
A Escola de Canto Popular, através da sua idealizadora, Ana Paula Albuquerque, e alunos, trazem, mais uma vez, o trabalho de um importante compositor baiano que deve ser ouvido e assimilado para o engrandecimento cultural de quem se dispor a essa fruição de pura cultura. Portanto, deleitem-se no Show BÊRÊKÊTÊ, com as vozes de Gil Ferreira, Ismael Quirino, Ive Farias, Neyla Lopo, Carol Magalhães, Júlia Filgueiras, Ana Cristina Santana e Natália Passos.
Participação de Edil Pacheco, Juliana Ribeiro, Edson 7 cordas e Cacau do Pandeiro.
Ficha Técnica:
Paulo Mutti – Direção Musical/Arranjos e Violão
Elena Rodrigues – Flauta
Sergio Müller – Cavaquinho
Ldson Galter – Baixolão
Vitor Leoni - Bateria
Gilson Gil – cenário
Antonio Marques – Iluminação
Onde: TEATRO SOLAR BOA VISTA
Endereço: Praça Marques de Abrantes, S/Nº, Parque Solar Boa Vista – Engenho Velho de Brotas.(Ponto de Referência: Ao lado do casarão amarelo – Secretária Municipal de Educação e Cultura – SMEC)
Telefones: 71 3116-2000 / 2108
Quando: 17 de Junho às 20hs (quinta-feira)
Quanto: R$8, e R$4,
Contatos: (71)3494-3023
Ederaldo Gentil – compositor poeta dos bons
Texto de Ismael Quirino Trindade Neto
Ederaldo Gentil, esse grande compositor baiano, trouxe uma rara qualidade à MPB.[...]Se hoje há conquistas sociais significativas de respeito, reconhecimento, inclusão e aceitação da diversidade, com certeza, a cultura, enquanto viva, representou a resistência, a memória e a força de um povo oprimido. E, em manter essa chama acessa, Ederaldo foi mestre, ao lado de tantos outros baianos, desde Caymmi, até os seus contemporâneos, como Os Tincoãs, Batatinha, e tantos outros.
[...] A riqueza poética de Ederaldo Gentil, o coloca em pé de igualdade junto a outros poetas do samba nacional, como Cartola e Noel Rosa, só para citar alguns. Assim, A canção “O ouro e a madeira” é pura filosofia, o que mostra a sagacidade do compositor; “Manhã de um novo dia”, em parceria com Edil Pacheco, traz toda uma atmosfera lírica de uma madrugada e seus personagens, como vento, sereno e o boêmio solitário, com o seu violão, chorando as sua tristezas, mas ao mesmo tempo, com sua arte funcionando como seu consolo e elemento de diálogo e elaboração das desilusões da vida. Iniciando a canção “Ladeiras” com os famosos versos de Jobim, “É pau, é pedra”, Ederaldo passeia pelas ladeiras de Salvador, que, para quem as conhece, estão repletas de história... E aí reside a genialidade do artista, dizer algo além do que está dito, pois palavras evocam memória e, de uma composição aparentemente simples, tantos outros cenários se descortinam...