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quarta-feira, 31 de julho de 2019

JARED GOLD - REEMERGENCE (Strikezone)


A maioria dos fãs de jazz tem encontrado um cenário infeliz por estar animados por nomes na capa do álbum, exceto espantados pela música. Este não é definitivamente o caso com o novo líder do projeto de Jared Gold, que exibe o versátil organista e sua banda formada por estrelas: o guitarrista Dave Stryker, o baterista Billy Hart e o trompetista Jeremy Pelt. Stryker, que também produziu o álbum, tem uma história de 14 anos com Gold, e sua simpática harmonia com o ânimo dos procedimentos, como cada músico frequentemente adiciona esperta coloração quando o outro está expandindo um solo vigoroso. Hart— cujas sutis escovinhas são apenas tão magnetizantes quanto o poderoso trabalho de dribles neste programa—demonstra a maestria que o fez uma legenda. Pelt, que adiciona potentes metais em três faixas, eleva este disco: sem ele, estas sessões devem resultar em memorável disco de trio, mas com ele a bordo, o resultado é um dos mais fortes discos tradicionais do ano.  

Esta banda certamente pode incendiar, como evidenciado na faixa título (que foi composta pelo líder), porém a leitura comovente de “She’s Leaving Home” dos Beatles reflete a habilidade de Gold para arrastar as cordas do coração dos ouvintes com um espírito melancólico. Gold tem uma curadoria maravilhosa, programa eclético que apresenta duas músicas de dois Gershwin (“It Ain’t Necessarily So”, “How Long Has This Been Going On”), “Blues Connotation” de Ornette Coleman, “Lookin’ For Another Pure Love” (de “ Talking Book” de 1972) de Stevie Wonder e “One For John A”, um suingante tributo original ao falecido guitarrista icônico, John Abercrombie, com quem o organista trabalhou por anos. Gold e Stryker podem impulsionar fogos de artifício, mas na interpretação de “It Ain’t Necessarily So” os músicos influenciam um timbre vocal de seus respectivos eixos. Lindamente feito, cavalheiro.

Faixas: Reemergence; It Ain't Necessarily So; Lookin' For Another Pure Love; She's Leaving Home; One for John A; How Long Has This Been Going On; Blues Connotation; Sweet Sweet Spirit; Nomad.

Músicos: Jared Gold: órgão; Dave Stryker: guitarra; Billy Hart: bateria; Jeremy Pelt: trompete (faixas 1, 3, 5).

Fonte: Bobby Reed (DownBeat)

ANIVERSARIANTES - 31/01


Dafnis Prieto (1974) – baterista,
Gene Ess (1965) – guitarrista,
George Kelly (1915-1998) – saxofonista,vocalista,
Gordon Johnson (1952) – baixista,
Hank Jones (1918-2010) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Ur9nz3yrx6M,
Kenny Burrell (1931) - guitarrista,
Kiko Constantino(1969) – pianista,
Michael Wolff (1952) – pianista,
Peter Bocage (1887-1967) – cornetista,violinista,
Roy Milton (1907-1983) – baterista, vocalista,líder de orquestra,
Stanley Jordan (1959) – guitarrista,
Stephen Fulton (1954) – trompetista,flugelhornista


terça-feira, 30 de julho de 2019

CHARLIE DENNARD – DEEP BLUE


Como um antigo diretor musical das produções do Cirque du Soleil, o pianista Charlie Dennard veio a ser bem versado no toque da estrutura, nuance e emoção em ambientes variados. E como um residente de New Orleans com sua paixão para tudo a partir do blues ao jazz, a world music, ele continuamente apresenta franqueza para influências dessemelhantes e alto grau de flexibilidade em sua abordagem para compor e colaborar. Todas estas habilidades lhe servem bem neste seu quarto álbum.

Dennard, o baixista Max Moran e o baterista Doug Belote servem os ingredientes base para estas faixas inéditas, mas um bom número delas são temperadas com convidados. O ícone de New Orleans, Steve Masakowski, entra com o violão para a inspirada em Ralph Towner, “Wanderlust”, e o adequadamente emparelhado sax tenor de Brad Walker e o trompete Eric Lucero visitam a introspectiva faixa título. Dennard também inclui duas peças heterogêneas em octeto: “Mojave”, uma exótica jornada que soa bem com a bansuri flute, sarod e tabla na mistura, e “Father”, um encerramento lento e emocionante com instrumentos de sopro e com o coescritor da música, o guitarrista Brian Seeger, adicionando volume à atmosfera.

Tudo pela sua solidão, o âmago do trio amplifica o charme que caracteriza o trabalho de Dennard. “St. Charles Strut” delimita, ao lado de uma variante do balanço de “Poinciana” de Vernel Fournier, a oportunidade aos dedos do líder para realizar um tranquilo passeio, e a suavemente valseada “Trois Fois” tocada com um amor empacotado em brisa. Balanceando entre o gracioso e o lustroso, Dennard homenageia sinceramente Joe Sample em “Joe’s Crusade”. Alguém deve segurar uma ausência de fogo na música, mas Dennard tipicamente gira a potencial fraqueza no vigor. Sua serenidade entusiasma.

Faixas: St. Charles Strut, Mojave, Wanderlust, Deep Blue, Trois Fois, Joe's Crusade, Father.

Músicos: Charlie Dennard: piano, órgão, teclados; Doug Belote: bateria, Max Moran: baixo acústico e elétrico; Steve Masakowski: violão; Brian Seeger: guitarra; Eric Lucero: trompete e flugelhorn; Ray Moore: sax tenor e alto, flauta; Mark Solis: sax tenor, alto e barítono, flauta, clarinete baixo; Jason Mingledorf: sax tenor e clarinete baixo; Brad Walker; sax tenor; Rick Trolsen: trombone; Josh Geisler: bansuri flute; Carlos López: percussão; Andrew McLean: tabla, sarod.

Fonte: DAN BILAWSKY (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 30/07


B.D. Lenz (1971) – guitarrista,
Big Jack Johnson (1940) – guitarrista,
Buddy Guy (1936) – guitarrista,
Claes Janson (1947) – vocalista,
David Sanborn (1945) - saxofonista,
Hilton Jefferson (1903-1968) - saxofonista,
James Spaulding (1937) - saxofonista,
John Stowell(1950) – guitarrista,
Kevin Mahogany (1958-2017) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Rqcy_nFHBOc,
Kevin Stevenson (1953) – baterista,
Rosinha de Valença(1941-2004) – violonista,
Walt Weiskopf (1959) - saxofonista 

segunda-feira, 29 de julho de 2019

AARON GOLDBERG – AT THE EDGE OF THE WORLD (Sunnyside Records)


Um aspecto interessante desta gravação relata o eminente pianista Aaron Goldberg (Kurt Rosenwinkel, Joshua Redman) reunindo-se com o baterista de vanguarda, Leon Parker em Paris. Nos anos 90, o artista foi contratado para um trabalho, mas Goldberg foi inicialmente doutrinado por performances do baterista com pianistas como Jacky Terrasson, Brad Mehldau e outros notáveis. Porém, nas notas para imprensa, Parker migrou para a França em 2001 e adotou um auto imposto período sabático para tocar. No alto da sua notoriedade, ele abandonou a cena do jazz, embora este álbum propriamente reacende sua metodologia personalizada e habilidade afiada para metamorfosear a bateria em um instrumento improvisador no meio de diálogos loquazes e contrapartidas com Goldberg. Oh, e ele está próximo de uma perfeição cronometrista.

Goldberg emergiu como uma grande força no jazz moderno. Ele domina a velocidade como Art Tatum e a destreza, evidenciado por progressões de acordes em redemoinho e blocos deslumbrantes harmônicos, enquanto, também, integrando um toque de luz e temperança dentro de mais sensíveis marcas. Consequentemente, o trio encaminha as festividades com Simon e "Poinciana" de Bernier que foi a peça marcante de Ahmad Jamal. E é uma prazerosa interpretação, completa com o corpo da cadência percussiva de Parker e vocalise que gera um pouco de produção de contraponto da execução de Goldberg do tema principal. Porém, através da ponte de Parker provoca uma via de cantos melódicos tribais como o pianista grava uma melodia contagiante com notas gotejantes em registros mais altos.

O trio atua com duas peças do vibrafonista Bobby Hutcherson, "Isn't This My Sound Around Me" e "When You Are Near". Posteriormente, a introdução ágil do baixista Matt Penman e escovinhas vigorosamente sutis de Parker providenciam uma pulsação moderna para coincidir com balanço sutilmente suingante de Goldberg e leve lirismo: ele dança através das teclas, instigadora de blocos de acordes harmônicos e um ataque de baixo para cima e de cima para baixo. Eles também interpretam "Effendi" de McCoy Tyner com um balanço suingante em tempo médio e planam e iluminam o trabalho complementado por sua engenharia reversa e chamada e resposta com breques de Parker, e "Black Orpheus (Manhã de Carnaval)" serve como um forte veículo composicional, conforme Goldberg reimagina uma melodiosa frase repetida. Não apenas é bem viajado, Goldberg na margem do mundo, ele está também no topo do jogo aqui.

Faixas: Poinciana; Luaty; Isn't This My Sound Around Me; When You Are Near; Effendi; En La Orilla Del Mundo; Black Orpheus (Manhã de Carnaval); Tokyo Dream.

Músicos: Aaron Goldberg: piano; Matt Penman: baixo; Leon Parker: bateria, percussão vocal & embodirhythm.

Fonte: Glenn Astarita (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 29/07


Albert Wynn (1907-1973) - trombonista,
Charlie Christian (1916-1942) – guitarrista (na foto),
Don Redman (1900-1964) - clarinetista,saxofonista,vocalista,líder de orquestra,
Freddie Hendrix (1976) – trompetista,
Joe Beck (1945-2008) – guitarrista,
Michael Pedicin (1947) – saxofonista,
Ron Turso (1948) – baterista,
Vic Lewis (1919-2009)- guitarrista

domingo, 28 de julho de 2019

MIGUEL ZENÓN – YO SOY LA TRADICIÓN (Miel Music)


Com “You Soy La Tradición”, o saxofonista alto Miguel Zenón explora profundamente suas raízes porto-riquenhas com uma tomada no gênero "jazz com cordas". Este é seu 11º lançamento em CD como líder. Ele entremeou a abordagem com “Awake (Marsalis Music, 2008) ”, adicionando um quarteto de cordas para o seu quarteto de jazz em um bocado de canções do disco. “Yo Soy La Tradition” é uma experiência mais pura na linha cordas/instrumentos de sopro com a entonação de ouro do sax alto de Zenon, unindo forças com o Spektral Quartet.

Procurando por uma pedra de toque para o som, “Focus (Verve Records, 1962) ” do saxofonista tenor Stan Getz vem à mente. “Focus” apresenta Getz com o quadro de uma orquestra, mas a abordagem com a completa integração dos arranjos de cordas com as vozes do instrumento de sopro em vez do sopro do sax sobre uma sutil cortina é a mesma.

A pegada de Zenon no som folclórico porto-riquenho, uma mistura de africano, influências nativas e espanholas, misturada com suas próprias ideias e história musical, vem com um trabalho de soberba beleza, às vezes emocional e urgente, outras vezes solene e reverente.

A sombra da conquista espanhola e sua conversão missionária traz o mistério e a beleza da religião católica dentro da trama. "Rosio" é puxada de "El Rosario Cantado", enraizado no feriado do Rosário da Igreja. É atrativo, às vezes levado pela corrente, às vezes uma peça urgente de música com as cordas apresentando uma intensa vibração. Estes arranjos são todos de Zenon. Ele fez um trabalho maravilhoso. "Cadenas" enche até a borda com grandiosa intensidade. Sax e cordas conversam para trás e para a frente.

"Milagrosa" é outra integração de fluxo livre de cordas e sax, vivaz e esperançosa, pintada com um fervor virtuoso e no encerramento do trabalho, "Villalbeno", facilita o humor meditativo, com o sax alto do Zenon vocalizando através da suave ação das cordas.

Faixas: Rosario; Cadenas; Yumac; Milagrosa; Viejo; Cadenza; Promesa; Villalbeno.
Músicos: Miguel Zenón: saxofone alto; Clara Lyn: violino; Maeve Feineberg: violino; Doyle Armbrust: viola; Russell Rolan: cello.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Dan McClenaghan (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 28/07



Christof Sanger (1962) – pianista,
David Silliman (1960) – percussionista,
Delfeayo Marsalis (1965) – trombonista,
Guilherme Arantes (1953) – tecladista,vocalista,
Ikey Robinson (1904-1990) - banjoista,guitarrista,
Itamar Assiere (1970) – pianista,
Junior Kimbrough (1930-1998) – guitarrista,
Leon Prima (1907-1985) – trompetista,
Luperce Miranda (1904-1977) – bandolinista,violonista,
Michael Bloomfield (1943-1981) – guitarrista,
Nnenna Freelon (1954) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=CSqQPTtUW2o,
Peter Duchin (1937) – pianista,líder de orquestra

sábado, 27 de julho de 2019

DAVID TORN/TIM BERNE/CHES SMITH – SUN OF GOLDFINGER (ECM Records)


Este David Torn é o mais eletrificado dos guitarristas de jazz e isto se faz claro nos minutos da abertura de “Eye Meddle”, os três primeiros dos 20 minutos – saldo mais positivo das performances aqui. Antes mesmo da primeira nota resoluta, há uma pulsação tamborilante realimentada do amplificador de Torn, enquanto ao fundo há oscilações sampleadas entre duas notas como uma insensata buzina. Com o salto da bateria de Ches Smith, tratado assim eles soam como o estrépito da fábrica do mosaico de 1930, Torn continua a persuadir sons estridentes e lamentações da sua guitarra, enquanto Berne, toca a mais alta das elevadas harmonias, e apresenta assobios no pano de fundo como uma chaleira impaciente de chá. É audacioso, imponente como um redemoinho de som, e ainda há algo extravagantemente bem-vinda sobre suas melodias turbilhonadas e estridente barulho. Lá deve ser ruidosoo, mas não há paixão, uma narrativa pacientemente arqueada, e mesmo (sobre 12 minutos) que poderia passar por um balanço de dança.

Dado o caminho, funde-se elementos de ambiência eletrônica, saxofone e barulho industrial, e é atraente assistir “Sun of Goldfinger” como o filho de “Prezens”, a colaboração de Torn em 2007 com Berne, Craig Taborn e Tom Rainey (Taborn aparece em uma faixa aqui, “Spartan, Before It Hit”). Porém, tanto quanto eu admiro “Prezens”, a música em Goldfinger é mais variada e ambiciosa, trazendo um senso quase sinfônico de escala para seu guincho hi-tech. “Spartan, Before It Hit” evoca uma estonteante paisagem sonora eletroacústica, oferecendo momentos de surpreendente delicadeza, tão bem quanto irrompe a descascada distorção da guitarra. Nem há qualquer coisa irônica sobre o título “Soften the Blow”, o movimento espreitando a altíssima lamentação de Berne dentro de um suavizante caldo de eletrônica para criar a equivalência a uma lâmina da navalha sônica enfaixada em algodão.

Faixas: Eye Meddle; Spartan, Before It Hit; Soften the Blow.

Músicos: David Torn: guitarra elétrica, live-looping, eletrônica; Tim Berne: saxofone alto; Ches Smith: bateria, eletrônica, tanbou; Craig Taborn: eletrônica, piano (2); Scorchio String Quartet (2): Martha Mooke: viola/diretor; Amy Kimball: violino; Rachel Golub: violino: Leah Coloff: cello; Mike Baggetta, guitarra (2); Ryan Ferreira, guitarra (2).

Fonte: J.D. CONSIDINE (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 27/07


Barbara Thompson (1944) - saxofonista,flautista,
Dale Fielder (1956) – saxofonista, 
Deirdre Cartwright (1956) – guitarrista,
Edward Simon (1969) – pianista,
Jarbas Barbosa(1959) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=L-8j6Fugeu0,
Larry Schneider (1949) – saxofonista,
Leandro Braga(1955) – pianista,
Jean Toussaint (1960) – saxofonista,
Joel Harrison (1957) – guitarrista,
Karryn Allyson (1963) – vocalista,
PT Gazell (1953) – gaitista,
Yuri Goloubev (1972) – baixista

sexta-feira, 26 de julho de 2019

MARCUS STRICKLAND TWI-LIFE – PEOPLE OF THE SUN (Blue Note/Revive)


O saxofonista Marcus Strickland vem de sua abordagem jazz-amassado para jazz-honestidade. Filho de um pai que atuou na bateria em bandas de R&B e bandas de jazz, e cresceu em Miami ao redor de ritmos Afro-Caribenhos, ele trabalhou com bateristas como Roy Haynes e o trompetista Dave Douglas antes de organizar “Twi-Life”, um conceito e banda centrada na exploração do jazz, hip-hop e neo-soul. É por uma percepção para frente de uma abordagem “música social”, que ele reequipa com um novo núcleo da banda—o tecladista Mitch Henry, o baixista Kyle Miles e o baterista Charles Haynes— por Meshell Ndegeocello, que produziu “Nihil Novi” de 2016.

Strickland viaja em terreno similar em “People of the Sun” seu autoproduzido segundo álbum para a Blue Note. “Aim High”, em torno de sete minutos e meio, a mais longa faixa da gravação que cronometra em torno de três quartos de uma hora, é uma jam em fogo baixo centrada em uma mensagem de   positividade com letras cantadas e coescritas com Jermaine Holmes. O cozimento sonoro em fogo lento é intensificado pelo piano elétrico de Henry e alguns solos e acompanhamentos improvisados repetidos do saxofone tenor e clarinete baixo de Strickland e do trompete de Keyon Harrold. Harrold, também, é apresentado em “Marvelous”, com as harmonias vocais firmemente agrupadas por Akie Bermiss conduzindo entalhados ritmos funkeados.

Para “On My Mind”, a apresentação falada de Greg Tate de uma narrativa focada em “um mundo formado de amor” é um corte transversal do errante clarinete baixo de Strickland e do vocal arrojado de Bilal contra o electro-funk, texturas Afro-Soul e uma firme batida de fundo. Assuntos do coração também são importantes e são centrais para “Black Love”, seus fragmentos de fitas de entrevistas emparelhados com redemoinhos de órgão e clarinete baixo. Da abertura “Lullaby”, lançada em fervura lenta com batas e djembe e uma melodia tenor cantante, através da faixa do encerramento, “Spirit of the Music”, com diálogo que referencia Miles Davis e uma paisagem sonora referente a paisagem sonora dos anos 70, “People of the Sun” soma-se, às vezes, à inebriante exploração da diáspora africana.

Faixas

1 Lullaby [apresentando Weedie Braimah] 1:47
2 Timing 5:25
3 People Of The Sun [apresentando Mitch Henry] 1:18
4 On My Mind [apresentando Bilal & Pharoahe Monch & Greg Tate] 4:49
5 Relentlessness 5:47
6 Marvelous [apresentando Akie Bermiss] 3:43
7 Black Love 4:15
8 Build 5:20
9 Cloaked In Controversy 1:14
10 Aim High [apresentando Jermaine Holmes] 7:33
11 Spirit Of The Music 3:10

Fonte: PHILIP BOOTH (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 26/07



Charli Persip (1929) - baterista,
Dia DiCristino (1980) – vocalista,
Erskine Hawkins (1914-1993) – trompetista,
Fay Victor (1965) – vocalista,
Gus Aiken (1902-1973) – trompetista,
Joanne Brackeen (1938) – pianista,
Kobie Watkins (1975) – baterista,
Louie Bellson (1924-2009) – baterista,
Moacir Santos(1926-2006) – saxofonista,maestro,compositor(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Kuz7557Zhuo,
Patti Bown (1931-2008) – pianista,
Sérgio Reze (1966) – baterista,
Wayne Krantz (1956) - guitarrista

quinta-feira, 25 de julho de 2019

LUCIAN BAN AND ALEX SIMU – FREE FALL (Sunnyside Records)


Este concerto e a música foram inspirados por, e dedicado a Jimmy Giuffre, diz uma anotação nas notas para o disco “ Free Fall”, apresentando os músicos romenos Lucian Ban (piano) e Alex Simu (clarinete e clarinete baixo). Apenas duas das faixas aqui, “City, Want” e “Used to Be”, que encerram o programa, foram compostas por Giuffre, não obstante; o resto, outra de Carla Bley, “Jesus Maria”, outras compostas separadamente por Ban e Simu, às vezes em conjunção com outros, ou improvisados no concerto, que ocorreu em Bucareste em 2018. Em outras palavras, o clarinetista e saxofonista Giuffre, que faleceu em 2008, serve mais como uma inspiração do que um material de pesquisa. Um ouvinte pode necessitar fazer algum estiramento para compreender a conexão que Ban e Simu realizaram, mas a música, entretanto, é recomendável.

“Quiet Storm” de Ban, o número de abertura, especificamente menciona (com um asterisco) que é “For Jimmy Giuffre”, mas tanto sua estrutura quanto a interação entre seu piano e o clarinete de Simu apresenta mais que uma evidente referência ao estilo ou som de Giuffre. Aqui, como em toda parte, os dois instrumentistas permanecem fortemente afinados, respeitosos, e inicia, cada um, consentindo outro amplo espaço para iluminar sem perda da visão dos seus compromissos com o dueto. Eles são, juntos e desassociados, intrépidos: “Free Fall”, uma das improvisações, é praticamente vertiginosa às vezes, uma dança alegre, enquanto “The Pilgrim”, de Simu e do pianista holandês Folkert Oosting, está imbuído com mistério e risco incluso.

Em adição das suas explorações em comum, um lançamento individual acentua o nível do virtuosismo e percepção no âmago de sua colaboração. “Near” é uma peça solo de Simu no clarinete baixo— tão etérea quanto bravia, acena para perpétua vivacidade livre de Giuffre, mesmo, ostentando pouca semelhança ao seu próprio trabalho.

Faixas: Quiet Storm; Free Fall; Jesus Maria; Mysteries; Near; The Pilgrim; Cry, Want; Used to Be.

Músicos: Lucian Ban: piano; Alex Simu: clarinete, clarinete baixo.

Fonte: Jeff Tamarkin (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 25/07



Alan Gaumer (1951) – trompetista,
Annie Ross (1930) - vocalista,
Brian Blades (1970) – baterista,
Darnell Howard (1895-1966) – clarinetista,
Fletcher Allen (1907) – clarinetista, saxofonista,
Happy Caldwell (1903-1978) – clarinetista,saxofonista,
Jacob Melchior (1970) – baterista,
Johnny Hodges (1907-1970) – saxofonista,
Johnny Wiggs (1899-1977) – cornetista,líder de orquestra,
Luís Cláudio Ramos (1949) – violonista,
Mike DiRubbo (1970) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Rj3jhjrIAcI,
Sueli Costa (1943) – vocalista,violonista,
Sylvester Weaver (1897-1960) - guitarrista

quarta-feira, 24 de julho de 2019

JEROME SABBAGH & GREG TUOHEY - NO FILTER (Sunnyside)


O saxofonista Jerome Sabbagh, um membro do último trio de Paul Motian, e o guitarrista, educado na Nova Zelândia, Greg Tuohey reacendem uma parceria musical próxima dos seus dias da Berklee College of Music neste insinuante quarteto. Unido pelo flexível ritmo do baixista Joe Martin e do baterista Kush Abadey, Sabbagh e Tuohey apresenta sete inéditas músicas modernas, que acondiciona uma potente pegada, suingue com uma autoridade tranquila e arrasta as emoções.

A sinistra abertura de Sabbagh, “Vicious”, tem Tuohey trazendo um procedimento decidamente roqueiro com suas distorções enlaçadas no abandono, enquanto Abadey suinga livremente, antes de desatrelar um dinâmico solo próprio. Tuohey segue com clareza, entonações calorosas em seu balanço melódico em “Lurker” e em sua suave balada “No Road”, a posterior sublinhada com o sensível trabalho das escovinhas de Abadey e exibindo o perseverante Sabbagh, vocalizando tons na melodia pungente. “Chaos Reigns” de Tuohey, a faixa mais ousada do trabalho, inicia com um delicado solo de guitarra com arpejos, antes da banda completa explorar coletivamente em modo de rubato. Através da composição de Sabbagh, “Cotton”, ataca em nota melancólica com acorde em tom menor de Tuohey, e os longos tons queixosos do tenorista e as baquetas de Abadey estabelecem uma entonação dramática.

Este álbum soa soberbo, que foi gravado ao vivo em estúdio, sem edições ou superposições de meia polegada, duas faixas em fita analógica, e encerra em nota animada com a cadenciada  “You Are On My Mind” de Sabbagh, relembrando alguma melodia esperançosa e relaxada de “Quiet or A Moment’s Peace” de John Scofield.

Faixas: Vicious; Lurker; No Road; Chaos Reigns; Ghostly; Cotton; You are on My Mind.
Músicos: Jerome Sabbagh: saxofone tenor; Greg Tuohey: guitarra; Joe Martin: baixo; Kush Abadey: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Bill Milkowski (DownBeat) 

ANIVERSARIANTES - 24/07


Ahmad Alaadeen (1934) – saxofonista,
Billy Taylor (1921-2010) – pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=59J6x6MInPw&feature=relmfu,
Bob Eberly (1916- 1981) - vocalista,
Charles McPherson (1939) – saxofonista,
Frantisek Uhlir (1950) – baixista,
Ian Carey (1974) – trompetista,vocalista,
James Zollar (1959) – trompetista,
Jon Faddis (1953) – trompetista,
Mike Mainieri (1938) – vibrafonista

terça-feira, 23 de julho de 2019

GREGOR HUEBNER – EL VIOLIN LATINO VOL. 3: LOS SOÑADORES (Zoho)


Quando Gregor Huebner lançou seu projeto “El Violin Latino”, parecia, inocentemente, transnacional, uma oportunidade para o violinista alemão exibir sua apreciação por (e maestria) um amplo espectro de música latina: tango, bossa nova, son, charanga e so on. Com o “Vol. 3: Los Soñadores”, entretanto, Huebner parece menos um turista musical, que um instrumentista que veio a ser profundamente envolvido em uma comunidade musical e suas inquietações.

“Los Soñadores” traduzido com “Os Sonhadores”, e, efetivamente, a canção título endereça o impacto da luta do programa Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA) (Ação dos Simpatizantes Da Chegada das CriançaS, em tradução livre) que cuidava da vida dos jovens imigrantes latinos americanos nos Estados Unidos (com as letras bilíngues para refletir o estado dual de Sonhadores). Comoventemente declamado pela vocalista do grupo Yumarya, a canção angaria nossa simpatia, e suas políticas são mais humanas que sectáriaS, falando a linguagem universal da segurança, esperança e liberdade.

No restante de “Los Soñadores”, Huebner move-se de uma abordagem pan-americana de um anterior álbum do Violin Latino para focar em ritmos e formas cubanas, embora com um olho para as quais estas ideias se aplicam ao jazz. O toque não é diferente daquele que o falecido Jerry González fez como seu Fort Apache Band (“Obsesión” é, de fato, dedicado à González). Huebner faz suas intenções no jazz evidenciar a abertura do álbum de John Coltrane, “Equinox”, feita como uma espécie de blues cubano. No caso, nós deixamos escapar o ponto, há também uma música chamada “Cuban Blues”. E embora Huebner exiba seus talentos, particularmente na agitada “Yoruban Fantasy”, ele devota a maior parte dos seus esforços para manter o balanço, o que ele faz profundamente.

Faixas

1 Equinox (John Coltrane) 05:07
2 Obsesión (Pedro Flores) 06:36
3 Los Soñadores (Gregor Huebner / Yumarya) 06:15
4 Cuban Blues (Gregor Huebner) 06:09
5 Para un Mejor Mundo (Gregor Huebner) 05:19
6 Zapato Apretado (Luis Medina / Amado Sanchez) 06:23
7 Llanto de Luna (Julio Gutierrez) 04:30
8 South Sudan (Gregor Huebner) 05:31
9 Tu, Mi Delirio (César Portillo De La Luz) 04:12
10 Yoruban Fantasy (Gregor Huebner) 06:03
11 Buey Viejo (Ignacio Pinero) 04:49

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte:  J.D. CONSIDINE (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 23/07


Alan Barnes (1959) – saxofonista,clarinetista,
Albert Rivera (1983) – saxofonista,
Champion Jack Dupree (1909-1992) – vocalista,baterista, pianista,
Charles Ables (1943-2001) – baixista,guitarrista,
Clarence Holiday (1898-1937) – guitarrista,
Claude Luter (1923-2006) – clarinetista, saxofonista,
Diego Figueiredo (1980) – violonista,
Emmett Berry (1915-1993) - trompetista,
Janis Siegel (1952) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=8JtUiHd47PA,
Manuel Rocheman (1963) – pianista,
Patrick Zimmerli (1968) – saxofonista,
Peter Kienle (1960) – guitarrista,
Richie Kamuca (1930-1977) - saxofonista,
Renato Borghetti (1963) – acordeonista,
Steve Lacy (1934-2004) - saxofonista,clarinetista

NR:Clarence Holiday foi um guitarrista de jazz  relembrado como o pai de Billie Holiday, mas nunca foi casado com a mãe de Billie. Antes de “Lady Day” atingir a adultez, ele não se sentia feliz em admitir que tinha uma filha já crescida.
Holiday trabalhou em bandas locais e foi um membro da “Fletcher Henderson Orchestra” no período de 1928 a 1933. Inicialmente foi um ritmista, solando raramente. Clarence Holiday gravou com Benny Carter em 1934 e com Bob Howard em 1935 e atuou com Charlie Turne em 1935, Louis Metcalf entre 1935e 1936 e com “Don Redman Big Band” nos anos de 1936 e 1937, antes de sua morte prematura.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

THE NELS CLINE 4 – CURRENTS, CONSTELLATIONS (Blue Note Records)


O guitarrista Nels Cline tem sempre sido um sugador para a música, mas isto é um pouco mistificador —não facilmente descrito, transcrito ou sumarizado. Assim, ninguém deveria estar chocado se ele estiver particularmente satisfeito com “Currents, Constellations”, uma audaciosamente mapeada colaboração com o guitarrista Julian Lage, o baixista Scott Colley e o baterista Tom Rainey.

Talvez “mapeada” seja uma palavra bastante forte, desde que um ar de espontaneidade frequentemente prevalece aqui, especialmente quando Cline e Lage estão intuitivamente comprometidos em curioso contraponto, ou quando o espírito de temas sombrios do álbum e refrões funk são hábil e divertidamente otimizados. Sem dúvida guitarristas companheiros maravilham-se com o nível de interação demonstrado aqui. Além do mais, Cline nunca parece perder as ideias, quando vem o momento para introduzir entonações contrastantes, texturas e dinâmicas ou organizar efeitos. Algumas faixas são rápidas para impor vigor, mesmo impressões dissonantes em “Furtive” (inspirado em um trabalho orquestral de Duke Ellington) e “Swing Ghost ’59”, notável por seus ritmos espasmódicos. Por toda energia estimulante gerada por Rainey e Colley em “Imperfect 10”, entretanto, outras performances revelam visões mais nuançadas por ações de Cline e a versatilidade da banda. “Temporarily” de Carla Bley e a balada inspirada em Ralph Towner , “As Close as That”, irradiam uma elevação de alma similarmente tranquila. O álbum encerra com um toque e notas elegíacas com “For Each, a Flower”, inspirada pelas recentes mortes de músicos como John Abercrombie, Geri Allen, Bill Horvitz e John Shifflett, e o luthier Bill Collings.

Faixas: Furtive; Swing Ghost '59; Imperfect 10; As Close As That; Amenette; Temporarily; River Mouth (Parts 1 & 2); For Each a Flower.

Músicos: Nels Cline: guitarras; Julian Lage: guitarras; Scott Colley: baixo; Tom Rainey: bateria.

Fonte: Mike Joyce (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 22/07


Al Di Meola (1954) – guitarrista,violonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=vuY0_JCHaF4,
Al Haig (1924-1982) - pianista,
Bill Perkins (1924-2003)- saxofonista,flautista,
Dennis Wilson (1952) – trombonista,
Don Patterson (1936-1988) – organista,
George Walker Petit (1959) – guitarrista, 
Jimmy Bruno (1953) – guitarrista,
Joshua Breakstone (1955) – guitarrista,
Junior Cook (1934-1992) – saxofonista,
Kara Johnstad (1968) - vocalista,
Lou McGarity (1917-1971) – trombonista,
Marco Benevento (1977) – pianista,
Mario Rivera (1939-2007) – flautista,saxofonista,
Paul Moer (1916-2010) – pianista,
Sarah Lynch (1973)- vocalista,
Will Calhoun (1964)- baterista

domingo, 21 de julho de 2019

ARUÁN ORTIZ TRIO – LIVE IN ZÜRICH (Intakt Records)


O pianista cubano, Aruán Ortiz, apenas segue de intensidade em intensidade no seu terceiro lançamento pela “Intakt”, embora seja o seu 12º. Embora a maior parte do repertório em “Live In Zurich” apareçam em álbuns anteriores, o que ele faz aqui através de dramáticas extensões e peças penetrantes juntas, não é nada pouco extraordinário. Este trabalho no Unerhört! Festival , na capital da Suíça, foi a última das duas semanas de sua excursão, e isto realmente exibe a firmeza do trio e a capacidade deles para negociar as passagens que Ortiz demanda, enquanto o faz parecer natural.
O que eles realizam é uma estonteante mistura do mundano e cerebral. Parcialmente, isto rebaixa os fundamentos de Ortiz da complexidade rítmica de sua ilha nativa, aliado ao seu clássico treinamento e apreciação da tradição do jazz. Porém, também acerta na escolha de Chad Taylor para ocupar o banquinho da bateria. Taylor, que primeiro obteve a atenção no Chicago Underground Duo (etc) com o cornetista Rob Mazurek, prova a responsabilidade para encantar um balanço na provocação mais leve, mas também infalivelmente explora o timbre e textura.

Isto vem ser mais evidente a partir de "Part 1: Analytical Symmetry/Fractal Sketches" onde o som metálico da mbira de Taylor movimenta-se a partir do ritual amplo da dança contagiante. Em seguida vem uma sequência de animações e calmarias, construindo intensidade através de séries cativantes de entrelaçamentos de modelos, que fariam Craig Taborn feliz, só por deslanchar via minimalismo, antes de, outra vez, se lançar, com vigor renovado. Dentro desta mistura há ainda tempo para um interlúdio em solo reflexivo, reminiscente do cardápio do seu aclamado álbum “Cu(ban)ism (Intakt, 2017)”, e para o baixista Brad Jones alternar--se entre a entonação melancólica e o flexível contraponto responsivo.

O trio repete o mesmo truque em "Part 2: Bass Improvisation/Etude #6 Op 10/Open Or Close & The Sphinx", entretanto desta vez os componentes materiais derivam-se das fontes tão aparentemente dessemelhante como Chopin e Ornette Coleman. O solo introdutório de Jones segue dentro do serpenteante acompanhamento musical, dobrado por Ortiz, e eles seguem para outra excursão cativante. O pianista brilha aqui, no princípio dotando figuras ajustadas com uma intensidade febril apenas incrementada pela independência de suas duas mãos, então posteriormente ameaçadora com tensa batida de uma simples nota sobre outro balanço alvoroçado. A concepção de Ortiz é firme para contar onde Chopin encerra e Ornette começa, porém um final blueseiro é todo Coleman.

Após tais incitamentos, "Alone Together" oferece um bálsamo refrescante, embora algo animador pelo investimento do arco suspirante de Jones e respingos de gotículas cristalinas de Ortiz. Piano e baixo estabelecem a melodia, com o fraseado de Jones apenas uma fração atrás do pianista, para criar uma classe de prazerosa aura tocante do sabor restante. Ao final, Taylor retorna à mbira para engendrar um deslumbrante espectro, sentando perfeitamente atrás da suave pulsação de Jones e o piano de Ortiz tintinando, mas também formando um satisfatório eco da abertura do disco, encorajando um instante de reprise desta soberba performance.

Fontes: Part 1: Analytical Symmetry/Fractal Sketches; Part 2: Bass Improvisation/Etude #6 Op 10/Open Or Close & The Sphinx; Alone Together.

Músicos: Aruán Ortiz: piano; Brad Jones: baixo; Chad Taylor: bateria, mbira.

Fonte: John Sharpe (AllAboutJazz)


ANIVERSARIANTES - 21/07


Amelinha (1950) – vocalista,
Emanuelle Araújo (1976) – vocalista,
Floyd Jones (1917 – 1989) – guitarrista,
Gil Parris (1977) – guitarrista,
Helen Merrill (1929) – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=rK8RewHEtgA,
Joel Fass(1954) – guitarrista,
Kay Starr (1922) – vocalista,
Marcelo Gonçalves (1972) – violonista,
Omer Simeon (1902-1959) – clarinetista,saxofonista,
Plas Johnson (1931) - saxofonista,
Scott Wendohldt (1965) – trompetista,
Sonny Clark (1931-1963) - pianista,
Thomas Heflin (1977) – trompetista,
Zé Nogueira (1955) - saxofonista

sábado, 20 de julho de 2019

MARK WINKLER & CHERYL BENTYNE – EASTERN STANDARD TIME (Café Pacific)


Cinco anos atrás, Mark Winkler em parceria com Cheryl Bentyne do Manhattan Transfer reuniram-se para modelar a suavidade do West Coast (Costa Oeste), uma maravilhosa saudação para a fria vibração do jazz, que emergiu da Califórnia ao final dos anos 50 e início dos anos 60. Eles agora passaram o foco deles para a mesma era da cena de Nova York, com iguais resultados cintilantes. Compositores mais badalados do Manhattan, Fran Landesman e Tommy Wolf, são os mais divertidos, ao lado comparativamente dos duos dinâmicos como Cy Coleman e Carolyn Leigh, Howard Dietz e Arthur Schwartz, e dos decididos Rodgers e Hammerstein da Broadway.

Sete das 11 faixas são duetos, incluindo uma tomada vivaz de “Things Are Swingin’ “ de Peggy Lee, calorosa, tratamento de bossa de “Devil May Care” de Bob Dorough, uma leitura desconstruída da divertida “You Smell So Good” de Wolf e uma soberba combinação da obra-prima de Wolf/Landesman, “Ballad of the Sad Young Men”, com a sabiamente contemplativa “The Lies of Handsome Men” de Francesca Blumenthal. A mais inesperada, e mais intrigante, é seu passeio através de “Walk on the Wild Side”, uma homenagem a Lou Reed, extravagante ocupante do estúdio de Andy Warhol.

Bentyne passa para o solo suingante em “The Gentleman Is a Dope” e outra joia de Wolf/Landesman, “Spring Can Really Hang You Up the Most”. Winkler atraente e maravilhosamente navega espirituosa em “Rhode Island Is Famous for You” de Dietz e Schwartz. Se há algo estranho, é sua “I Could Get Used to This”, baseada em “Bumpin’”. Como o original de Wes Montgomery, apresenta-se mais friamente. Entretanto, não há omissão nas letras espertas adicionadas por Winkler, enriquecida com romântica esperança.

Faixas

1. Devil May Care 4:17
2. Rhode Island Is Famous for You 3:42 
3. Like Jazz 3:37               
4. The Gentleman Is a Dope 4:29
5. I Could Get Used to This 3:55
6. The Best Is yet to Come 4:27
7. Spring Can Really Hang You up the Most 6:13
8. Walk on the Wild Side 4:16
9. You Smell so Good 4:03
10. Things Are Swingin' 3:28
11. Ballad of the Sad Young Men / Lies of Handsome Men 6:07

Fonte: CHRISTOPHER LOUDON (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 20/07


Arnold Fishkind (1919-1999)- baixista,
Bill Dillard(1911-1995) - trompetista,vocalista,
Bob McHugh (1946) - pianista,
Carlos Santana (1947) – guitarrista,
Charles Tyler (1941-1992) – saxofonista,
Ernie Wilkins (1922-1999) – saxofonista,
Romero Lubambo(1955) – violonista,guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=8Pc3U_slMAo

sexta-feira, 19 de julho de 2019

EMMET COHEN – MASTER LEGACY SERIES, VOLUME 2 (Cellar Live)

Emmet Cohen sabe que ainda tem um bocado a aprender e, adequadamente, o pianista—um ex-prodígio ainda abaixo dos 30 anos— circunda a si mesmo com aqueles que podem ensiná-lo. Esta nova gravação do trio apresenta o totem do baixo, Ron Carter, 81 anos, e segue uma seção similar que destacou o baterista Jimmy Cobb, outro octagenário. Cohen, que já foi uma valiosa estante de prêmios na sua maturidade e toque criterioso, tem também gasto tempo na companhia de relativamente veteranos gabaritados como Christian McBride, Herlin Riley, Brian Lynch e Ali Jackson, em adição à liderança do seu próprio trio e servindo como um educador.

Músicos deste calibre, prontamente, não se comprometeria a trabalhar com alguém que não tinha nada a oferecer em retorno, e a habilidade de Cohen em seu instrumento é acompanhado por sua inventividade. Sua maestria na linguagem tradicional do jazz e sua ampla habilidade técnica são pronunciadas neste trabalho, que mistura standards de Cole Porter e Artie Shaw com inéditas de Carter e uma pregação tradicional judaica, “Hatzi Kaddish”, arranjada para a sessão de Cohen e do baterista Evan Sherman. A posterior faixa é introduzida pelo solo de Cohen, que transmite a solenidade necessária, então se volta repentinamente jubilosa, com equilíbrio divertido. O trio move-se com a melodia, Cohen e Carter oferecem o pavimento para Sherman, e a banda vem para casa em nota alta.

Se há algo fora do comum, isto seria o tributo em quatro partes para o falecido pianista Cedar Walton: “Hindsight”, “Holy Land” e “Dear Ruth”, nivelada por “It’s About Time” do baixista, uma canção de Carter interpretada com Walton. Os humores mudam sem emendas, Cohen evoca o espírito da inspiração do medley sem estar preso em ganhos da origem das citações. Com Carter e Sherman impulsionando a música desta forma, Cohen domina a dificuldade da tarefa de declarar sua reverência, enquanto mantém uma abordagem completamente original.

Faixas: All Of You; Opus One; Hindsight; Holy Land; Dear Ruth; It's About Time; Any Old Time; Hatzi Kaddish Intro; Hatzi Kaddish; Light Bluer; Ron Carter Speaks; Joshua.

Músicos: Emmet Cohen: Piano; Ron Carter: Baixo Acústico; Evan Sherman: Bateria

Para conhecer este trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=z2PdJNY3Nxs


Fonte: Jeff Tamarkin (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 19/07


Bobby Bradford (1934) – trompetista,cornetista,
Buster Bailey (1902-1967) – clarinetista,
Carmell Jones (1936-1996) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=NWGzCNHnqsQ,
Charlie Teagarden (1913-1984) – trompetista,
Cliff Jackson (1902-1970) - pianista,
David Valdez (1967) - saxofonista,
Earle Hagen (1919-2008) – trombonista,líder de orquestra,
Matt Mitchell (1975) – pianista,
Tom Arthurs (1980) – trompetista, flugelhornista

quinta-feira, 18 de julho de 2019

EUMIR DEODATO - OS CATEDRÁTICOS 73 (Far Out)


Se o título de “Os Catedráticos 73” não incluísse sua data de fabricação, teria sido óbvio de qualquer maneira. Todas as coisas, da capa em falsa monocromia, aos instrumentos de sopro da casa da CTI, aos alegres chocalhos de Orlandivo e à guitarra em wah-wah de Durval Ferreira, que apoia o piano e Hammond B-3 de Eumir Deodato, gritam 1973. Porém, se o balanço da música brasileira é datado, é também agradável—e, com sua clareza remasterizada, bem como seu espírito dançante.

O nível da improvisação no álbum é completamente profundo. Deodato está sempre no órgão, sempre muito curto (e substancial), e usualmente vem com o desaparecimento gradual da faixa (Uma parte do solo na indolente “Atire A 1a Pedra” soa improvisado, até que é seguido por uma paráfrase dos instrumentos de sopro). Batidas funk-pop desfigura a categorização do “jazz”— como faz sua tendência para emprestar fina sonoridade dos sopros de muzak, como em “Puma Branco (The White Puma) ” e “Passarinho Diferente (The Bird) ”.

Por outro lado, o balanço e a textura podem ter cortes mais ásperos, então primeiro eles aparecem. “Extremo Norte” constrói um acompanhamento improvisado gospel ao piano e em um ritmo country de Nashville, e abertura de “Arranha Céu” tem uma irresistível linha de baixo; com a escolha de Deodato pelo órgão e uma frase musical repetida de trompete-trombone, soa como uma mistura da Tropicália brasileira e “Peaches en Regalia” de Frank Zappa.

Além do ponto, entretanto, se os ritmos da bossa nova carregam qualquer ressonância para você, você simplesmente não cuidará se as texturas são acalmadas nas improvisações restritas. O demasiado aquecido flugelhorn de John Frosk em “Flap” ainda comanda movimentos tão seguramente quanto Deodato e a seção rítmica faz, e “Tô Fazendo Nada (Down the Hill) ” é tão pura no balanço quanto qualquer gravação de João Gilberto. Uma maravilha adocicada como “Os Catedráticos 73” lidera a demanda, porque esta música já permitiu ir além da moda em primeiro lugar.

Faixas

1 Arranha Céu (Skyscrapers) 4:50
2 Flap 3:17
3 Rodando Por Aí (Rudy's) 3:10
4 O Jogo (Soccer Game) 2:30
5 Atire A 1a Pedra 3:18
6 Puma Branco (The White Puma) 3:30
7 Passarinho Diferente (The Bird) 1:53
8 Extremo Norte (The Gap) 3:54
9 Tô Fazendo Nada (Down The Hill) 2:56
10 Menina (Boy Meets Girl) 3:10
11 Carlota & Carolina (Carly & Carole) 3:11

Músicos: Eumir Deodato (arranjador, maestro, piano acústico e elétrico, órgão); Sérgio (baixo, faixas de 1 a 5); Bebeto (Congas, faixas de 1 a 5); Mamão (bateria, faixas de 1 a 5); John Frosk (Flugelhorn,Trompete, faixas de 6 a 11);Marvin Stamm (Flugelhorn,Trompete, faixas de 6 a 11); Durval Ferreira (guitarra, faixas de 1 a 5); Zé Menezes (guitarra, faixas de 1 a 5);Hélcio Milito (percussão, faixas de 1 a 5), Orlandivo (percussão, faixas de 1 a 5); Phil Bodner (saxofone e flauta, faixas de 6 a 11);Romeo Penque (saxofone e flauta, faixas de 6 a 11); Wayne Andre (trombone, faixas de 6 a 11).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: MICHAEL J. WEST (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 18/07


Bob Helm (1914-2003) - clarinetista,
Buschi Niebergall (1938-1990) -baixista,
Carl Fontana (1928-2003) - trombonista,
Don Bagley (1927-2012) - baixista,
Joe Comfort (1917-1988) - baixista,
Lynn Seaton (1957) - baixista,
Nolan Shaheed (1949) – trompetista,
Pete Yellin (1941-2016) – saxofonista,flautista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Le98MDOPMbo,
Tito Madi (1929- 2018) - vocalista

quarta-feira, 17 de julho de 2019

PEDRO MARTINS - VOX (Heartcore)


O músico brasileiro Pedro Martins tem 25 anos, mas seu som emana de algum lugar muito além do passado. Aclamado pelo selo do líder Kurt Rosenwinkel em 2015 como a próxima grande atarção do Montreux Jazz Festival, Martins, aqui, mistura gêneros e cordas dentro de uma curiosa influência de jazz e alma new-age, apresentando ataques de percussão de índigenas brasileiros e moderno pop eletrificado.

“Esqueça” tem um generoso apelo, o balanço de Martins, vocais digitais evocando a banda indie Grizzly Bear com passagens melancólicas e uma saborosa aplicação de cordas. As melodias de Martins, às vezes, são um sólido seguimento, um entrelaçamento e desligando a batida e twisting and turning off the fendas espertas, que solucionam caminhos inesperados. Sua música proximamente evoca o trabalho de outro músico brasileiro subapreciado, Arthur Verocai. Talvez seja o português. Talvez sejam vibrações quase disco, que surfam de tempo em tempo.

Ainda que Martins tenha gravado a maioria dos instrumentos do álbum, ele se reuniu a poucos notáveis músicos, incluindo o saxofonista Chris Potter em “Faces” e o pianista Brad Mehldau, que surge em “Origem”, sacudindo através do teclado, insofismável em vigor e confiança. Uma benvinda adição.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:




Faixas: Esqueça; Faces; Nova Maneira; K7 Dreams; Horizonte; Vida; B Side; Nao Me Diga Nao; Verdade; Venus 13; Origem; Sertão Profundo; Quem Eu Sou. (64:53)

Músicos: Pedro Martins, guitarra, piano, sintetizadores, bateria, baixo, percussão, flauta; Kurt Rosenwinkel, guitarra; Brad Mehldau, piano; Chris Potter, saxofone tenor; Kyle Crane, bateria; Frederico Heliodoro, baixo.

Fonte: Sean J. O’Connell (DownBeat) 

ANIVERSARIANTES - 17/07


Abe Laboriel (1947) - baixista,
Ben Riley (1933-2017) - baterista,
Benny Krueger (1899 - 1967) - saxofonista,
Chico Freeman (1949) - saxofonista,
Danny Bank (1922) - saxofonista,clarinetista,flautista,
Eddie Dougherty (1915) - baterista,
George Barnes (1921-1977) - guitarrista,
Ivan Valentini (1955) - saxofonista,
Jimmy Scott (1925-2014) – vocalista,
Joe Morello (1928-2011) - baterista,
Mary Osborne (1921-1992) - guitarrista,
Nick Brignola (1936-2002) - saxofonista,clarinetista,flautista,
Paula Faour (1971) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=PbYOPNVIyIs,
Phoebe Snow (1952) –vocalista,
Ray Copeland (1926-1984) – trompetista,
Tigran Hamasyan (1987) – pianista,
Vince Guaraldi (1928-1976) - pianista,
Wilfred Middlebrooks(1933-2008) - baixista 

terça-feira, 16 de julho de 2019

THUMBSCREW - OURS/THEIRS (Cuneiform)


A abordagem de Mary Halvorson no toque da guitarra dá um sentimento de que ela está tentando desvendar algum grande mistério, buscando a correta combinação de notas e entonações, que devem destrancar um segredo de câmara dentro do seu instrumento. E nos últimos álbuns do Thumbscrew— um associado par de lançamentos, apresentando um grupo de material inédito e outro de reinterpretações – ela parece está chegando mais próximo de quebrar o código.

Halvorson atua com seus mais impressionantes cálculos em “Theirs”, a coletânea que encontra a guitarrista, o baterista Tomas Fujiwara e o baixista Michael Formanek interpretando o trabalho de Wayne Shorter, Stanley Cowell e Jacob do Bandolim, dentre outros. O trio mantém o núcleo melódico destes frequentemente heterodoxos standards, mas claramente encanta ampliando as partituras, até voltar a serem repetidas.

A tomada do trio em diferente e bamboleante balada de Brooks Bowman, “East Of The Sun”, é caótica, com cada instrumentista jorrando frases e notas deformadas em amontoadas desintegrações. Um suave embaralhamento de escalas através de “Scarlet Ribbons (For Her Hair)” de Evelyn Danzig em 1949, vem a ser líquido e alucinógeno através do judicioso uso de efeitos por parte de Halvorson e uma suingante utilização de vassourinhas de Fujiwara. Mesmo as mais francas de interpretações, como sua versão brilhante para “Benzinho” de Jacob do Bandolim, são picadas com poucos momentos, que rompem o foco ou explora a explosão súbita, que eriça e surpreende.

O associado ao álbum, “Ours”, encontra a exploração do trio emparelhada ao mais variado território. As nove composições—com cada músico contribuindo com três peças—percorrem de forma impressionante a escala musical, do lançamentos das passagens de Formanek, como grunge em “Cruel Heartless Bastards” para a maior austeridade do trabalho de Fujiwara, que faz grande uso do silêncio e a ressonância deslumbrante dos seus pratos.

As peças de Halvorson em “Ours” apontam para uma pacífica complexidade. “Thumbprint” é construída humildemente com um ritmo bamboleante e uma cativante frase melódica, que lentamente são explodidos e rearranjados. O tempo levanta e os três deslizam ao redor como animais amedrontados, procurando escapar de uma ameaça percebida. “Smoketree” segue uma fórmula a similar, apenas com um pouco de energia maníaca.

Como um parceria conceitual, faz sentido ter estas duas gravações chegarem juntos ao mundo. Mais que isto, “Theirs and Ours” perfeitamente resume a rara química que estes instrumentistas encontraram juntos, e as conflagrações musicais que podem emergir quando astistas encontram-se como almas gêmeas com quem colaborar.

Faixas: Snarling Joys; Saturn Way; Cruel Heartless Bastards; Smoketree; Thumbprint; One Day; Rising Snow; Words That Rhyme With Spangle (Angle Bangle Dangle Jangle Mangel Mangle Strangle Tangle Wangle wrangle); Unconditional. (55:54). Theirs: Stablemates; Benzinho; House Party Starting; The Peacocks; East Of The Sun; Scarlet Ribbons (For Her Hair); Buen Amigo; Dance Cadaverous; Effi; Weer Is Een Dag Voorbij. (45:57)

Músicos: Mary Halvorson, guitarra; Michael Formanek, baixo; Tomas Fujiwara, bateria.

Fonte: Robert Ham (DownBeat)