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quinta-feira, 30 de abril de 2015

VIRGÍNIA RODRIGUES – MAMA KALUNGA (Casa de Fulô)

Nascida há 50 anos num bairro pobre de Salvador , Virgínia Rodrigues alternou empregos de lavadeira, cozinheira e manicure com a assídua frequência no coro de igrejas católicas e protestantes , onde aprendeu a ler música, recebeu noções de piano e teoria. Impressionado com a fluência da rara mezzo soprano entre as fronteiras do canto lírico e popular, Caetano Veloso apadrinhou seus três primeiros discos, Sol Negro (1997), Nós (1999) e Mares Profundos (2003). Permeados por spiritual americano, composições de Dorival Caymmi, Ary Barroso e Djavan, hinos dos blocos afro-baianos e os afro-sambas de Baden e Vinícius de Moraes, eles projetaram a cantora mais no mercado exterior que no Brasil. Em Recomeço (2008), produzido  pelo pianista Cristóvão Bastos , Virgínia devotou-se ao cancioneiro romântico nativo, da escarpada Beatriz à remansosa  A Noite do Meu Bem.

Mama Kalunga revolve matrizes africanas, a ponto de a solista cantar em quicongo e quimbundo ( com o percussionista Sebastian Notini) , o compositor baiano Tiganá Santana . O Cântico Tradicional Afro Cubano é partilhado com a peruana Susana Baca. Luandê (Ederaldo Gentil) entrega : Lá na Bahia / todo branco tem um nego na ‘famia’. Balizada por violões (Bernardo Bosísio) , cello ( Iura Ranevsky) e sutil pontuação de tambores, Virgínia viaja do sarcasmo do sambista Geraldo Filme (hoje o nego vai à missa/ o branco vai prá macumba) ao desalento e iluminação dos seminais maestros Abigail Moura (Babalaô / Amor de Escravo ) e Moacir Santos (Sou Eu, com Nei Lopes). Sua emissão límpida singra o impávido Nos Horizontes do Mundo (Paulinho da Viola), após a ritualística prece à capela Ao Senhor do Fogo Azul (Gilson Nascimento): o sol das forjas acesas/desfaz em mim/do que não sou.

        Faixas

1.Ao Senhor do Fogo Azul (Gilson Nascimento)
2.Mama Kalunga ( Tiganá Santana)
3.Nos Horizontes do Mundo (Paulinho da Viola)
4.Vá Cuidar de Sua Vida (Geraldo Filme)
5.Babalaô / Amor de Escravo (Abigail Moura)
6.Mukongo (Tiganá Santana)
7.Teus Olhos em Mim (Roberto Mendes, Nizaldo Costa)
8.Cântico Tradicional Afrocubano / Belén Cochambre (Domínio Público)
9. Mon`ami (Tiganá Santana)
10.Luandê (Ederaldo Gentil)
11.Yaya Zumba (Tiganá Santana)
12. Sou Eu (Moacir Santos, Nei Lopes)
13.Dembwa (10 de Agosto) (Tiganá Santana)

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Tárik de Souza (CartaCapital)

ANIVERSARIANTES - 30/04

Abdul Wadud (1947) – cellista,
Alan Steward (1961) – multi-instrumentista, 
Dorival Caymmi(1914-2008) – violonista, compositor,vocalista(na foto e vídeo), http://www.youtube.com/watch?v=enUx5DMiFU8,

Percy Heath (1923-2005) - baixista,
Richard Twardzik (1931-1955) – pianista,
Russ Nolan (1968) – saxofonista

quarta-feira, 29 de abril de 2015

ILLINOIS JACQUET / LEO PARKER , TORONTO 1947 (Uptown Records)

 O saxofonista tenor criado em Houston, Illinois Jacquet, foi da banda de Count Basie no período de 1945–46. Este álbum captura-o liderando sua própria banda com seu irmão Russell Jacquet e Joe Newman no trompete; Sir Charles Thompson no piano; o baixista Al Lucas e o baterista Shadow Wilson. O grupo atuou em um animado show na Mutual Street Arena em Toronto numa terça-feira em uma noite de Abril de 1947. O saxofonista barítono Leo Parker não estava coliderando esta banda naquele tempo, mas os produtores deram-lhe o status de líder porque estes são suas únicas gravações conhecidas ao vivo. O disco inicia em forma de festa com o tema de Jacquet,  “Bottoms Up”. O prolixo solo de Parker ostenta suas oscilações suingantes. Newman segue-o, então  Jacquet finalmente assume uma improvisação em um tema blueseiro. “Music Hall Beat” é outra inédita Jacquet , uma repetitiva frase desperta alguns dos mais vigorosos toques dos solistas. Porém em baladas como “All The Things You Are” e “Body And Soul”, Jacquet verdadeiramente brilha , conduzindo a doçura e a maior parte de momentos comoventes  do trabalho. Na canção posterior, ele traz a turbulenta audiência, às vezes, para próximo do silêncio. As notas do disco apresentam algumas estórias antigas da carreira e gravações em estúdio de Jacquet durante o período. Porém, elas falham nos detalhes deste particularmente ruidoso show em Toronto—ou a proveniência das fitas, que foi gravada por um adolescente chamado Sandy Wooley, que se posicionou sob o palco do espetáculo. Duas cópias das fitas sobreviveram.  Jacquet pegou a gravação da banda feita por  Wooley e manteve uma cópia , que foi , posteriormente, leiloada. A “Uptown” adquiriu o acetato original de 16 polegadas de um colecionador canadense. Ele foi restaurado para este lançamento por Hans Bernhard. Este álbum captura a ebuliente energia de uma banda segura na sua condução. A audiência uiva e grita e impulsiona a música. É um portaI animado na evolução do swing  ao bebop, com um presságio do que,  breve, seria conhecido como r&b.

    Faixas

1 Bottoms Up (Theme) 6:13
2 All the Things You Are/She's Funny That Way/Music Hall Beat 14:15
3 Music Hall Beat 9:27
4 Body And Soul 6:30
5 Throw It Out of Your Mind Baby 4:34
6 Oh, Lady Be Good 6:55
7 Memories of You/Unidentified Tune (Jacquet's Salt Peanuts) 7:41
8 Robbins' Nest 3:31
9 Mutton Leg 4:53
10 Bottoms Up (Theme)5:09
11 Home, Sweet Home 1:37


Fonte: DAVIS INMAN (DownBeat)

ANIVERSARIANTES - 29/04

Andy Simpkins (1932-1999) - baixista,
Big Jay McNeely (1927) – saxofonista,
Bradley Leighton (1961) – flautista,
Brian Nova (1961) – guitarrista,
Claus Ogermann (1930) - pianista,vocalista,arranjador,
Dave Valentin (1952) – flautista,

Duke Ellington (1899-1974) - pianista,líder de orquestra (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=SDDCzb3dv_Y
George Adams (1940-1992) - flautista,saxofonista, 
Julius Tolentino (1975) – saxofonista,
Otis Rush (1934) –guitarrista, vocalista,
Ray Barretto (1929-2006) - percussionista,
Toots Thielemans (1922) - gaitista, guitarrista

terça-feira, 28 de abril de 2015

VENISSA SANTI – BIG STUFF : AFRO CUBAN HOLIDAY (Sunnyside)

Muitos vocalistas norte-americanos de jazz têm explorado o balanço afro-cubano, embora poucos com a autenticidade de Venissa Santi. Ela começou abarcando sua herança cubana, enquanto ensinava na Associação de Músicos Latinos Americanos na Filadélfia, subsequentemente lançando , em 2009, “Bienvenida”, estimulada pela rumba e pelo bolero.

O disco simples de Santi, inspirado por sua participação na homenagem a Billie Holiday que apresenta as companhias de Kurt Elling, Sheila Jordan, Lizz Wright e Claudia Acuña, é uma amarração exploratória  afrocubana do catálogo de Holiday. Embora seu fraseado , ocasionalmente, ecoe Holiday, ela burila caminhos estilísticos avançados, favorecendo uma   leveza sombria que atua soberbamente contra os frequentemente feéricos  arranjos concebidos pelo percussionista François Zayas.

Iniciando com uma tomada solta de “On the Sunny Side of the Street”, Santi eleva a temperatura com a leitura aquecida  da faixa título. Seu estilo makuta em “My Man”, impregnando com urgência entalhada pavimenta o caminho para “Strange Fruit”, reimaginada como um bolero brando. “Trav’lin’ Light” pode ser interpretado sombria ou brilhantemente com similar efetividade: Santi opta pelo mais moderno, transformando-o em um livre e determinado danzón. As influências africanas modelam sua trovejante “Stormy Weather”, contrabalançada por uma provocante “You Better Go Now”.

A faixa menos familiar é  “Involved Again” de Jack Reardon que Holiday adorava, mas nunca gravou. Ela demonstra ser a peça de resistência de Santi, uma mistura brilhante de pesar e  desejo.

           Faixas

1. On the Sunny Side of the Street (Guaguancó)
2. Big Stuff (Tumba Francesa)
3. What's New?
4. My Man (Makuta)
5. Strange Fruit (Bolero)
5. Stormy Weather (Palo)
7. You're My Thrill (Tango Congo)
8. Travelin' Light (Guajira/Nola)
9. Involved Again (Danzón)
10. That Old Devil Called Love (Son)
11. I Cover the Water Front/Monk's Dream (Guaguancó)
12. You Better Go Now (Yambú)


Fonte: Christopher Loudon (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 28/04

Blossom Dearie (1926-2009) - pianista,vocalista,
Derek Smith (1971) – baterista,

Ithamara Koorax (1965) – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=iZ-HdPN0Y-E
John Tchicai (1936-2012) - clarinetista, saxofonista,
Mario Bauza (1911-1993) - trompetista,
Mickey Tucker (1941)-pianista,
Oliver Jackson (1933-1994) - baterista,
Paulo Russo(1950) – baixista,
Steve Khan (1947) - guitarrista

segunda-feira, 27 de abril de 2015

THE STANLEY CLARKE BAND – UP (Mack Avenue Records)

Em “UP”, o baixista Stanley Clarke recruta colaboradores de seu passado recente (e alguns não tão recentes) e toca baixo acústico, seu forte na segunda metade da sua carreira, e elétrico que o ajudou a ser uma estrela. “UP” inicia com a decididamente elétrica “Pop Virgil” , um  instrumental funk  que ruidosamente empresta a figura da guitarra e linhas de instrumentos de sopro a  “Papa’s Got a Brand New Bag” de James Brown. Contrastando segue a neoclássica “Last Train to Sanity” com o baixo de Clarke criando, efetivamente, um quinteto de cordas com convidados do Harlem String Quartet. A faixa título apresenta o guitarrista do Eagles e o ex-baterista do Police , Stewart Copeland, com quem Clarke formou o improvável grupo pop, Animal Logic , no final dos anos 80, e “Brazilian Love Affair—Dedicated to George Duke” , homenageando o tecladista recentemente falecido e colíder do Clarke/Duke Project ,em ritmo de samba, O percussivo solo do baixo de Clarke e os vocais de Jessica Vautor, Natasha Agrama e Patrice Quinn.

Clarke obviamente teve a graça de recrutar esses convidados, mas o resultado parece autoindulgente. Ele executa três solos em “Bass Folk Songs” e comanda o jazz contemporâneo (“I Have Something to Tell You Tonight”) e peças acústicas (“Trust—Dedicated to Nana”) , apresentando o mesmo grupo, o tecladista Ruslan Sirota e o baterista Ronald Bruner Jr. “School Days” a faixa título do clássico álbum solo de Clarke, lançado em 1976, apresenta o baterista Gerry Brown (que tocou no original) e o guitarrista Jimmy Herring, ainda que nada seja realmente novo. “La Canción de Sofia”, um dueto acústico ao vivo com o grupo de Ckick Corea , Return to Forever , encerra um CD imprevisível, ainda que não original.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:



Fonte : Bill Meredith (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 27/04

Calvin Newborn (1933) – guitarrista,vocalista,
Connie Kay (1927-1994) – baterista(na foto),
Freddie Waits (1943-1989) - baterista,
Kevin Hackler (1981) – trompetista,

Martin Wind (1968) – baixista,
Matty Matlock (1907-1978) - clarinetista,saxofonista,
Ruth Price (1938) - vocalista,
Sal Mosca (1927-2007) - pianista,
Scott Robinson (1959) – saxofonista,clarinetista,flautista,
Tommy Smith (1967) - saxofonista 

domingo, 26 de abril de 2015

DUDUKA DA FONSECA TRIO – JIVE SAMBA (2015

A continuamente envolvente relação entre o jazz americano e a música brasileira é a prova firme que o poder de influência, frequentemente, viaja nas duas direções. As notas escritas por Todd Barkan para “ Jive Samba “ toca neste fato ao discutir a maneira como estas forças musicais têm se misturado e influenciado uma a outra por mais de nove décadas , indo desde quando o choro brasileiro do gigante Pixinguinha desembocou no jazz e alargou os ombros com Louis Armstrong durante uma estadia de seis meses em Paris em 1922. Há exemplos sem conta de uma cultura musical alimentando a outra durante anos, e é esta ideia que impulsiona este projeto.

O terceiro trabalho do Duduka Da Fonseca Trio—seguindo Plays Toninho Horta e New Samba Jazz Directions (Zoho Music, 2013)—encontrou o baterista e seus companheiros de banda interpretando composições com influência brasileira escrita por gigantes do jazz norte-americano. O álbum contém performances inspiradas que ressaltam o nexo entre os estilos  anteriormente mencionados. Há o entusiasmante passeio de "Jive Samba", erguendo-se com conexões tonitruantes e  firmes do baixo  que suporta a melodia; uma viagem vigorosa através de  "Lucky Southern"  de Keith Jarrett , que encontra Da Fonseca e o pianista David Feldman intercambiando solos; uma performance da frequentemente interpretada "Recorda Me"  de Joe Henderson, que inicia com um solo de bateria de Da Fonseca e apresenta o saxofonista tenor, convidado, Paulo Levi e uma esplendidamente suave interpretação de "Clouds" de Kenny Barron, um número que destaca as sensibilidades líricas de Feldman e do baixista Guto Wirtti.

O sentimento é organicamente desenvolvido e fluí nesta música, com este  três homens manobrando para apagar completamente as linhas divisórias entre os estilos. Isto está  melhor exemplificado durante o  fluxo agradável de "Pensativa"  e da aguçada "Samba Yantra". Em ambos instantes o trio buscar criar música que dança, deslumbra e fala na língua do jazz e da música brasileira sem aderir rigidamente a quaisquer regras estilísticas associadas com as duas. Isto, em poucas palavras, é a marca registrada deste grupo. Como um conceito, não é difícil compreender. Colocam este princípio em ação, embora, não seja fácil realizá-lo. Porém, deixe para Duduka Da Fonseca fazer o difícil parecer fácil. Ele está fazendo isto por décadas e mantem-se cada vez melhor.

Faixas: Jive Samba; Lucky Southern; Sco's Bossa; Recorda Me; Peresina; Clouds; Pensativa; Speak Like A Child; El Gaucho; Samba Yantra.

Músicos: Duduka Da Fonseca: bateria; David Feldman: piano; Guto Wirtti: baixo acústico; Paolo Levi:  saxofone  tenor (4).

Gravadora: Zoho Music


Fonte : Dan Bilawsky (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 26/04

Gary Wright (1943) – tecladista,
Jimmy Giuffre (1921-2008) - clarinetista, flautista,saxofonista,
Ma Rainey (1886-1939) - vocalista,
Teddy Edwards (1924-2003) - saxofonista(na foto e vídeo) http://www.dailymotion.com/video/x2b42a_teddy-edwards-6tet-velvet-mist-jazz_music

sábado, 25 de abril de 2015

HARRIS EISENSTADT SEPTEMBER TRIO – THE DESTRUCTIVE ELEMENT (Clean Feed)

O baterista e compositor Harris Eisenstadt tem um modo encantador de entrelaçar simplicidade e sofisticação, uma característica que parece mais arrebatadora no contexto deste seu September Trio. É o menor  dos grupos regulares de Eisenstadt, e apresenta um par de dinâmicas estilísticas que são  simpáticas como as complexidades casuais de Eisenstadt. O saxofonista tenor Ellery Eskelin atua com frequência , aqui, com suavidade, estilo voluptuoso que é agradável e atrativo , e a pianista Angelica Sánchez pode etiquetar suas frases com simbolismo e pontos de exclamação sem parecer um pouco esmero desleixado. O líder  age como um projetista rítmico — não há ânsia para preencher o vácuo do baixista , um papel que ocasionalmente cai para Sánchez— e é o instrumentista menos agressivo do grupo.

Há um par de músicas influenciadas diretamente por  Schoenberg. A velha  síncope  em diferentes motivos oferecidos por  Sánchez e Eskelin em “From Schoenberg, Part Two” deve ser consoante com a noção de Schoenberg de “desenvolvimento da variação”. A faixa relativamente tumultuosa, “Here Are the Samurai”, é inspirada por uma cena de conflito e pressentimento de um filme de Yojimbo, e o título de “The Destructive Element” refere-se a   uma passagem de Lord Jim  de Joseph Conrad, que fala sobre o esforço e integridade requeridos para verdadeiramente imergir em si mesmo em busca de um sonho(Que o título da canção seja o mais curto entre estas nove composições inéditas é uma fatia da sensibilidade canadense oblíqua de Eisenstadt).

É um pouco de alusão intelectual, e ainda uma âncora emocional em que  “The Destructive Element “ se posiciona dentro de baladas, que são encaixadas de forma deslumbrante. Há  uma fina beleza na mescla de desconfiança e paixão que Eskelin traz para  “Swimming, Then Rained Out” e nos acordes e harmonia que Sánchez suavemente coloca em  “Cascadia”. É simples, sofisticado, sublime.

Faixas: Swimming, then Rained Out; Additives; From Schoenberg, Part One; Back and Forth; Ordinary Weirdness; The Destructive Element; Cascadia; From Schoenberg, Part Two; Here Are the Samurai.

Músicos: Harris Eisenstadt: bateria, composições; Ellery Eskelin: saxofone tenor ; Angelica Sánchez: piano.


Fonte :  Britt Robson JazzTimes) 

ANIVERSARIANTES - 25/04

Albert King (1923-1992) – guitarrista,vocalista,
Agostinho dos Santos (1932-1973) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=rl0bhsKQx_o
Bobbi Humphrey (1950) - flautista,
Carl Allen (1957) – baterista,
Custódio Mesquita (1910-1945) – pianista, compositor,

Earl Bostic (1913-1965) - saxofonista,
Ella Fitzgerald (1918-1996) – vocalista,
Jim Robitaille ( 1960) – guitarrista,
Willis “Gator” Jackson (1932-1987) – saxofonista

sexta-feira, 24 de abril de 2015

TONY BENNETT & LADY GAGA – CHEEK TO CHEEK (Columbia/Interscope)

Quando Tony Bennett lançou “Duets II” em  2011, a celebridade compartilhou o prazer  focado em sua parceria coma a falecida Amy Winehouse em “Body and Soul”. Porém, verdadeiro ponto alto do álbum foi a jubilosa travessura de Bennett em “The Lady Is a Tramp” ao lado de Lady Gaga. Assim, não é surpresa que este álbum  juntando os dois seja encantador. Realmente, este é o melhor disco que Bennett já lançou desde “A Wonderful World”, sua parceria em 2002 com outra vocalista décadas mais jovem, k.d. lang.

Gaga é uma revelação. As pirotecnias, sua marca registrada, são reduzidas da fervura para fervura lenta ,e emerge como uma inspirada estilista pop-jazz, sugerindo uma combinação  da insolência de Natalie Cole com a sofisticação de Nancy Wilson. O respeito mútuo entre ela e Bennett e a partilha da alegria são palpáveis ao longo do trabalho, relembrando a famosa alegria de viver das sessões que reuniram Bing Crosby e Rosemary Clooney.

As onze faixas do álbum (15 em deluxe edition, com excelência além da conta) foca só em vigorosos standards. A maioria são duetos, estendendo-se do charme etéreo de “Nature Boy” e aveludada incandescência de  “But Beautiful”  à alegre brincadeira de “Anything Goes” e a maravilhosa efervescência de “Let’s Face the Music and Dance”.  Em seus solos,  Gaga prova ser uma estimável baladeira dramática em “Ev’ry Time We Say Goodbye” e  “Lush Life”, enquanto Bennett, agora aos 88 anos ,  soa mais vibrante e comprometido  como ele nos brindava em seus 28 anos como em “Sophisticated Lady” , acrescida à luxuosa seleção ao hino do período Maio-Dezembro “Don’t Wait Too Long”.

          Faixas

 1 Anything Goes (Cole Porter) 2:04
 2 Cheek to Cheek (Irving Berlin) 2:51
 3 Nature Boy (Eden Ahbez) 4:09
 4 I Can't Give You Anything But Love (Dorothy Fields / Jimmy McHugh) 3:13
 5 I Won't Dance (Dorothy Fields / Otto Harbach / Oscar Hammerstein II / Jerome Kern / Jimmy    McHugh) 3:57
 6 Firefly (Cy Coleman / Carolyn Leigh) 1:58
 7 Lush Life (Billy Strayhorn) 4:15
 8 Sophisticated Lady (Duke Ellington / Irving Mills / Mitchell Parish) 3:49
 9 Let's Face the Music and Dance (Irving Berlin) 2:07
10 But Beautiful (Johnny Burke / Jimmy Heusen) 4:04
11 It Don't Mean a Thing (If It Ain't Got That Swing) [Duke Ellington / Irving Mills] 2:24

 Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:



Fonte : Christopher Loudon (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 24/04

Collin Walcott (1945-1984) - percussionista,
Fabio Morgera (1963) - trompetista
Frank Strazzeri (1930) - pianista,
Jeff Darrohn (1960) – saxofonista,

Joe Henderson (1937-2001) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=JhXpwtXaJHk,
Johnny Griffin(1928-2008) – saxofonista,
Peter Curtis (1970) – guitarrista,
Rebecca Martin(1969) – vocalista,
Ricardo Leão(1959) – pianista,
Stafford James (1946) – baixista

quinta-feira, 23 de abril de 2015

THE CLAUDIA QUINTET – SEPTEMBER (Cuneiform Records)

John Hollenbeck  tem modelado seu interesse em arrebatar atenção em canções , mas poucas  tão atrativas quanto “September 29th, 1936: Me Warn You”,  um destaque do bom álbum novo do  Claudia Quintet.  Uma mistura de música reflexiva, sônicamente fatiada e excertos escolhidos de um discurso de Franklin D. Roosevelt, ressalta o sarcasmo do presidente contra a oposição para dar suporte aos programas do New Deal e clama: “Nós o faremos melhor”. Com repetições ad nauseam de frases como esta, a peça pode guiar você  para a distração, mas através da espiral minimalista e a lúcida contravoz minimalista do vibrafone de Matt Moran e o saxofone de Chris Speed, a música nos influencia sobre a poderosa asserção da voz humana como um instrumento próprio.

 “September”, sensível e livre nas memórias e sensações que vários dias no mês conjuram para Hollenbeck, está em outras partes  inundado por emoções mais suaves. O novo acordeonista Red Wierenga adiciona uma riqueza musical como uma tapeçaria em canções como “September 12th: Coping Song”, que  comoventemente relembra as consequências do 11/09, e “September 17th: Loop Piece” , na qual o baterista Hollenbeck  é mais lírico.

The Claudia Quintet poderia soar um pouco suave e afetado. Porém, há adequação ao momento, não com o marcante e pulsante baixo de Drew Gress (ou em quatro faixas de  Chris Tordini) cavalgando sobre as correntes suaves e  asseverando-as com autoridade  comovente a absorção sutil de Hollenbeck de sons étnicos, incluindo brasileiros e indianos, favorece a adição de profundezas estilísticas ao álbum, que por todas as texturas engenhosas é um dos trabalhos mais vigorosos e instantâneos.

Faixas: 20th Soterius Lakshmi; 9th Wayne Phases; 25th Somber Blanket; 22nd Love Is Its Own Eternity; 18th Lemons; 17th Loop Piece; 24th Interval Dig; 16th Mystic Klang; 12th Coping Song.

 Músicos: John Hollenbeck: bateria, percussão; Red Wierenga: acordeom; Chris Speed: clarinete, saxofone tenor; Matt Moran: vibrafone; Drew Gress: baixo acústico; (1, 4, 7-10); Chris Tordini: baixo acústico (2-3, 5-6).


Fonte: Lloyd Sachs (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 23/04

Alan Broadbent (1947) - pianista,
Benny Harris (1919-1975) - trompetista,
Bryan Carrott (1959) – pianista,vibrafonista,
Bunky Green (1935) - saxofonista,
Calvin Owens (1929-2008) – trompetista,líder de orquestra,
Chris Lightcap (1971) – baixista,

Geraldo Pereira(1918-1955) – compositor,
Jimmie Noone (1895-1944) - clarinetista,
John Cooper (1963) – líder de orquestra,
Kendra Shank (1958) - guitarrista , vocalista,
Milton Banana(1935-1999)- baterista,
Pixinguinha(1897-1973) – saxofonista, flautista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=_pUa7r9fOA4&feature=related
Petr Cancura (1977)– saxofonista,
Severino Araújo (1917) – clarinetista,líder de orquestra

quarta-feira, 22 de abril de 2015

JOHN HÉBERT TRIO – FLOODSTAGE (Clean Feed)

No terceiro projeto como líder de John Hébert, o baixista nascido em Louisiana e residente em Nova York, cujos créditos como acompanhante incluem gravações em trio com o pianista Fred Hersch e com guitarrista Mary Halvorson, reúne-se novamente seu trio com o pianista francês Benoît Delbecq e o baterista Gerald Cleaver, com quem trabalhou em “Spiritual Lover (Clean Feed)” em  2010. Delbecq brilha em “Floodstage”, tocando um piano preparado e análogo sintetizador com a manipulação de um software para enlaçar suas partes em tempo real com a banda. Hébert sustenta  as peças suavemente. O toque de Cleaver está disperso ao longo do trabalho, mas é também um elemento chave no DNA do trio. A introdução blueseira do pianista para a tradicional canção gospel “Nearer My God To Thee”  estabelece uma perfeita abertura para a seção rítmica  e Hébert e Cleaver aterrissam direto em sua densidade. O trio nunca desgarra-se muito da melodia, homenageando a longa história da canção, que foi parte do repertório da virada do século das bandas de jazz de New Orleans como a de Buddy Bolden. Em um par de músicas ao final do disco, Delbecq  experimenta com um piano preparado (ele adicionou massa de vidraceiro como adesivo e varetas de madeira nas cordas do piano). “Saints” é nervosa , minimalisticamente eletrônica, onde as notas do piano são transformadas em uma série de calorosos ecos e gotejamentos. O tom movimenta-se para “Sinners”, que encontra Delbecq outra vez usando a técnica do piano preparado, agora com a adição de Hébert e Cleaver. O baterista constrói uma estrutura básica em torno das linhas do pianista, enquanto Hébert facilmente encontra o ritmo atarefado da canção.

         Faixas

1 Cold Brewed  7:09
2 Floodstage 5:40
3 Tan Hands 4:26
4 Red House in NOLA 4:31
5 Holy Trinity 4:29
6 Morning Mama 4:33
7 Just a Closer Walk with Thee 4:16
8 Loire Valley 4:32
9 Saints 2:52
10 Sinners 5:21
11 On the Half Shell  5:27


Fonte : DAVIS INMAN (DownBeat)

ANIVERSARIANTES - 22/04

André Mehmari (1977) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=dWZKp9JLvu0
Candido (1921) - percusionista,
Barry Guy (1947) – baixista,
Charles Mingus (1922-1979) – baixista,
Don Grusin (1941) - tecladista,
Don Menza (1936) - flautista,saxofonista,
Harvey Mason (1947) – baterista,

Lou Stein (1922-2002) – pianista,
Nivaldo Ornelas (1941) – saxofonista,flautista,
Paul Chambers (1935-1969) - baixista

terça-feira, 21 de abril de 2015

REBECCA KILGORE - I LIKE MEN (Arbors Records)

O conceito, uma cantora homenageando em um álbum um cantor, dificilmente é novo.  Este caminho desgastado tem sido  trilhado por Peggy Lee, Julie London e inúmeras outras. Porém, Rebecca Kilgore manobra, em seu caminho ilusoriamente sem esforço, para fazer, mesmo em sentido figurado, um som novo. Uma vez mais, Kilgore está em companhia agradável do quarteto do saxofonista Harry Allen, composto pelo pianista Rossano Sportiello, pelo baixista Joel Forbes e pelo baterista Kevin Kanner. É o terceiro lançamento compartilhado deles desde 2011 e permanecem soberbamente bem combinados.

O título galhofeiro vem de um LP de 1959, como a faixa título, aqui combinada com outra alegre canção tomada emprestada de Lee, “I’m Just Wild About Harry”. Consequentemente, Kilgore investe com seu vasto conhecimento sobre o grande cancioneiro norte-americano para preencher o repertório.

Típico de Kilgore é uma arrebatadora mistura, de várias perspectivas de romance viajando de forma esperançosa (“The Man I Love,” “For Every Man There’s a Woman”), a miados (“The Boy Next Door,” “He’s My Guy”) , à pesarosa (“The Man That Got Away”),  à calorosamente relutante  (“He’s a Tramp”, “The Gentleman Is a Dope”), à friamente entediada (“An Occasional Man”). Porém, não seria um álbum de Kilgore sem algumas surpresas, incluindo uma  ondulante em tempo médio “Goldfinger”, o hino ao bordel de Harold Arlen e Truman Capote, “One Man Ain’t Quite Enough”, a superexcitada “Down Boy” e “Marry the Man Today” de Guys and Dolls.

           Faixas:

01 I Like Men/I´m Just Wild About Harry
02 The Gentleman Is a Dope
03 The Boy Next Door
04 An Occasional Man
05 Goldfinger
06 Ballad of The Sad Young Men
07 The Man I Love
08 For Every Man There´s a Woman
09 Marry The Man Today
10 He Needs Me
11 He´s A Tramp
12 He´s My Guy
13 Down Boy
14 One Man Ain´t Quite Enough
15 The Man That Got Away

 Fonte : Christopher Loudon (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 21/04

Alfred Lion (1908-1987) – produtor, fundador da Blue Note,
Craig Pilo (1972) – baterista,
Didier Verna (1970) – guitarrista,

Gilson Peranzetta (1946) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=nK-OexyabCo
Ian Carr (1933-2009) – trompetista,
Luiz Brasil(1954) – guitarrista,violonista,
Mike Holober (1957) – pianista,
Mundell Lowe (1922) - guitarrista,
Pee Wee Ellis (1941) - saxofonista,
Slide Hampton (1932) - trombonista  

segunda-feira, 20 de abril de 2015

PAULINHO DA VIOLA – RUAS QUE SONHEI

Artífice de um samba chorão, calcado em vocal cálido, compassado, Paulinho da Viola revolveu o velho gênero basilar sem descaracterizá-lo. À exceção do excluído disco de estreia com seu nome, de 1968, os dez títulos editados na década de 1970 da caixa Ruas Que Sonhei  sumarizam essa bossa inovadora, pessoal e não repetível , despida de infiltrações jazzísticas , mas afeita a dissonâncias e experimentações. Completa o pacote o CD Raridades, de gravações avulsas como os temas de novelas Simplesmente Maria (1970) e Pecado Capital (1975) e as concorrentes de festivais  Canção para Maria (com Capinan), de 1966, e Sinal Fechado, vencedora de 1970. Há encontros com o parceiro de afinidades estéticas Elton Medeiros (Amor Proibido) e integrantes da Portela (Um Certo Dia para 21), incensada em Foi um Rio Que Passou em Minha Vida.

A faixa nomeia o primeiro disco, onde se incluem pepitas de fino lavor, como Nada de Novo ,Tudo de Transformou, Não Quero Você Assim. Há mais itens de antologia, como o dolorido álbum Nervos de Aço, do suicida Comprimido e do descalibrado Roendo as Unhas. Um cintilante cravo pontua Num Samba Curto e Para Ver as Meninas, do disco que levou o nome do compositor em 1971, com a valsa Vinho Finos ...Cristais. Em dois títulos de edição simultânea, Memórias – Chorando e Cantando - , de 1976, confronta suas fontes no samba e no choro. Nos desvãos entre a tradição e o reformismo, Paulinho da Viola forjou um percurso luminoso, à cavaleiro do tempo.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte : Tárik de Souza (CartaCapital)

ANIVERSARIANTES - 20/04

Avishai Cohen (1971) – baixista,
Beaver Harris (1936-1991) - baterista,

Burt Bales (1916-1989) - pianista,
Joe Bonner (1948) – pianista,
Lionel Hampton (1909-2002) - vibrafonista,
Matt Brewer (1983) – baixista,
Ran Blake (1935) - pianista,
Rildo Hora(1949) – gaitista,violonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=5u5WE4bYgNQ,
Tito Puente (1923-2000) - percussionista 

domingo, 19 de abril de 2015

JASON MORAN – ALL RISE : A JOYFUL ELEGY FOR FATS WALLER

Jason Moran é um artista que não tem medo de olhar para trás, enquanto constantemente urge estar avançado. O nominado à, em 2010,  MacArthur Fellow é um pianista líder no jazz com momentos de energia cinética, agilidade, e sensibilidade, como um professor seu, o grande Jaki Byard . Se atuando com variados grupos e músicos, trazendo novas perspectivas como diretor artístico de Jazz da The Kennedy Center ou combinando um estilo livre no jazz e com o uso de skate em San Francisco, a paixão e a capacidade de Moran está tendo um impacto na maneira como o jazz está sendo visto e ouvido.

“All Rise: A Joyful Elegy for Fats Waller” revisa a música do matizado pianista, cantor e  animador que  agitou as coisas no Harlem Renaissance nos anos 1920s e 1930s. O brilho musical de Fats Waller envolve a perfeita conexão para as ideias multicoloridas de Moran.  Um impetuoso amálgama de blues, jazz e house music, reformatando  famosas canções de Waller como  "Ain't Misbehaving" e "The Joint Is Jumpin'". A gravação aproveita o espírito contagiante e generoso de Waller menos sobre a demarcação entre os gêneros musicais , enquanto coloca ênfase nos incríveis talentos de Waller.

Em colaboração com o respeitado instrumentista e vocalista multigênero MeShell NdegeOcello, o lançamento é uma extensão de ideias que vem fluindo desde 2011 através do Harlem Stage contratado pela Fats Waller Dance Party. Progredindo em trabalhos  em palcos e universidades, encontrou pessoas mais ávidas para as sapatilhas de dança e  Moran utilizando uma desproporcional máscara de papel maché da cabeça de Waller , conquanto a banda providenciava um animado balanço.

O sinal que “All Rise” é algo nostálgico chega em  passos lentos do hip-hop com voz manipulada na alegre "Put Your Hands on It" , que inicia "Ain't Misbehavin'" com um arranjo chamativo para os metais, Moran atuando no Rhodes , assim como a voz sensual de  Ndegeocello traz a famosa letra da canção. Dentre os  músicos estão diversos vocalistas , membros do trio Bandwagon  de Moran—Taurus Mateen no baixo elétrico e o baterista  Nasheet Waits — e uma compacta seção de metais com  intensas contribuições do trombonista Josh Roseman  e do trompetista Leron Thomas.

O retrabalho de "Honeysuckle Rose" , composição de Waller de 1929,  atinge a marca suave, a perfeita combinação de alegria relaxada, arranjo polido e comovente acompanhamento improvisado. Embora, Waller seja bem conhecido por suas composições , Moran irradia luz em sua musicalidade em "Lulu's Back in Town" com uma excitante apresentação de bravura pianista e "Handful of Keys", onde ele adiciona seu talento virtuoso próprio para a bem conhecida peça de Waller em seu  famoso solo de piano em passos largos.

Moran prova , mais uma vez, que o jazz é uma arte em transformação em seu  singular arranjo para "Jitterbug Waltz" de Waller. A canção é quase irreconhecível , ainda que esplendidamente remodelada com o saxofonista Steve Lehman  adicionando um estimulante solo para a tocante versão de Moran. Indiferente à era em que foi criada , a música ainda tem a capacidade de mover os ouvintes em variados modos , seja cantada, dançada , ou , simplesmente, ouvida em novo jeito.

Faixas: Put Your Hands on It; Ain't Misbehavin'; Yacht Club Swing; Lulu's Back in Town; Two Sleepy People; The Joint Is Jumpin'; Honeysuckle Rose; Ain't Nobody's Business; Fats Elegy; Handful of Keys; Jitterbug Waltz; Sheik of Araby / I Found a New Baby.

Músicos: Lisa Harris: vocal; Charles Haynes: bateria, vocal; Stephen Lehman: saxofone; Tarus Mateen: baixo; Jason Moran: Rhodes, piano, Wurlitzer; Charles Haynes: bateria, vocal; Meshell Ndegeocello: vocal; Josh Roseman: trombone; Leron Thomas: trompete, vocal; Nasheet Waits: bateria.

Gravadora: Blue Note Records

Estilo: Modern Jazz

Fonte: MARK F. TURNER (AllAboutJazz)



ANIVERSARIANTES - 19/04

Lucas Pino (1987) - saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=pkf0OKtO0A8
Tommy Benford (1905-1994) - baterista

sábado, 18 de abril de 2015

Dr. LONNIE SMITH – IN THE BEGINNING, VOLUMES 1 & 2 (Pilgrimage)

Os dois novos discos de Dr. Lonnie Smith não são apenas seus mais revigorantes trabalhos em anos , é ,também, um dos mais excitantes álbuns de Hammond B-3 em algum tempo. Créditos para o formato em octeto em várias faixas, que adiciona grande quantidade de energia. E graças ao arranjador Ian Hendrickson-Smith pelo hábil polimento nas várias facetas do estilo de Smith neste conjunto de músicas inéditas , que retrocede à via dos anos 60 na agitação comovente de “Keep Talkin’”, no blues testificador  “Aw Shucks”, na sensualidade furtiva de “Slow High” e no soul funkeado “Move Your Hand”, apresentando o bom vocal do Dr.

Afinal, o excepcional trio está no coração desta gravação ao vivo. O comando do órgão por parte de é notável. , explorando seu magnetismo  e multiplicidade sonora com fluências separadas , mas linhas iguais.  Uma a vivacidade melódica do guitarrista de Dizzy Gillespie, Ed Cherry, e os ataques suingados do baterista Johnathan Blake, especialmente na psicodelicamente balançante “Turning Point”, avivam o som clássico. O trio (às vezes com a colaboração do instrumentista Little Johnny Rivero) não necessita de sopros (saxofonistas Hendrickson-Smith e John Ellis e o trompetista Andy Gravish) para produzir momentos poderosos.

De modo similar são as formidáveis capacidades do Hammond que circundam os instrumentistas , pode ser um exercício em excesso . Há uma fundamentação em Jimmy Smith, no modelo de Dr. Lonnie, que não retornou frequentemente aos trabalhos de big-band , seguindo suas colaborações do início dos anos 60 com Oliver Nelson e Lalo Schifrin. Porém, Dr. Lonnie e Hendrickson-Smith estão menos interessados em incrementar o som do que adicionar coloração harmônica e profundidade. Como demonstrado na recente composição “Falling in Love”, eles o fazem excepcionalmente bem.

Faixas: CD1: Falling In Love; Aw Shucks; Move Your Hand; Turning Point; In The Beginning; Mama Wailer/Hola Muneca Medley. CD2: Keep Talkin’; Psychedelic Pi; Slow High; Call of the Wild; Slouchin’; Track Nine.

Músicos: Dr. Lonnie Smith: Hammond B-3 organ, vocal; Ed Cherry: guitarra; Jonathan Blake: bateria; Little Johnny Rivero: congas; Andy Gravish: trompete; Ian Hendrickson-Smith: saxofone alto, flauta; John Ellis: saxofone tenor, clarinete baixo ; Jason Marshall: saxofone  barítono.


Fonte : Lloyd Sachs (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 18/04

Brian VanArsdale (1979) – saxofonista,
Clarence "Gatemouth" Brown (1924-2005)-guitarrista,
vocalista,
Danny Gottlieb (1953) -  baterista,
Hal Galper (1938) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=1T4V3hd2Tw4&feature=relmfu,
Ken Colyer (1928-1988) –cornetista,líder de orquestra,
Leo Parker (1925-1962) - saxofonista,
Neil Alexander (1960) – tecladista

sexta-feira, 17 de abril de 2015

RICHARD GALLIANO – SENTIMENTALE (Resonance Records)

Se Richard Galliano é o maior acordeonista do jazz, isto, provavelmente, se deve ao fato do virtuoso francês ter uma competição mínima. Porém, tendo o campo para si próprio, Galliano não parou de lançar uma rede ampla, preenchendo o leque de gêneros durante décadas, do clássico, às formas do folk francês, músicas de filmes italianos e, especialmente, tangos de   Astor Piazzolla. “Sentimentale” é o trabalho mais puramente jazzístico de Galliano em algum tempo , mas não é um repúdio ao experimentalismo e interesse pelas coisas mundanas e funciona como um lembrete de como é um jazzista sério.

 Galliano juntou um particularmente consistente grupo, incluindo o ótimo pianista Tamir Hendelman (que também realizou a maioria dos arranjos da gravação) e o guitarrista norte-americano Anthony Wilson, cujo acompanhamento é reservado, mas substancial , e cujos solos são lustrados com uma excitante audácia. Vindo de uma travessura de Galliano, soando como uma flauta, Wilson imitando uma entonação de uma cítara em “Naima” de Coltrane é marcante, que você desejará que cada reinterpretação siga aquela rota. A conversação  entre acordeom-piano-guitarra em  “In a Sentimental Mood”  de Ellington é graciosa e astuta.

Quando ele lidera, Galliano é uma audição consistentemente prazerosa. “The Island” de Ivan Lins é apresentada  em um compasso majoritariamente lento através da primeira metade , o  acordeonista agudo em seu tempo, desfrutando a companhia. Quando ele e Wilson começam a afetar no meio do caminho, você apenas tem noticia da aceleração até o baterista  Mauricio Zottarelli deixar ribombos ofegantes. Há só duas composições de Galliano em um programa que inclui música de Chick Corea, Horace Silver e Dave Grusin/Lee Ritenour. “Ballade Pour Marion”, uma canção de Galliano gravada anteriormente, ilustra sua continua inventividade,   perspicácia improvisacional e habilidades colaborativas , enquanto “Lili”, que encerra o programa, escrita para  sua neta, manobra para  abraçar o fulgor da exuberância de uma orquestra além de um acordeom e uma guitarra.

Faixas: Armando's Rumba; Canto Invierno; In A Sentimental Mood; The Jody Grind; Ballad For Marion; The Island; Plus Fort Que Nous; Why Did I Choose You; Verbos Do Amor; Naima; Mantiqueira; Lili.

Músicos: Richard Galliano: acordeom; Tamir Hendelman: piano; Anthony Wilson: guitarra; Carlitos Del Puerto: baixo; Mauricio Zottarelli: bateria.


Fonte : Jeff Tamarkin (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 17/04


Buster Williams (1942) - baixista,
Chris Barber (1930) – trombonista,líder de orquestra ,
Han Bennink (1942) – baterista,percussionista,
Jan Hammer (1948) – tecladista,
Johnny St. Cyr (1890-1966) – banjoísta,guitarrista,
Mark Sherman (1957) – vibrafonista,
Paul Smith (1922) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=xh_jM7pWiog,
Sam Noto (1930) – trompetista,flugelhornista,
Sam Sadigursky (1979) – saxofonista,
Steve Hobbs (1956) – vibrafonista,
Warren Chiasson (1934) – vibrafonista

quinta-feira, 16 de abril de 2015

YAMANDU COSTA – TOCATA À AMIZADE

Prodígio do violão de sete cordas, descoberto em 1997, aos 17 anos, o gaúcho de Passo Fundo Yamandú Costa desembarcou no choro a bordo de uma formação cevada na milonga e nos ritmos fronteiriços sulistas. Ao lado do porto-alegrense Luiz Barcelos (bandolim) e Alessandro “Bebê” Kramer (acordeom), gaúcho de Vacaria, e do goiano Rogério Caetano (violão de sete cordas), em Tocata à Amizade, ele dilapida limites entre a música de câmara e a roda de choro. O repertório partiu da Suíte Impressões Brasileiras, escrita por Yamandú sob  encomenda do Museu do Louvre parisiense, em 2011. Em quatro partes, a peça desvela a caligrafia anfíbia do autor no Choro Tango de abertura, em que os gêneros brasileiro e portenho entrelaçam-se, permeados pela argamassa do acordeom. Há ainda uma Valsa, de rodopios em câmera lenta, um Frevo Canção, mais propenso à reflexão que ao passo, e a frenética Baionga, onde um agalopado binário contrasta com rebordados de bandolim e violões.

Também compostas por Yamandú, Negra Bailarina e Boa Viagem contrapõem tessituras instrumentais sombrias e solares, não fosse a segunda uma celebração da praia pernambucana homônima. Igualmente praieiro é o choro repleto de acidentes Pedra do Leme, dos violonistas Toquinho e Raphael Rabelo, este uma inescapável referência do líder do grupo. O quarteto ainda escala a escarpada Graúna, de um dos fundadores do violão, João Pernambuco. O disco encerra na Suíte Retratos, de outro mestre de Yamandú, o porto-alegrense Radamés Gnatalli. Desfilam, com raro apuro estético, perfis sonoros de Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e Chiquinha Gonzaga. Como os quatro músicos do disco, todos de alguma forma aptos à confecção de clássicos de entonação popular. E vice-versa.

Repertório:

Suíte Impressões Brasileiras (Yamandu Costa)
1-Choro-tango
2-Valsa
3-Frevo-canção
4-Baionga
5-Negra Baiarina (Yamandu Costa)
6-Boa Viagem (Yamandu Costa)
7-Pedra do Leme (Raphael Rabello/Toquinho)
8-Graúna (João Pernambuco)
Suíte Retratos (Radamés Gnattali)
9-Pixinguinha
10- Ernesto Nazareth
11- Anacleto de Medeiros
12- Chiquinha Gonzaga           


Fonte : Tárik de Souza (CartaCapital)

ANIVERSARIANTES - 16/04


Bennie Green (1923-1977) - trombonista,
Esbjorn Svensson (1964-2008) - pianista
Henry Mancini (1924) – pianista, compositor, arranjador,
Herbie Mann (1930-2003) - flautista,
Junko Onishi (1967) – pianista,
Sebastião Tapajós (1944) – violonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=9FGp7ejBuWk,
Ulf  Wakenius (1958) – guitarrista,
Zé Bodega (1923-2003) – saxofonista

quarta-feira, 15 de abril de 2015

JOHN ESCREET – SABOTAGE AND CELEBRATION (Whirlwind)


Em razão do pianista John Escreet compor canções que são animadas e  diversificadas em espírito, tempo e complexidade , ele tem sido capaz de armazenar talento bem entalhado em cinco álbuns , lançados desde 2008 dois anos após chegar a Nova York da sua nativa Inglaterra. Seu mais recente grupo é composto pelo seu constante colaborador , David Binney nos saxes alto e soprano e Chris Potter no sax tenor, Matt Brewer, outro esteio, no baixo e pelo baterista Jim Black, que é crucial para o trabalho completo.

Em seus três discos anteriores, Escreet utilizou Nasheet Waits e Marcus Strickland, dois mantenedores do tempo, especialmente adeptos de providenciar lastro complementares para a banda. Black, como Escreet, naturalmente gravita através de uma presença mais estimulante. Ele está melhor ajustado para Sabotage and Celebration, que se inclina conforme o título sugere. Escreet escreveu a maior parte do material no outono de 2012 durante a tumultuada campanha presidencial e enquanto hibernava em seu quarto em meio ao furacão Sandy. Escreet e Black são os guias catalizadores para a maioria do programa composto por sete faixas , em que a instrumentação varia de um simples trio de piano ao quinteto acrescido de uma seção de cordas com cinco instrumentos, guitarra, dois metais e três vocalistas.

As duas peças mais ambiciosas são a faixa título e o número final,“Beyond Your Wildest Dreams”.  O autor inicia com acordes isolados no piano e cordas sonhadoras, mas rapidamente cai em ondulações, caos com sons agudos, até Escreet e Black irromper em um galope emocionante. “Wildest Dreams” é presumivelmente etéreo na investida, antes de uma passagem maravilhosamente extensa, reminiscente de formas do folclore da Europa típicas de Dave Douglas. Se você gosta de compositores que evita categorias e esquiva-se de compromissos, Escreet e Sabotage and Celebration estão para você.

Faixas: Axis of Hope; He Who Dares; Sabotage and Celebration; The Decapitator; Laura Angela; Animal Style; Beyond Your Wildest Dreams.

Músicos: John Escreet: piano, Rhodes; David Binney: sax alto; Chris Potter: sax tenor; Matt Brewer: baixo; Jim Black: bateria; Adam Rogers: guitarra (5, 7) Louis Cole: vocal (7); Genevieve Artadi: vocal (7); Nina Geiger: vocal (7); Fung Chern Hwei: violino; Annette Homann: violino; Hannah Levinson: viola; Mariel Roberts: cello; Garth Stevenson: baixo; Shane Endsley: trompete; Josh Roseman: trombone.

FONTE : Britt Robson (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 15/04

Bessie Smith (1894-1937) - vocalista (na foto),
Herb Pomeroy (1930-2007) – trompetista,
Richard Davis (1930) - baixista

terça-feira, 14 de abril de 2015

ANIVERSARIANTES - 14/04


Brian Pardo (1956) – guitarrista,
Eliot Zigmund (1945) – baterista
Gene Ammons (1925-1974) - saxofonista,
Muddy Waters (1915-1983) - guitarrista
Shorty Rogers (1924-1994) - trompetista,
Steve Davis (1967) –trombonista (na foto e video) http://www.youtube.com/watch?v=N4eoeTvSfhM,
William Roper (1955) - tubista

segunda-feira, 13 de abril de 2015

ANIVERSARIANTES - 13/04

Al Green (1946) – vocalista,
Bud Freeman (1906-1991) – saxofonista, clarinetista,
David Kane (1955) – pianista,
Eddie Marshall (1938) – baterista,
John Ellis (1974) – saxofonista,
Rosa Passos(1952) – violonista,vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=RiVo4sbLV8o,
Teddy Charles (1928)-vibrafonista 

domingo, 12 de abril de 2015

ANIVERSARIANTES - 12/04


Al Jarreau (1940) – vocalista
Drori Mondlak (1958) – baterista,
Helen Forrest (1917-1999) – vocalista,
Herbie Hancock (1940) - pianista(na foto e vídeo ) http://www.youtube.com/watch?v=XrgP1u5YWEg,
Johnny Dodds (1892-1940) - clarinetista,
Marty Krystall (1951) - clarinetista, saxofonista,
Ryan Kisor (1973) – trompetista,
Shakey Jake Harris (1921-1990) – gaitista,
Tommy Turrentine (1928-1997) - trompetista

sábado, 11 de abril de 2015

ANIVERSARIANTES - 11/04


Alejandro Santos (1956) – flautista,
Fernando Merlino(1960) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=5skjP1_LxsY,
G.F. Mlely (1936) – pianista,
John Levy (1912) – baixista,
Nathan Peck (1977) – baixista,
Nick LaRocca  (1889-1961) - cornetista

sexta-feira, 10 de abril de 2015

ANIVERSARIANTES - 10/04


Barbara Lea (1929) – vocalista,
Claude Bolling (1930) - pianista,
Eric Bolvin(1961) – trompetista,
Fraser MacPherson (1928-1993) - saxofonista,
Joey DeFrancesco (1971) - organista,
Jon Delaney (1976) – guitarrista,
Lupa Santiago(1973) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=zhupPeT3dwg,
Omar Sosa (1965) - pianista,
 
Walter Bishop, Jr. (1927-1998) - pianista

quinta-feira, 9 de abril de 2015

GUILLERMO KLEIN QUINTET FEATURING LILIANA HERRERO – LIVE AT THE VILLAGE VANGUARD (Sunnyside)

A vocalista Liliana Herrero, nascida na Argentina em 1948, cantou em grupos folk em sua juventude e foi, posteriormente, presa pelo governo argentino por seu envolvimento com o movimento de resistência peronista. Alguns críticos têm descrito seu estilo iconoclástico como uma espécie de folk-rock, mas Herrero tem dito que prefere ser considerada um “choque cultural”: uma intencionalmente estridente confrontação entre vozes históricas e modernistas. Adicione o afiado jazz latino do Guillermo Klein Quintet e o campo está pronto para uma batalha real da terceira via.

Se Patti Smith se reformatou como uma cantora de jazz , ela deveria soar muito mais como Herrero faz aqui. Variando de um barítono próximo ao  gutural a um lamento  fragmentado, ela apenas , prontamente, pausará dentro de um atonal queixume, bem como ela comunicará ânsia ou satisfação através de melodismo ou brandura (mantém só a precisão da altura do som). Sua expressão de tristeza frequentemente soa mais como soluços do que meditações de sonhadores magoados.

O Klein Quintet, entretanto, providencia, incomumente, acompanhamentos moderados na maior parte do trabalho, embora seu passo com ritmo pesado no meio do instrumental “Argentina” é carregado com uma espécie de fogo infernal agourento frequentemente associado ao heavy metal. A leitura de “O Sacrum Convivium-Phase” baseado na peça religiosa  de Olivier Messiaen, evita a quietude em favor de um ebuliente senso de propósito expresso através de harmonias leves e  sibilantes, acentuados afagos por parte do baterista Sergio Verdinelli. Estas estratégias lideram as mudanças abruptas do tempo, que  evidenciam  inquietação em vez de  refúgio. Como testemunho de fé está um inflexivelmente  mundano trabalho, suportado por um emocional distanciamento que soa menos irônico que uma batalha finda—apropriada ao sentimento transgressivo e pós-modernista da sessão inteira. 

       Faixas

1.Golondrinas 05:46
2. Dulzura Distante 03:50
3. Cartas De Amor Que Se Queman 05:22
4. Argentina 04:52
5. O Sacrum Convivium-Phase 11:32
6. Moreira 06:02
7. Brazadas 05:30
8. Milonga Triste 05:07
9. Zamba Del Arribeño 05:41
10. Se Me Va La Voz 04:05
11. Eternauta 07:12


FONTE : David Whiteis (JazzTimes)