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sábado, 30 de abril de 2011

DENISE DONATELLI – WHEN LIGHTS ARE LOW (Savant Records [2010])






Comandando uma suave e magnífica voz capaz de tornar tenra a letra de qualquer canção, Denise Donatelli realiza um maravilhoso trabalho em “When Light are Low” uma colaboração com o amigo e diretor musical Geoffrey Keezer. O álbum recebeu duas indicações para o Grammy, uma das quais foi a de “melhor vocal para álbum de jazz ", não deixando dúvida que é , de fato, uma excepcional gravação. A outra indicação foi para “ melhor arranjo instrumental para acompanhamento de vocalista" para o arranjo de Keezer para um clássico de Billie Holiday, "Don't Explain".


Além da produção e arranjos, Keezer, também, atua no piano, e cria uma variedade de combinações instrumentais em suporte a Donatelli, incluindo trompete , saxofone e seção rítmica; um coro vocal ; guitarra e percussão; piano solo e quinteto de cordas. Liderando um quarteto com o guitarrista Peter Sprague, Donatelli dá o pontapé inicial com uma interpretação suingante de "It's You or No One" , temperando-a com apreciável scat. Em "Don't Explain" a vocalista mostra seu lado mais doce, emocionalmente apresentado na letra, com Sprague e a flugelhornista convidada, Ingrid Jensen, providenciando esplêndido acompanhamento.


A faixa título é especialmente brilhante , projetando um som que apresenta Ron Blake em uma série de brilhantes solos no sax tenor. As cordas e o coro vêm para a linha de fente na canção pop de Sting, "Big Lie, Small World", enquanto Keezer e Donatelli atua em delicioso dueto em "Why Did I Choose You", talvez uma referência ao porque destes dois serem uma espirituosa força musical. "The Telephone Song", cantada como bossa, apresenta um belo sussurro e mostra Sprague e Jon Wikan no pandeiro. Outras faixas notáveis são "Forward, Like So" e "Enchantment (Firm Roots)" de Cedar Walton, compondo uma embalagem especial para o álbum de uma vocalista especial.


A colaboração Keezer-Donatelli prova ser uma combinação vencedora mais uma vez como indica a atenção do Grammy sobre “When Lights are Low “ . Não há nenhuma luz baixa aqui, e a estrela de Denise Donatelli continua em ascensão. Com este lançamento, brilha intensamente.


Faixas: It's You or No One; Don't Explain; When Lights are Low; Big Lie, Small World; Why Did I Choose You; I Wish I Were In Love Again; Kisses (Cantor da noite); Forward, Like So; The Telephone Song; The Bed I Made; Enchantment (Firm Roots).


Músicos: Denise Donatelli: vocal; Geoffrey Keezer: piano, Fender Rhodes; Peter Sprague: guitarra; Hamilton Price: baixo; Jon Wikan: drums, percussão, pandeiro ( 9 ); Susan Wulf: baixo (2, 7); Giovani Clayton: cello (2, 7); Rolando Kato: viola (2, 7) ; Alma Lisa Fernandez: viola (2, 7) ; Matthew Duckles: viola (2, 7) ; Julia Dollison: vocal (4, 10); Kerry Marsh: vocal (4, 10); Ingred Jensen: flugelhorn (2); Phil O'Connor: clarinete baixo (4, 10); Ron Blake: saxofone tenor (3), saxofone soprano (7).


Fonte : All About Jazz / Edward Blanco




ANIVERSARIANTES - 30/04









Abdul Wadud (1947) – cellista,Alan Steward (1961) – multi-instrumentista,


Dorival Caymmi(1914-2008) – violonista, compositor,vocalista(na foto e vídeo), http://www.youtube.com/watch?v=enUx5DMiFU8,


Percy Heath (1923-2005) - baixista,


Richard Twardzik (1931-1955) – pianista,


Russ Nolan (1968) – saxofonista

sexta-feira, 29 de abril de 2011

DAVE DOUGLAS BRASS ECSTASY - UNITED FRONT: BRASS ECSTASY AT NEWPORT






Bandas estruturadas em metais , como animais selvagens, são melhores vistas em seus habitats nativos. Observando um leão na savana é uma experiência muito diferente que vê-lo enjaulado em um zoológico. Do mesmo modo, ouvindo Brass Ectasy de Dave Douglas ao vivo é uma experiência superior a de uma gravação em estúdio. Não que “ Spirit Moves (Greenleaf, 2009)” da banda seja uma gravação inferior de Douglas. Significa apenas que qualquer banda inspirada no trompetista Lester Bowie e na tradição das bandas metalizadas de New Orleans deveria ser ouvida em público.



Gravado em 2010, no Newport Jazz Festival, “United Front “ mantém a linha de frente original da Brass Ecstasy, e a música crepita na nostálgica abertura , "Spirit Moves", que atua como um canto de procissão, lançando-se tranquilamente como se a banda estivesse vindo da rua. Logo ela está lá, na soleira, e todos correndo para emparelhar com a parada.


Esta invulgar linha de frente combina os sons de marcha do trompete, tuba e trombone com o kit completo da bateria de Nasheet Waits, enquanto o balanço do French horn de Vincent Chancey embala a aparência do desfile com o lado interno da câmara, e o faz muito bem. Waits é mais do que um mantenedor do tempo, ele é um motor turbinado, com Chancey sendo o representante polido do som. Em "Rava", dedicada oa trompetista italiano Enrico Rava, Douglas desdobra a melodia com uma introdução comovente, antes de apresentar algumas acrobacias musicais sobre as harmonias batidas de Chancey e do tubista Marcus Rojas. O trombonista Luis Bonilla, então, sola sobre a pulsação de Waits, caçando algum demônio místico.


O repertótio da banda é todo composto por originais de Douglas, exceto "I'm So Lonesome I Could Cry" de Hank Williams, com ele utilizando o trompete surdinado um pouco como em 1957 na era de Miles Davis. Quando Rojas sola, ele sopra sua tuba como se estivesse falando/cantando em seu bocal para deleite da multidão. "Untied Front" crepita com energia , como na faixa de encerramento, "Bowie", que mescla múltiplos estilos em uma tapeçaria sonora com grande habilidade, como se tecendo uma colcha para uma festa.


Faixas: Spirit Moves; Rava; Fats; I'm So Lonely I Could Cry; United Front; Bowie.


Músicos: Dave Douglas: trompete; Vincent Chancey: French horn; Luis Bonilla: trombone; Marcus Rojas: tuba; Nasheet Waits: bateria.


Fonte : All About Jazz / Mark Corroto







ANIVERSARIANTES - 29/04






Andy Simpkins (1932-1999) - baixista,


Big Jay McNeely (1927) – saxofonista,


Bradley Leighton (1961) – flautista,


Brian Nova (1961) – guitarrista,


Claus Ogermann (1930) - pianista,vocalista,arranjador,


Dave Valentin (1952) – flautista,


Duke Ellington (1899-1974) - pianista,líder de orquestra (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=SDDCzb3dv_Y,


George Adams (1940-1992) - flautista, saxofonista,


Julius Tolentino (1975) - saxofonista,


Otis Rush (1934) –guitarrista,vocalista,


Ray Barretto (1929-2006) - percussionista,


Toots Thielemans (1922) - gaitista, guitarrista

quinta-feira, 28 de abril de 2011

WILL VINSON – THE WORLD (TRHOUGH MY SHOES) ( Nineteen Eight Records [2010])






Gravado no Freddy's Back Room no Brooklyn, “The World (Through My Shoes)” apresenta o primeiro lançamento do saxofonista alto Will Vinson registrado ao vivo. A música, documentada em duas noites, oferece um trabalho genuíno de um grupo, produzindo uma particular música contemporânea.


O núcleo do programa consiste em composições de Vinson . Seu estilo composicional e arranjos exibem um forte respeito pela tradição do jazz, bem como uma óbvia fluência nas linguagens correntes do jazz . O mais importante, entretanto, é que seus arranjos harmônicos possibilita a cada membro do quarteto contribuir para o som da banda. Esta estética é claramente evidenciada em "Dean Street Rundown". O guitarrista Lage Lund introduz a canção com um repetitiva e simples nota em ostinato, tocando através dos adornos antes de unir-se a Jochen Rueckert, que faz uma calculada figura rítmica nos aros da sua bateria. O baixista Orlando LeFleming adiciona firmes e extensas modulações ao arranjo, antes do sax alto de Vinson precipitar-se sobre a melodia.


A entonação de Vinson é graciosa, possuindo uma qualidade vocalizadora que efetivamente expressa o conteúdo de uma canção. Em suas mãos, o saxofone é um instumento cuja função central é fazer música, em vez de um suplemento muscular para proficiência musical. Esta insistente musicalidade viceja através do disco , mas é manifesta com particular presença de espírito em "Pretty Things". Esta balada apresenta uma dinâmica interação entre Vinson e Lund. O volume sonoro do guitarrista incrementa e arpeja formas de acordes que cria o perfeito cenário harmônico para a belíssima interpretação da linha melódica por parte de Vinson. Esta performance torna completamente claro o tremendo desenvolvimento do perfil auditivo de cada membro deste fino quarteto.


Mais que uma sessão arejada, “The World (Through My Shoes)” representa a melhor virtude de uma gravação ao vivo. Apresenta artesãos no trabalho, músicos claramente engajados em torno de robustas composições e produtivamente cônscios das contribuições dos companheiros de banda . É uma espécie de camaradagem musical que permite à música de Vinson alcançar um balanço único e rara clareza de estilo.


Faixas: I Am James Bond; Dean Street Rundown; Limp of Faith; The End of a Love Affair; Philos o' Fur; Pretty Things; The World Through My Shoes.


Músicos: Will Vinson: saxofone alto; Lage Lund: guitarra; Orlando LeFleming: baixo; Jochen Rueckert: bateria.


No vídeo abaixo, conheçam um pouco do trabalho de Will Vinson.



http://www.youtube.com/watch?v=4paEyuPRx-g



Fonte : All About Jazz / David Lighton

ANIVERSARIANTES - 28/04






Blossom Dearie (1926-2009) - pianista,vocalista,


Derek Smith (1971) – baterista,


Ithamara Koorax (1965) – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=iZ-HdPN0Y-E,


John Tchicai (1936) - clarinetista, saxofonista,


Mario Bauza (1911-1993) - trompetista,


Mickey Tucker (1941)-pianista,


Oliver Jackson (1933-1994) - baterista,


Paulo Russo(1950) – baixista,


Steve Khan (1947) - guitarrista

quarta-feira, 27 de abril de 2011

NÁ OZETTI – MEU QUINTAL (Borandá)






Tudo é doce, claro e também incompreensível na trajetória dessa cantora correta, ademais afinadíssima. Ná Ozzetti cresceu com os músicos de sua geração, entre eles compositores de teses nítidas à moda do professor Luiz Tatit, mas também os fez crescer, algo que esteve em seu poder como intérprete segura da geração. O mistério a cercá-la é o de que a tanta clareza nunca tenha correspondido, de sua parte, uma resposta autoral mais incisiva.


Ei-la agora, possivelmente, em busca de afirmar as coisas sobre si sem as temer, ainda que as canções de Meu Quintal tenham todas as parcerias próximas de Tatit, Alice Ruiz, Dante Ozzetti, Carol Ribeiro, Makely Ka, Neco Prates ou Zélia Duncan. Mas, como se disse, são todos eles artistas próximos, de cujas palavras e acordes a cantora e compositora parece editar a própria essência. Ouvir uma a uma as 12 faixas deste disco armado com brilhos e sutilezas pelo produtor Mário Manga constitui uma aula de lady Ná.


Sabe-se, assim, quão ardentemente ela esconde joias, gemas e pérolas dentro do peito, como em Baú de Guardados, e que em seu quintal “cabe inteiro um Portugal” ou que, no conto cumulativo tão difícil de cantar (e que ela faz mais uma vez parecer simples), A Velha Fiando, estão expostas dores afirmativas. “Quem foi que disse que pode dizer quem eu sou?”, ela também se pergunta em Ser Estar. Há uma faca escondida nas palavras diretas, e o disco dá a seu ouvinte o gosto por entendê-las e a seu equilíbrio, como nos versos da faixa de mesmo título: Quando chega sexta-feira/ parece que a vida inteira equilibrei,/ me livrei, me livrei,/ e a semana que vem tem mais.



Faixas:



01. Meu Quintal (Ná Ozzetti/Luiz Tatit) 03:02


02. A Velha Fiando (Dante Ozzetti/Luiz Tatit) 04:45


03. Baú de Guardados (Ná Ozzetti/Alice Ruiz) 04:29


04. Tupi (Ná Ozzetti/Arthur Nestrovski) 03:02


05. Ser Estar (Ná Ozzetti/Alice Ruiz) 02:24


06. Equilíbrio (Ná Ozzetti/Luiz Tatit) 03:23


07. Onde a Vista Alcança (Ná Ozzetti/Makely Ka) 04:31


08. Chuva (Ná Ozzetti/Carol Ribeiro) 03:35


09. Acordo de Amor (Ná Ozzetti/Alice Ruiz/Neco Prates) 04:35


10. Sobrenatural (Ná Ozzetti/Zélia Duncan) 03:23


11. Lingua Afiada (Ná Ozzetti/Luiz Tatit) 03:51


12. Entre o Amor e o Mar (Ná Ozzetti/ Luiz Tatit) 04:43




Ficha Técnica


Ná Ozzetti: voz


Dante Ozzetti: violões


Mário Manga: guitarras, violoncelo e violão tenor


Sérgio Reze: bateria e gongos melódicos


Zé Alexandre Carvalho: contrabaixo




Fonte : CartaCapital / Rosane Pavam

AMIVERSARIANTES - 27/04










Calvin Newborn (1933) – guitarrista,vocalista,




Connie Kay (1927-1994) – baterista(na foto),




Freddie Waits (1943-1989) - baterista,




Kevin Hackler (1981) – trompetista,




Martin Wind (1968) – baixista,




Matty Matlock (1907-1978) - clarinetista,saxofonista,,



Ruth Price (1938) - vocalista




Sal Mosca (1927-2007) - pianista,,




Scott Robinson (1959) -Saxofonista,clarinetista,flautista,




Tony Smith (1967) - saxofonista

terça-feira, 26 de abril de 2011

KENNY WHEELER – ONE OF MANY ( Cam Jazz [2011])






Em 2001, Norma Winstone entrevistou um vocalista britânico que se referiu a Kenny Wheeler como "o Duke Ellington de nosso tempo". Wheeler, cuja reputação cresceu apesar da sua tranquila humildade , não deve possuir a distinta marca popular de Ellington, o que não significa que sua música seja menos distinta ou pujante, e com amplo alcance: sua música é estudada com detalhe em universidades ao redor do mundo. Seu trabalho com grandes grupos assemelha-se a uma big band. Não sendo um nome familiar , não significa deficiência de significância, com o lugar de Wheeler assegurado na história do jazz como um dos mais importantes compositores em meio século passado.



Igualmente influente em seu instrumento — com impecável controle facilitando o ardor do seu inconfundível lirismo melancólico com súbitos saltos para a estratosfera— não há danos advindos da dureza dos rigores da idade. Wheeler, 81 anos, deve estar predisposto para o alcance médio do seu flugelhorn em “One of Many”, mas pode surpreender , executando emocionantes intervalos súbitos durante "Anticipation", o segundo dos nove trabalhos que aparece, pela primeira vez ,nesta quinta gravação de Wheeler para o selo italiano Cam Jazz desde a sublime estreia com o duo com seu pianista preferido , John Taylor, “Where Do We Go From Here? (2004)”.


Taylor está de volta em “One of Many”, trazendo a confortável química que os dois partilham desde a gravação de Wheeler com grupos grandes como em “Song for Someone (Psi, 1973)”. Mas o destaque neste trio é seguramente o baixista Steve Swallow, cuja última colaboração com Taylor foi em “New Old Age (Egea, 2005)”. Swallow trabalhou com Wheeler antes, mas é a primeira vez que ele aparece em uma gravação do trompetista—e a primeira vez que Wheeler utilizou um baixo elétrico em suas gravações pelo selos Cam ou ECM . Mais que as óbvias mudanças na aparência—especialmente com o instrumento de Swallow, cuja acalorada e encorpada entonação possui uma clareza única nos registros mais altos—é o seu confortável e melódico papel duplo como âncora rítmica e harmônica que faz “One of Many” um destaque na discografia de Wheeler.


Isto está mais evidente em "Now and Now Again ", reprisado de “The Widow in the Window (ECM, 1990)”. Naquela sessão em quinteto, o robusto baixo de Dave Holland manteve as coisas firmemente no terreno da balada. Aqui, Swallow as mantêm igualmente despretensiosas, mas ocasionalmente se move sem emenda para um sentimento em tempo duplo, emprestando à faixa uma espécie diferente de suingue. Wheeler utiliza unicamente o flugelhorn neste elegante trabalho, basicamente em tempos baixo e médio, entretanto o trio retorna para a agitação em "Anticipation", onde a execução dos registros altos de Swallow entrelaça-se com Wheeler para tortuosas melodias , deixando Taylor a responsabilidade maior de manter para a gente o movimento.


Retornando ao mais direto sopro após o mais direcionado para cordas, “Other People (CAM Jazz, 2008)” , não significando menos peso composicional , só que há maior ênfase na interação interpretativa do trio. Outro soberbo ingresso na discografia de um artista, cuja carreira tem sido marcada pela consistência e o som da surpresa. “One of Many” é mais uma razão para que a comparação de Wheeler com Ellington seja perspicaz.


Faixas: Phrase 3; Anticipation; Aneba; Any How; Cater #5; Ever After (duo version); Now and Now Again; Old Ballad; Fortune's Child; Even After.


Músicos: Kenny Wheeler: flugelhorn; John Taylor: piano; Steve Swallow: baixo elétrico.


Fonte : All About Jazz /John Kelman

ANIVERSARIANTES - 26/04



Gary Wright (1943) – tecladista,

Jimmy Giuffre (1921-2008) - clarinetista, flautista,saxofonista,

Ma Rainey (1886-1939) - vocalista,

Teddy Edwards (1924-2003) - saxofonista(na foto e vídeo) http://www.dailymotion.com/video/x2b42a_teddy-edwards-6tet-velvet-mist-jazz_music

segunda-feira, 25 de abril de 2011

LARRY CARLTON / TAK MATSUMOTO – TAKE YOUR PICK ( 335 Records [2010])






É uma vergonha que carreiras de artistas sejam reduzidas a super simplificações do que eles são e do que são capazes. O guitarrista Larry Carlton, por exemplo— a despeito do poderoso lançamento centrado no blues como “Sapphire Blue (Bluebird, 2004)” e, mais recentemente, o excitante e saboroso “Live in Tokyo (335 Records, 2007)”, não haver alusão a solos discursivos e icônicos em álbuns de Steely Dan como “The Royal Scam (MCA, 1976)” e “Gaucho (MCA, 1980)” —é mais frequentemente associado ao smooth jazz de álbuns como “Alone/But Never Alone (MCA, 1986)”. Não que, necessariamente, haja algo de errado com isto, especialmente genuínos instrumentistas executam músicas de fácil audição, mas que tem seus próprios desafios, porém é fácil esquecer que Carlton pode tocar diversas modulações com o melhor delas, como o belo "Mulberry Street", cujos solos são centrados no bop do “Strikes Twice (MCA, 1981”), amplamente posto a prova há aproximadamente 30 anos.


Se Carlton pode ser criticado por alguma coisa , é seu expressivo lirismo e infalível elegância, embora pareça não ser crível que palavras como "também " e "melódico" não possam ser usadas juntas na mesma sentença. “Take Your Pick” reúne veteranos e , sim, a pegada do smooth jazz é executada pelo japonês Tak Matsumoto, guitarrista do B'z e com cerca de 80 milhões de álbuns vendidos só no seu país, não menos que um ícone, ao menos em algumas partes do mundo. O nome de Carlton deve vir primeiro, mas este é realmente um trabalho colaborativo com os dois guitarristas firmes na composição e arranjo na base do meio a meio. Matsumoto arranja duas de suas músicas para uma seção de metais japonesa , enquanto Carlton utiliza alguns norte-americanos para temperar três de suas composições. Mas indiferente ao local onde a música foi gravada— de Franklin a Nashville a Los Angeles e Tokyo— o núcleo da seção rítmica formada pelo baterista Billy Kilson (Dave Holland, Chris Botti), pelo baixista Michael Rhodes ((J.J. Cale, Aaron Neville e o tecladista Jeff Babko [Sheryl Crowe], James Taylor) mantém as coisas honestas no trabalho que se sustenta de forma brilhante. Entretanto, entre Carlton e Matsumoto, há coragem plena que da à música uma margem de superior energia.


O tom mais suave de Carlton, com seu reconhecido vibrato e pequena amplitude de linguagem torna-o facilmente reconhecido a partir do largamente encrespado e roqueiro Matsumoto, especialmente nas faixas em que o guitarrista japonês inicia como "JAZZY BULLETS", dedilhada com melodias saborosas das duas guitarras em duplicidade e solos vibrantes. Matsumoto prova ser capaz de ter uma entonação mais clara e disposição mais metálica em "Nite Crawler 2010"— uma atualização de uma música de Carlton em disco com seu nome lançado em 1978 na sua estreia pela MCA —e a com semelhante brilho funk do ataque cortante do japonês em "THE WAY WE WERE".


Surpreendentemente , a sonoridade mais oriental referenciada por Carlton é a faixa "Islands of Japan" com amostras de koto . A disposição mais brilhante do início passa para um ponto mais alto na roqueira "Easy Mystery" de Carlton impulsionada pelos metais e o encerramento do disco é com a bastante funkeada, "A girl from China" , de Matsumoto. Do começo ao fim, Carlton dirige as modulações com um pouco mais de finesse, mas ele está bem acompanhado, em entonação e sentimento, com Matsumoto, fazendo as coisas fluírem fáceis , porém de forma inegavelmente satisfatória. “Take Your Pick” é menos uma questão de "um ou outro/ou" e mais um caso de “e".


Assistam ao vídeo, e conheçam um pouco deste trabalho.


http://www.youtube.com/watch?v=0tHBpImF9Gg


Faixas: JAZZY BULLETS; Night Crawler 2010; THE WAY WE WERE; Islands of Japan; Neon Blue; Tokyo Night; hotalu; East West Stroll; Easy Mystery; ao; Take Your Pick; A girl from China.


Músicos: Larry Carlton: guitarra, arranjos(2, 4, 5, 8, 9, 11); Tak Matsumoto: guitarra(1, 3, 6, 7, 10, 12); Billy Kilson: bateria; Michael Rhodes: baixo; Jeff Babko: teclados; Mark Douthit: saxofone (2, 9, 11); Watanabe Fire: saxofone (1, 12); Kazuhiro Takesa: saxofone (1, 12); Mike Haynes: trompete (2, 9, 11); Osamu Ueishi: trompete (1, 12); Barry Green: trombone (2, 9, 11); Azusa Tojo: trombone (1, 12).


Fonte : All About Jazz / John Kelman




ANIVERSARIANTES - 25/04






Albert King (1923-1992) – guitarrista,vocalista,


Agostinho dos Santos (1932-1973) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=rl0bhsKQx_o,


Bobbi Humphrey (1950) - flautista,Carl Allen (1957) – baterista,


Custódio Mesquita (1910-1945) – pianista, compositor,


Earl Bostic (1913-1965) - saxofonista,


Ella Fitzgerald (1918-1996) - vocalista,


Jim Robitaille ( 1960) – guitarrista,


Willis “Gator” Jackson (1932-1987) – saxofonista

domingo, 24 de abril de 2011

MARC COPLAND – CROSSTALK (Pirouet Records [2011])






Após despender parte do início dos anos 2000 em uma farra de gravações que encontrou-o lançando quatro álbuns por ano em uma variedade de selos, Marc Copland , desde 2006, estacionou seu piano no novo selo alemão, Pirouet. Claramente, tem sido uma parceria frutífera, com Copland lançando uma variedade de álbuns Em 2009 reuniu lançamentos solo (Alone), em duo (Insight, com o baixista Gary Peacock) e em trio (Night Whispers, a parte final da série de gravações do seu New York Trio). Copland tem , também, renovado sua amizade com parceiros musicais antigos, trazendo de volta o quarteto que lançou, em 1996, “ Second Look (Savoy)” e em outro trabalho em 2008, “Another Place”.


“Crosstalk” reúne Copland com o saxofonista alto Greg Osby, mas desta vez para um completo vôo em quarteto, que traz uma natureza para um relacionamento claramente diferente e agradável, explorado em suas duas gravações em duo, “Round and Round” em 2003 e “Night Call” em 2004, ambos no extinto selo alemão Nagel-Heyer .


Não é apenas a primeira vez que Copland gravou (ao menos sob seu nome) com o baixista Doug Weiss, enquanto transcorreram cinco anos desde a última gravação com o baterista Victor Lewis. São escolhas inspiradas, trabalhando empaticamente com o impressionismo e delicadeza característicos de Copland, mas adicionando mais batida e fervor ao que se tem ouvido do pianista desde seu trabalho em quarteto com o trompetista Randy Brecker,” Both / And (Nagel-Heyer, 2006)”, que , não coincidentemente , também conta com Lewis. Copland compartilha as obrigações composicionais com o grupo, em adição a um par de bem escolhidos standards, "Hey, It's Me You're Talkin' To" suinga com uma firme , mas elegante mão, a ambiguidade harmônica de Copland converge através do brilho da melodia bop,seu toque suave instigante para o desenvolvimento intacto do solo, porém assentado mais no pontilhismo do que o usual. Idem para Osby, um saxofonista cuja discografia é vasta, sempre combinando impetuoso intelectualismo com uma mais profunda ressonância, como faz aqui focado na construção dos seus solos, trabalhando os fragmentos melódicos focado na construção dentro das prolixas e tortuosas frases.


Copland revisita "Talkin' Blues", ouvida pela primeira vez em outro disco em dueto, com Peacock,” What It Says (Sketch, 2004”), mas desta vez está pesadamente rearmonizada pelo blues— outra marca de Copland —ferve lentamente e, ocasionalmente, entra em ebulição, com Weiss e Lewis impulsionando e puxando Osby durante uma abertura solo incendiária. Outras duas músicas de Copland aparecem aqui pela primeira vez: a surpreendentemente potente e direta faixa título, balança mais visceralmente que qualquer coisa escrita por Copland em algum tempo e a mais caracteristicamente etérea "Slow Hand", uma balada meditativa . Isto contrasta sombriamente com o angular free-bop de Weiss, além da infalivelmente suingante "Ozz-Thetic", onde Osby e Copland expandem o trabalho de cada um, provando que o tempo não dilui a força da afinidade.


"Tenderly" ladeia o mainstream, mas o fraseado de Copland mantém o standard de Walter Gross , apenas um pouco fora de forma, como faz o prismático enfoque do pianista para maior intensidade na fortemente suingada "Minority " de Gigi Gryce. O primeiro lançamento de Copland em 2011, “Crosstalk”, fala ao poder da permanência da amizade e o som da surpresa que ocorre quando sangue novo é injetado na mistura.


Faixas: Talkin' Blues; Diary of the Same Dream; Ozz-Thetic; Tenderly; Crosstalk; Slow Hand; Hey, It's Me You're Talkin' To; Three Four Civility; Minority.


Músicos: Marc Copland: piano; Greg Osby: saxofone alto ; Doug Weiss; baixo; Victor Lewis: bateria.


Fonte : All About Jazz / John Kelman







ANIVERSARIANTES - 24/04






Collin Walcott (1945-1984) - percussionista,


Fabio Morgera (1963) - trompetista


Frank Strazzeri (1930) - pianista,
Jeff Darrohn (1960) – saxofonista,

Joe Henderson (1937-2001) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=JhXpwtXaJHk,

Johnny Griffin(1928-2008) – saxofonista,

Peter Curtis (1970) – guitarrista,

Rebecca Martin(1969) – vocalista,

Ricardo Leão(1959) – pianista,

Stafford James (1946) – baixista

sábado, 23 de abril de 2011

EM RITMO DE CIDADE






Em sua origem , o choro era uma maneira de interpretar, a partir do uso de instrumentos acessíveis às camadas populares , as músicas das grandes orquestras. Com um cavaquinho, um violão, um pandeiro e ma flauta, tocavam-se polcas,mazurcas , valsas e outros ritmos europeus, além de africano lundu. Aos poucos o estilo se consolidou. Nascido no Rio, encontrou terreno fértil em São Paulo. E foi em terras paulistas, quase 150 anos depois da gênese do choro , que um grande registro do atual cenário deste ritmo popular se fez. Trata-se do álbum “Panorama do Choro Paulistano Contemporâneo”, que une os velhos chorões a novos talentos com atuação no cenário paulistano.


Idealizado e produzido por Roberta Valente e Yves Finzetto, o disco é um primoroso e inédito estudo sobre o choro paulistano atual. Presentes no registro, chorões consagrados como os irmãos Izaias e Israel,Arnaldinho Silva, Laércio de Freitas, Nailor Proveta, Toninho Ferragutti, Zé Barbeiro e Luizinho 7 Cordas unem-se a novos talentos como Alessandro Penezzi, Thiago França e Danilo Brito, entre trinta compositores, solistas e instrumentistas.


O arranjo das músicas, na maioria das vezes, é dos compositores, também solistas das respectivas faixas. A homogeneidade do disco fica por conta dos acompanhantes do Sexteto Panorama (na foto), formado por Roberta Valente (pandeiro), Henrique Araújo (bandolim,cavaco e banjo), Gian Corrêa (violões), Alexandre Ribeiro (clarinete e clarone) e João Poleto (sax e flauta). Destaque para os choros Experiente de Danilo de Brito, Não me siga que não sou novela, de Zé Barbeiro e Irmãos de Briga, de Thiago França.


Fonte : CartaCapital / André Carvalho

Mondicá e Luiza Meirelles neste sábado no Balthazar

Para aqueles que preferiram ficar em Salvador no feriado prolongado de Semana Santa, o Balthazar Grill&Bar preparou uma programação especial. O sábado terá MPB e Jazz de primeira qualidade com a apresentação do Mondicá Trio que convida desta vez a cantora Luiza Meirelles. Formado pelos instrumentistas Marco de Carvalho (piano), Alexandre Montenegro (contrabaixo acústico) e Márcio Diniz (bateria), o grupo Mondicá Trio se destaca pelo trato que dá a composições consagradas da MPB e standards de jazz. Já a cantora Luiza Meirelles, convidada da noite, vem despontando no cenário musical da Bahia por um trabalho autoral e baseado, sobretudo, na Bossa Nova e no Jazz, que compõem a tônica da sua carreira.

Atração: Mondicá Trio e Luiza Meirelles
Data: 23 de abril (sábado)
Horário: 22 horas
Local: Balthazar Grill&Bar (AV. ACM, Shopping Cidade – Itaigara)
Couvert: Livre na varanda, R$ 10 (salão) R$ 15 (camarote)
Estacionamento com manobrista
Informações: 3017 4343 / www.balthazargrill.com.br

ANIVERSARIANTES - 23/04








Alan Broadbent (1947) - pianista,



Benny Harris (1919-1975) - trompetista,



Bryan Carrott (1959) – pianista,vibrafonista,



Bunky Green (1935) - saxofonista,



Calvin Owens (1929-2008) – trompetista,líder de orquestra,



Chris Lightcap (1971) – baixista,



Geraldo Pereira(1918-1955) – compositor,


Jimmie Noone (1895-1944) - clarinetista,


John Cooper (1963) – líder de orquestra,


Kendra Shank (1958) - guitarrista ,vocalista,


Milton Banana(1935-1999)- baterista,


Pixinguinha(1897-1973) – saxofonista, flautista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=_pUa7r9fOA4&feature=related


Petr Cancura (1977)– saxofonista,


Severino Araújo (1917) – clarinetista,líder de orquestra

sexta-feira, 22 de abril de 2011

AL DI MEOLA – PURSUIT OF RADICAL RHAPSODY (Telarc Records [2011])






Aqueles que seguem o mundo da guitarra provavelmente estão familiarizados com Al Di Meola ou do seu período com o Return to Forever ou com as suas quatro décadas de carreira solo. Tão longe quanto alcança as possibilidades do braço da sua guitarra, do jazz eletrificado à música acústica e da denominada world music, Di Meola construiu uma reputação como um guitarrista fantástico. Desimpedido de qualquer gênero em particular, ele mantém sua forma em “Pursuit of a Radical Rhapsody”. Seu excitante estilo “ Pat Metheny-encontra-Baden Powell-encontra-Joe Satriani-encontra-Andres Segovia” está em completa exposição neste trabalho, formado em sua maior parte por composições suas.


Como o resto do corpo do trabalho, “Pursuit” é uma vitrine para maestria técnica de Di Meola. Sua exploração criativa de tradições rítmicas, melódicas e harmônicas diferentes, em adição à interessante instrumentação, incluindo acordeão, demonstra quão competente instrumentista ele é. A busca do seu objetivo está aparente desde a primeira nota


Em acréscimo ao estilo característico de Di Meola como um jazzista “desfibrador” explorando o alcance do fusion e da world music, ele acena para a tradição da música popular com a excelente interpretação de "Strawberry Fields" dos Beatles e da clássica canção "Over the Rainbow" , ambas apresentando o grande baixista Charlie Haden.


Há algo majestoso nesta gravação, um trabalho brilhante de uma meticulosa banda. Mesmo que seja uma gravação íntima, está mais para uma casa de ópera do que para um bar de jazz. É experimental em sua instrumentação e fusão de estilos. Uma gravação padrão de um grande guitarrista.


Os fãs dos discos passados de Di Meola terão farto material para gostar de “Pursuit of Radical Rhapsody”. Aqueles que estiverem hesitantes , entretanto, balançarão sobre suas convicções.


Faixas: Siberiana; Paramour's Lullaby; Mawazine Pt. 1; Michelangelo's 7th Child; Gumbiero; Brave New World; Full Frontal Contrapuntal; That Way Before; Fireflies; Destination Gonzalo; Bona; Radical Rhapsody; Strawberry Fields; Mawazine Pt. 2; Over the Rainbow.


Músicos: Al Di Meola: violão, guitarra, percussão, teclados; Fausto Beccalossi: acordeão; Kevin Seddiki: guitarra (segunda parte); Gumbi Ortiz: percussão; Peter Kaszas: bateria, percussão; Victor Miranda: baixo; Charlie Haden: baixo (13,15); Peter Erskine: bateria (4, 10, 12); Gonzalo Rubalcaba: piano (5, 10, 12, 13); Barry Miles: arranjo de cordas e teclados adicionais; Mino Cinelu: percussão (3, 4, 13, 14); Gabor Csonka: violino (4, 11, 15); Viktor Uhrin: violino (4, 11, 15); Gergely Kuklis: violino (4); Gyula Benk: violino (4, 11, 15); Andras Sturcz: violino (4, 11, 15).


Assistam ao vídeo a seguir e conheçam um pouco deste trabalho de Al Di Meola


http://www.youtube.com/watch?v=feH3dfPAehc


Fonte : All About Jazz / Stephen Wood




ANIVERSARIANTES - 22/04









André Mehmari (1977) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=dWZKp9JLvu0,


Candido (1921) - percusionista,


Barry Guy (1947) – baixista,


Charles Mingus (1922-1979) – baixista,


Don Grusin (1941) - tecladista,


Don Menza (1936) - flautista , saxofonista,


Harvey Mason (1947) – baterista,


Lou Stein (1922-2002) – pianista,


Nivaldo Ornelas (1941) – saxofonista,flautista,


Paul Chambers (1935-1969) - baixista

quinta-feira, 21 de abril de 2011

JANE IRA BLOOM – WINGWALKER (Outline [2011])








No seu 14˚ álbum como líder, Jane Ira Bloom apresenta peças — todas são composições suas exceto uma— que devem ser ouvidas melhor como esculturas sonoras. Esta descrição aplica-se mesmo para o único standard, uma versão de encerramento da balada “I Could Have Danced All Night” de Lerner e Loewe, que encontra o gracioso e ressonante saxofone soprano de Bloom desacompanhado na antiga e adornada melodia. Seu instrumento é realmente uma beleza, dançando através e ao redor do tema e da melodia como se suspensa no ar e estivesse carregando os restos espirituais da canção, ecoando nos cavernosos corredores dos grandes hotéis onde a música era regularmente apresentada. Em estribilhos, ela floresce nos locais mais frequentados.



O pianista Dawn Clement, o baixista Mark Helias e o baterista Bobby Previte, todos regulares companheiros, juntam-se a Bloom nas outras 11 faixas, várias das quais têm títulos referenciando vôos aéreos, não surpreendendo, partindo de alguém que já compôs várias músicas encomendadas pela NASA. “Wingwalker” encontra Bloom subindo e descendo sobre os astutos balanços de Previte e pequenas explosões antes da banda completa, movimentar-se junta, lenta e firmemente, mas de forma imprevisível. “Life on Cloud 8” é construída em acompanhamento improvisado em repetitivos cortes de blues, sobre crescentes efeitos eletrônicos no sax soprano antes de arremeter-se inconstantemente para um saltitante riff. “Airspace” inicia com vários linhas uníssonas prolongadas , cada uma separada por momentos de silêncio, antes de ser conduzido pelo baixo corajoso de Helias.



Em acréscimo às músicas com títulos referenciando a aviação, há aquelas que sugerem movimento e ao menos uma sugere grandes altitudes : “Rooftops Speak Dreams” que se desloca de um livre sentimento de balada para uma pegada vigorosa. Frequentemente Bloom voa alto, aplicando uma distinta voz instrumental para composições que são imprevisíveis e desafiantes, e completamente convidativas.



Faixas : Her Exacting Light; Life On Cloud 8; Ending Red Songs; Freud's Convertible; Airspace; Frontiers In Science; Rooftops Speak Dreams; Rookie; Adjusting To Midnight; Live Sports; Wingwalker; I Could Have Danced All Night.



Fonte : JazzTimes /Philip Booth

ANIVERSARIANTES - 21/04






Alfred Lion (1908-1987) – produtor, fundador da Blue Note,


Craig Pilo (1972) – baterista,


Didier Verna (1970) – guitarrista,


Gilson Peranzetta (1946) – pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=nK-OexyabCo,


Ian Carr (1933-2009) – trompetista,


Luiz Brasil(1954) – guitarrista,violonista,


Mike Holober (1957) – pianista,


Mundell Lowe (1922) - guitarrista,


Pee Wee Ellis (1941) - saxofonista,


Slide Hampton (1932) - trombonista

quarta-feira, 20 de abril de 2011

MONDICÁ TRIO E LUISA MEIRELLES NO BALTAZAR -








Mondicá Trio e Luiza Meirelles – O grupo nasceu do desejo dos instrumentistas Marco de Carvalho, Alexandre Montenegro e Márcio Diniz, que já vinham atuando juntos em Salvador há mais de dez anos, de unir a experiência adquirida em audições individuais de diversas vertentes da música brasileira. O trabalho foi consagrado pelo show tributo a Milton Banana, pelo qual o Mondicá foi indicado na categoria melhor show do ano do Troféu Caymmi, em 2005. Há nove anos, o trio acompanha o guitarrista Jurandir Santana, com quem gravou o CD Só Brasil, em 2006.

Cantora baiana, Luiza Meirelles vem desenvolvendo sólida carreira no cenário musical de Salvador. Aluna de canto popular do curso superior da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, Luiza é também compositora e violonista. Já participou de projetos como o Projeto Pelourinho Dia e Noite, fez apresentações em concertos de violão, interpretando músicas de compositores como Villa-Lobos e Mário Giulliani e em 2009, ficou entre os 24 classificados no Festival Nacional de Música da Bahia, com uma composição própria.

Serviço:
Atração: Mondicá Trio e Luiza Meirelles
Data: 23 de abril (sábado)
Horário: 22 horas
Local: Balthazar Grill&Bar (AV. ACM, Shopping Cidade – Itaigara)
Couvert: Livre na varanda, R$ 10 (salão) R$ 15 (camarote)
Estacionamento com manobrista
Informações: 3017 4343 / www.balthazargrill.com.br

Alexandre Leão no Baltazar Grill&Bar




Alexandre Leão – Natural da Bahia, o cantor aos 17 anos, a sua primeira composição gravada por Maria Bethânia e, ao longo da carreira, teve letras aprovadas e gravadas por Ivete Sangalo, Margareth Menezes, Família Caymmi e Rosa Passos, com quem já dividiu o palco diversas vezes. O novo trabalho, Quatro Cantos, é autoral e passeia por ritmos como samba, bossa nova, forró e rock, traçando um panorama de sua carreira. Em algumas canções, parcerias na composição com Jota Veloso, Targino Gondim, Carlinhos Cor das Águas, Jaú, entre outros.


Serviço:
Alexandre Leão no Balthazar Grill&Bar
Data: 20 de abril (quarta-feira)
Horário: 21 horas
Couvert: Livre na varanda, R$ 10 (salão) R$ 15 (camarote)
Local: Balthazar Grill & Bar (AV. ACM, Shopping Cidade – Itaigara)
Estacionamento com manobrista

GREG LEWIS – ORGAN MONK (Self Produced [2010])






Um relativo recém-chegado no cenário , o novaiorquino talentoso do órgão , Greg Lewis, demonstra monstruosa destreza e uma suingante liberdade e química estruturada com a baterista Cindy Blackman em sua estreia como líder. Sua interpretação de 14 composições de Thelonious Monk são seguras —plena de proficiência, elegância, invenção e abundância de momentos divertidos. A conexão interativa que Blackman mantém do começo ao fim, particularmente em “Trinkle Tinkle” “Jackie-ing”, “We See” ,“Work” e “Four in One” é verdadeiramente maravilhosa. Em “Criss Cross” os dois engajam-se em um furioso diálogo improvisacional no início e, então, estabelecem a pegada com a linha do baixo de Lewis pulsando. O guitarrista Ron Jackson também contribui com solos saborosos na relaxada “Light Blue”, em uma dançante interpretação de “Boo Boo’s Birthday” e na blueseira “Think of One”. Os fãs de Larry Young quererão se aprofundar neste audaciosamente suingante tributo para Monk


Faixas: Trinkle Tinkle; Jacking; Criss Cross; Light Blue; Played Twice; Boo's Birthday; Coming In The Hudson; Four In One; Locomotion; We See; Monk's Mood; Think Of One; Work; Introspection; Kohl's Here.


Músicos: Greg Lewis: órgão; Cindy Blackman: bateria; Ron Jackson: guitarra.


Fonte : JazzTimes / Bill Milkowski




ANIVERSARIANTES - 20/04






Avishai Cohen (1971) – baixista,


Beaver Harris (1936-1991) - baterista,


Burt Bales (1916-1989) - pianista,


Joe Bonner (1948) - pianista,


Lionel Hampton (1909-2002) - vibrafonista,


Matt Brewer (1983) – baixista,


Ran Blake (1935) - pianista,


Rildo Hora(1949) – gaitista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=5u5WE4bYgNQ,


Tito Puente (1923-2000) - percussionista

terça-feira, 19 de abril de 2011

THOMAS MARRIOTT - CONSTRAINTS AND LIBERATIONS (Origin Records [2010])






O trompetista Thomas Marriott mantém-se em ascensão como artista. Ele tem lançado CDs com saudável regularidade desde 2005: uma apresentação para muitos, talvez, descuidados fãs do jazz, para um tempero empenado do oeste do país em “Crazy: The Music of Willie Nelson (Origin Records, 2008)”; acionando um quinteto de estrelas de forma moderna em “Flexicon (Origin Records, 2009)” e permitindo uma festiva demolição na atuação de dois trompetes com o seu camarada Ray Veja em “East-West Trumpet Summit (Origin Records, 2010)”. “Constraints and Liberations” elevou sua produção para dois lançamentos em 2010.



Espontaneidade tem sido sempre a maior parte do jogo jazístico de Marriott, mas com “Constraints and Liberations”, parece ter ido mais profundo em seu método. O trabalho inicia com sua composição "Diagram". Uma brilhante e esplendorosa harmonia de dois metais introduz a canção com um emparelhamento do instrumento livre do líder e o belo e tocante saxofone tenor de Hans Teuber, importante para variar a conversação entre os instrumentos de sopro, com Teuber encerrando telepaticamente as aberturas realizadas por Marriott.


A seção rítmica formada pelo pianista Gary Versace, pelo baixista Jeff Johnson e pelo baterista John Bishop mantém uma agitação controlada , que deixa as coisas afiadas.


O som de “Constraints and Liberations” é frequentemente taciturno e atmosférico, dando a impressão de uma trilha sonora de um filme de suspense. Marriott está em excelente forma, sua entonação transmuta-se em brilhante ou sombria , claro ou escuro e, às vezes, angustiado, sempre contando uma estória eloquente. O sax tenor de Teuber tem uma sonoridade carcterística, suave e profunda e, de alguma forma, diáfana, como um saxofone executado por um fantasma desconcertado, enquanto o versátil Versace— que contribui brilhantemente na orquestra de Maria Schneider tocando acordeão e órgão e piano em numerosos trabalhos como acompanhante, dentre os quais aqueles com os bateristas John Hollenbeck e Matt Wilson, bem como seus discos como líder — passa de acompanhante para solista com uma fluidez brilhante na faixa título , ou um solo peculiar em "Diagram."


"Waking Dream" inicia como se lágrimas jorrassem do piano acompanhado por um maravilhoso e introspectivo trompete surdinado. O baixo de Johnson tece profundidade, adicionando com a suavidade da bateria de Bishop um suporte para a abstração. "Clues" apresenta , em sua acepção, um fim de noite, um sentimento sombrio em um beco escuro , com baixo e bateria ,à espreita nas sombras, com Marritott e Versace tentando acender uma luz.


Thomas Marriott mantém a arte impulsionada para frente. “Constraints and Liberations” deve ser de longe o seu melhor disco.


Faixas: Diagram; Up From Under; Constraints and Liberations; Waking Dream; Early Riser; Clues; Treadstone.


Músicos: Thomas Marriott: trompete; Hans Teuber: saxofone tenor; Gary Versace: piano; Jeff Johnson: baixo; John Bishop: bateria.


Fonte : All About Jazz / Dan McClenaghan







ANIVERSARIANTES - 19/04



Lucas Pino (1987) - saxofonista (na foto),

Tommy Benford (1905-1994) - baterista