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quinta-feira, 31 de março de 2011

PETER BEETS – CHOPIN MEETS THE BLUES (Criss Cross [2010])



Enquanto um conhecimento do pianista romântico Frederic Chopin (1810—1849) pode ser adicionado à experiência de ouvir o álbum “Chopin Meets the Blues” de Peter Beets, não significa que isto seja essencial para desfrutá-lo. Este é, primeiramente, um disco de jazz e muito bom.


Beets utiliza o repertório de Chopin como ponto de apoio para seu salto, e não fica restrito ao ânimo e tempo da música original. A abertura, "Nocturne in Eb Major, Opus 9 # 2" ilumina sua espontaneidade desviando-se da fonte. O original de Chopin é em tempo lento, altamente expressivo,sendo otimista, com um pouco de freio na música. Beets leva o tempo para cima em um meio termo, acrescenta algumas progressões do blues e retorna totalmente diferente a uma parte da música. Pedaços da melodia original permanecem, mas eles são dissimulados, nunca subtraindo a alta satisfação. A faixa é reprisada em tempo mais rápido no final do álbum, com um suingante solo de bateria de Greg Hutchinson, que dificilmente será encontrado no Alice Tully Hall.


Na peça seguinte, "Nocturne in F minor, Opus 55 #1", Beets troca a engrenagem e fica mais próximo da melodia original, executando o trabalho em torno do guitarrista Joe Cohn.Mais uma vez, é acelerado e a banda aproveita a oportunidade para um bom trabalho dentro da tradição.


No mundo clássico, "Prelude In E Minor, Opus 28 # 4", que é uma das mais famosas melodias de Chopin, é tratada com tempos variados do meio-lento ao menos pulsante , dependendo do pianista. O que pensaria o compositor se ouvisse a abertura robusta e improvisada do baixista Reuben Rogers?


Se parece que o tempo é um tema recorrente aqui, ele é. A maioria das peças que inspiram este álbum são lentas, frequentemente composições melancólicas. Beets não está nem aí , consistentemente acelerando e fazendo os tempos mais notáveis do que eles deveriam ser em outro disco.


Finalmente, esta gravação compara-se bem com outras recentes interpretações jazzísticas de música clássica. Um álbum como “Classical Jazz Quartet Play Tchaikovsky (Kind of Blue, 2006)” chega perto do reconhecimento das melodias. Por contraste , Beets utiliza sua fonte só como material estruturante para sua criação, expansão e improvisação, possibilitando, ao final, que o conhecimento sobre Chopin não seja requerido.


Assista ao vídeo abaixo para conhecer um pouco deste trabalho de Peter Beets


http://www.youtube.com/watch?v=wHMBW4JkYUU


Faixas: Nocturne in Eb Major, Opus 9 #2; Nocturne in F Minor, Opus 55 #1; Mazurka in A Major, Opus 17 #4; Preludes in B Minor, Opus 28 #6; Prelude in E Minor, Opus 28 #4; Nocturne in B Major opus 9 #3; Waltz in C# Minor, Opus 64 #2; Nocturne in F Minor, Opus 55 # 1.


Músicos: Peter Beets, piano; Joe Cohn, guitarra; Reuben Rogers, baixo; Greg Hutchinson, bateria.

ANIVERSARIANTES - 31/03



Bob Meyer (1945) – baterista,


Duduka da Fonseca(1951) – baterista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=S1jjqcozNvg,


Elli Fordyce (1937) – vocalista,


Freddie Green (1911-1987) – guitarrista,


Gene Puerling (1929-2008) – vocalista,


Herb Alpert (1935) – trompetista,


Lizzie Miles (1895-1963) - vocalista,


Oberdan(1945-1984) – saxofonista,


Red Norvo (1908-1999) - vibrafonista


quarta-feira, 30 de março de 2011

Quinta Musical do Yacht Clube da Bahia

Nesta quinta feira 31 de março show especial com Aishca Schut vocal, Rowney Scott saxofone e Luizinho Assis no teclado.
Prestigiem.




HERBIE HANCOCK – IMAGINE PROJECT



Ao completar 70 anos, com um talento incomensurável e o coração amolecido pela idade, o pianista americano Herbie Hancock juntou alguns amigos e fez um disco/projeto pela paz mundial. Herbie é uma das últimas lendas vivas do jazz e da música popular norte-americana. Começou sua carreira naquela que talvez seja a última grande banda do trompetista Miles Davis. De lá pra cá, encheu a humanidade com sons e arranjos inovadores e, é claro, seu piano majestoso e inconfundível.


Um projeto desses é sempre um risco para qualquer reputação. Como se não bastasse, Herbie escolheu como mote para a empreitada a canção mais arroz de festa do planeta quando se fala em pacifismo, ou seja, Imagine, de John Lennon. Além desta, o projeto conta com várias outras canções do pop moderno de várias épocas, que, por alguma razão, quase sempre bem óbvia, tocaram o autor.


Além da própria Imagine estão lá Space Captain, pérola do repertório de Barbra Streisand; Don’t Give Up, linda canção da nova fase de Peter Gabriel; a emblemática The Times, They are A’changin, de Bob Dylan; Tomorrow Never Knows, outra de Lennon, esta da fase dos Beatles, porém muito mais obscura e, como surpresa e homenagem aos primos pobres do Sul, a linda e pouco conhecida Tempo de Amor, da dupla Baden e Vinícius, entre outras.


Para executar toda a empreitada, foram chamados, com o mesmo amplo critério do repertório, vários artistas do mundo pop de diversos países bem distintos. Desde a nossa cantora Céu, os ingleses Jeff Beck e Seal, a americana P!nk, a fabulosa cantora malinesa Omou Sangare, a britânica indiana Anoushka Shankar, o famoso e reverenciado grupo irlandês The Chiefteins, entre outros.


Ao contrário do esperado e imaginado, a ampla salada world music de Hancock acabou dando certo. Seu disco é de uma elegância sem fim, no qual o autor conseguiu fazer com que seus convidados estivessem totalmente à vontade, sem exageros nem arroubos. As contribuições são, em sua maioria, sinceras e comedidas. Parece que, diante do mestre, todos resolveram se comportar e dar de fato o melhor que podiam.


Vale destacar a participação da nossa cantora Céu, que, numa linda gravação para o samba de Baden e Vinícius, consegue, com uma interpretação equilibrada, uma amostra digna da moderna canção contemporânea brasileira.


Em um ou outro momento, como é o caso da própria canção título, vai ter gente mais interessada na parte suingada e improvisada de Omou Sangare, Indie Arie e o grupo congolês Konono Nº1 do que na gemedeira insuportável da introdução do duo formado por P!nk e Seal. No entanto, a despeito desse ou daquele deslize, Imagine Projects é um excelente disco


Faixas:


1. Imagine 7:18


2. Don't Give Up 7:26


3. Tempo De Amor 4:41


4. Space Captain 6:54


5. The Times They Are A-Changin' 8:04


6. La Tierra 4:50


7. Tamatant Tilay/Exodus 4:45


8. Tomorrow Never Knows 5:21


9. A Change Is Gonna Come 8:46


10. The Song Goes On 7:48



Assista ao video com Herbie Hancock e Céu


http://www.youtube.com/watch?v=-2QBmBYvVfE



Fonte : Revista Fórum N° 95 / Julinho Bittencourt

ANIVERSARIANTES - 30/03



Dave Stryker (1957) – guitarrista,


Eric Clapton (1945) – guitarrista,vocalista,


Hamilton de Hollanda (1976) – bandolinista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=9v-CntBdUTc&feature=related,


John d’Earth (1950) – trompetista,


Karl Berger (1935) - pianista , vibrafonista,


Lanny Morgan (1934) - saxofonista,


Marilyn Crispell (1947) - pianista,


Norah Jones (1979) – pianista, vocalista,


Ted Heath (1900-1969)- trombonista ,líder de orquestra

terça-feira, 29 de março de 2011

NASCI PARA BAILAR - HAVANA-RIO (DVD)







Há 60 anos o pianista e arranjador brasileiro João Donato se encontra com amigos músicos para tocar e transformar esses momentos em performances históricas. O hábito começou no fim dos anos 40, quando o acriano Donato recém chegara ao Rio. De família musical – o pai era major, piloto de avião e bandolinista, a mãe gostava de cantar e o irmão planejava ser concertista de piano, ele decidira aprender piano, instrumento mais próximo daquele que dominava, o acordeão. Daí a participar das reuniões na casa de Dick Farney, no início da bossa nova, foi um pulo.




Pianista, Donato tocava em boates e orquestras. Foi admirado por Tom Jobim, João Gilberto, Vinícius, Johnny Alf. Passou dez anos nos Estados Unidos. Nas sessões de jazz, descobriu a música latina do pianista Bebo Valdés, de Tito Puente e Mongo Santamaria. E aprendeu a unir o jazz à música caribenha, ao samba e outras batidas africanas.




Por isso tudo, é fácil entender o sorriso de Joâo Donato no documentário “Nasci para Bailar – Havana- Rio (54 minutos, mais de 30 extras), em que Tetê Moraes registra um encontro de Donato com colegas de profissão. O evento se deu em 2008 na cidade de Havana, onde ocorria o 24˚ Festival Internacional Jazz Plaza. O brasileiro improvisa sobre temas conhecidos da cultura cubana e dos seus próprios sucessos, como A Paz, Bananeira, Amazonas, Café com Pão, Brisa do Mar e Nasci para Bailar, esta em parceria com Paulo André, que dá nome ao DVD. A partir do seu clássico A Rã, o grupo improvisa por mais de 20 minutos. Um “Buena Vista Social Club” com molho brasileiro.




Assistam, no vídeo abaixo, um pouco da atuação de Donato em Cuba.




http://www.idbentes.com.br/?p=468




Fonte : CartaCapital / Araújo Lopes




ANIVERSARIANTES - 29/03



Astrud Gilberto (1940) – vocalista,


Michael Brecker (1949-2007) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=fJt3qeuPdns,


Pearl Bailey (1918-1990) – vocalista,


William Clarke (1951-1996) - gaitista

segunda-feira, 28 de março de 2011

Impulse! 50 ANOS DEPOIS



Abril será o mês da ressurreição e renovação da Impulse! Records: “A casa que Trane construiu”. John Coltrane, o assim chamado construtor, faria 85 anos . Como lembrança deste fato e do seu meio século de existência, o selo que contratou Trane no início do anos 60 lançará uma nova caixa com álbuns destes anos iniciais, uma semana com performances homenageadoras destes discos e uma viagem de exibição de artefatos da Impulse! .


Em seu auge, de 1961-76, a Impulse! lançou gravações com Count Basie, Dizzy Gillespie, Charles Mingus, Sonny Rollins, Quincy Jones, Pharoah Sanders, McCoy Tyner e Keith Jarrett. Atualmente, faz parte do Verve Music Group através da Universal. O selo reviveu de tempos em tempos através de reedições, como a coleção especial a ser lançada no próximo 19 de Abril : “First Impulse: The Creed Taylor Collection”, quatro discos capturando seis gravações produzidas pelo fundador da Impulse! .


Durante a semana seguinte ao lançamento, um desfile de grandes estrelas atuarão em tributos a esses álbuns no Jazz Standard em Manhattan. A série ”Impulse Nights” inicia em 20 de Abril com Ravi Coltrane e Dave Liebman tocando “Africa/Brass” de John Coltrane, apresentando Phil Markowitz, Cecil McBee e Billy Hart. Em 21 de Abril , Roy Hargrove liderará uma banda para homenagear “The Blues and the Abstract Truth” de Oliver Nelson. Em 22 de Abril , Ryan Truesdale conduzirá uma big band com Howard Johnson, Frank Kimbrough, Ben Monder e Clarence Penn para uma performance de “ Out of the Cool” de Gil Evans.


O trombone é a estrela de 23 de Abril com a atuação de Robin Eubanks, que tocará músicas de “The Great Kai and JJ, and The Incredible Winding Trombones” de Kai Winding e JJ Johnson. Em 24 de Abril , Henry Butler encerrará a série homenageando Ray Charles e seu álbum, “Genius + Soul = Jazz”. Cada noite terá sessões às 19h30min e 21h30min, com uma às 23h30min na sexta-feira e no sábado. Os ingressos custarão $35.


Em adição aos discos e shows, a Impulse! estará celebrando seu legado visualmente com uma exibição de fotografias e pertences dos seus arquivos. Esta coleção viajará para os festivais de jazz de Monterey e North Sea, dentre outros. Para a Impulse!, esta temporada marcará uma completa apresentação de coisas favoritas. (NT : O articulista faz um trocadilho com o sucesso de John Coltrane “Favorite Things”).


Fonte : JazzTimes /Jason Rabin


ANIVERSARIANTES - 28/03



Hermínio Bello de Carvalho(1935) – compositor,produtor,


Jeremy Manasia (1971) – pianista,


Meredith D'Ambrosio (1941) - pianista,vocalista,


Orrin Evans (1975) – pianista,


Paul Whiteman (1890-1967) - violinista,líder de orquestra,


Sonny Bradshaw(1926-2009) – trompetista,líder de orquestra,


Tete Montoliu (1933-1997) - pianista,


Thad Jones (1923-1986) - trompetista,cornetista (na foto)

domingo, 27 de março de 2011

PAOLO FRESU – SONGLINES / NIGHT & BLUE (Tuk Music [2010])




“ Songlines/Night & Blue” é uma bela performance de um músico que não se sente compelido a provar seu valor com pirotecnias. Ao contrário, neste CD duplo , o trompetista italiano prefere apresentar seu trabalho com melodias suntuosas e um completo e rico som em seu instrumento, suportado por um excepcional quarteto.


Sendo um álbum italiano, parece apropriado utilizar poucas formas de se expressar. O trabalho inteiro, em torno de 140 minutos, em sostenuto (suavemente), com uma tranquilidade que desliza entre o adágio(mais lento) e o andante( mais animado) , mas nunca vai mais rápido do que o necessário. Porém esta consistência em tempos lentos não deve ser confundida com indolência. Tudo aqui é firmemente executado com notável intensidade dos músicos. Apenas não iram despertar os vizinhos com frenéticos alaridos.


Estes discos poderiam , realmente, ser tomados como dois álbuns completos. O primeiro, “Songlines”, centra-se em composições de Fresu e de outros membros da banda. As performances são compactas e densas com considerável quantidade de interação e unissonância entre Fresu e o saxofonista Tino Tracanna. "The Right Way", de Fresu, apresenta uma alusão ao funk, com uma linha de baixo ambulante e os sopros improvisando sutilmente e com excepcional elegância. O trompete surdinado de Fresu utiliza a influência de Miles Davis em conexão, mas nunca imitando.O pianista Roberto Cipelli passa para o Rhodes em poucas faixas com bom resultado, incluindo sua composição "Nucleo", que sintoniza uma excelente vibração dos anos 1970. Cada membro do quinteto contribui com uma composição para este disco, todas elaboradas com extrema atenção com o tratamento melódico.


O segundo disco, “Night & Blue”, cobre um conjunto de músicas populares norte-americana e jazz. Inicia com Cipelli e volta ao piano, mostrando o tema de "Blue Gardenia" antes de Fresu revesti-lo completamente com o trompete caloroso , cuja entonação vem direto do firmamento. "Blue in Green" de Miles Davis (NT : Há uma polêmica sobre a participação de Bill Evans como co-autor da música ou como único autor ) é fora do comum, com Tracanna harmonizando brilhantemente em contraponto—improvisando e deixando espaço para seus companheiros se unirem a ele , para completar uma das mais finas versões desta faixa desde seu lançamento em 1959. "Blue Seven" de Sonny Rollins adiciona uma pitada de suave e suingante blues, enquanto "Children of the Night", de Wayne Shorter, quebra, levemente, a barreira da velocidade. A tomada de Fresu em "Peace" de Horace Silver interpretada só com o acompanhamento do piano é de 99 segundos de puro esplendor de um trompete.


Finalmente , digno de nota é a própria gravação, que é de alta qualidade. Os instrumentos estão colocados na medida certa no arranjo sonoro , e são capturados com todas suas nuances.“Songlines/Night & Blue” é capaz de demonstrar como um bom sistema de som pode atuar. Glória aos engenheiros de som desta vez.


Faixas: CD1: Eterninna; Casta Rumba; Airsong; Monitango; Ninna Nanna Per Andrea; Inno Alla Vita; The Right Way; Songlines; Lirico; Wayne; Nuvole Notturne; Nucleo; Aldo E Il Mare; Blue Water; Saturn. CD2: Blue Gardenia (take one); Blue Lace; Blue In Green; Moonlight In Vermont; Summer Night; Nightlake; Blue Samba; Blue Seven; Night Flower; Children Of The Night; You And The Night And The Music; Blue Silver; Peace; Blue Gardenia (take two).


Músicos: Paolo Fresu: trompete, flugelhorn; Tino Tracanna: saxofones; Roberto Cipelli; piano, órgão; Attilio Zanchi: baixo; Ettore Fioravanti; bateria.


Fonte : All About Jazz / Greg Simmons

ANIVERSARIANTES - 27/03



Ben Webster (1909-1973) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=rQVVLAO-9LU,


Carlinhos Vergueiro(1952) – violonista, compositor,


Harold Ashby (1925-2003) – saxofonista,


Johnny Copeland (1937-1997) – guitarrista, vocalista,


Junior Parker (1932-1971) – vocalista, gaitista,


Leroy Carr (1905) – pianista,


Pee Wee Russell (1906-1969) - clarinetista,


Sarah Vaughan (1924-1990) - vocalista,


Stacey Kent (1968) - vocalista

sábado, 26 de março de 2011

HÉLIO ALVES – MÚSICA (JLP)



Devido à sua proficiência de classe mundial , Helio Alves seria famoso , mas ele não etá completamente ajustado em qualquer categoria conhecida. Ele é originário de São Paulo, Brasil, e soa como tal. Sua sonoridade é de um pianista com anos de treinamento em clássicos e como um esperto jazzista de rua. Alves emigrou para os Estados Unidos em 1986, graduando-se pela Berklee e tem trabalhado com muitos norte-americanos (Joe Henderson, Phil Woods, Slide Hampton) e brasileiros (Airto Moreira, Duduka Da Fonseca). Ele com ritmos intricados , música sensual precisa e com sofisticação harmônica de um músico clássico e a afiada energia de um músico de jazzz. É uma inebriante mistura.


“Kathy”, de Moacir Santos, é representativa. Ela alternativamente pavoneia-se e flutua em gracioso 5/4, com uma agridoce melodia que é ratificadora ainda que melancólica. A improvisação de Alves mantém uma dada equilibrada complexidade da música conforme elaborada inicialmente dentro da lógica espontânea de novas estruturas. Tudo que toca, sem consideração do ritmo, soa elegante e refinado. “Música das Nuvens e do Chão” de Hermeto Pascoal e “Sombra” de Alves contêm, da mesma forma, sua marca de combinação de exato dedilhado e momentos extáticos. Estes iniciam lentamente, suavemente e implacavelmente intensos , parcialmente por causa do poder aguçado e vigoroso do baixista Reuben Rogers e do baterista Antonio Sánchez, mas principalmente do aquecido motor interno de Alves.

Seu encontro transcultural com os standards do jazz é único e sedutor. O sólido núcleo estridente em 4/4 de “Black Nile” de Wayne Shorter é um trabalho dançante em ritmos da Bahia . “Chan’s Song” de Stevie Wonder e Herbie Hancock, do filme Round Midnight, tem uma nova ebulição e ornamentos construídos pelo violonista convidado Romero Lubambo. Hélio Alves está na sua própria classe

Faixas


1. Gafeira


2. Kathy


3. Sombra


4. Black Nile


5. Flor Das Estradas


6. Musica Das Nuvens E Do Chao


7. Adeus Alf


8. Tribute To Charlie


9. Chan's Song


Músicos : Helio Alves – piano; Rueben Rogers – baixo; Antonio Sánchez – bateria.

Convidados especiais : Claudio Roditi – trompete & flugelhorn; Romero Lubambo - violão

Fonte : JazzTimes /Thomas Conrad


ANIVERSARIANTES - 26/03



Albert Maksimov (1963) – gaitista,

Andy Hamilton (1918) - saxofonista,

Brew Moore (1924-1973) - saxofonista,

Daniel Lantz (1976) – pianista,

Flip Phillips (1915-2001) - saxofonista,

Gary Bruno (1962) – guitarrista,

Hugh Ferguson (1958) - guitarrista,

James Moody (1925-2010) – saxofonista, flautista,

Lew Tabackin (1940)- saxofonista,

Maurício Carrilho (1957) – violonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=HUEpZS2zVck,

Michael Feinberg (1987) – baixista,

Paulo Paulelli(1974)-baixista,

Susan Wylde (1973) - pianista

sexta-feira, 25 de março de 2011

BOBBY WATSON – THE GATES BBQ SUITE (Lafiya Music [2010])



O estimado saxofonista alto, Bobby Watson, apresenta alguma redução na excelência em “The Gates BBQ Suite”. A suíte em sete partes para uma big band utiliza a orquestra do Conservatório de Concerto de Música e Dança de Jazz da Universidade de Missouri-Kansas e é um tributo sincero à sua cidade natal, Kansas City— às pessoas, à cultura e sabores, que inclui o restaurante ponto de referência, Gates Barbecue .

O bom trabalho da big band de Watson resume uma carreira ilustre de mais de 25 anos, indo de Art Blakey's Jazz Messengers a Carlos Santana e um número impressionante de gravações, que inspiraram jovens líderes como Orrin Evans em “Faith in Action (Posi-Tone Records, 2010)”. Enquanto sua antiga e ambiciosa "The Afroism Suite" foi comissionada para a Scottish Arts Council e apresentada em Glasgow, Escócia, em 1990, “The Gates BBQ Suite” é um auto-produzido trabalho de amor de Watson, e demonstra não só seu progresso na destreza no uso do saxofone alto, mas também seu perfil erudito como arranjador, compositor e educador.

Em "May I Help You" os metais oferecem uma saudação calorosa , antes de arranjar um meio para um suingante tema dançante. As coisas esquentam em "Beef on Bun" com um ataque rápido do bop e metais em turbilhão. O esperto acompanhamento improvisado de Watson é o complemento perfeito para o fraseado inspirado em Ellington em "Heavy on the Sauce!" , pontuado por pontos foras do comum de Watson e do trombonista Ben Saylor.

Enquanto os movimento compartilham uma marca comum, há ideias autônomas. "The President's Tray" é baseada em um popular item do menu do Gates , que foram desfrutados pelos presidentes Jimmy Carter e Bill Clinton. A peculiaridade é que abre com um cântico percussivo africano—homenageando a posse do Presidente Barack Obama—antes de iniciar um majestoso som com metais opulentos, solos profundos e ritmo encantador.

O movimento "Wilkes' BBQ", ouvido no lançamento de 2008 de Watson pela Palmetto , “From the Heart” , encerra a suite. Há uma linha funkeada providenciada pela linha do baixo de Ben Leifer, com um delicioso e igualmente emocionante ritmo. Todas as coisas do menu desta suite são preparadas com perfeição.

Faixas: May I Help You?; Beef on Bun; Heavy on the Sauce!; Blues for Ollie; The President's Tray; One Minute Too Late!; Wilkes' BBQ.


Músicos: Bobby Watson: compositor, arranjador, maestro, saxofone alto ; Ryan Sharp, Hermon Mehari, Aaron Linscheid, John Merlitz: trompete; Michael Shults, Mario Bennett, William Sanders, Steven Lambert, Justin Bayne: palhetas; Karen Zawacki, Ben Saylor, Eric Chapman, Sarah Braun: trombone; Nick Grinlinton: guitarra; Will Crain: piano; Ben Leifer: baixo; Ryan Lee: bateria; Pablo Sanheuza, Pat Conway, Andres Ramirez: percussão(5); Roychelle Carter: saudação (1).

Fonte : All About Jazz / Mark F. Turner



ANIVERSARIANTES 25/03



Bobby Militello (1950) - saxofonista,flautista,

Makoto Ozone (1961) - pianista,

Paul Motian (1931 – baterista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=IyL2_U04fuc,

Pete Johnson (1904-1967) - pianista,

Sweet Emma Barrett (1897-1983) - pianista,

Trent Austin (1975) - trompetista

quinta-feira, 24 de março de 2011

VINICIUS CANTUÁRIA / BILL FRISELL – LÁGRIMAS MEXICANAS ( E1 Music [2011])



O fruto de “Lágrimas Mexicanas” é o nascimento de um mútuo respeito e colaboração entre dois distintos ícones da música. A trajetória de Bill Frisell tem abarcado os caminhos do jazz e da música etnográfica norte-americana, se transformando em um dos mais respeitados guitarristas em atividade. Um ótimo guitarrista em seu próprio modo, mais conhecido pelos seus vocais românticos, o cantor e compositor brasileiro Vinicius Cantuária tem lançado um série de discos populares e trabalhado com nomes que vão de Marc Ribot a Ryuichi Sakamoto.


Influenciados pela multiforme cultura hispânica falada em Nova York, a regulação do tempo está correta para Cantuária e Frisell, que trabalharam juntos no passado para desenvolver completamente o projeto. O hibridismo ímpar deles, que inclui música improvisada e canções com letras mescladas em português, espanhol e inglês, é mais uma vez intrigante, e ainda surpreendentemente jovial, em contraste aos álbuns “Horse and Fish (Bar None Records, 2004)” de Cantuária e “The Intercontinentals (Nonesuch, 2003)" de Frisell. Os artistas, porém, dão cuidadosa atenção aos detalhes - delicadas reproduções de eletrônica justapostas com instrumentos acústicos e tentadores encatamentos de Cantuária, que criam uma amável experiência auditiva.


A balada "Mi declaracion" é uma das peças mais abstratas — Frisell organizando um excelente suporte de sentimentos, enquanto Cantuária seduz com bem afinados vocais e toque de violão. Há muitas estilizações folclóricas de ritmos festivos do título como "Lágrimas de amor" ao breve e simples instrumental "Cafezinho". O usual alquimista Frisell costura o som como em um sonho em "El camino" e "Briga de namorados". O resultado é excelente, provendo um arranjo de reais e processadas texturas com sua autêntica estética blueseira e interiorana. Junto com o caloroso vocal de Cantuária em "Aquela mulher" o romantismo é palpável.


A assinatura de Lee Townsend na produção é outro elemento chave para a afabilidade de “ Lágrimas Mexicanas” , que intensifica a experiência dos dois artistas, embora oriundos de diferentes conhecimentos e locais, compartilham um compromisso único.


Faixas: Mi declaracion; Calle 7; La curva; Lágrimas mexicanas; Lágrimas de amor; Cafezinho; El camino; Aquela mulher; Briga de namorados Forinfas.


Músicos: Vinicius Cantuaria: vocais, percussão, violão; Bill Frisell: violão, guitarra, loops.


Fonte : All About Jazz / Mark F. Turner



ANIVERSARIANTES - 24/03



Alfred Winters (1931) – trombonista,

Chelsea Baratz (1986) – saxofonista,

Dave Douglas (1963) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=z1v0VmJKP-k,

Dave Goldberg (1971) – saxofonista, Gianluca Renzi (1975) – baixista,

Hank Roberts (1955) - violoncelista,

Jeff Campbell (1963) – baixista,

Joe Fiedler (1965) – trombonista,

John Kolivas (1961) – baixista,

Paul McCandless (1947) - saxofonista,

Renee Rosnes (1962) - pianista,

Sherman Irby(1968) – saxofonista,

Steve Kuhn (1938) - pianista,

Steve LaSpina (1954) - baixista

quarta-feira, 23 de março de 2011

Filó Machado na Ucrânia


Mensagem colhida no FACEBOOK

Meus queridos amigos....os produtores do Jazz Festival aqui de Cherkasy,vieram me buscar para a passagem de som e me deram uma noticia maravilhosa que eu compartilho com voces.. O meu show dessa noite esta com lotaçao esgotada....eeeeba que alegria imensa...

E Cherkasy aonde fica mesmo?

- Na Ucrânia, gente.

Os ucranianos é que têm sorte por ouvir o Filó. E nós aqui na Bahia, ficamos escutando quem? KKKKKKKKKK

ANIVERSARIANTES - 23/03


Dave Frishberg (1933) - vocalista,
Dave Pike (1938) - vibrafonista,
Gerry Hemingway (1955) baterista / percussionista,
Greg Diamond (1977) – guitarrista,
Johnny Guarnieri (1917-1985) - pianista,
Michael Nickolas (1962) – guitarrista,
Nelson Faria(1963) – guitarrista(na foto e vídeo) http://mais.uol.com.br/view/disphtmqfdd6/nosso-trio--vera-cruz-040266C0C11366,
Stefon Harris (1973) – vibrafonista

terça-feira, 22 de março de 2011

EDDIE HENDERSON – FOR ALL WE KNOW



Uma audição casual de “For All We Know” como música de fundo deve ser descartada. Ela tem suíngue e lirismo gracioso de uma atmosfera de um quarteto de jazz em um brunch de domingo em seu espaço especial, e o trompetista e líder Eddie Henderson e o guitarrista John Scofield demonstram criatividade e sutileza em seus trabalhos. Porém elementos subversivos estão no trabalho neste excelente disco, mesmo que longe da superfície.

Para iniciantes, a seção rítmica formada pelo baixista Doug Weisse e pelo baterista Billy Drummond é imaginativa. O címbalos e o tarol de Drummond elevam o trabalho, como em “Jitterbug Waltz” e “Sand Storm”, que são proeminentes, como o ágil trompete de Henderson. Weiss não está completamente em linha reta. Ele nem sempre está tocando rotineiramente as linhas do baixo, e adiciona um palpável serpenteio em “Popo” e “By Myself” . Sua estridência mantém-se tranquila e firme com Drummond que acentua as batidas soando junto como um tímpano. Suas pulsações vigorosas são músicas para desfrutar uma bela refeição.

E os arranjos criados por eles não são adocicados como parecem. “Be Cool” tem uma jovial e despreocupada melodia, mas os acordes que mudam são preenchidos com tensões que complicam o estado de espírito. “Cantaloupe Island” está próximo da alma de Stax , mesmo com as texturas mais suaves do grupo . “Jitterbug Waltz” e “By Myself” são reduzidas em relação à forma como foram escritas para perniciosas jams. (Em “Jitterbug” Scofield demonstra alguma influência de Jerry Garcia). Apenas as baladas, “Missing Miles”, e a faixa título, são verdadeiramente tão delicadas e suaves como exibidas em suas primeiras audições e são caracterizadas pelos sensíveis solos de Henderson .

Faixas: Jitterbug Waltz, Be Cool, For All We Know, Sand Storm, By Myself, Cantaloupe Island, Missing Miles, Popo

Músicos :Eddie Henderson (trompete, flugelhorn); John Scofield (guitarra); Doug Weiss (baixo); Billy Drummond (bateria)

Fonte : JazzTimes /Michael J. West

ANIVERSARIANTES - 22/03



Armandinho (1953) – bandolinista, guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=mgv-Pi_c0Lc,

Bob Mover (1952) - saxofonista,

George Benson (1943) - guitarrista,

Jackie King (1944) – guitarrista,

Jan Lundgren (1966) – pianista,

Melvin Sparks (1946) – guitarrista,

Walmir Gil(1957)- trompetista

segunda-feira, 21 de março de 2011

HAMILTON DE HOLANDA & ANDRÉ MEHMARI – GISMONTIPASCOAL (Independente)



Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal habitam um ápice artístico raramente tocado. Por sua estatura, os músicos buscam qualidade para o gosto popular no Brasil. Sóbrios, mas também festivos, eles não se reuniam em disco até que os convidassem a isso os compositores e instrumentistas André Mehmari e Hamilton de Holanda . Eles reproduzem o quadro Pipa , de Portinari, na capa deste trabalho, que atualiza Gismonti e Pascoal com refinamento.

Em composições próprias, como a que intitula o disco, GismontiPascoal, e nas releituras das obras dos artistas homenageados, com a presença deles em Fala da Paixão(Gismonti) e Música dasNuvens e do Chão (Pascoal), Mehmari e Holanda ressaltam o que é novo no clássico. O disco, de acertada dinâmica, ensina a entender os compositores antigos nas linhas sutis, sem a reverberação algo sinfônica das gravações conhecidas, em um banho de novidades sonoras.


Faixas


01 - Gismontipascoal


02 - São Jorge


03 - Intocável


04 - Frevo


05 - 7 Anéis


06 - Palhaço


07 - Bebê


08 - Memoria e Fado


09 - A Fala da Paixão


10 - Chorinho pra Eles


11 - Menino Hermeto


12 - Santo Antonio


13 - Loro


14 - O farol que nos guia


15 – Gismontipascoal (festa)


16 - Música das nuvens e do chão


Fonte : CartaCapital / Rosane Pavam


ANIVERSARIANTES - 21/03



Amina Claudine Myers (1942) - pianista,

Chacho Ramirez (1951) – baterista,

Farnell Newton (1977) – trompetista,

John Davey (1950) – baixista,

Linda Kosut (1946) – vocalista,

Mike Westbrook (1936) – pianista,líder de orquestra,

Otis Spann (1930-1970) - pianista,
Son House (1902-1988) – guitarrista,vocalista,
Tiger Okoshi (1950) – trompetista (na foto)

domingo, 20 de março de 2011

DIEGO URCOLA QUARTET – APPRECIATION (Cam Jazz [2011])



O trompetista Diego Urcola é uma voz que permaneceu de alguma forma escondida – certamente guardada —por duas décadas no quinteto de Paquito D'Rivera. Então há o reduzido papel que desempenhou na fabulosa orquestra de Guillermo Klein, Los Guachos. Entretanto, a elegante firmeza de sua voz é irreprimível, e foi uma questão de tempo ele ser ouvido pelo que ele realmente é e pelo que toca. Urcola é um preciso e singular artista dentro do estilo do seu famoso compatriota, Leandro "Gato" Barbieri, tocando com sensível elegância e explorando profundo sua alma mesmo para a nota mais insignificante. Este risco mortal é algo pelo qual Barbieri é bem conhecido, com seu imaculado senso de graça, absolutamente privado de inibição. Urcola requer comparações favoráveis com o veterano saxofonista tenor.

O trompete reside em um mundo tumultuado e nem mesmo seu parente mais suave, o flugelhorn, pode servir para o instrumentista de sopro ficar à parte do que parece avançar como linha de frente de um antigo exército. Charles Mingus foi capaz de escolher Thad Jones e, mais significantemente, o enigmático Clarence Shaw para fora do tumulto ( Jones ele chamava o "Bartok com válvulas" e o estilo e fraseado de Shaw deixou-o sem respiração), e assim há Wallace Roney e Arturo Sandoval. A estes, o nome de Diego Urcola deve ser adicionado. Para entender o porquê, basta ouvir atentamente “Appreciation” de Urcola.

Aqui está um exemplo de um gigantesco desafio, onde o artista escolheu homenagear a companheiros anfitriões e mentores, com características inteiramente diferentes, que têm buscado, largamente, caminhos diferentes. Ainda mais, Urcola junta todos para usufruir o vigoroso trabalho que define cada um : de Freddie Hubbard, Hermeto Pascoal e Guillermo Klein a John Coltrane e Astor Piazzolla. Assim fazendo, Urcola atravessa a massa sonora de formas diversas : bebop, partido alto brasileiro e a turbulenta inventividade de Klein, utilizando o que os Guachos fizeram—7+7+7+3. O tributo de Urcola para Woody Shaw e Dizzy Gillespie, "Woody 'n Diz", oferece um uso de mestre do grave, enquanto "El Brujo" apresenta o fogo e a irrepreensível criatividade de Pascoal em ritmo brasileiro pouco utilizado. A homenagem de Urcola ao seu empregador de longas datas, D'Rivera, é uma estonteante milonga ao jeito de Astor Piazzolla.

Urcola é abençoado por ter a capacidade artística do pianista Luis Perdomo, um mestre do ardiloso ritmo latino, que atualmente permanece escondido na melodia e é levado adiante pelo superlativo timbale, algo que poucos pianistas possuem. O baterista Eric McPherson é verdadeiramente uma revelação na maneira esperta como ele trata os enlouquecidos ritmos, especialmente aqueles criados por Guillermo Klein em 7+7+7+3 . Ele, sem dúvida, tem a colaboração de Yosvany Terry no chekere em "The Natural", no partido alto e emtodos os outros ritmos ebulientes que seguem.

Faixas: The Natural (to Freddie Hubbard); El Brujo (to Hermeto Pascoal); Milonga para Paquito (to Paquito D'Rivera); Super Mario Forever (to Mario Rivera); Guachos (to Guillermo Klein & Los Guachos); Deep (to Astor Piazzolla & Miles Davis); Senhor Wayne; Woody 'n Diz (to Woody Shaw & Dizzy Gillespie); Camilla (to John Coltrane).

Músicosl: Diego Urcola: trompete, flugelhorn,trombone de válvula, vocal; Luis Perdomo: piano, Fender Rhodes; Hans Glawischnig: baixo; Eric McPherson: bateria; Yosvany Terry: chekere (1, 8).

Fonte : All About Jazz / Raul d'Gama Rose

AFRICANTAR | Show Lamento das Águas no Cine Teatro Solar Boa Vista


Nos dias 20 e 27 de março, domingos, a partir das 17h, o Grupo AFRICANTAR volta a apresentar o show Lamento das Águas, no Cine Teatro Solar Boa Vista. Neste show, o grupo homenageia a essência feminina do ser humano, entoando cantos às Yabás, deusas do panteão africano.
O repertório contempla ritmos afrodescendentes como Ijexás, Sambas, Cirandas, para arranjos especialmente criados para a formação vocal do grupo que é composto de seis cantores. Canções dos Tincoãs, de Vinicius de Moraes e Baden Powell, de Antônio Carlos e Jocafi, de Roberto Mendes de Capinan, de Milton Nascimento e de Edu Lobo, se misturam a textos de Castro Alves, Pierre Verger, José João Craveirinha, Juracy Tavares, Reginaldo Prandi e Jorge Ben Jor.
As vozes de Ana Paula Albuquerque (participação especial), Chicco Assis, Fábio Sacramento, Gil Ferreira, Raquel Monteiro e Tâmara Pessoa são acompanhadas por Paulo Mutti (arranjos, direção musical e violões), Gabi Guedes (percussão) e Mateus Aleluia (trompete). Os cantores vestem Mônica Anjos e os músicos, Laço Afro. A produção é de Ana Paula Vasconcelos.
Para reforçar a valorização à cultura Afrodescendente proposta pelo AFRICANTAR, acontece ainda exibição do vídeo Olhares Nômades - de Alex Baradel, com fotos de Pierre Verger e trilha sonora de Bira Reis, e exposição e comercialização de produtos da Laço Afro.
Promoção AFRICANTAR - Lamento das Águas
Responda este email com frase dizendo o que o AFRICANTAR representa pra você, indicando nome completo, e pague meia-entrada (R$10), no show do dia 20.
OBS:
Está promoção é valida somente para as respostas que chegarem até 12h do dia 20. A meia-entrada será m...ediante apresentação de documento oficial com foto na Bilheteria até 16:30

SERVIÇO
Show Lamento das Águas (Grupo AFRICANTAR)
Quando - 20 e 27 de Março, a partir de 17h
Onde - Cine Teattro Solar Boa Vista (Engenho Velho de Brotas)
Quanto - R$20 e R$10 (meia)
Informações - www.africantar.wordpress.com / 3116-2000

ANIVERSARIANTES - 20/03





Deanna Witkowski (1972) – pianista,

Harold Mabern (1936) – pianista (na foto e video),

http://www.youtube.com/watch?v=i0BMocb4cok,

Jon Christensen (1943) – baterista,

Jon Hammond (1953) – organista,acordeonista,pianista,

Marian McPartland (1918) – pianista,

Mário Sève(1959) - saxofonista

sábado, 19 de março de 2011

BOB LARK – CATHY´S SONG (Jazzed Media [2010])



Os amigos do trompetista Bob Lark ,em seu quarto álbum para a Jazzed Media Records, incluem o saxofonista alto Phil Woods (duas faixas), o pianista Jim McNeely e o baixista Rufus Reid (quatro faixas). Há uma seção de cordas com seis participantes em três números, nos quais o flughelhorn de Lark é o único instrumento de sopro, enquanto as peças com McNeely e Reid são suportadas por um trio com Lark no flugelhorn em três e no trompete surdinado em "Green Dolphin Street" , uma manifesta saudação a Miles Davis, na qual Lark brevemente entorta a melodia, algo desnecessário quando a melodia está entre as mais adoráveis já escritas. Mas aquilo que é repreensível está dentro de um oceano de música prazeirosa.

Lark inicia com a seção de cordas (liderada pelo ex primeiro violino da Chicago Symphony Orchestra, Samuel Magad) na auspiciosa "Blue Skies" de Irving Berlin e o céu permanece, na maior parte, azul e sem nuvens pelo resto do programa, que inclui "Tango Caliente", um samba ("My Shining Hour", outra vez com cordas), uma bossa (com Phil Woods encantando "Rava Nova") e uma balada delicada ("Goodbye, Mr Evans" outra composição de Woods). Completando o programa estão "All of You" (trio) de Cole Porter e um par de graciosos temas de Lark, "Winter's Touch" (trio) e "Cathy's Song" (cordas).

Não é uma música agitada. Em sua maior parte é polida e suave , entretanto persuasiva ao seu modo. O uso do flughelhorn de Lark em apenas uma faixa oferece uma pista clara sobre o propósito, que não é importunar, mas seduzir. Isto ele faz e bem. Lark é um seguro e subestimado solista, enquanto seus amigos, especialmente McNeely, Reid e Woods, são, como todos sabem, magníficos, como são os naturais de Chicago Mark Colby (sax tenor) e o baterista Bob Rummage. É uma pena que Colby, que está na linha de frente em duas faixas, não tenha tido espaço para solar, mas não se pode ter todas as coisas. Marcas elevadas estão ao redor de Lark e seus amigos, que entretêm sem turbulência ou pretensão.

Faixas: Blue Skies; Tango Caliente; On Green Dolphin Street; Goodbye, Mr. Evans; My Shining Hour; Winter's Touch; Rava Nova; All of You; Cathy's Song.

Músicos: Bob Lark: flugelhorn (1, 2, 4-9), trompete surdinado (3); Ron Perillo: piano (1, 4, 5, 7, 9); Eric Hochberg: baixo (1, 4, 5, 7, 9); Bob Rummage: bateria (1, 4, 5, 7, 9); Samuel Magad: violino (1, 5, 9); Elizabeth Coffman: violino (1, 5, 9); Roxana Pavel: violino (1, 5, 9); Elizabeth Choi: violino (1, 5, 9); Elias Goldstein: violino (1, 5, 9); Stephen Balderston: cello (1, 5, 9); Tom Matta: maestro (1, 5, 9); Jim McNeely: piano (2, 3, 6, 8); Rufus Reid: baixo (2, 3, 6, 8); Phil Woods: sax alto (4, 7); Nick Mazzarella: sax alto (4, 7); Mark Colby: sax tenor (4, 7); Ted Hogarth: sax barítono (4, 7); Tom Matta: trombone (4, 7).

Fonte : All About Jazz / Jack Bowers

ANIVERSARIANTES - 19/03



Assis Valente (1911-1958) – compositor,

Bill Henderson (1930) - vocalista,

Buster Harding (1917-1965) – arranjador,pianista,

Curley Russell (1917-1986) - baixista,

David Schnitter (1948) – saxofonista,

David Buck Wheat (1922-1985) – baixista,

Eliane Elias (1960) – pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=BNfAofMmygI,

Fred Hughes (1961) – pianista,

Lem Winchester (1928-1961) - vibrafonista,

Lennie Tristano (1919-1978) - pianista,

Michele Rosewoman (1953) – pianista,

Mike Longo (1939) - pianista