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domingo, 31 de maio de 2020

JOHN FEDCHOCK QUARTET – REMINISCENCE (Summit Records)


Reminiscence – John Fedchock Quartet | Summit RecordsApós a gravação do esplêndido álbum do seu quarteto, “Fluidity (Summit Records 2015) ”, o trombonista John Fedchock tem utilizado bastante material não usado de concertos encantadores para ser refletido no segundo álbum. O mais que ele ouviu desta música, que não foi incluído em “Fluidity”, que mais convenceu Fedchock de que um segundo álbum não só poderia ser produzido comprimindo metade da dúzia de músicas, que por várias razões não foi incluído em gravação mais inicial. "Em alguns instantes" ele escreve, "a música foi um material mais novo, e em outros casos foi apenas soprando canções informais para dar ao grupo uma oportunidade para tocar sem pressão de qualquer agenda". Mesmo assim, a música não utilizada era de primeira linha, a utilização de Fedchock não foi completa o bastante para completar um CD, assim ele "tomou emprestado" um sétimo número ("Brazilian Fantasy") apresentado um ano antes na mesma Virginia Beach, Virgínia, em um clube noturno com os mesmos músicos, exceto Billy Williams, que foi substituído pelo sempre seguro Dave Ratajczak.

Falando de Ratajczak, ele foi o mantenedor do tempo para Fedchock fazer escolha para mais que trinta e cinco anos, e este concerto de Agosto de 2013 foi um dos últimos trabalhos antes de seu intempestivo falecimento no Outubro seguinte resultante de melanoma ocular. Afirma que Ratajczak nunca soou melhor do que seria imerecido, como ele sempre soou firme, severo e seguro. Aqui ele ancora uma seção rítmica cujos outros membros são o pianista John Toomey e o baixista Jimmy Masters. Trabalhando juntos, eles emprestam a Fedchock todo o suporte que ele necessita. Isto é não menos verdade que Williams que aparece aquecido com vassourinha e baquetas na vigorosa "Brazilian Fantasy".

A banda inicia “Reminiscence” com "The Third Degree", uma solar suingueira composta por Fedchock para sua “New York Big Band” e é reduzido para o tamanho de um quarteto pelo compositor. Fedchock está em fina forma aqui, assim como ele está ao longo do trabalho, construindo um solo leve, que Toomey segue com outro no mesmo veio antes da troca do duo por intercâmbios com Ratajczak. "Loose Change" suinga igualmente firme, embora em tempo mais moderado, após a exibição da maestria de Fedchock na balada sonhadora de J.J. Johnson, "Lament". "The End of a Love Affair" cozinha do início ao fim (incrementada pela excelente bateria de Ratajczak), enquanto outro standard, "You're My Everything", adere a balanço dançante, que lidera a segunda balada, a bem-humorada "If You Could See Me Now" de Tadd Dameron. "Brazilian Fantasy" baixa a cortina em outro amplo e persuasivo concerto pelo soberbo John Fedchock Quartet.

Faixas: The Third Degree; Loose Change; Lament; The End of a Love Affair; You’re My Everything; If You Could See Me Now; Brazilian Fantasy.

Músicos: John Fedchock: trombone; John Toomey: piano; Jimmy Masters: baixo; Dave Ratajczak: bateria (1-6); Billy Williams: bateria (7).

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 31/05



Albert “Tootie” Heath (1935) - baterista,
Christian McBride (1972) – baixista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=sxNRkJIEYmw,
Clint Eastwood (1930) – pianista,diretor e ator de cinema,
Ed Lincoln (1932) – pianista,
Eric Revis (1967) – baixista,
Greg Abate (1947) - saxofonista,
Louis Hayes (1937) - baterista,
Marty Ehrlich (1955) - clarinetista,flautista, saxofonista,
Matteo Brancaleoni (1981) – vocalista,
Otto Hardwicke (1904-1970) - saxofonista,
Paulinho DaCosta (1948) - percussionista,
Red Holloway (1927-2012) – saxofonista,
Simone Caymmi (1958) - vocalista 

sábado, 30 de maio de 2020

MICHAEL KAESHAMMER - SOMETHING NEW (Linus)


Something NewMichael Kaeshammer é o tipo artista fotogênico e multitalentoso que, um par de gerações atrás, devia ser aproveitado como apresentador de um show de variedades na TV nos Estados Unidos.

Um nativo da Alemanha, agora baseado no Canadá, Kaeshammer é um poderoso vocalista, um maravilhoso pianista e um excelente compositor. Ele é também um gracioso líder de banda, que mais ansioso para compartilhar o holofote com seus colaboradores premiados, como ele faz repetidamente, e para grande efeito, em seu 12º álbum, “Something New”. Há uma contagiante tendência na propensão da Crescent City aqui, que é esperado de um álbum enaltecedor, que parcialmente foi gravado em New Orleans e cujos instrumentistas incluem os luminares da NOLA como o baixista George Porter Jr. e o baterista Johnny Vidacovich. O membro do Neville Brothers, Cyril Neville, também faz uma aparição, oferecendo atraente vocal na balada “Heaven And Earth”. Em outra parte, o vocal de Curtis Salgado e a gaita acumulam um perfurante estímulo em “Do You Believe? ”. Bria Skonberg exibe seu terno lado com alguma pugência, o trabalho do trompete surdinado que adiciona mais chiado do calor gerado pelo vocal furtivo de Kaeshammer na afetuosa “Forbidden Love”. Cada convidado marca neste álbum acrescentado, em toda parte, pelos arranjos da faixa, e nenhum deles chama a atenção.

O álbum conclui com um par de números instrumentais, ressaltando o elegante piano de Kaeshammer: Uma interpretação de “Sweet Georgia Brown” (o único número que não é inédito em um programa de 11 faixas) exibe seu vigor, talentos fluidos, enquanto a canção graciosa e vagarosa, “Weimar”, sente-se como o perfeito acompanhamento da trilha sonora  para um encerramento lacrimoso.

Faixas

1 Scenic Route 3:01                       
2 Do You Believe? (apresentando Curtis Salgado) 3:55
3 Come On Home 3:12
4 She's Gone (apresentando Chuck Leavell, Jim Byrnes & Amos Garrett) 2:44
5 Josephine 3:25
6 Who Are You (apresentando Colin James & Randy Bachman) 3:58
7 Heaven And Earth (apresentando Cyril Neville) 4:02
8 Dixie Has The Blues 3:38
9 Forbidden Love 3:08
10 Sweet Georgia 3:33
11 Weimar 2:35

Fonte: Bobby Reed (DownBeat)

ANIVERSARIANTES - 30/05


Ann Hampton Callaway (19590 – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=8iXMVZ8N8gA&feature=artist,
Armando Peraza (1924) – percussionista,
Benny Goodman (1909-1986) - clarinetista,
Chuck Manning (1958) –saxofonista,
Darrell Grant (1962) – pianista,
Dave McKenna (1930-2008) - pianista,
Frankie Trumbauer (1901-1956) - saxofonista,
Mala Waldron (1958) – vocalista,
Marco Tamburini (1959) – trompetista,
Randy Napoleon (1977) – guitarrista,
Sidney DeParis (1905-1967) - trompetista,
Willie Garnett (1933) – saxofonista, líder de orquestra

sexta-feira, 29 de maio de 2020

KEN VANDERMARK / NATE WOOLEY / SYLVIE COURVOISIER / TOM RAINEY – NOISE OF OUR TIME (Intakt)


O solo Intakt da Suíça veio a ser um importante repositório para um gênero que deve ser chamado “refinado free jazz”. É um nicho produtivo dentro da forma de arte jazz: tenso o bastante para excitamento, estruturado o bastante pela coerência. A faixa de abertura de “Noise of Our Time”, “Checkpoint” de Sylvie Courvoisier, tem o precipitado e derramado saxofone do tenor de Ken Vandermark e turbulências contrapontísticas em quatro vias. Porém, suas chamadas e respostas selvagens também revelam intensa audição coletiva. Dentro da cacofonia, há mesmo algo como um formato líder-solo-líder.

É impressionante como um pequeno grupo é transformado, quando o baixista está ausente, especialmente quando o baterista nunca mantém o tempo. Tom Rainey espalha acentos e cores. O resultado é que os outros três instrumentistas operam em amplo espaço aberto. O quarteto nunca tocou junto como uma banda até eles realizarem esta gravação, em uma sessão de 4 horas. Todos, exceto Rainey, contribuem com três composições cada. As músicas de Courvoisier são mais espirituosas. As de Vandermark são mais densas e complexas. Aquelas dos trompetistas Nate Wooley são maravilhosamente estranhas: “The Space Between the Teeth” desloca-se entre zumbidos, erupções frenéticas e incertos longos silêncios, enquanto “Songs of Innocence” inicia tão formal e imponente e vem a ser uma desarmonia alucinante do clarinete/trompete.

“Noise of Our Time” é sobre composições, que lideram a forma da banda concebida no momento, em vez de solos. Há aqueles que prendem você com as costas na cadeira, como “Tag” de Vandermark. Courvoisier mantém você na borda de sua cadeira, porque se sente que o piano dela não pode ser contido. Seus solos deslizantes parecem sobrecarregar e transbordar o teclado e mantém o derramamento.

A capacidade deste álbum para a surpresa é imensa. Nada nas primeiras oito faixas prepara-se pela graça medida e serenidade melódica de “Simple Cut” de Vandermark. Porém, há no final o significado.

Faixas

1. Checkpoint 05:03       
2. Track and Field 06:39
3. Sparks 03:44 
4. The Space Between the Teeth 06:12 
5. Tag 04:32       
6. Songs of Innocence 04:17       
7. VWCR 04:00 
8. Truth Through Mass Individuation 04:03         
9. Simple Cut 05:41
               
Fonte: THOMAS CONRAD (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 29/05


Dan Stern (1973) – saxofonista,
David 'Bubba' Brooks (1922) – saxofonista,
Dick Hafer (1927) - saxofonista,
Eugene Wright (1923) - baixista,
Freddie Redd (1928) - pianista,
Hilton Ruiz (1952-2006) - pianista,
Jim Snidero (1958) - saxofonista,
Joe Stilgoe (1979) – pianista,vocalista,
Lynne Arriale (1957) – pianista,
Kenny Washington (1958) – baterista,
Maurício Eihorn(1932) – gaitista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=DV1HyYY0nB0,
Michael Kocour (1963) – pianista,
Ned Otter (1959) – saxofonista,
Ron Levy (1951) - organista,pianista,
Sandy Mosse (1929-1983) – saxofonista,
Sean Jones (1978) – trompetista,
Wycliffe Gordon (1967) - trombonista

quinta-feira, 28 de maio de 2020

JEFF WILLIAMS - BLOOM (Whirlwind)


Ouvindo “Bloom” relembra os meus primeiros encontros com “Triangular” de Ralph Peterson. As gravações são trios liderados por bateristas, com um pianista próximo arrebentando, move-se, então, para uma comunidade polida, enquanto rouba um pouco do espetáculo. Os leitores de JazzTimes provavelmente relembra a pianista, a joia de Peterson em 1989: Geri Allen. Os fãs de Carmen Staaf, em crescimento demográfico, estarão felizes em aprender que encontrarão nesta sessão envolvente seus heróis brilhando. Ao longo do trabalho, um monte de arranjos vivazes, Staaf continuamente eleva a música, enquanto fortalece os intricados improvisos de seus companheiros, o baixista Michael Formanek e o baterista/líder Jeff Williams.

Uma das belezas do freebop é o caminho que pode mexer através do lado de sua equação a partir da notícia do momento. Williams encoraja seu grupo a executar esta noção, realizando um trabalho ágil. Agilidade e impulso, eu deveria dizer. O baterista tem uma forma de centrifugar suas frases dentro de entrelaçamento de propulsão, que apresenta oportunidades para Formanek e Staaf, cujas linhas respingam e fluem como um córrego em um vale transbordando a neve derretida do inverno. Em “A Word Edgewise” o trio cuida do tema, enquanto brinca com pontos que se estendem. A seção rítmica é toda flexível, e Staaf deslumbra por transformar uma série de discretas rajadas dentro de um solo arquitetado sutilmente.

O pianista tem tido suporte de outro baterista, e chefe, (Allison Miller) para um não usual aprofundamento rítmico, e, finalmente, “She Can’t Be a Spy”, de Bloom, encontra caminhos para Staaf apresentar o impulso, enquanto Williams ataca com lirismo em torno da armação do trabalho. O balanço pesado de “Scattershot” com ira flutuante em “Search Me” e a pontuação à la Monk de “Short Tune” permitem ao trio explorar esta formação audaz, revelando que Williams construiu, verdadeiramente, um bando corajoso para cumprir sua missão de estimular a espontaneidade.

Faixas : Scattershot; Another Time; Short Tune; Scrunge/Search Me; Ballad Of The Weak; New York Landing; She Can't Be A Spy; Air Dancing; A Word Edgewise; Northwest; Chant.

Músicos : Jeff Williams: baterista; Carmen Staaf: piano; Michael Formanek: baixo.

Fonte: JIM MACNIE (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 28/05


Andrew Hadro (1985) – saxofonista,
Andy Kirk (1898-1992) - tubista,
Arto Lindsay (1953) – guitarrista,
Cathy Segal (1953) – vocalista,
Claudio Roditi (1946-2020) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=YncPqELJTTo ,
Cyro Monteiro(1913-1973) – vocalista,
Janet Seidel (1955-2017) – pianista,vocalista,
Max Perkoff (1962) – trombonista,
Nika Rejto (1951) – flautista,
Russ Freeman (1926-2002) - pianista,
T-Bone Walker (1910-1975) – vocalista,guitarrista,
Theo Bleckman (1961) – vocalista,
Tommy Ladnier (1900-1939) - trompetista,cornetista 

quarta-feira, 27 de maio de 2020

REVERSO – THE MELODIC LINE (Out Note)


O trombonista Ryan Keberle e o pianista Frank Woeste reunem-se mais uma vez como Reverso, reunidos em seu segundo álbum com o cellista Vincent Courtois. Keberle e Woeste, inicialmente, reuniram-se para explorar seus profundos conhecimentos dos idiomas clássico e jazzístico. Porém, a dupla, sabiamente, evitou o arrogante hibridismo modernista, que embasou o movimento Third Stream (NT: Terceira Via, em tradução livre) dos anos 1950. Em vez disto, eles enfocaram o trabalho do início do século XX dos compositors franceses Les Six, cujos trabalhos atraiu o jazz, música de cabaré e outras formas da então cultura popular.

O tratamento cativante do trio neste trabalho traz à mente um som como tinha Les Six, proporcionando a oportunidade para pesquisar maiores lógicas musicais da diáspora afro, que informou o jazz popular no momento, antes de simplesmente imitá-lo. Peças da “The Melodic Line” evidencia atencioso envolvimento com este repertório, enquanto, ainda, com sentimento contemporâneo. Eles vão além de tentar fazer o jazz soar como música clássica ou vice-versa. Em vez disto, “Reverso” demonstra uma profunda síntese de modos de fazer música, e o resultado é tão relevante para os anos 2020 como Les Six foram para os anos de 1920. Há luz para balanços agitados em “Blue Feather” e “Absinthe” e para a expressividade franca de “Exemplar” e “Clara”, onde as nuances do conjunto de câmara e de trio de jazz são trazidas para uma paisagem sonora cativante e criativa.

Ajuda estes três instrumentistas serem mestres de seus respectivos instrumentos, com convocação a um virtuosismo confiante para as performances deles, que parecem honestas e despretensiosas. O resultado é um novo lembrete, que estas belas possibilidades ainda vivem na confluência do pensamento musical europeu e africano.

Faixas: Blue Feather; Exemplar; Up North; Montparnasse; Absinthe; Sisters Of Mine; L’arlequin Lunaire; Major Jack; Clara. (46:56)

Músicos: Ryan Keberle, trombone; Frank Woeste, piano; Vincent Courtois, cello.

Fonte: Alex W. Rodríguez (DownBeat) 

ANIVERSARIANTES - 27/05


Albert Nicholas (1900-1973) – saxofonista,clarinetista,
Bud Shank (1926-2009) – saxofonista,
Dee Dee Bridgewater (1950) - vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=RIhoHwhiFU0&feature=related,
Felipe Ávila(1957) – violonista,guitarrista,
Gonzalo Rubalcaba (1963) –pianista,
Marc Copland (1948) – pianista,
Niels-Henning Orsted-Pederson (1946-2005) - baixista,
Ramsey Lewis (1935) - pianista

terça-feira, 26 de maio de 2020

YOKO MIWA TRIO - KEEP TALKIN’ (Ocean Blue Tear)


O forte de Yoko Miwa é que ela faz a coisa soar muito tranquila. A pianista residente em Boston, uma antiga professora em Berklee, mantém sua harmonia elegantemente consonante, e suas linhas improvisadas melodiosamente lógicas; ela também toca com um amplo som, classicamente informado, que mesmo os brutos fragmentos em sua música surjam como densos e blueseiros acordes em sua versão de “Boogie Stop Shuffle” de Mingus e , de algum modo, … bonita.

Não há qualquer coisa errada com a beleza, mas não é a qualidade que a intelectualidade do jazz mais valoriza. As gravações em trio de Ahmad Jamal foram embaladas pela sonoridade, que estava em casa em corredores de coquetel, e mesmo algo dos trabalhos de Oscar Peterson foi rejeitado, sendo bonito.

Porém, como “Keep Talkin’” evidencia, beleza não necessariamente equivale a suavidade. Sim, ela elabora a maioria das melodias das reinterpretações, neste álbum, dos Beatles (“Golden Slumbers/You Never Give Me Your Money”), mas ela, também, faz estas melodias serem, convincentemente, jazzistas, que é um feito que poucos improvisadores controlam.

Da mesma forma, sua tomada do clássico de Monk, “In Walked Bud”, tem um bocado de coisa por baixo da ilusoriamente superfície polida. O acorde bate e ela cai por trás da afirmação melodiosa do baixista Will Slater, e elabora um grande arranjo, mas eles também, sutilmente, mas sabiamente, expandem os conceitos harmônicos de Monk, que apenas com os acentos da mão esquerda em seu solo evocam as raízes do stride (passos rápidos) de Monk, interpretando sem ser imitativo. É realmente inventivo, e organiza em um grau de fazer cair o queixo da técnica, sem ser chamativo. Nós deveríamos nos queixar por que é fácil aos ouvidos ?

Faixas: Keep Talkin'; In Walked Bud; Secret Rendezvous; Sunset Lane; Boogie Stop Shuffle; Golden Slumbers/You Never Give Me Your Money; Tone Portrait; Casa Pré-Fabricada; Conversations; If You're Blue; Sunshine Follows the Rain.

Músicos: Yoko Miwa: piano; Will Slater: baixo; Scott Goulding: bateria; Brad Barrett: baixo acústico.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: J.D. CONSIDINE (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 26/05


Al Jolson (1885-1950) – vocalista,
Calvin Jackson (1919-1985) – pianista,líder de orquestra,
Colette Wickenhagen (1959) – vocalista,
Denise Donatelli (1950) – vocalista,
Gene DiNovi (1928) – pianista,
Mamie Smith (1883-1946) - vocalista,
Mike Reed (1974) – baterista,
Miles Davis (1926-1991) - trompetista,
Peggy Lee (1920-2002) - vocalista,
Ruben Gonzalez (1919-2003) – pianista,
Shorty Baker (1914-1966) - trompetista,
Sivuca(1930-2006) – acordeonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=i1As5WXlTkI,
Ziggy Elman (1914-1968) - trompetista

segunda-feira, 25 de maio de 2020

RANDY BRECKER & MATS HOLMQUIST WITH THE UMO JAZZ ORCHESTRA – TOGETHER (MAMA Records)


Não seja enganado pela denominação. Embora, o trompete de Randy Brecker seja apresentado através deste álbum com a finlandesa UMO Jazz Orchestra, a criativa força atrás do projeto é claramente o compositor Mats Holmquist, cujos arranjos inventivos e coloridos que, definitivamente, os mantêm “Together - NT: Juntos” reunidos.

A tomada de “All My Things” de algum modo encontra um fio entre “All the Things You Are” de Jerome Kern e “Music for 18 Musicians” de Steve Reich. Porém, tendo a banda apresentado uma progressão de um ciclo de quintas de Kern em pulsação de acordes de oitava nota, que é apenas metade da interpolação e marca este processo, que é tão verdadeiramente engenhosa como a noção de Holmquist para assentar o tempo do suingue contra o decididamente balançante tamborilar minimalista, um ato balançante dos instrumentistas da UMO, que conseguem surpreendente graça.

É para aqueles interessados em mais do que deveria ser referenciado ao álbum de Holmquist, “Big Band Minimalism (2017) ” (que apresenta Brecker em quatro faixas). Juntos têm outros truques na manga. Entre os destaques estão “My Stella”, que torce “Stella by Starlight” dentro de uma mistura de não-standard de instrumentos de sopro em tons pastéis e ápices Kentonianos, que dá a Brecker plenitude de campo para trabalhar as mudanças bastante familiares, e “Crystal Silence” é uma configuração direta de uma balada de Chick Corea com corais de metais e contraponto de saxofone, que teria feito Bill Russo feliz.

Se há uma queixa é que tenha sido sobre composições de Holmquist, e é isto que eles oferecem mais, na forma de atraente estrutura, que a memorável melodia. “Humpty Dumpty” deve abrir com alguma grande interação seccional entre os instrumentos de sopro e o ritmo, mas você provavelmente lembra os ritmos conversando com as notas que vão com eles, enquanto o solo de Brecker, que ancora “One Million Circumstances”, é largamente mais zumbidora que a fanfarra de Coplan, que a precede.

Faixas: One Million Circumstances; Summer and Winter; Never Let Me Go; Windows; All My Things; Crystal Silence; My Stella; Humpty Dumpty; Always Young.

Músicos: Mats Holmquist: compositor, arranjador, maestro; Randy Brecker: trompete, flugelhorn. UMO Jazz Orchestra – Teemu Mattsson: trompete, flugelhorn; Timo Paasonen: trompete, flugelhorn; Mikko Pettinen: trompete, flugelhorn; Tero Saarti: trompete, flugelhorn; Janne Toivonen: trompete, flugelhorn; Jakob Gudmundsson: trompete (1, 3-5, 8); Ville Vannemaa: saxofones alto e soprano; clarinete; Mikko Makinen: saxofone alto e soprano; clarinete, flauta; Teemu Salminen: saxofone tenor, clarinete; Max Zenger: saxofone tenor, flauta; Pepa Paivinen: saxofone barítono, flauta; Heikki Tuhkanene: trombone; Mikko Mustonen: trombone; Juho Viljanen: trombone; Mikael Langbacka: trombone baixo; Mikel Ulfberg: guitarra; Seppo Kantonen: piano; Juho Kivivuori: baixo; Markus Ketola: bateria.

Fonte: J.D. CONSIDINE (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 25/05


Andy Laster (1961) – saxofonista,clarinetista,
Christof Lauer (1953) - saxofonista,
Emmet Cohen (1990)- pianista,
Gary Foster (1936) - flautista,
Jimmy Hamilton (1917-1994)- clarinetista, saxofonista,
Kitty Kallen (1921-2016) – vocalista,
Marshall Allen (1924) - flautista,saxofonista, 
Nailor Proveta(1961) –saxofonista, clarinetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=0bybo0EVgdA,
Wallace Roney (1960-2020) – trompetista

domingo, 24 de maio de 2020

HAROLD MABERN – THE IRON MAN : LIVE AT SMOKE (Smoke Sessions Records)


O pianista hard-bop, Harold Mabern, deve ter feito sua gravação de estreia em 1959 com o quinteto do baterista Walter Perkins e liderou sua primeira sessão em 1968 pela Blue Note no comovente “A Few Miles From Memphis”, mas aqui ele está com 82 anos (Nota: ele faleceu em 19/09/2019), tocando de forma tradicional, com jovial alegria de viver ao contar a estória, afirmando a vida, no disco duplo “The Iron Man: Live at Smoke”.

Trabalhando tão firme como sempre com seu velho trio estabelecido com o antigo saxofonista tenor e ex-estudante Eric Alexander, o baixista John Webber e o baterista Joe Farnsworth, Mabern, na última noite de uma divertida residência de três semanas, em que viu sua representação emergir, cobre todas as bases e revela o preenchimento de sua música como autobiografia. Sua assinatura em "A Few Miles From Memphis" e "Rakin' and Scrapin'" dois boogies completos desenvolvidos com sangue aquecido como suporte para “The Iron Man: Live at Smoke” e a música entremeando, nunca deixa você para baixo. John Coltrane traz um aceno com uma sonora leitura giratória de "Dear Lord" e uma robusta e prazerosa "Mr. PC". Adiciona o premiado Alexander, que se frequentemente estende em inspirados acompanhamentos improvisados à la Coltrane e o baixo blueseiro suingante de Webber próximo a Jimmy Garrison e sim, com ele frequentemente, se não sempre, é o campo onde Coltrane assume tudo.

"Nightlife in Tokyo", outra declaração de Mabern para fama, sem esforço inclina-se para dentro e para fora de um enganoso toque Oriental para um grande americano boogie/swing. Farnsworth mantém um firme controle das coisas aqui, enquanto Mabern e Webber carregam o dia. Alexander mantem bastante seus clichês e brilha na mais tranquila "You Are Too Beautiful" e "She's Out of My Life". Ninguém vai para casa desapontado e “The Iron Man: Live at Smoke”, prova.

Faixas: Disco 1: A Few Miles From Memphis; I Get A Kick Out of You; I Know That You Know; I Remember Clifford; T-Bomne Steak; Almost Like Being in Love; Dear Lord. Disco 2: Nightlife in Tokyo; She's Ou of My Life; How Insensitive; Mr. P.C.; On a Clear day (You Can See Forever); You Are Too Beautiful; Rakin' and Scrapin'.

Músicos: Harold Mabern: piano; Eric Alexander: saxofone tenor; John Webber: baixo; Joe Farnsworth: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Mike Jurkovic (AllAboutJazz)


ANIVERSARIANTES -24/05


Archie Shepp (1937) - saxofonista,
Ben Monder (1962) – guitarrista,
Bob Dylan (1941) – vocalista,
Charles Earland (1941-1999) – organista,
Dmitri Baevsky (1976) – saxofonista,
Eric Daniel (1952)–saxofonista,clarinetista,flautista,
Francesco Cafiso (1989) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=XFHg9HL9aLA,
Gianni Basso (1931-2009) – saxofonista,
Jarmo Savolainen (1961-2009) – pianista,
Max Bennett (1928-2018) – baixista,
Payl Kreibich (1955) – baterista,
Simone Guiducci (1962) – guitarrista,
Vardan Ovsepian (1975) – pianista,
Valerie Capers (1935) - pianista

sábado, 23 de maio de 2020

BERKLEE COLLEGE OF MUSIC - 2017 SESSIONS: THE BEST OF THE JAZZ REVELATION RECORDS YEARS (Jazz Revelation)


Berklee College of Music, de Boston, tem uma história conhecida de produção anual de gravações dos estudantes de jazz desde os anos 1950. Quinze anos atrás, a produção passou de empreendimento da faculdade para um selo dos estudantes chamado Jazz Revelation Records. Esta compilação inclui uma faixa de cada lançamento de 2004 a 2014.

 “It’s Not the Moon” de Gerry Mulligan do álbum “Rebirth (2004) ” apresenta a vocalista Sara Leib em dois solos sem palavras nos quais ela emula um trompete e, posteriormente, um trombone. Ela está acompanhada pelo pianista Mark Shilansky, pelo baixista Edward Perez e pelo baterista Michael Herklots. A composição do baterista Dave Lewis, “SH-7”, de ”Two (2005)”  tem mais da pulsação do sentimento de Pat Metheny, destacando o guitarrista Bryan Baker e o tecladista Tom Thorndike. O saxofonista, bem ajustado no quinteto, Mike Tucker explora seu toque bop em “Fanfare” a partir de “ Ars Nova (2006)”, com o pianista Leo Genovese, o trompetista Eric Bloom, o baixista Hogyu Hwang e o baterista Lee Fish.

Três faixas oferecem algum toque de fino jazz latino: “Todavía No” de “The New Old School (2007) ”, uma exploração de 11 instrumentistas da original banda do pianista Juan Andrés Ospina; o vibrante pianista Dayramir González em “Mabel’s Cha” de “Octave (2008) ” apresenta Jeremy de Jesus na flauta e a peça firmemente guiada pelo flamenco do pianista Juan Perez Rodriguez, “Aguas de Gibraltar”, de “Catalyst (2013)”  é reforçada com palmas ritmadas.

O pianista Cedric Heriot atua em seu “Louisiana” de “Common Ground (2008”) com o baixista Joshua Hari Brozosky e o baterista Dan Pugach. O hepteto com domínio de cordas do pianista Emi Inaba, incluindo o baixista Katie Thiroux, explora “New Vision”, de Inaba, de “Dedication (2009)”, enquanto a peça do trio do pianista Enrico de Trizio, “The Journey Ahead”, de “Birds of a Feather (2010)” é suave e elevada. “Megatune” do bandolinista Bryce Milano de “Ripple Effect (2012)” também apresenta Roni Eytan em uma gaita cromática, realizando uma singular mistura musical. O encerramento, “News from the Afterlife” de “Upswing (2014)”, é uma apresentação exótica do compositor Axel Hachadi no saxofone soprano e Simon Moullier, no vibrafone, no quinteto com o guitarrista Erick Del Aguila, com o baixista Max Gerl e o baterista Patrick Simard.

Após as sessões de 2017, foi lançado o selo Berklee Revelation Records com uma abordagem mais ampla com gênero não específico para melhor refletir a comunidade atual de Berklee. As gravações de 2018 e 2019, Union and Horizon, destacam compositores jovens pop que estão realizando um ótimo trabalho, mas não há uma lambidela de jazz.

Fonte: KEN FRANCKLING (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 23/05


Arthur Satyan (1973) – pianista,
Artie Shaw (1910-2004) - clarinetista,líder de orquestra,
Daniel Humair (1938) - baterista,
Famoudou Don Moye (1946) - baterista,percussionista,
Helen O´Connell (1920-1993) – vocalista,
Humphrey Lyttelton (1921) - trompetista,clarinetista,líder de orquestra,
James Barela (1971) – trompetista,
Jymie Merrit (1926-2020) – baixista,
Joel Forrester (1946) – pianista,
Ken Peplowski (1959) - clarinetista,saxofonista (na foto e vídeo) https://www.youtube.com/watch?v=bAQof6mmdvo ,
Les Spann (1932-1989) – guitarrista,flautista,
Marvin Stamm (1939) trompetista,flugelhornista,
Michal Miskiewicz (1977) – baterista,
Randy Sandke (1949) – trompetista,
Richie Beirach (1947) – pianista,
Rosemary Clooney (1928-2002) – vocalista

sexta-feira, 22 de maio de 2020

DAVE LIEBMAN – ON THE CORNER LIVE! THE MUSIC OF MILES DAVIS (EarUp)


Dos muitos lançamentos impulsionadores do debate da carreira mutante de Miles Davis, “On the Corner (1972) ”, deve alcançar o topo da lista. O trompetista admitiu que a música foi influenciada por artistas funk como James Brown e Sly & the Family Stone, o resultado resultou em um álbum mais enraizado em ritmo que em predecessores eletrificados em estúdio como “Bitches Brew” ou “Jack Johnson”. O disco bem influenciado pelo saxofonista de 53 anos e residente em Nashville, Jeff Coffin, que reuniu uma linha de frente de alto nível para tocar um material adjacente aos lançamentos de 2015 no espaço 3rd & Lindsley—incluindo o saxofonista das sessões de “On the Corner”, o saxofonista de 72 anos, Dave Liebman.

A introdução falada de Liebman conduz a composição título de Joe Zawinul para a joia de Davis de 1969, “In a Silent Way”, ressaltado pelo melancólico piano de Chris Walters. O versátil tecladista passa para o Fender Rhodes como outro promissor instrumentista da Music City, o guitarrista James DaSilva, recria as linhas de John McLaughlin em “On the Corner”. Coffin harmoniza com Liebman—ambos no saxofone soprano—no meio de uma torrente rítmica do baixista Victor Wooten e do baterista Chester Thompson.

DaSilva, Thompson e Wooten, defensavelmente, o mais vigoroso baixista fusion desde Jaco Pastorius, apresentam notáveis solos como interlúdios. Harmonias de Wooten apresentam conduções dentro de outra seleção de “On the Corner”, uma versão em 12 minutos de “Black Satin”, na qual o saxofonista coloca adiante solos emocionantes, que incitam a multiplicação de solos. A bucólica “Selim” (do lançamento de Davis de 1971, “Live-Evil”) de Hermeto Pascoal e a pomposa de Davis, “IFE” (Big Fun, 1974), também ajudam a fazer sua própria encarnação de “On the Corner”, que cada álbum ao vivo deveria ser — a próxima coisa melhor estando lá.

Faixas: Lieb Talks About Miles; In a Silent Way; On the Corner; Wili (for Dave); Bass Interlude; Black Satin; Selim; Guitar Interlude; Ife; Drum Interlude; Mojo; Jean Pierre.

Músicos: Dave Liebman: saxofones tenor e soprano, flauta de madeira; Jeff Coffin: saxofone tenor, soprano e electro saxophone, flauta, clarinete; Victor Wooten: baixo elétrico; Chester Thompson: bateria; Chris Walters: teclados; James DaSilva: guitarra.

Fonte: BILL MEREDITH (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 22/05


Armandinho (1953) – bandolinista(na foto e vídeo) http://v3.bcast.co.nz/videos/293970/armandinho-&-raphael-rabello ,
Christian Sanders (1989) - pianista,
Dick Berk (1939) - baterista,líder de orquestra,
Elek Bacsik (1926-1993) – guitarrista,violinista,
Jackie Cain (1928)- vocalista,
Kenny Ball (1930) - trompetista,
Sun Ra (1914-1993) - tecladista,líder de orquestra,
Tao Højgaard (1974) - guitarrista

quinta-feira, 21 de maio de 2020

ROCKY YERA - JUST PRACTICE (Self Release)


Rocky Yera emite um convite para o divertimento com o lançamento do seu álbum de estreia.

O saxofonista tenor, residente em Chicago, estimula um redemoinho de excitação e explora as profundidades da sentimentalidade em “Just Practice”, uma vitrine para seus talentos improvisadores ousados, habilidosas gravações e maestria dos efeitos eletrônicos. Um instrumentista perito, que venceu dois   DownBeat Student Music Awards em dias de nível médio e faculdade, Yera criou uma voz rara para ele mesmo, processando seu som com guitarras com pedais e manipulando os efeitos em tempo real. O saxofonista Jeff Coffin, cujos próprios experimentos com eletrônica inspirados por Yera para explorar novas possibilidades sonoras, faz uma aparição como convidado em “Mr. J.C. And The Baby Maker” com sua contribuição em seu funkeado sax alto seriamente aumentando o fator de excitação.

A instrumentação do grupo pequeno de “Just Practice” varia de faixa a faixa, assim como ele mesmo rodeia Yera com companheiros de mais alta ordem, o mais notável trompetista Victor Garcia, o organista Pete Benson, o guitarrista Aaron Lebos, o pianista Darwin Noguera, o baixista Josh Ramos e os bateristas Juan Pastor e Xavier Breaker. O programa, todo inédito, apresenta um balanço de bebop acústico tradicional, balanços latinos sincopados e jazz-funk contemporâneo eletrificado. Para estes que buscam alívio para inclinações urgentes para frente, que impulsionem mais de “Just Practice”, explorem a descontraída e suingante “Good Old Songs” e a vibração com bom sentimento e simples sofisticação da faixa título, onde Yera
revela a expansão de cair o queixo da sua altíssima extensão.

Faixas

1. Back in Miami 6:52
2. Mr JC and the Baby Maker (apresentando Jeff Coffin) 8:26
3. It Feels Me Better 7:41
4. Are Fast Songs Pretty? 5:32
5. It's Been a While 7:32
6. Good Old Songs 5:26
7. Belonging 4:34
8. Just Practice 6:33

Fonte: Ed Enright (DownBeat)

ANIVERSARIANTES - 21/05


Bill Holman (1927)- saxofonista,arranjador,
David Hofstra (1953) – baixista,
Fats Waller (1904-1943) - pianista,
Larance Marable (1929) – baterista,
Lew Barnes (1955) – trompetista,
Marc Ribot (1954) – guitarrista,
Matthew Von Doran (1960) – guitarrista,
Sylvia Bennett (1956) – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=9RzeoHsSSP4,
Tommy Bryant (1930-1982) - baixista

quarta-feira, 20 de maio de 2020

GARY CLARK JR. – THIS LAND (Warner Bros.)


Durante a vida de Prince, alguns críticos e fãs não compreenderam o escopo de sua influência. É possível que a estatura do multi-instrumentista Prince Rogers Nelson (1958–2016) aumentará durante este século, especialmente se sua capacidade artística for visualizada como um fator que modela o trabalho de futuras gerações de músicos. O giro de Gary Clark Jr. no novo álbum, “This Land”, clarifica Prince (ao lado da sua influência, Marvin Gaye) e lança uma longa sombra. Isto é evidenciado não apenas porque Clark ocasionalmente canta em falsete e, em estilo de Prince, contribui na guitarra, no baixo, teclados, percussão e programação para a diversidade do álbum aqui—mas também porque ele elabora letras provocativas, revela a pura musicalidade das suas produções e realiza tudo com confiante galhofa, que parece dizer, “Esta é minha arte, eu não amaldiçoo o que os inimigos devem dizer sobre ela”.

Fãs casuais devem categorizar Clark com uma guitarra supremamente premiada e potente vocalista de blues-rock, em estilo de outro texano com quem ele foi comparado: Stevie Ray Vaughan (1954–1990). De fato, algumas canções títulos neste “This Land”, tais como “The Guitar Man”, “I Walk Alone” e “Low Down Rolling Stone” deve conduzir fãs a pensar sobre o sexto lançamento de Clark pela Warner Bros. É um autêntico álbum de blues-rock, mas distante disto. Este disco deliberadamente eclético — que inicia com uma lancinante faixa título furiosamente impulsionada, que aborda o rascismo com letras que larga uma F-bomba e Palavra-N e faz referência a estar “direto no meio do país de Trump”— transmite que Clark não quer ser categorizado de qualquer modo. Neste longo programa, todo original, Clark oferece plena reflexão sobre relações interpessoais, ao lado de algum comentário sobre o estado do mundo. Elementos do blues, hard rock, r&b, soul, hip-hop, rockabilly, punk e outros gêneros são parte deste glorioso banquete de 15 canções (mais duas faixas extras). O álbum está repleto com amostras e interpolações, e Clark sobrepõe muitas partes instrumentais na maioria das faixas. A contagiante “Feelin’ Like A Million” é construída com ritmos do reggae, a bateria circula em torno de canções de clubes de dança e algumas linhas pungentes da guitarra. “Pearl Cadillac” (que Clark interpretou em Saturday Night Live, gerando mais que 250.000 visualizações no YouTube) tem uma vibração de Prince, e uma tradicional música com sabor de blues, “Dirty Dishes Blues”, é colocada ao final do programa, apenas antes das faixas extras.

Clark gravou a maior parte do álbum em sua casa em Austin, e ele recrutou colaboradores, que também tem uma faixa gravada de mistura de gêneros, incluindo a percussionista e o colaboradora de Prince, Sheila E., o trompetista de jazz Keyon Harrold e o baixista/tecladista Mike Elizondo (cujo extenso currículo inclui o trabalho com Eminem, Dr. Dre, Cassandra Wilson, Ry Cooder, Ed Sheeran, Maroon 5, Muse and Mastodon). Um trailer do vídeo de “This Land” inclui seu testemhunho sobre Prince: “Gary Clark Jr. tem tudo isto”. Segura, esta hiperbole, é certamente alegre para ser escutada com a cabeça balançando de um artista, que pode puxar diversos predecessores —B.B. King, Cream, Jimi Hendrix, Curtis Mayfield, Tupac Shakur e D’Angelo—filtra estas influencias através do seu próprio prisma enxarcado de blues, e cria um novo arco-íris sonoro.

Faixas

1 This Land [Explicit] 5:41                            
2 What About Us 4:30                   
3 I Got My Eyes on You (Locked & Loaded) 5:11               
4 I Walk Alone 3:44                        
5 Feelin' Like a Million 3:34                        
6 Gotta Get into Something 3:04                             
7 Got to Get Up 2:37                     
8 Feed the Babies 4:46                 
9 Pearl Cadillac 5:05                      
10 When I'm Gone 3:48               
11 The Guitar Man 4:27               
12 Low Down Rolling Stone 4:18                              
13 The Governor 2:21                   
14 Don't Wait 'Til Tomorrow 4:05                            
15 Dirty Dishes Blues 5:03                          
16 Highway 71 3:31                       
17 Did Dat 6:42

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao video abaixo:


Fonte: Bobby Reed (DownBeat)

ANIVERSARIANTES - 20/05


Alfredo Dias Gomes (1960) – baterista,
Bob Florence (1932-2008) - pianista,arranjador,líder de orquestra,
Charles Davis (1933-2016) – saxofonista,
Dino Saluzzi (1935) - bandoneonista,banjoísta,
Fredera (1945) – guitarrista,
Hélio Delmiro (1947) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=IEtnL1NMeFs,
Louis Smith (1931)- trompetista,
Ralph Peterson, Jr. (1962) – baterista,
Renato Teixeira (1945) – cantor,compositor,
Sheryl Bailey (1966) – guitarrista,
Tiziano Zanotti (1964) – baixista,
Tore Brunborg (1960) – saxofonista,
Victor Lewis (1950) - baterista,
Wajdi Cherif (1975) - piano

terça-feira, 19 de maio de 2020

CRAIG HARRIS – BROWN BUTTERFLY (Afro Future Concept)


Se já houve um candidato ideal para um tributo para o jazz, este é Muhammad Ali. Seu estilo de boxear era uma poesia em movimento, claro, mas ele tinha também uma vida significante de orgulho negro, um homem cuja resistência em face do racismo e da arrogância imperialista norte-americana e cada pedaço do seu legado foi tão forte quanto seu heroísmo no ringue. O trombonista Craig Harris é uma escolha apropriada para liderar tal tributo. Ao lado dos seus internacionalmente reconhecidos talentos como compositor e músico, o trabalho de Harris tem sido caracterizado por um ativista, uma propulsão Afrocêntrica. É notável que vários dos seus colaboradores, incluindo Sun Ra e Lester Bowie, foram revolucionários e humoristas hábeis, como foi o próprio Ali.


Esta suíte consiste de 21 esquetes, a maioria deles delineiam importantes eventos e períodos da vida de Ali. Eles não estão em ordem cronológica : “A batalha na Terra de Lumumba”, que abrange a luta em 1974 entre Ali-Foreman no Zaire, e esta é a terceira entrada; “Liston-Ali in Miami”, No. 12 na suíte, homenageia a peleja de 1964 onde o jovem Cassius Clay ganhou seu cinturão de campeão mundial, que ele usaria até ter sido retirado três anos depois pela recusa de fazer o serviço militar (um episódio relembrado em “Conscientious Stance Dance”, que mescla provocações, brincadeiras e a coragem de Ali dentro de um completo emaranhado).

Estas gravações são ricamente impressionistas. Batidas, melodias e refrões mimetizam, de forma contrapontual, a rapidez dos pés e punhos de Ali, temperadas e enriquecidas pela maravilhosa entonação do trabalho solo de Harris, tão bem quanto Jay Rodriguez no saxofone e flauta e Eddie Allen no trompete. Nota especial deveriam ser dadas aos poetas Abiodun Oyewole (“The People’s Choice”, “Boma Ye”) e Ngoma Hill (“The G.O.A.T.”), cujos versos enriquecem este projeto e suporta sua mensagem, onde a estatura de Ali em nossa cultura segue como uma fonte de esperança e inspiração.

Faixas

1 The People's Choice 3:41                        
2 Road Work 5:52                           
3 Rumble in the Land of Lumumba 4:26               
4 The Dawn Prayer 3:47                               
5 Ali Shuffle Interpolations 6:29               
6 Bundini/Ali 4:31                           
7 The G.O.A.T. 6:10                        
8 I Shook up the World 1:50                       
9 Float 5:34                       
10 The Gym Is Jumpin (5th St. Footwork) 3:53                  
11 The Cross 0:51                           
12 Liston-Ali in Miami 4:23                         
13 The Crescent 0:36                    
14 Conscientious Stance Dance 6:04                      
15 Bean Pie, Bow Tie and the F.O.I. 3:38                              
16 The Big M (For Malcolm) 4:31                             
17 Frazier-Ali 1, 2 and 3 2:32                     
18 Boma Ye 3:35                             
19 Rope-a-Dope 3:50                    
20 Parkison's (Ali the Finale) 5:46                            
21 The Pugilists Paradise 1:34    

Fonte: DAVID WHITEIS (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 19/05



Alma Cogan (1932-1966) – vocalista,
Canhoto da Paraíba (1928) – violonista,
Cecil McBee (1935)- baixista,
Geoff Stradling (1955) – pianista,
Georgie Auld (1919-1990)- saxofonista , líder de orquestra,
Johnny Alf (1929-2010) – pianista,vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=stRTgRT2NKY, 
Henry Butler (1949) – pianista,
Kyle Eastwood (1968) – baixista,
Luis Carlos Vinhas (1940) - pianista,
Michael Blake (1964) – saxofonista,
Mike Thompson (1949) – baterista,
Rex Cadwallader (1946) – pianista,
Sonny Fortune (1939) - saxofonista,
Tom Scott (1948) - saxofonista

segunda-feira, 18 de maio de 2020

RENEE ROSNES & DAVID HAJDU – ICE ON THE HUDSON (SMK Jazz)


O emparelhamento de um eminente artista de jazz com um igualmente autor distinto não é inédito. Nove anos atrás, o novelista, vencedor do prêmio Nobel, Kazuo Ishiguro modelou diversas canções astuciosas para a colega Stacey Kent em “Breakfast on the Morning Tram”. Porém, a parceria da pianista Renee Rosnes com David Hajdu, uma das mais afiadas observadoras da música e cultura, é mais profunda, preenchendo um álbum completo, mais completamente colaborativo—Rosnes compôs todas as músicas e ampliou, com quatro vocalistas qualificados dividindo as 11 faixas do repertório. René Marie, Janis Siegel, Karen Oberlin e Darius de Haas estão unidos a Rosnes , ao baixista Sean Smith, ao baterista Carl Allen, ao percussionista Rogerio Boccato, ao clarinetista Ken Peplowski e aos saxofonistas Steve Wilson e Seamus Blake.

Com Ishiguro, o perfil das letras de Hajdu são mais abrangentes, tão afiado nas canções ternas de amor e divertidas como em um comentário social astucioso. Todas são excepcionalmente boas. A sessão inicia com Marie na maravilhosamente alegórica “A Tiny Seed”, a respeito de um rei autocrático e a construção de um muro; Marie também comanda “Little Pearl”, uma ode serena para o planeta terra. Os outros conduzem três faixas cada. Entre as mais brilhantes joias estão: “I Used to Like to Draw”, rastreando a perda da criatividade desinibida da infância e a faixa título, contemplando a imprevisibilidade  do fluxo da vida, ambas apresentando Siegel; a notável “I Like Pie” de Sondheim, com Oberlin correspondendo a males mundanos, então combatendo tais demônios com guloseimas e Haas lidera “Trotsky in Mexico”, um estonteante retrato do triângulo amoroso do revolucionário russo exilado  com Frida Kahlo e Diego Rivera nos anos 1930.

Faixas

1 A Tiny Seed (René Marie) 5:11
2 I Used to Like to Draw (Janis Siegel) 5:13
3 Trotsky in Mexico (Darius De Haas) 3:13
4 All But You (Karen Oberlin) 3:42
5 To Meet My Brother (Darius De Haas) 3:24
6 The Passage (Janis Siegel) 6:17
7 Little Pearl (René Marie) 6:33
8 I Like Pie (Karen Oberlin) 3:01
9 Ice on the Hudson (Janis Siegel) 5:34
10 I Still Feel the Same (Karen Oberlin) 3:42
11 Confound Me (Darius De Haas) 5:17

Fonte: CHRISTOPHER LOUDON (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 18/05


Big Joe Turner (1911-1985) - vocalista,
Bruno Marini(1958) – saxofonista,organista,
Dave Bennett (1984) – clarinetista, guitarrista, pianista,baterista,
Jacques Morelenbaum (1954) – violoncellista,maestro,arranjador,
Jim McNeely (1949) – pianista,
Kai Winding (1922-1983)- trombonista,
Mauro Senise(1951) – saxofonista,flautista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=F59RvP93Qrs,
Marco Cortesi  (1962) – guitarrista,
Pops Foster (1892-1969) - baixista,
Weasel Walter (1972) - baterista

domingo, 17 de maio de 2020

TEODROSS AVERY – AFTER THE RAIN : A NIGHT FOR COLTRANE (Tompkins Square)


Todos os modernos saxofonistas com excelências pungentes remetem a John Coltrane de uma forma ou outra. Coltrane empurrou fronteiras e exibiu novos caminhos na música e nunca parou de pesquisar. Afortunadamente, novas gerações têm estado pronto para dominar e recolher as lições que Coltrane ensinou.

Um deles é o saxofonista Dr. Teodross Avery. Estimulado pelo seu pai, Avery começou tocando a guitarra clássica, mas a audição de “Giant Steps (Atlantic, 1959)” de Coltrane o ajudou a compreender que o saxofone era o instrumento certo,  desde então ele nunca olhou para trás. Avery gravou como líder para selos maiores e realizou numerosas sessões e concertos como acompanhante. Atualmente ele está ensinando na California State University Dominguez Hills onde ele é o diretor da Jazz Studies and Commercial Music.

Como um músico e estudioso, Teodross Avery é, ainda, uma profunda genuflexão para Coltrane, e o álbum: “After the Rain: A Night for Coltrane”, lançado por Tompkins Square em uma bela embalagem com notas por Ben Ratliff, captura em um espirituoso concerto ao vivo de 2018. Ele cobre uma amplo leque do repertório de Coltrane de uma composição inicial como "Bakai" a "Pursuence" da obra de arte “A Love Supreme (Impulse!, 1965)”. Porém, a ênfase é em “Africa/Brass (Impulse!, 1961)”, com duas faixas ("Africa" e "Blues Minor") fora deste álbum três músicas apresentadas , apenas "Greensleeves" está ausente.

Avery utiliza um dos formatos favoritos de Coltrane, o quarteto, e reuniu uma formação estelar de músicos com ideias semelhantes. O pianista Adam Shulman toca com pegada e invenção melódica, enquanto o baixista Jeff Chambers toma o grupo em transe e irrompe tão tranquilamente quando hipnotizante, que estala os dedos. Seu solo com o arco em "Africa" é uma parte integrada de narrativa musical como é o perfeitamente compassado solo de bateria de Darell Green no final de "Pursuance".
O próprio Avery é que mantém o fogo em combustão, transitando entre irrupções de grasnidos e intensidade gutural e melodias suavemente cantaroladas como a leitura pura da balada da faixa título. Ele facilmente contrabalança os aspectos diferentes da arte de Coltrane da profunda imersão no blues e spirituals para a balada e explorações avant-garde. Há algo aqui para cada fã de Coltrane. A música não é bastante tradicional para arremessar adiante e sentir-se livre, tal como o conceito de balanços e melodias.

Há uma razão para ser aceitável o trabalho de John Coltrane deixado para trás, mas é importante lembrar que este legado é ainda relevante para a música atual. Pharoah Sanders, um mestre em seu próprio modo, está ainda tocando Coltrane e Theodross Avery é outro exemplo de alguém que encontra continuamente novos segredos para destravar em sua música. É um privilégio ouvir alguém que pesquisa profundamente o universo de Coltrane.

Faixas: Blues Minor; Bakai; Afro Blue; After the Rain; Africa; Pursuance.

Músicos: Teodross Avery: saxofones tenor & soprano; Adam Shulman: piano; Jeff Chambers: baixo acústico; Darrell Green: bateria.

Fonte: Jakob Baekgaard (AllAboutJazz)