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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

NELLIE McKAY – SISTER ORCHID (Palmetto)

Se Theo Bleckmann tem um igual entre aventureiros do vocal sem medo, é seguramente Nellie McKay. Como Bleckmann, um inveterado gênio do gênero- era- desfocada, a britânica-americana McKay tem modelado uma maravilhosamente diversificada carreira: Ela está enamorada com disco, rap e rock como ela está com o pop e jazz; ela igualmente está em casa ao lado de David Byrne, Laurie Anderson ou Fatboy Slim; e ela está igualmente capacitada para celebração de Frank Zappa, Doris Day ou do pianista e líder transgênero, Billy Tipton.

A irreprimível McKay introduz este repertório pleno de standards montado em um carrossel impulsionado por Calíope, sua rodopiante “My Romance” evidenciando Peggy Lee. Inspirou, como ele sugere nas notas para o disco, impetuosa variedade de uma direção noturna da costa de Califórnia, ela então viaja de uma melancólica “Angel Eyes” e a impedida pelo nevoeiro, “Where or When”, para leituras ternas de “The Nearness of You”, “In a Sentimental Mood” e “Georgia on My Mind”, mais uma vivaz e impulsionada pelo ukulele, “Lazybones”.

Entretanto, há uma plenitude de campo para a imaginação fora do comum de McKay. Do início com um tratamento mais tradicional de “Willow Weep for Me” salta, na marca dos dois minutos, para um febril passo, uma passagem apimentada por um ritmo conduzido com um esquema de lamentos tribais, antes de retornar para melancólica introspecção. Um desejo impróprio de salientar seu tratamento para “Small Day Tomorrow” de Bob Dorough,  enquanto uma “Everything Happens to Me” com entonação sépia, aparentemente dentro de um piano bar lotado, talvez capture melhor sua essência : uma mistura de manhosa astúcia de Blossom Dearie, o estilo fumegante de Julie London e a sofisticação de Lee Wiley.

Faixas

1 My Romance (Lorenz Hart / Richard Rodgers) 02:21   
2 Angel Eyes (Earl Brent / Matt Dennis) 02:01    
3 Small Day Tomorrow (Bob Dorough / Fran Landesman0 03:32
4 Willow Weep for Me (Ann Ronell) 05:54
5 The Nearness of You (Hoagy Carmichael / Ned Washington) 02:17
6 Georgia on My Mind (Hoagy Carmichael / Stuart Gorrell) 03:34
7 Lazybones (Hoagy Carmichael / Johnny Mercer) 03:10
8 Where or When (Matt Dennis / Lorenz Hart) 02:41
9 Everything Happens to Me (Tom Adair / Matt Dennis) 02:55
10 In a Sentimental Mood (Duke Ellington / Manny Kurtz) 03:47
11 My Romance (Reprise) [Lorenz Hart / Richard Rodgers] 02:42

Fonte: CHRISTOPHER LOUDON (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 30/09


Antonio Hart (1968) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=RkY365gi2g8,
Buddy Rich (1917-1987) - baterista,
Carmen Leggio (1927-2009) - saxofonista,
Doug Pierce (1975) - trompetista,
Elliot Levine (1963) - tecladista,
Joe Martin (1970) – baixista,
Jon Eardley (1928-1997) - trompetista,
Karen Sharp (1971) – saxofonista,
Marshall Gilkes (1978) – trombonista,
Melissa Stylianou (1976) - vocalista,
Oscar Pettiford (1922-1960) - baixista

domingo, 29 de setembro de 2019

DUDUKA DA FONSECA & HÉLIO ALVES FEATURING MAUCHA ADNET – SAMBA JAZZ & TOM JOBIM (Sunnyside Records)


Duduka Da Fonseca & Hélio Alves vêm apresentando Maucha Adnet: Samba Jazz & Tom Jobim desde 2007, o baterista Duduka Da Fonseca, o pianista Hélio Alves e a vocalista Maucha Adnet têm se apresentando com titulares de um programa no Dizzy's Club Coca Cola, em Nova York, do Jazz at Lincoln Center, e outros espaços através do mundo. Um conceito estabelece mergulho na história personalizada de séries variadas—Da Fonseca, absorvendo seu estilo híbrido com suporte dos mestres do Brasil; Adnet e Da Fonseca, trabalhando com o falecido Antônio Carlos Jobim; Alves e Da Fonseca, tocando juntos em banda na cidade de Nova York por mais de um quarto de século— é um espetáculo que nunca falha para impressionar e inspirar.

Movendo-se confortavelmente através de um repertório com inéditas, composições de Jobim deliciosas e espécies raramente ouvidas, e uma ou duas atípicas, esta banda exalta as virtudes de cruzamentos estilísticos onde opera tão habilmente. "Gemini Man" de Claudio Roditi serve como um condimentado ponto para salto, com Da Fonseca, Alves e o baixista Hans Glawischnig disparam toda a munição, enquanto o guitarrista Romero Lubambo e o compositor da canção ocupam a luz dos holofotes. Então, como se indicasse o amplo escopo para a linha de frente, a transmutação de Da Fonseca em "Alana" e "Untitled" de Alves seguem a sangue-frio.

O baião suingante de Jobim, "Pato Preto", serve como a cena para a primeira aparição de Adnet e, salvo pela intimista "I Loves You, Porgy", que fecha o álbum, todas das suas subsequentes contribuições são também filtradas através deste trabalho de mestre. Esta lista de canções, que inclui uma belamente alegre "Dindi", a fascinante e relaxante "A Correnteza", a suave e melodiosa "Você Vai Ver" e a viva, incrementada pelo Rhodes, "Polo Pony" providencia muitos dos destaques deste programa.

Há muito a apreciar sobre o caminho destas diferentes personalidades, que mistura e balança cada um através do outro, mas há apenas muito para admirar na expressão (ões) do individual (is). Isto é evidente se nós estamos falando sobre o comando de Alves, toque singular e balanço de Da Fonseca ou o fascinante vocal de Adnet. E não podemos esquecer a graça de Lubambo, o fundamental Glawischnig, a versatilidade do multi-instrumentista de instrumento de palhetas Billy Drewes e alguns toques animados de trompetistas convidados—os referenciados Roditi e Wynton Marsalis. Não há ainda substituto para a observação desta banda ao vivo— como este resenhista pode atestar, tendo o prazer maior do que em outra ocasião—mas esta é uma bela blasfêmia para o final.

Faixas: Gemini Man; Alana; Untitled; Pato Preto; Dindi; A Correnteza; Pedra Bonita Da Gávea; Helium; Você Vai Ver; Polo Pony; A Vontade Mesmo; I Loves You Porgy.

Músicos Billy Drewes: saxofones (2, 3, 6), flauta (, 9, 10, 12); Romero Lubambo: guitarras (1, 2, 5, 9-11); Hans Glawischnig: baixo; Maucha Adnet: vocal (4-6, 9, 10, 12); Hélio Alves: piano, Rhodes; Duduka Da Donseca: bateria.

Fonte: Dan Bilawsky (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 29/09


Bob Reynolds (1977) - saxofonista,
Dennis Sandole (1913-2000) - guitarrista,
Jean-Luc Ponty (1942) - violinista,
Rolf Kuhn (1929) - clarinetista,
Roy Campbell Jr. (1952-2014) –trompetista,flugelhornista

sábado, 28 de setembro de 2019

DANIEL CARTER – MATTHEW PUTMAN - PATRICK HOLMES – HILLIARD GREENE – FEDERICO UGHI – TELEPATIA LIQUIDA (577 Records)

Quando o saxofonista/trompetista Daniel Carter, o clarinetista Patrick Holmes, o pianista Matthew Putman, o baixista Hilliard Greene e o baterista Federico Ughi juntaram forças em 2017, “alianças telepáticas” foram instantaneamente geradas. Adequadamente, este foi o título destas improvisações para toda a vida, que resultou em suas primeiras gravações, um trabalho improvisado que evocou aventuras estimulantes do pioneirismo de grupos free de Nova York como TEST e Other Dimensions in Music. A ligação que Carter, Holmes, Putman, Greene e Ughi compartilham apenas aprofunda isto, seu segundo lançamento.

Gravado ao vivo, na edição de 2017, do Forward Festival em Brooklyn, “Telepatia Liquida” encontra este grupo poderosamente flexível analisando a gabolice blueseira, soul poético, bebop suingante e alegria lírica usualmente dentro da mesma faixa. Três peças de extensão épica do programa sugerem os livres fogos de artifício de Ascension de Coltrane, mas embora a música deva ser toda improvisada, não é toda impetuosidade acariciada. De fato a estrutura, a forma e o foco são manifestos do início para adiante com uma descontraída ressonância meditativa e um diálogo musical, que é aparentemente sem esforço.

De músico do momento, escritor e promotor de jazz, James Keepnews encerra sua introdução da banda, toma meros segundos antes dos membros do quinteto cair em um passo de fileira cerrada entre si. Em 13 minutos de abertura de “Deluxe Light”, eles esculpem uma arquitetura sonora, que apenas flutuam. As batidas propulsivas de Ughi sugerem os sons kosmische alemão dos anos 1970; pensa Krautrock encontra loft-jazz. Os sete minutos variáveis de “Shine-a-town” e os 13 minutos da faixa de encerramento, “Throne”, são apenas tão notáveis quanto Carter, Holmes, Putman, Greene e Ughi e expande-se para novas zonas, sempre com interações deslumbrantes. 577 Records, o antigo selo de Ughi, provou ser um abrigo para o melhor da música improvisada, e “Telepatia Liquida”—uma joia negligenciada lançada no ano passado—impulsiona uma vaga de ascendência deste selo.

Faixas: Deluxe Light; Shine-a-town; Throne.


Músicos: Daniel Carter: saxofones alto, tenor e soprano, trompete; Patrick Holmes: clarinete; 
Matthew Putman: piano; Hilliard Greene: baixo; Federico Ughi: bateria.

Fonte: BYBRAD COHAN (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 28/09

Chico Oliveira (1976) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=XTD64NVzMe8,
Evan Lurie (1954) - pianista,
John Gilmore (1931-1955) - saxofonista,
Kenny Kirkland (1955-1988) – pianista,
Koko Taylor (1935) - vocalista,
Mike Osborne (1941-2007) – saxofonista,clarinetista,
Sirone (1940-2009) - baixista


sexta-feira, 27 de setembro de 2019

ERIC ALEXANDER – LEAP OF FAITH (Giant Step Arts)


Eric Alexander é um mestre do hard-bop no saxofone tenor, cujo trabalho tem sido bem documentado em cerca de 40 gravações como líder. “Leap of Faith” vem como impacto. Desvela um novo Alexander, que vive à margem: mais livre, mais cru, mais perscrutador e mais inflexível.

Uma razão é o formato. Só uma vez antes, Alexander gravou em trio. Aqui está sozinho com o baixista Doug Weiss e o baterista Johnathan Blake. Outras razões o levaram para um novo selo e produtor e engenheiro. Giant Step Arts é um conceito radical, não lucrativo, dedicado a artistas independentes a partir de “expectativas gráfica de vendas” e providenciando total liberdade criativa. O fundador é Jimmy Katz, o renomado fotógrafo de jazz que é também um engenheiro inovador, especializado em gravações ao vivo. Katz gravou “Leap of Faith” na Jazz Gallery em Nova York. Captura a eletricidade, o sumo, de uma noite quente com resolução sonora usualmente realizável apenas nos melhores estúdios.

Da abertura, “Luquitas”, as ideias de Alexander vêm em torrentes. Em suas palavras, ele “apenas deixa as coisas fluírem”. Porém, duas das suas virtudes existentes a muito tempo, uma clássica entonação e uma clareza conceitual, mantém seus feéricos esforços e harmonicamente coerente. “Hard Blues” e “Frenzy” são uma paixão desatrelada, modelada pelo senso de totalidade de Alexander. “Second Impression” é uma música bravia, um passeio de treze minutos , também, em uma esperta empreitada baseado em “Impressions” de John Coltrane.

Alexander é melhor quando ele abranda. “Corazón Perdido” e “Big Richard” (um tributo fúnebre para seu falecido pai) protela e circunda suas formas e revelam seu talento para localização da emoção em melodia espontânea.

O formato rigoroso e aberto do trio de saxofone estimulou alguns álbuns épicos por pessoas como Sonny Rollins, Joe Henderson e Ornette Coleman. Adicione Eric Alexander a esta lista.

Faixas

1 Luquitas (Eric Alexander) 08:06
2 Mars (Eric Alexander) 11:08
3 Corazón Perdido (Eric Alexander) 03:43
4 Hard Blues (Eric Alexander) 03:32
5 Frenzy (Eric Alexander) 06:46
6 Big Richard (Eric Alexander) 08:14
7 Magyar (Eric Alexander) 02:16
8 Second Impression (Eric Alexander) 13:27

Músicos: Eric Alexander (saxofone tenor); Doug Weiss (baixo); Johnathan Blake (bateria)

Fonte: THOMAS CONRAD (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 27/09


Bud Powell (1924-1966) – pianista,
Guido Basso (1937) - trompetista,
Hank Levy (1927-2001) - saxofonista,
John Damberg (1952) – vibrafonista,percussionista,
Jerry Weldon (1957) – saxofonista,
Lars Erstrand (1936) - vibrafonista,
Matt Wilson (1964) – baterista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=yB_6o2-1clc,
Mike Nock (1940) - pianista,
Red Rodney (1927-1994) - trompetista,
Richard Oppenheim (1953) - saxofonista,
Rob Wilkerson (1973) - saxofonista,
Teddy Brannon (1916-1989) - pianista

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

MARC RIBOT´S CERAMIC DOG - YRU STILL HERE? (Northern Spy)


Resultado de imagem para MARC RIBOT´S CERAMIC DOG - YRU STILL HERE?Para pegar um adequado clichê, Marc Ribot tem estado ao lado de um grupo de pessoas interessantes.

Ele tem uma casa de força, mas também é um guitarrista primordial, compositor agitado e um qualificado acompanhante de John Zorn, Tom Waits, Elvis Costello e outros austuciosos instrumentistas pop. Muito destes pesonagens são livre e assumidamente sintonizados em sua banda Ceramic Dog, um trio com um bocado de discernimento, um local onde o punk e funk ecoam o Captain Beefheart, jazz, fusion e pulsações latinas convivem juntas, engenhosa, se não pacificamente.

“Serenidade” apenas não está em seu vocabulário para “YRU Still Here”, nem no primeiro lançamento da banda, “Your Turn”, de 2013.

Com o Dog, Ribot emerge, outra vez, como uma espécie de rebeldes com garras, desencadeando a intensidade punk à espreita dentro do mundo musical do guitarrista e com um par de aliados naturais e empáticos— o destacado baixista e multi-instrumentista Shahzad Ismaily, e o baterista Ches Smith, cuja versatilidade fora do reino do jazz e do rock, fez dele um regular colaborador do Ribot. Este formato entusiasmado, com condimentado e agressivo barulhos de sintetizadores clássicos, ocasionais instrumentos de sopro e outros esquemas de cores singulares, quantidades de alguma coisa nova, e mesmo algo novo dentro do mundo de ideias de Ribot.

Ouvintes se agarram a uma ideia de que armazenar texturas rosnantes e sentimentos líricos na faixa de abertura, “Personal Nancy”, com o líder gritando, “Eu vou firme para gritar como um idiota/ Eu vou direto queixar-me e ganir/ Eu vou direto urrar como um porco preso no balcão de vendas do Walmart. Em tradução livre”. Membros do grupo livremente exercitam seus direitos de se expressarem em outras partes, de tal como um canto “Muslim Jewish Resistance” ao empoderado e intimidatório balanço latino, “Pennsylvania 6 6666”, e a curta punk e anti-violência anti-imigração, “Fuck La Migra”.

Ultimamente, Ribot esteve experimentando conceitos de arte falada, às vezes à custa de sua mais forte ação, como um distinto guitarrista e instrumentista. Porém, Ceramic Dog, que se inclina a evitar sua musculosidade da guitarra em favor de canções e vibrações, representa um uma bem sucedida e inventiva fusão de seus impulsos, de seu grito como David Thomas para os prazeres sonoros de “Agnes”. Em outra expressão idiomática, o trio vai todo Funkadélico em “Oral Sidney With A U” e “Freak Freak Freak On The Periphique” e funde surf rock e ficção científica retrô no encerramento com “Rawhide”.

Ceramic Dog é uma fascinante nova ondulação em terreno diverso de décadas profundas nas paisagens da banda de Ribot, indo atrás dos seus grupos The Rootless Cosmopolitans, Los Cubanos Postizos e The Young Philadelphians. Neste intervalo, ele e seu grupo reunem um furioso, diretamente zangado, sonoramente febril e variação atrativa na tradição festiva da banda, alinhada com viçosa qualidade de catarse.

Faixas: Personal Nancy; Pennsylvania 6 6666; Agnes; Oral Sidney With A U; YRU Still Here; Muslim Jewish Resistance; Shut That Kid Up; Fuck La Migra; Orthodoxy; Freak Freak Freak On The Peripherique; Rawhide. (54:30)

Músicos: Marc Ribot, guitarra, vocais; Shahzad Ismaily, baixo, vocais; Ches Smith, bateria.

Fonte: Josef Woodard (DownBeat)

ANIVERSARIANTES - 26/09


Gal Costa (1945) – vocalista,
Gary Bartz (1940) – saxofonista,
George Gershwin (1898-1937) - pianista,compositor,
Jean Caze (1982) - trompetista,
Julie London (1926-2000) – vocalista,
Mário Adnet (1957) – violonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=08AKp2iJ9n8,
Mark Dresser (1952) – baixista,
Nicholas Payton (1973) - trompetista,
Rogério Caetano (1977) – violonista de 7 cordas,
Vic Juris (1953) – guitarrista

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

ENRIQUE HANEINE – THE MIND´S MURAL (Elegant Walk)


O álbum anterior de Enrique Haneine o assistiu liderando o piano, mas “The Mind’s Mural” encontra-o atuando a partir da retaguarda da bateria. Nascido e criado no México, mas agora um novaiorquino, Haneine tem uma destreza como compositor de sinuosos ritmos e lirismo fluente. Seu quarteto formado para “The Mind’s Mural”— dois instrumentos de sopro mais baixo e bateria — frequentemente evoca uma suave versão com a pureza da clássica entonação de Ornette Coleman, com a ausência de instrumento de corda deixando uma plenitude de espaço para Catherine Sikora (saxofones soprano e tenor) e Anna Webber (saxofone tenor) para soar linhas melódicas em torno e através de outro, frequentemente criando harmonias entre elas mesmas.

Cada faixa tem uma captura do ouvido deslumbrante, com o passo sonhador e mais ácido do que a usual mistura do soprano de Sikora e do tenor de Webber, fazendo de “Motionless Passage” um real destaque. “Like A Bronco” é outro, com cada nota, aparentemente, nos instrumentos de sopro, baixo e bateria funcionando como um gancho. Como um baterista, Haneine pode ter um toque ágil e colorido, tão bem quanto uma harmonia fluente e acrobática com o baixista Carlo de Rosa, cuja entonação amadeirada foi capturada belamente nesta gravação e exibida para efeito particular em seu longo e absorvente solo em “The One Eleven Tale”.

“Life Of Its Own” tem um sentimento de Oriente Médio (com o compositor, talvez, tocando nos seus ancestrais libaneses), embora a peça também acabe insinuando o clássico jazz etíope.  Por todo o toque excelente de Haneine e Rosa, muito da música dos líderes depende aqui sua química tonal e rítmica entre Sikora e Webber, e eles atuam com espíritos afins nesta faixa, bem como ao longo do álbum.

Faixas: Once A Thought; The Seventh Layer; The One Eleven Tale; Just Because; Motionless Passage; Hidden Mirrors; Reality Shape; Like A Bronco; While You’re Away; Life Of Its Own; Komet. (66:13)

Músicos: Enrique Haneine, bateria, percussão; Catherine Sikora, saxofones soprano e tenor; Anna Webber, saxofone tenor; Carlo de Rosa, baixo.

Fonte: Bradley Bambarger (DownBeat) 

ANIVERSARIANTES - 25/09


Barbara Dennerlein (1964) – organista,
Billy Pierce (1948) - saxofonista,
Bradford Hayes (1959) - saxofonista,
Charlie Allen (1908-1972) - trompetista,
Craig Handy( 1962) - saxofonista,
Dean Krippaehne (1956) – pianista, vocalista,
Dennis Mitcheltree (1964) – saxofonista,
Garvin Bushell (1902-1991) - saxofonista,clarinetista,fagotista,
Horace Arnold (1937) - baterista,
John Taylor (1942-2015) - pianista,
Marco Pereira(1950) – violonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=oBB6UETf4SI,
Michael Gibbs (1937)- pianista,trombonista,
Quito Pedrosa(1964) – saxofonista,
Sam Rivers (1930-2011) - saxofonista,flautista,
Rossiere “Shadow” Wilson (1919-1959) – baterista,
Zé Eduardo Nazário(1952) - baterista

terça-feira, 24 de setembro de 2019

ATOMIC – PET VARIATIONS (Odin Records)


Uma espécie de super grupo norueguês, Atomcis é uma força abrasadora de free-bop , que já gravou mais de 15 álbuns em duas décadas. Pense no free jazz fora da trilha de Ornette Coleman enlaçado com o fervor do punk-rock fervor e você captará a ideia. Este lançamento do Atomic foi dominado por música inédita, que fez deste novo programa uma revelação. Um trabalho eletrificado, “Pet Variations” comanda um gênero abrangente — de uma improvisação free europeia (Alexander von Schlippenbach) ao jazz norte-americano (Steve Lacy, Jimmy Giuffre) à avant-garde (Paul Bley) à música clássica de compositores do século XX (Olivier Messiaen, Edgard Varèse).

Como em seu trabalho anterior, “Lucidity” de 2015, Atomic deslumbra com sua musicalidade, saltando de comando rítmico preciso para livre fluxo com tranquilidade. O quinteto é formado pelo pianista Håvard Wiik, o saxofonista e clarinetista Fredrik Ljungkvist, trompetista Magnus Broo, o baixista Ingebrigt Håker Flaten e o baterista Hans Hulbaekmo. A firme viagem emotiva de Wiik em “Pet Variations/Pet Sounds” inicia o trabalho, ininterruptamente dentro de uma majestosa tomada de um clássico pop de Brian Wilson em uma espécie  de big-band  . Só melhora a partir daí. O grupo permanece relativamente fiel às versões originais de músicas de Garbarek, Lacy e Guiffre, mas a estética permanece inequivocamente de Atomic. Suas interpretações de “Cry Want” de Guiffre e “Art” de Lacy são pura alegria cozida em fogo lento, enquanto interpreta músicas de Bley de 1964, exala fogo em “Walking Woman” e  “Karin’s Mode” de Garbarek combinam cintilante êxtase e balanços propulsivos de forma sublime.

Faixas: Pet Variations/Pet Sounds; Art; Walking Woman; Un Grand Sommeil Noir; Cry Want; Louange à l’Éternité de Jésus; Inri; Karin’s Mode.

Músicos: Fredrik Ljungkvist: saxofone, clarinete; Magnus Broo: trompete; Håvard Wiik: piano; Ingebrigt Håker Flaten: baixo; Hans Hulbækmo: bateria.

Fonte: BRAD COHAN (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 24/09


Bill Connors (1949) - guitarrista,
Craig Handy (1962) – saxofonista,
Fats Navarro (1923-1950) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=JApikPx-V3s
Herb Jefferies (1916) - vocalista,
Ingrid Laubrock (1970) – saxofonista,
Jack Costanzo (1922) - percussionista,
Jay Hoggard (1954) – vibrafonista,
John Carter (1929-1991) - clarinetista,saxofonista,
Rebecca Kilgore (1948) - guitarrista, vocalista,
Tomás Improta (1948) - pianista,
Walter Smith III (1980) - saxofonista,
Wayne Henderson (1939) - trombonista

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

DAVE DOUGLAS - UPLIFT (Greenleaf)


Durante sua aparição no Winter Jazzfest de 2017, o saxofonista Shabaka Hutchings implorou à audiência que “Nós necessitamos de novas canções, novos hinos, novo mitos”. “Uplift”, o último álbum do prolífico trompetista Dave Douglas, é, embora indiretamente, uma réplica ao apelo de Hutchings. As 12 faixas gravadas ressoam como um tratado em uma forma em vez de canções populares ou hinos, mas esta entonação diminui na natureza do trabalho como um todo. Douglas compôs “Uplift” como uma avaliação de, e prescrição para um clima corrente dos Estados Unidos. Você pode ouvir todo o tumulto, zelo, e introspecção que está jogando fora através do país em cada medida. A mensagem vem através de sutil radicalidade, como a pregação de Cristo das boas novas no vestíbulo da igreja.

O sexteto que Douglas reuniu para o projeto—incluindo Joe Lovano em vários instrumentos de sopro tão bem quanto os guitarristas Julian Lage e Mary Halvorson—toca no modelo de Zooid de Henry Threadgill como pulsantes e escorregadios improvisadores coletivos. É inteiramente música democrática. Em “Every Town” os instrumentos de sopro e guitarras crescem e caem ao lado da melodia, como as vozes destes ainda em busca de respostas após cada disparo em massa. Na titânica e pesada “Love Is a Battle”, estas mesmas vozes provocam estrondos de ideias fragmentadas e frases conforme eles lutam pela sua atenção. Posteriormente, eles condensam em um urgente e em forma de hino número de rock, “Sharing a Small Planet”, que bate com intensidade de E Street Band em todos os cilindros.

Após o trabalho destas emissões, Douglas finalmente compartilha sua visão em “The Garden”, onde a melodia floresce de um solo improdutivo, exultação angular, para o mundo no qual todos os seis músicos concordam: “Truth Is Truth- NT: Verdade é Verdade”.

Faixas

1.The Power Of The Vote 04:30
2.The Power Of The Vote - Take One 05:35         
3.Lift All Boats 05:01      
4.Every Town 05:55        
5.Truly The Sun 05:47    
6.Love Is A Battle 03:45
7.Trail of Dreams 06:54 
8.A Tree Planted by the Rivers of Water 04:20   
9.Sharing a Small Planet 05:48   
10.Sharing a Small Planet - Take One 04:57         
11.Shine Like the Dawn 04:46    
12.Fear No Love 05:01  
13.The Garden 07:01     
14.Truth Is Truth 03:22 
15.Truth Is Truth - Take One 04:02
               
Músicos: Dave Douglas (Trompete), Joe Lovano (Saxofones), Mary Halvorson (Guitarra), Julian Lage (Guitarra), Bill Laswell (Baixo), Ian Chang (Bateria).

Fonte: JACKSON SINNENBERG (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 23/09


Albert Ammons (1907-1949) - pianista,
Bardu Ali (1910-1981) – guitarrista, vocalista,
Bill Tole (1937) - trombonista,
Christian Escoude(1947) - guitarrista,
Don Grolnick (1947-1996) - pianista,
Fenton Robinson (1935-1997) – guitarrista,vocalista,
Frank Foster (1928-2011) - saxofonista,flautista,
George Garzone (1950) - saxofonista,
George Matthews (1912-1982) - trombonista,
Irene Reid (1930-2006) - vocalista,
Jeremy Steig (1943) - flautista,
Jimmy Woode (1928-2005) - baixista,
John Coltrane (1926-1967)- saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=0I6xkVRWzCY
Les McCann (1935) - pianista,vocalista,
Little Joe Blue (19341990) – guitarrista,vocalista,
Norma Winstone (1941) - vocalista,
Ray Charles (1930-2004) - pianista,vocalista

domingo, 22 de setembro de 2019

CORY WEEDS & THE JEFF HAMILTON TRIO – DREAMSVILLE (Cellar Live)


Embora a substância e a estrutura do álbum estejam constantemente mudando e desenvolvendo-se, o fundamento da música —marcado pela espontaneidade e suingue em fluxo livre —permanece essencialmente intacto e seguro. E quando vem suingando, é seguro eclipsar a pulsação irreprimível do saxofone tenor, um instrumento cujo longa e duradoura ligação com o jazz e o swing têm sido compendiado por mestres como Lester Young, Dexter Gordon, Wardell Gray, Stan Getz, Zoot Sims, Gene Ammons, Johnny Griffin, Hank Mobley, Sonny Rollins, John Coltrane entre outros soberanos bastante numerosos a mencionar.

Quando vem a modernidade ou suingue em estilo retrô (isto é, refraseando a seminal Swing Era), o tenor encontrou uma casa nas mãos capazes de Harry Allen, Ken Peplowski, Scott Hamilton e suas relações próximas. Adicionam nesta singular fraternidade o nome Cory Weeds, uma luz brilhante de Vancouver, Canadá, como prova apresenta “Dreamsville”, sua segunda gravação com o soberbo Jeff Hamilton Trio, que está pronto e capaz para seguir adiante e enriquecer o impressionante legado do estilo do tenor no suingue. Weeds emprega uma abordagem pura e rigorosa, um som como uma campânula, que certamente teria Allen e seus colegas sorrindo em seus assentos. E como eles, ele nunca perde uma reflexiva, ainda que apropriada, mudança de frase.  

Como para os companheiros de Weeds, estas não são palavras bastante para sumarizar corretamente os talentos excepcionais de Hamilton, do pianista Tamir Hendelman e do baixista Christoph Luty, um trabalho de trio por mais de duas décadas, cuja cada inflexão é um paradigma de afinidade e discernimento. Hamilton, um mestre com escovinhas e baquetas, é um desembaraçado mantenedor de tempo que sabe que não necessita fazer um pouco de barulho para provar seu ponto. Hendelman e Luty são exemplares quando acompanhando Weeds, mesmo quando solando. O que nos traz a música, que é maravilhosa em seu curso, atravessando a escala musical completa das baladas bem configuradas para impetuosas bandeiras-vacilantes, nas quais Weeds e o trio avantajam-se. Weeds compôs uma ("How Do You Like Them Apples"), Hendelman outra ("Bennissimo"). É bom observar  "Who Can I Turn To", "Robbins Nest", "Dreamsville" de Henry Mancini e "Blue Daniel" de Frank Rosolino aconchegadas confortavelmente entre temas menos conhecidos. "Hammer's Tones" foi composta pelo falecido saxofonista suíço George Robert, um dos mais importantes mentores de Weeds.

Em suma, uma sessão superlativa para Weeds e o trio, e um valoroso sucessor para seu álbum anterior, “This Happy Madness”. Quatro estrelas para eles e, acrescente-se, mais meia estrela para o grande Jeff Hamilton.

Faixas: Who Can I Turn To; Lady Wants to Know; How Do You Like Them Apples; Blue Daniel; Dreamsville; Hammer’s Tones; Nothing to Lose; Bennissimo; Love Is a Now and Then Thing; Robbins Nest; She Walks This Earth.

Músicos: Cory Weeds: saxofone tenor; Tamir Hendelman: piano; Christoph Luty: baixo; Jeff Hamilton: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 22/09


Alex Kontorovich (1980) - saxofonista,
Dilermando Reis(1916-1977) - violonista
Doug Beavers Rovira (1976) - trombonista,
Gonzaguinha(1945-1991) – vocalista,compositor,
Jon Gold (1958) – pianista,
Ken Vandermark (1964) - saxofonista,clarinetista,
Marlena Shaw (1942) – vocalista,
Ornella Vanoni (1934) – vocalista,
Paulo Bellinati(1950) – violonista,guitarrista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=oIotNLJh8LA,
Ray Wetzel (1924-1951) – trompetista,
Robert Falk (1953) – guitarrista,
Tony Reedus(1959-2008) - baterista

sábado, 21 de setembro de 2019

HEDVIG MOLLESTAD TRIO – SMELLS FUNNY (Rune Grammafon)


Smells FunnyO arroto, o híbrido blues-rock que é o Hedvig Mollestad Trio poderia emanar apenas da cena musical escandinava e só neste tempo particular, quando o vinil está voltando e quando o passado é reexaminado incessantemente. Atuando com improvisações metralhadas do blues aliadas à expansividade à la Frank Zappa, emitem os solos de guitarra e uma seção rítmica meritória, ZZ Top, manipulada dentro de um quadro vigoroso, Hedvig Mollestad Trio flameja através do abastecimento de originais crescendos da Allman Brothers Band e explorações interestelares de Hendrix.

O líder/guitarrista Hedvig Mollestad Thomassen atua como presságios similares a uma piranha e se estabelece com um rangido do blues, tirando a coroa de Joe Bonamassa da cabeça, ou simplesmente lamentado os acordes do poder e reduzidas tríades. Mollestad é a fornalha do poder do seu trio através de “ Smells Funny”, com a baixista Ellen Brekken e o baterista Ivar Loe Bjørnstad clamando abaixo da sua cintilante exposição como trabalhadores brilhantes. As composições de “Smells Funny” são mais zonas de festa saltitante, que atualiza a montagem do pensamento musical coerente, mas os ouvintes imediatamente entendem, montando a aura de Mollestad para os limites exteriores e além.

É tudo guitarra, guitarra, e mais guitarra, com o baixo cruzando baixo e bateria. “Sugar Rush Mountain” chamusca um balanço semi-jazz em alto registro através de melodias ascendentes. “Bewitched, Dwarfed and Defeathered” soa como uma truncada “Train Kept A-Rollin’”; “Beastie, Beastie” escorrega e treme como Derek Trucks na festa da morfina; “Lucidness” sai em êxtase através do bronzeador do sol e da queimadura do sol, a vermelhidão espalhando-se sobre seu corpo como uma doença benvinda.

Faixas

1 Beastie, Beastie 5:54                 
2 First Thing to Pop Is the Eye 8:56                         
3 Jurasek 4:00                  
4 Sugar Rush Mountain 4:05                      
5 Bewitched, Dwarfed and Defeathered 4:39                    
6 Lucidness 8:13

Músicos: Ellen Brekken (Baixo); Ivar Loe Bjørnstad (Bateria); Hedvig Mollestad Thomassen (Guitarra)

Fonte: KEN MICALLEF (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 21/09


Chico Hamilton (1921-2013) – baterista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=2sdS7EX3pHs,
Dick Shearer (1940-1997) - trombonista,
Don Preston (1932) - tecladista,
Henry Butler (1949-2018) – pianista,vocalista,
Shafi Hadi (1929) - saxofonista,
Slam Stewart (1914-1987) - baixista,
Sunny Murray (1937-2017) - baterista,
Tommy Potter (1915-1988) - baixista

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

MICHAEL MUSILLAMI TRIO + 2 – LIFE ANTHEM (Playscape Recordings)


Não é seguramente coincidência que o conceito do álbum documenta uma hemorragia e um tumor cerebral de Michael Musillami, em 2016, compreenda uma música cerebral. Ao menos, “Life Anthem” faz parte do que diretamente corresponde ao trauma experimental do guitarrista; a emoção penetra a música por trás, assim como negocia com valorização em (para citar o título de uma das mais interessantes canções) “Renewed Focus”.

Se o ponto impetuoso do material na metade inicial do álbum é para deixar o ouvinte tão perturbado e desanimado quanto Musillami deve ter sido, então a missão é concluída. Certamente a rápida erupção do perfeito uníssono de Musillami, do cornetista Kirk Knuffke e do saxofonista tenor Jason Robinson—a despeito da completa ausência do tempo firme do baixista Joe Fonda e do entretenimento do baterista George Schuller— é confusa, para dizer o mínimo. Seguem desigualmente estruturada, em composição de 76 compassos, “MRI Countdown” e um balanço em 6/4 que mantém passagens inquietas como um insone em “Dr. Mohamad Khaled, Neurosurgeon”, e o malogro ocorre (embora haja excelentes improvisações, especialmente por Musillami em “MRI Countdown” e Knuffke em “Dr. Mohamed Khaled” para suavizar um pouco).

Uma vez mais “Life Anthem” inicia sentindo as coisas, permanece confuso por um momento, como extravagantemente incerto em “June Recovery” (com Musillami, Knuffke e Robinson providenciando os melhores solos do álbum sobre um cintilante ostinato de Fonda) e a profundamente misteriosa “Nurse Roe”. Ainda com adrenalina, e impulsionada pelo pânico em “Visions”, todas as coisas começam a fazer senso, e a tranquilidade e deslumbramento de “Family” com o senso de paz e equilíbrio influenciado pela flauta de Robinson e o arco de Fonda sobre um delicado lirismo de Musillami, realiza um marcante desenlace. Ao menos até a próxima faixa nos deixa afiado outra vez.

Faixas: Life Anthem (solo cornet); I Hear Sirens in the Distance; MRI Countdown; Slow Bleed; Dr. Mohamad Khaled, Neurosurgeon; I’m Beginning to Feel Life’s Pulse Again; June Recovery; Nurse Roe; ICU Blues; Visions; Night Walker; Renewed Focus; Family; Think of Something Beautiful; Life Anthem (banda completa).

Músicos: Michael Musillami: guitarra; Joe Fonda: baixo; George Schuller: bateria; Kirk Knuffke: cornet; Jason Robinson: saxofones tenor e soprano, flauta.

Fonte: MICHAEL J. WEST (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 20/09


Amanda Carr (1962) - vocalista,
Bill DeArango (1921-2006) - guitarrista,
Billy Bang (1947-2011) - violinista,
Eric Gale (1938-1994) - guitarrista,
Jackie Paris (1926-2004) – guitarrista, vocalista,
Jim Cullum, Jr. (1941) - cornetista,
Joe Temperley (1929-2016) - saxofonista,
John Dankworth (1927-2010) - clarinetista,saxofonista,
Red Mitchell (1927-1992) - baixista,
Steve Coleman (1956) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=JV_eprPWSfs,
Steve McCall (1933-1989) – baterista.


quinta-feira, 19 de setembro de 2019

GENE ESS – APOTHEOSIS (SIMP)


Gene EssEnquanto várias destas canções têm um espírito triunfante, mantendo a natureza de apoteose, o guitarrista Gene Ess não está obcecado com o apogeu e a conquista. Reconvocando uma Atração Fractal, um quinteto com um estilo fluido eletrificado com a assinatura da linha de frente emparelhando com a guitarra e (principalmente) com vocalização sem palavras, Ess continua a construir uma força viva, embora também explorando mais profundamente dentro das reservas e espírito de herança.

Números como “The Return” e “Two Worlds”— determinada engrenagem suporta o álbum —fala claramente sobre uma ânsia artística e questiona uma intenção fusion pós-moderna. Porém, a essência de Ess não é definida por uma singular atitude ou limite para qualquer domínio. Ele está igualmente em seu elemento dançante ao lado de “Sands of Time (Okinawa)”, acompanhando a exploração comovente da vocalista Thana Alexa para calamidade sociais em “Same Sky” e bopeando através de “Bluesbird.” Alexa, do mesmo modo, adapta uma miríade de circunstâncias e desenvolvimento dos desafios. Ela não deixa nenhuma dúvida sobre a sua estatura como uma estrela em ascensão.

A seção rítmica empodera este projeto— o pianista Sebastien Ammann, o baixista Yasushi Nakamura e o baterista Clarence Penn—prova ser adepta da navegação neste caminho através de qualquer cenário e que seja uma das aventuras supramencionadas; o Eddie-Harris-encontra-Jaco-Pastorius festeja o funk de “Tokyo Red”; ou a assombrosa “Fireflies of Hiroshima”, uma tranquila referência estonteante ao bombardeio da Segunda Guerra Mundial naquela cidade japonesa.
Há muito a admirar no trabalho de Ess com esta banda, mas o maior recurso deve ser simplesmente o caminho presente de sensibilidades simpáticas que o povoa. Cinco anos e quatro álbuns dentro do seu desenvolvimento, uma Atração Fractal permanece uma unidade notável com nmaravilhosos recursos e resiliência com campo para crescer.

Faixa

1. The Return  9:11        
2. Sands of Time (Okinawa) 7:36              
3. Same Sky 3:21             
4. Bluesbird  6:16            
5. Tokyo Red 7:46           
6. Fireflies of Hiroshima 4:29     
7. Day for Night 7:33      
8. Two Worlds 7:32        

Fonte: DAN BILAWSKY (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 19/09


Candy Dulfer (1969) – saxofonista,
César Camargo Mariano (1943) – pianista(na  foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=hSLUtzYGokU,
Cuong Vu (1969) – trompetista,
Helen Ward (1916-1997) - vocalista,
Lol Coxhill (1932) - saxofonista,
Lovie Austin (1887-1972) - pianista,
Muhal Richard Abrams (1930-2017)- pianista
Zeca Assumpção (1945)- baixista


quarta-feira, 18 de setembro de 2019

LARRY GOLDINGS / PETER BERNSTEIN /BILL STEWART - TOY TUNES (Pirouet)

Após mais de 20 anos compartilhando da intimidade da formação deste trio, o organista Larry Goldings, o guitarrista Peter Bernstein e o baterista Bill Stewart parecem operar com um diálogo compartilhado interno. Quando eles tocam juntos, soam menos como se eles estivessem lendo os pensamentos uns dos outros e mais como se eles tivessem ideias simultâneas.

Esta não é uma nova vibração para estes três, mas eles parecem demonstrar mais alegria. O tranquilo e adorável 12º álbum do grupo registra brilhantes harmonias de Goldings com economia relaxada, deixando espaço para o brilho individual dos seus companheiros ao longo do projeto e para seu próprio trabalho delicado do órgão tomar fôlego, sem pressa.

Embora alguns dos mais memoráveis momentos nesta mistura diversa derrubem mais a atmosférica e introspectiva—particularmente “Fagen” de Goldings e a suavemente centrada nos pratos “Calm” de Stewart — alusão de jocosidade espalhada tão bem ao longo da gravação. “Don’t Ever Call Me Again” inicia com um suave solo funkeado de bateria e um provocante, ainda insistente, órgão padrão sem resposta ressonante, que ameaça o tombo para frente do balanço de Stewart, estabelecendo um enredo não tão romântico para o resto da canção. Quando Bernstein pega a melodia, ele toca com uma espécie de insistência, somente este tempo é bem-vindo.

Em certo sentido, não é a faixa título, mas antes a tomada do trio em “And Now The Queen” de Carla Bley que dá liga ao álbum; sua mistura peculiar espacial, melodismo pastoral e a responsabilidade musical perfeitamente balanceada entrega-nos uma sutil dose de extravagância, cortesia de notável marca do trabalho da equipe, que vem a ser conhecida.

Faixas: Fagen; Don’t Call Me Again; Lullaby For B; I’m In The Mood For Love; And Now The Queen; Toy Tune; Calm; Maybe. (47:24).

Músicos Larry Goldings, Hammond B-3 organ; Peter Bernstein, guitarra; Bill Stewart, bateria.

Fonte: Jennifer Odell (DownBeat) 

ANIVERSARIANTES - 18/09



Cris Delanno (1969) - vocalista
Emily Remler (1957-1990)- guitarrista,
John Fedchock (1957) - trombonista,
Jovino Santos Neto (1954) – pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=pM8b_OC0164,
Michael Franks (1944) - vocalista,
Nils Petter Molvaer (1960) – trompetista,
Pete Zimmer (1977) - baterista,
Steve Marcus (1939-2005) - saxofonista,
Teddi King (1929-1977) – vocalista


terça-feira, 17 de setembro de 2019

VARIOUS ARTISTS - A DAY IN THE LIFE: IMPRESSIONS OF PEPPER (Impulse!)


Outro tributo ao Sgt. Pepper? Yeah, yeah, yeah. Blá, blá, blá. Esta deve ser a primeira resposta de um ouvinte em relação a uma tomada do álbum icônico dos Beatles. Por que? Porque em adição a poucas interpretações de joias da música, houve uma plenitude de bombas escandalosas ao longo de anos: Se você já ouviu “Lucy in the Sky With Diamonds” de William Shatner, você pode estar improvavelmente esquecido.

“A Day in the Life”, reconhecidamente, tem notável e bastante novos artistas de jazz do Estados Unidos, Reino Unido e Sul de África implementando estas velhas melodias como pontos iniciais para versões que são mais similares a extremas reformas que qualquer coisa lembrando os originais. Nas mãos de Antonio Sánchez, “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” é uma minissinfonia de palpitante bateria, teclados, guitarras, texturas com matizes metálicos adjacente com repentinos momentos tranquilos. A guitarra de Mary Halvorson, acompanhada apenas pela bateria, segue cambaleante com linhas distorcidas em “With a Little Help from My Friends”. Isto é uma das várias faixas beneficiando instrumentação intimista, incluindo peças solos de piano do acompanhante de Kamasi Washington, Cameron Graves, na estonteante “Fixing a Hole” e na estridente e intoxicante “Getting Better” de Wildflower.

O trompete de Keyon Harrold é alternadamente brando e majestoso em “She’s Leaving Home”, enquanto a harpa de Brandee Younger empresta uma vibração etérea para uma interpretação flutuante de “Being for the Benefit of Mr. Kite!”, que também apresenta a flautista Anne Drummond. “Lucy in the Sky with Diamonds” da baterista Makaya McCraven é simultaneamente mundana e leve, e “Within You Without You” do Onyx Collective, com o baixista Felix Pastorius e o saxofonista tenor Isaiah Barr, exsuda zumbidos, texturas lentamente transformadas. The JuJu Exchange arremata o trabalho com uma cálida e relaxante “A Day in the Life”. É toda impetuosa e extravagantemente bela, uma robusta reimaginação com material excessivo.

Faixas – 1: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band; 2: With A Little Help from My Friends; 3: Lucy in the Sky with Diamonds; 4: Getting Better; 5: Fixing a Hole; 6: She’s Leaving Home; 7: Being For The Benefit of Mr. Kite! 8: Within You Without You; 9: When I’m Sixty-Four; 10: Lovely Rita; 11: Good Morning Good Morning; 12: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise); 13: A Day In The Life

Músicos – Antonio Sánchez: bateria, teclados, baixo elétrico, eletrônica, guitarras (1, 12); Nary Halvorson: guitarra (2); Tomas Fujiwara: bateria (2); Makaya McCraven: bateria (3); Junius Paul: baixo (3); Joel Ross: vibrafone (3); Matt Gold: guitarra e sinteizadores (3); Greg Spero: piano e teclados (3); Idris Rahman: saxofone (4); Leon Richard: bateria (4); Tom Skinner: bateria (4); Cameron Graves: piano (5); Keyon Harrold: trompete, programação e arranjos (6); Shedrick Mitchell: piano (6); Nir Fielder: guitarra (6); Burniss Travis: baixo (6); Charles Haynes: bateria (6); Brandee Younger: harpa e arranjo (7); Anne Drummond: flauta (7); Chelsea Baratz: saxofone tenor (7); Antoine Drye: trompete (7); Darrell Greene: bateria (7); Dezron Douglas: baixo e arranjos para sopro (7); Ravi Coltrane: arranjos; Felix Pastorius: baixo elétrico (8); Isaac Sleator: sintetizador e teclado (8); Isaiah Barr: clarinete baixo e saxofone tenor (8); Austin Williamson: bateria (8); Sullivan Fortner: piano (9); Miles Mosley: baixo e arranjos (10); Cameron Graves: piano (10); Tony Austin: bateria e arranjos (10); Shabaka Hutchings: saxofone tenor (11); Mthunzi Mvubu: saxofone alto (11); Shane Cooper: contrabaixo (11); Gontse Machine: percussão (11); Tumi Molale: bateria (11); Julian Reid: piano, Fender Rhodes e sintetizador (13); Nico Segal: trompete e coro {Prisimizer} (13); Nate Fox: percussão e coro (13); Jamila Woods: coro (13); Kamaria Woods: coro (13); Lane Beckstrom: baixo (13); Everett Reid: bateria (13)

Fonte: PHILIP BOOTH (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 17/09

Craig Haynes (1965) - baterista,
Curtis Peagler (1929-1992) - saxofonista,
David Williams (1946) – baixista,
Earl May(1927-2008) - baixista,
Hubert Rostaing (1918-1990) – saxofonista,clarinetista,
Jack McDuff (1926-2001) - organista,
Jeff Ballard (1963) – baterista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=qFaixp0UD9E,
Louis Nelson (1902-1990) - trombonista,
Marina Lima (1955) - vocalista,
Perry Robinson (1938) – clarinetista,
Ralph Sharon (1923-2015) - pianista,
Sil Austin (1929-2001) - saxofonista

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

PETER ERSKINE & THE DR. UM BAND - ON CALL (Fuzzy)


Em Junho de 2017, a amizade com a fusion de “Dr. Um Band” de Peter Erskine foi estabelecida por novas faixas em frente a uma audiência de engenheiros da Sweetwater Studios em Fort Wayne, Indiana. Foi literalmente uma aula magna na arte da gravação. Oito semanas depois, embora trabalhando em seu caminho através da Itália com o mesmo equipamento, Erskine foi apresentado com áudio imaculado de um concerto que o grupo deu em Occhiobello. Antes houve a escolha entre estes complementos de estúdio e documentos de palco, por isto ele optou por lançar um álbum duplo.

O primeiro dos dois discos apresenta música em ambiente controlado. O trabalho hábil das baquetas de Erskine, as efervescentes linhas do baixo de Benjamin Shepherd, o brilhante verniz do teclado de John Beasley e o furtivo passeio dos instrumentos de Bob Sheppard são todos capturados em seus mais verdadeiros espaços através de um programa que ferve lentamente. A música é sólida, mas esta precisão vem com um aspecto adverso: A banda ocasionalmente parece sufocada ou cercada em seus próprios projetos. “If So Then” de Beasley, uma joia marcada por graça feérica, é o destaque do programa e o mais claro movimento para frente a partir da ênfase da textura que define o encontro.

A segunda parte deste programa encontra todos infinitamente soltos e mais leves em espírito. Este grupo claramente tem um trabalho que segue o caminho em bom tempo através de cinco números retirados de dois álbuns anteriores da “Dr. Um Band”—a blueseira “Hipnotherapy”, uma com toque de calypso, “Hawaii Bathing Suit”, e o exercício balançante de “Eleven Eleven”, que está entre as mais destacadas delas. A música tampouco é bastante afetada nem excessivamente maníaca, aterrissando em várias marcas suaves entre estas guias. Capturado em estúdio, este grupo inclina-se a focar na entonação e no colorido. No concerto deixa fluir a camaradagem e a interação reina suprema.

Faxas – Disco 1 (Estúdio) – 1: For the Time Being; 2: Might as Well Be; 3: If so Then; 4: Uncle Don; 5: Silver Linings; 6: Two Paths. Disco 2 (Ao Vivo) – 1: Hipnotherapy; 2: Hawaii Bathing Suit; 3: Dreamsville; 4: Eleven Eleven; 5: Northern Cross

Músicos – John Beasley: teclados; Bob Sheppard: saxofones; Benjamin Shepherd: baixo elétrico; Peter Erskine: bateria e percussão.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: DAN BILAWSKY (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 16/09


B.B. King (1925-2015) – guitarrista,vocalista,
Bororó (1953) – baixista,
Charlie Byrd (1925-1999) - violonista,
Chick Bullock (1908) - vocalista,
Chris Cheek (1968) – saxofonista(na foto e vídeo) http://vimeo.com/4899592,
Earl Klugh (1954) - guitarrista,
Gordon Beck (1935) - pianista,
Graham Haynes (1960) - cornetista,
Hamiet Bluiett (1942) - saxofonista,
Joe Venuti (1903-1978) - violinista,
Jon Hendricks (1921-2017)-vocalista,
Lupicínio Rodrigues (1914-1974) - cantor,compositor
Rod Levitt (1929) - trombonista,
Rodney Franklin (1958) - pianista,
Steve Slagle (1951) - saxofonista

domingo, 15 de setembro de 2019

P.J. PERRY QUARTET – ALTO GUSTO (Cellar Live)


Explorando um álbum que leva o nome de “Alto Gusto”, um ouvinte prospectivo deve ser perdoado por assumir isto que consiste em ser uma série de temas com batidas fracas, designadas para levar os pés a baterem, dedos estalarem e o coração elevar-se. E uma vez mais vem a ser claro que isto não é o que quarteto do saxofonista alto canadense P.J. Perry tinha em mente, pois seria completamente plausível para ele ou ela, surpreender-se com o que aconteceu.

A resposta para qualquer incerteza deve ser resolvida em parte pelo fato que gusto tem outra definição além de "vigor" ou "gosto", e isto é "entusiasmo" ou "prazer". Sim, é verdade que os tempos no álbum de Perry são amplos, relaxados e moderados (uma exceção é a mordaz   "Two Bass Hit" de Dizzy Gillespie /John Lewis), mas não há dúvida que Perry abarca cada número com extremo entusiasmo, embora ele assuma grande prazer com a charmosa audiência do Yardbird Suite  em Edmonton, onde a sessão foi gravada em Maio de 2017.

Estas são canções, que Perry compõe, importantes para ele em seus anos formativos, antes ele foi forjar uma longa e bem-sucedida carreira como líder e acompanhante com tais grupos celebrados como Boss Brass de Rob McConnell, embora o ganho do prestigioso prêmio canadense Juno para seu álbum, “My Ideal” e o ganho do prêmio da crítica da revista Jazz Report como melhor saxofonista por uma gravação de sete anos de carreira (1993-99).

O grupo inicia com a despreocupada "Ease It" do baixista Paul Chambers e encerra com um hino trotante de Charlie Parker, "Quasimodo" (pseudônimo para "Embraceable You"), no qual Perry concede um número de sutis frases, que seguramente teria trazido um sorriso na face de Bird. Entre elas estão composições de John Hicks ("After the Morning"), Benny Golson ("Stablemates") e a terna de Carl Fischer, "We'll Be Together Again". O número "Close Your Eyes" não é o standard que nomeia, mas uma inédita de Bernice Petkere. Embora não haja nada aqui para colocar o cabelo em pé, Perry e seus talentosos companheiros (o pianista Jon Mayer, o baixista Steve Wallace, o baterista Quincy Davis) traçaram mais de uma hora de sopro persuasivo, que agrada do começo ao fim.

Faixas: Ease It; Close Your Eyes; After the Morning; We’ll Be Together Again; Stablemates; Two Bass Hit; Quasimodo.

Músicos: P.J. Perry: saxofone alto; Jon Mayer: piano; Steve Wallace: baixo; Quincy Davis: bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 15/09


Al Casey (1915-2005) - guitarrista,
Arvell Shaw (1923-2002) - baixista,
Bob Wyatt (1946) – baterista,
Bobby Short (1924-2005) – pianista,vocalista,
Cannonball Adderley (1928-1975) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=eR2yVlvnjjM
Doug Proper (1967) - guitarrista,
Gene Roland (1921-1982) – trompetista,trombonista, pianista,
Joana Machado(1978) - vocalista,
Kid Sheik Cola (1908-1996) - trompetista,
Ned Rothenberg (1956) - saxofonista,
Ram Ramirez (1913-1994) - tecladista

sábado, 14 de setembro de 2019

SFJAZZ COLLECTIVE - THE MUSIC OF ANTÔNIO CARLOS JOBIM & ORIGINAL COMPOSITIONS (SFJAZZ)


Este álbum duplo sofre de uma rica fartura. De qualquer maneira destinado a representar a qualidade da SFJAZZ, agitando a bandeira estética da organização como a Lincoln Center Jazz Orchestra faz no Jazz at Lincoln Center. Tais circunstâncias exigem, mas o desafio é alcançado.

O saxofonista alto, Miguel Zenón, cujas frases entalham com arestas afinadas, é apresentado plenamente em sua excursão final com o coletivo que ele ajudou a lançar em 2004, porém apenas são sete outros membros, cada um com iluminados fragmentos, que utilizam suas distinções. A leitura da banda para memoráveis melodias de Antônio Carlos Jobim são virtuosas, como são sós ou em interações intergrupos. Mesmo assim, como uma experiência continua de audição é um pouco demais. As 20 faixas percorrem mais de duas horas, com o grupo completo quase sempre completamente engajado. Reflexão ou repouso são raros, novas ideias proliferam e o foco é difuso. Tratando “Waters Of March” como um canto cubano e a percussão é recente, mas serve à canção? “One Note Samba” é salientada pela desconstrução de polifonias e rítmicas do arranjo, mas por que termina?

Por definição, SFJAZZ Collective é uma banda espetáculo. Projeta altas performances de standards, tão bem quanto uma equipe de trabalho, promovendo ambições pessoais, tão bem quanto uma inclusão pan-cultural. As performances são emocionantes, mas como uma gravação, deve ser melhor apreciar poucas faixas a cada vez.

Faixas: Disco Um: Waters Of March; One Note Samba; Retrato Em Branco E Preto; The Girl From Ipanema; Garoto; Inútil Paisagem; Corcovado; Chega De Saudade; A Felicidade; How Insensitive; Amparo (Olha Maria); Ligia. Disco Dois: Insight; MZ’s World; Variations; Infinito; Another Side; Unseen Worlds; It Takes A Village; Sketch. (67:36/60:11)

Personnel: Miguel Zenón, saxofone alto; David Sánchez, saxofone tenor; Etienne Charles, trompete; Robin Eubanks, trombone; Warren Wolf, vibrafone; Edward Simon, piano; Matt Brewer, baixo; Obed Calvaire, bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Howard Mandel (DownBeat)