Quem conheceu uma canção chamada “Harlem Bliss” poderia estar assim melancólico e perturbador ?.  Incorporando diversos toques de blues (especialmente nos volteios do compositor Lucian Ban ao piano ), bem como os temas de “Body and Soul” e “Lonely Woman”, é também construída em excessivas harmonias  sombrias entre  Ban e o violista Mat Maneri e move-se mais lento que um hino fúnebre . Aquela faixa—a segunda—habilmente  representa “Transylvanian Concert” de forma completa . Gravado em 2011, é maciçamente solene, cujo senso  saturado de medo é disperso em encantadores eclipses.

 Aquele temor frequentemente desafiam as expectativas dos ouvintes e o álbum não mitiga quando tem mais força viva. A performance mais energética, “Monastery”,  de Ban é também a mais sinistra. Ban toca um insistente e agressivo acompanhamento improvisado que Maneri contraria com atonal, frequentemente com  entrelaçamentos de som . Outro, a “Darn”, feita em parceria, construída em uma similar intensidade (com uma ativa linha de piano ), permanece tão dolorosamente alta quanto uma maré. A maior parte confundindo tudo, embora, deve ser “Retina”  de Maneri a que frequentemente sugere um incremento (em uma cascata de arpeggios de  Ban) e ferocidade (o uso das linhas do arco de Maneri) só uma uma vez mais veio a ser envolvida em desolação.

Por outro lado, o solo de Maneri na tradicional “Nobody Knows the Troubles I’ve Seen” move-se cautelosamente. Realmente, é mais triste que o usual: Maneri oferece alusões de catarse no tema, então parece violentamente exorcizá-los com lentos mais discordantes  agrupamentos e figuras alongadas e espiraladas. Adicione à extensão de Ban, pesados e melancólicos suportes, “Not That Kind of Blues” e  “Two Hymns” e “Transylvanian Concert”— talvez apropriadamente , dado o local, vem tão perto do jazz bárbaro.

Faixas: Not That Kind of Blues; Harlem Bliss; Monastery; Retina; Nobody Knows the Trouble I've Seen; Darn; Two Hymns.


Fonte : Michael J. West (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 19/05

Alma Cogan (1932-1966) – vocalista,
Canhoto da Paraíba (1928) – violonista,
Cecil McBee (1935)- baixista,
Geoff Stradling (1955) – pianista,
Georgie Auld (1919-1990)- saxofonista , líder de orquestra,
Johnny Alf (1929-2010) – pianista,vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=stRTgRT2NKY,
Henry Butler (1949) – pianista,
Kyle Eastwood (1968) – baixista,
Michael Blake (1964) - saxofonista
Mike Thompson (1949) – baterista,
Rex Cadwallader (1946) – pianista,
Sonny Fortune (1939) - saxofonista,
Tom Scott (1948) - saxofonista 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

ELIANE ELIAS – MADE IN BRAZIL (Concord Jazz)

Ao longo de sua carreira de gravações, entrando agora em sua terceira década, Eliane Elias tem, frequentemente, se desgarrado das suas raízes brasileiras, mas nunca muito longe. Todavia, a sensual  vocalista e pianista lançou um álbum completa e musicalmente  patriótico como “Made in Brazil”. O título refere-se aos  dois tipos de música com a primeira metade devotada  a composições clássicas de Ary Barroso, Antônio Carlos Jobim e Roberto Menescal e a outra a composições dela mesma . Uma criança prodígio em sua nativa São Paulo, ela estudou e trabalhou com o melhor do Brasil antes de migrar para os Estados Unidos em 1981. Com as faixas escritas por Elias e com os grandes do espectro musical brasileiro, jovem e velho, o álbum abraça três gerações de artistas.

E quão caloroso é este abraço. Os arranjos orquestrais, gravados no Abbey Road  com a  London Symphonic Orchestra e atuando em sete faixas são tão densos e magníficos quanto a Amazônia. As faixas remanescentes , ainda que dramaticamente menos verdejantes, são absolutamente  luxuriantes.

Elias inicia, apropriadamente, com o marco de Barroso, “Brasil”, transformando o tipicamente tumultuoso, rico em metais, em um exercício  de tranquila satisfação. Unida ao Take 6 para meandros bilíngues através de uma contagiante “Águas de Março”  de Jobim, Elias também faz belo dueto com Menescal  nas composições dele intensamente romântica “Você” e na deslumbrante “Rio”. Impressivamente, as composições de Elias provam igualmente atratividade, particularmente duas em dueto com Mark Kibble do Take 6: a intensamente passional “Incendiando”  e a divertidamente estimulante “Driving Ambition”, que  dobra com astúcia um aceno a Lennon/McCartney.

Faixas: Brasil (Aquarela do Brasil); Você; Águas de Marco (Waters of March); Searching; Some Enchanted Evening; Incendiando; Vida (If Not For You)l Este Seu Olhar/Promessas; Driving Ambition; Rio; A Sorte do Amor (The Luck of Love); No Tabuleiro da Baiana

 Músicos: Eliane Elias: vocal, piano, teclados; Take 6: vocal (3); Mark Kibble: vocal (3, 6, 9); Amanda Brecker: vocals (4); Ed Motta: vocal (7); Roberto Menescal: vocal (2), guitarra (2, 10); Marcus Teixeira: guitarra (1, 3, 6, 7, 9, 12); Marcelo Mariano: baixo elétrico (1, 3, 6, 7, 9, 12); Marc Johnson: baixo acústico (2, 4, 5, 8, 10, 11); Edu Riberio: bateria (1, 3, 6, 7, 9, 12); Rafael Barata: bateria (2, 4, 5, 10); Mauro Refosco: percussão (1, 3, 5, 7, 9); Marivaldo dos Santos: percussão (5, 9); Rob Mathes: arranjo orquestral.


Fonte : Christopher Loudon (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 18/05

Big Joe Turner (1911-1985) - vocalista,
Bruno Marini(1958) – saxofonista, organista,
Jim McNeely (1949) – pianista,
Kai Winding (1922-1983)- trombonista,
Mauro Senise(1951) – saxofonista,flautista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=F59RvP93Qrs,
Marco Cortesi  (1962) – guitarrista,
Pops Foster (1892-1969) - baixista,
Weasel Walter (1972) - baterista 

domingo, 17 de maio de 2015

NILSON MATTA - EASTSIDERIODRIVE (2015)

Muitos baixistas são renomados ou aplaudidos pela maneira como servem como lastro em  uma banda, mas quais dos baixistas seguem outro caminho, providenciando a condução em vez de relevância?  . Há poucos deles, preciosos, e Nilson Matta é um deles. Matta, se atuando com o coletivo Trio Da Paz, acompanhando o cellista Yo-Yo Ma, tocando com qualquer das figuras lendárias do jazz ou atuando em seus projetos , tende a fazer coisas que poucos baixistas são capazes. Ele  fervilha, ajudando a música a saltar e voar com seus atos.

Em “EastSideRioDrive”, este estimável baixista brasileiro reúne uma excelente banda, mas em vez de usá-la para o projeto completo, ele a modifica drasticamente faixa a faixa , fazendo rodízio com os músicos. Um número dá uma pausa para admirar a química entre Matta e a flautista Anne Drummond ("Mojave"), outra deve ser um festa  de improvisos comandada pela guitarra de Romero Lubambo ("Sertão") e uma terceira flutua sonhadoramente com o deslizar do baixo clarinete e a flauta de Craig Handy sobre a guitarra de Lubambo e a suave percussão de Cyro Baptista ("Luas De Nadine"). Há também a beleza centrada do piano a ser observada em ("Verde"), a música apimentada para balançar o corpo ("E Menina (Hey Girl)")  e uma sonhadora dose de Jobim que apazigua e gratifica os ouvidos ("Ângela").

Em acréscimo ao material anteriormente mencionado, Matta também traz a sua marca com acenos a gigantes do jazz. Ele inclui algo como uma saudação duplamente embalada a Charles Mingus com um solo de baixo original ("Proemio Do Mingus") , um clássico que é menos cortante e mais leve que o usual ("Boogie Stop Shuffle") e um aceno levemente matizado a Miles Davis ("Blue In Green"). Cada uma destas peças são diferentes, ainda que todas estejam em casa. A zona de conforto de Matta é extensa e sua personalidade musical é calorosa e convidativa, permitindo-lhe trabalhar confortavelmente  em diferentes ângulos musicais com várias configurações no charmoso “EastSideRioDrive”.

Faixas: Sertão; Verde; Boogie Stop Shuffle; Blue In Green; E Menina (Hey Girl); Mojave; Proemio Do Mingus; Luis De Nadine; Ângela; Mambo Inn.

 Músicos: Nilson Matta: baixo, vocal (5); Cyro Baptista: percussão (1, 4, 8), vocal (1); Romero Lubambo: guitarra (1, 4, 8); Jesse Lynn: vocal (1); Craig Handy: saxofone tenor (1, 3, 5, 9, 10), flauta (1, 8), clarinete baixo (4, 8); Vince Cherico: bateria (2, 3, 5, 9); Edsel Gomez: piano (2, 3, 5, 9, 10); Anne Drummond: flauta (3, 5, 6, 9, 10).

Gravadora: World Blue Records

Fonte: DAN BILAWSKY (allAboutJazz)


ANIVERSARIANTES - 17/05

Amilson Godoy(1946) – pianista,
Bill Bruford (1949) – baterista,
David Izenon (1932-1979) - baixista,
Dewey Redman (1931-2006) - saxofonista,
Jackie McLean (1932-2006) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=_YqKLw1bW6Y&feature=related,
Michiel Braam (1964) – pianista,
Paul Quinichette (1916-1983)- saxofonista 

sábado, 16 de maio de 2015

TAYLOR HASKINS – FUZZY LOGIC (Sunnyside)

Um grande músico de jazz pode fazer mágica com uma inesperada fonte de material. Aproximadamente  30 anos após Miles Davis ter gravado sua tremenda versão de “Time After Time” de Cyndi Lauper , o trompetista Taylor Haskins apresenta uma versão de “Airwaves” de Thomas Dolby, que fãs desfrutarão por décadas que virão. O ponto central deste magnífico álbum novo é Fuzzy Logic. A faixa combina uma melodia altamente  intensa com uma entonação redonda do trompete e toques essenciais de texturas providenciados por cordas  de um trio e da guitarra elétrica eruptiva de  Ben Monder.  Na faixa título— uma das oito composições inéditas aqui — o quarteto de Haskins, composto por Monder, pelo  baixista Kermit Driscoll e pelo baterista Jeff Hirshfield é acrescido por  Joyce Hammann (violino), Lois Martin (viola) e Jody Redhage (cello). A pesarosa “Perspective” é outro exemplo de como Haskins pode habilmente fundir o colorido do trio de cordas com sutilezas como as das escovinhas de Hirshfield. Em “Too Far”, Haskins oferece uma das mais suntuosas s melodias , mas também deixa plenitude de espaço para o arrastar  nuançado dos pratos de Hirshfield para obter o máximo de efeitos. Aquele impacto emocional é resultados do soberbo talento de Haskins como arranjador e produtor (há momentos neste álbum onde é fácil cerrar seus olhos e imaginar que você está sentado no canto do estúdio de gravação). Como trompetista, Haskins não vai aos píncaros. Em vez disto, ele oferece polidez e linhas sedutoras em arranjos cuidadosamente esculpidos, que fazem a maioria do som da banda. Ele inicia o álbum com um arrebatador zunido de flauta nativa norte-americana em “Somewhere I’ve Never Travelled” e encerra o programa com um solo convulsivo de melodica solo durante a versão de “Take It With Me”  de Tom Waits. Entre estes dois separadores está  alguns dos mais intrigantes trabalhos de metais  ouvido em 2014.

        Faixas

1. Somewhere I've Never Travelled 03:05
2. Four Moons 03:03
3. Fuzzy Logic 05:04
4. Comfortable Disease 05:33
5. Airwaves 07:37
6. Perspective 05:33
7. Too Far 04:02
8. Conviction 04:59
9. I Believe In You 01:46
10. Take It With Me 03:03

Fonte : BOBBY REED (DownBeat)

ANIVERSARIANTES - 16/05

Betty Carter (1930-1998)- vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=iemkYXz8UNs,
Billy Cobham (1944) – baterista,
Eddie Bert (1922-2012)- trombonista,
Ron Kearns (1952) - saxofonista ,

Woody Herman (1913-1987)- clarinetista, saxofonista,líder de orquestra

sexta-feira, 15 de maio de 2015

DAVE LIEBMAN BIG BAND - A TRIBUTE TO WAYNE SHORTER (MAMA Records)

A reputação do compositor Wayne Shorter é um estoque desenvolvido provavelmente para continuar a elevar-se por décadas. Porém, diferente de Duke Ellington ou mesmo de Charles Mingus, Shorter tem composto pouco para grandes orquestras. Até agora, suas melodias flexíveis , sofisticação harmônica e habilidade para temas e títulos evocativos fazem seu trabalho encantar arranjadores para big-band.

 Para este tributo a Shorter , Mats Holmquist, arranjador para a Dave Liebman Big Band, debruça-se sobre sete peças escritas para pequenos grupos pelo mestre durante o meado dos anos 1960. A sessão inicia com um par de notáveis músicas de “Speak No Evil”, originalmente gravado em 1964. Para a impecavelmente balada intitulada “Infant Eyes”,  Holmquist mergulhou os instrumentos de sopro em um redemoinho delicado de admiração e inocência, um tratamento rico e pungente. Isto seguido pelo pomposo passeio na faixa título “Speak No Evil”, com sua sedutora e ressonante melodia que a banda, compreensivelmente,  traz de volta para um frequente gracejo.

Outra interpretação de uma balada levará você a estender-se para uma repetição é “Nefertiti”. Aqui as seções de metais são conduzidas e misturadas em um novelo oblíquo para criar um leve e etéreo eco que captura  o perturbador sentimento quase  freebop do original. Não até a faixa final, “Black Nile” de “Night Dreamer” de 1964, o grupo reduz a liberdade com assombro, contrapontos e fanfarras que são as matérias-primas  das big-bands. Holmquist fez um trabalho admirável.

Porém, eles não chamaram a Dave Liebman Big Band à-toa. Liebman executa a maioria dos solos da banda manejando o saxofone soprano — improvavelmente o mais potente ou cooperativo  instrumento para liderar uma ampla agregação. Porém , Lieb impulsiona-o. Ele mantém o verdadeiro espírito sofisticado do bop das composições, resistindo ao estilo do clarinete da Era do Suíngue e à abordagem mais gnômica do soprano de Shorter. Exceto pela interação entre o trombonista Tim Sessions e o  guitarrista Vic Juris em “Yes or No” e um brilhante solo do flugelhorn alto de  Scott Reeves em “Iris”, Liebman apropria-se de todas a memoráveis improvisações. Eles providenciam crucial lastro para os arranjos de Holmquist e ajudam a reafirmar o gênio de Shorter.

Faixas: Infant Eyes; Speak No Evil; Yes or No; Nefertiti; El Gaucho; Iris; Black Nile.

Músicos: Dave Liebman: líder, sax soprano, flauta de madeira; Mats Holmquist: arranjador; Gunnar Mossblad: diretor musical, sax alto, sax soprano , flauta; Bob Millikan: trompete, flugelhorn; Brian Pareschi: trompete, flugelhorn; Dave Ballou: trompete, flugelhorn; Danny Cahn: trompete, flugelhorn; Patrick Dorian: trompete, flugelhorn; Tom Christensen: sax  alto, flauta; Dave Riekenberg: sax tenor, flauta, clarinete; Tim Ries: sax tenor, clarinete; Chris Karlic: sax barítono, clarinete; Tim Sessions: trombone; Scott Reeves: trombone, flugelhorn alto; Jason Jackson: trombone; Jeff Nelson: trombone baixo; Jim Ridl: piano; Vic Juris: guitarra; Tony Marino: baixo; Marko Marcinko: bateria.

Fonte : Britt Robson (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 15/05

Adam Schroeder(1978) – saxofonista,
Azael Rodrigues (1955) – baterista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Uwl0bVDNKKA,
Benito Gonzalez (1975) – pianista,
Carl Smith (1975) – saxofonista,
Edmond Hall (1901-1967) - clarinetista,
Ellis Larkins (1923-2002)- pianista,
Geoff Lapp (1953) – pianista,
Joe Gordon (1928-1963) - trompetista,
Karin Krog (1937) - vocalista,
Oscar Castro-Neves (1940-2013) – violonista

quinta-feira, 14 de maio de 2015

ABIGAIL RICCARDS – EVERY LITTLE STAR

Abigail Riccards tem, através de uma década de uma longa carreira, dominado crescentemente  o risco da arte de fazer mis com menos. Sua entonação é cristalina, seu fraseado encrespado e seu estilo  flexível, parecendo  ser sem esforço a habilidade de sua interpretação. Pense em  Doris Day com a esperteza jazzística de Anita O’Day.

Navegando em 11 standards mais “Endless Joy”  do trompetista/vocalista Jeannie Tanner de Chicago, Riccards circunda-se com instrumentistas —guitarrista Peter Bernstein, pianista Michael Kanan, baixista Neal Miner, baterista Eliot Zigmund— que abarca e acrescenta sutileza em na agilidade dela. Ela é uma fina cantor em tempo médio, servindo interpretações brilhantes de “I’ve Told Every Little Star”, “If I Had You” e “Waltz for Debby” e um scat solto e apimentado de “I Can’t Give You Anything But Love”. E ela pode aquecer quando apropriado, como na empolada  “Bye Bye Blackbird”. Porém, é uma baladeira que brilha mais , capturando perfeitamente  a satisfação aconchegante de  “I Didn’t Know About You” e o prazer florescente de “Smile” e envolver a tipicamente ebuliente “Singin’ in the Rain” em contentamento suave

Para seu álbum de estreia lançado em 2007, Riccards recrutou Dena DeRose como sua produtora. Desta vez ela convocou Jane Monheit. Elas compartilharam uma faixa, permutando trechos e no final das contas entrelaçando-se em “The Circle Game” de  Joni Mitchell. A interessante justaposição com a abordagem mais afetada de Monheit  jogada contra a pureza sem adorno de  Riccards.

         Faixas

1. I've Told Every Little Star 4:37
2. If I Had You 5:27
3. Singin' in the Rain 4:09
4. How Deep Is the Ocean 4:02
5. Circle Game 5:31
6. Sleepin' Bee 3:42
7. I Didn't Know About You 6:02
8. I Can't Give You Anything but Love 4:59
9. Smile 3:16
10. Waltz for Debby  4:46
11. Endless Joy 3:50
12. Bye Bye Blackbird 5:12


Fonte : Christopher Loudon (JazzTime)

ANIVERSARIANTES - 14/05

Al Porcino (1925-2013) – trompetista,
Alan Lewine (1955) – baixista,
Benito Gonzalez (1975) – pianista,
Gabriel Juncos "El Corto" (1967) – flautista,
Jay Beckenstein (1951) – saxofonista,
Randall Sutin (1958) – vibrafonista,
Sidney Bechet (1897-1959)- clarinetista, saxofonista,
Stu Williamson (1933-1991) - trompetista,trombonista,
Virginia Mayhew (1959) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=CtAmeF0FWRM
Zutty Singleton (1898-1975)- baterista

quarta-feira, 13 de maio de 2015

REVOLUTIONARY SNAKE ENSEMBLE – LIVE SNAKES ((Accurate)

É tempo de Mardi Gras ‚ deste modo o saxofonista, residente em  Boston, Ken Field e seu Revolutionary Snake Ensemble‚ que utiliza os tempestuosos ritmos das bandas de metais de  New Orleans como o lançamento de um caminho para desenfreadas improvisações em seu terceiro álbum. Gravado em  2011 e 2013 em Boston‚ Brooklyn e  Manhattan‚” Live Snakes” apresenta quatro configurações  da banda‚ um grupo recorrente da área de Boston desde que foi formado em 1990. Metais estão em todos os  lugares e o  ritmo está continuamente presente neste programa interpretando ,apaixonadamente, hinos religiosos do sul dos Estados Unidos , angulares interpretações de originais de Field , um standard  do jazz ‚ um pouco do pop dos anos 1950 e mesmo um par de psicodélicos releituras. Três convidados novaiorquinos — o saxofonista tenor e flautista Matt Darriau‚ o trombonista Josh Roseman e o baterista Kenny Wollesen—figuram proeminentemente em três sessões, e o saxofonista tenor de New Orleans, Charles Neville,  realça a vibração da Crescent City em um par de faixas. Emoção move-se de forma profunda nestas performances‚ inspiradas  no falecimento da esposa de Field em 2011 e no cineasta e animador Karen Aqua. “O conceito de funeral de New Orleans com jazz‚ onde é muito melancólico e move-se no início e, então, para subsequentes suíngues celebratórios animados ‚ realmente ajudou a formatar este álbum”, Field declara no material distribuído à imprensa. “Vocês estão lamentando e vocês estão celebrando. A música circunda estas emoções  realmente conflitantes ‚ prazer e tristeza ao mesmo tempo”. Em nenhum lugar esta dicotomia está melhor demonstrada que na lamentação improvisada “For Karen”, que segue sem emenda para interpretação  sacra do spiritual “I’ll Fly Away”, consequentemente dando uma batida arrebatadora que vem das ruas. Esta banda incrível está em sua melhor forma para improvisos e arranjos , se sintonizando com a avançada  Arkestra d
e Sun Ra ou emulando as tradições da velha escola. A banda floresce na experimentação, enquanto ainda mantem as coisas acessíveis.

      Faixas

1 Parade 5:46
2 Cassandra 4 7:59
3 Rock Of Ages 4:16
4 Slots 3:46
5 Caravan 6:41
6 Cassandra, Pt. 5 4:10
7 For Karen 7:21
8 I'll Fly Away 6:37
9 Que Será  Será 5:08
10 I Got It 5:20
11 Cassandra, Pt. 4 [Remix] 5:24
12 Breakdown, Pt. 1 5:57


Fonte : ED ENRIGHT (DownBeat)