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sábado, 31 de dezembro de 2022

OUMOU SANGARÉ – TIMBUKTU (World Circuit)

Oumou Sangaré estava visitando Nova York quando a pandemia desligou os ânimos. Ela usou seu tempo em isolamento para compor a maioria das canções em “Timbuktu”, coescrevendo um pouco com seu antigo companheiro de banda, o instrumentista de n’goni (NT: é um instrumento de cordas originário da África Ocidental), Mamadou Sidibé. Conforme as coisas mudaram, ela viajou para Baltimore, Mali, Burkina Faso e Paris para gravar. Mais de uma dúzia de músicos participaram das sessões.

A música está , ainda, enraizada nos sons do seu lar em Wassulu, região do Mali, mas há elementos internacionais sutis nos arranjos. Um dos seus coprodutores, Pascal Danaë, adiciona lambidelas blueseiras na guitarra em diversas faixas, incluindo a abertura do álbum, “Wassulu Don”. As letras de Sangaré celebram a cultura de Wassulu, com a guitarra de Danaë e o circuito de bateria funkeada suportando seu vocal em seu fluxo livre. “Kêlê Magni” lamenta as dificuldades da Guerra Civil, que foi furiosa no Mali por mais de uma década. Inicia com o ondulante balafon (NT: É um instrumento musical comum na África sub-saariana e precursor do xilofone) e ritmos no n’goni por trás e a chamada e resposta de Sangaré com o coro de vocalistas. No meio do caminho, o blues distorcido na guitarra de Danaë e a linha balançante do baixo providenciam uma propulsiva sustentação do pungente vocal de Sangaré. Ela envolve as coisas com “Sabou Dogoné”, uma canção tradicional que pede a Alá  para conectá-la ao conhecimento e sabedoria antiga do Mali, sustentada por acordes no órgão e piano disperso por trás dela em seus vocais ferventes.

Faixas: Wassulu Don, Sira, Degui N’Kelena, Gniani Sara, Timbuktu, Sarama, Kanou, Demissimw, Kêlê Magni, Dily Oumou, Sabou Dogoné (41:43)

Músicos: Oumou Sangaré, Vocal; Pascal Danaë, dobro, percussão, slide guitar, guitarras, coro, piano, teclados, Moog, produção; Nicolas Quéré, Moog, piano, clarinete, teclados, percussão, produção; Mamadou Sidibé, ngoni, coro, percussão, teclados; Baptiste Brondy, percussão, bateria; William Calhoun, percussão; David Coltun, violino; Rob Coltun, guitarra; Cheick Diabata, banjo; Adama Diarra, djembe; Abou Diarra, percussão; Bala Kouyate, balafon; Emma Lamadji, coro; Michael Coltun, baixo; Eliéser Oubda, teclados; Rafgee, subassofone; Diarra Moussa Saifal, flauta; Laurent Vernerey, baixo.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=tulfimCd6JE

Fonte: j. poet (DownBeat)

 

 

ANIVERSARIANTES - 31/12

Anat Cohen (1979) – clarinetista,saxofonista (na foto e video) https://www.youtube.com/watch?v=1YXhSKRStpM ,

Andy Summers  (1942) – guitarrista,

Bernie Senensky (1944) – pianista,

Gil Melle (1931-2004) saxofonista,

Jerry Van Rooyen (1928-2009) – trompetista, flughelhornista,

John Kirby (1908-1952) - baixista,tubista,

Jonah Jones (1909-2000) – trompetista,

Jonathan Mele (1969) – baterista,

Marcelo Salazar(1953) – percussionista,

Martin Spitzer (1965) – guitarrista,

Oran Etkin (1969) clarinete, saxofone,

Peter Herbolzheimer (1935) - trombonista,

Rich Perry (1949) – saxofonista,

Scott Forrey (1959) – trompetista,

Shane Endsley (1969) – trompetista,

Will Bernard (1949) – guitarrista,

Wilbur Harden (1924-1969) – trompetista,flugelhornista

 

 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

MAGNUS GRANBERG - NIGHT WILL FADE AND FALL APART (Thanatosis)

Contratado pela gravadora sueca, Thanatos, em Dezembro de 2020, e composto para seis membros do Tya Ensemble em 2021, a composição de Magnus Granberg, "Night Will Fade and Fall Apart", foi  inspirada por duas peças mais velhas, como algumas das suas composições passadas. Assim, os materiais rítmicos da nova composição foram extraídos de "Tres gentil cuer" e "En l'amoureux vergier" pelo compositor francês do século XIV, Solage, enquanto os materiais harmônicos foram livremente derivados da canção popular de 1940 e standard do jazz, "My Foolish Heart", de Victor Young e Ned Washington. Como sempre como tais extrações de Granberg , não há sugestão de plágio conforme ele é adepto da repaginação dos materiais fonte, não os copiando.

Embora a peça tenha sido composta para o Tya Ensemble, este álbum compreende seis faixas, nas quais diferentes instrumentos tocam suas partes. Assim o álbum inicia com quarenta e quatro minutos de "Night Will Fade and Fall Apart (para banda)" seguida por 2 minutos e meio de "Night Will Fade and Fall Apart (para percussão)" e encerra com 31 minutos e meio de "Night Will Fade and Fall Apart (para piano e vibrafone)". A última faixa, claramente, demonstra que os acordes do piano e vibrafone compreendem toda a estrutura principal da peça. Como é típico de Granberg, a versão para a banda completa permite a cada instrumento bastante espaço para serem claramente ouvidos, nunca amontoando ou ocupando a paisagem sonora. Este ponto é reforçado pela economia e brevidade dos instrumentos individuais nas faixas. Assim nos quarenta e quatro minutos da versão para a banda, o violino toca por cinco minutos e meio, o cello por menos de seis.

Como uma ideia, foi inspirada para individualmente esquematizar a construção de blocos de uma peça completa, que parece semelhante, espalhando as peças de quebra-cabeças em vaivém antes de iniciar. Tendo ouvindo qualquer das faixas individuais, é fascinante ouvir por isto, quando tocando a versão para a banda. Assim como os trabalhos frequentes de Granberg, não há fim para o prazer, que sua música traz.

Faixas: Night Will Fade and Fall Apart (para Banda); Night Will Fade and Fall Apart (for Percussion); Night Will Fade and Fall Apart (para Violino); Night Will Fade and Fall Apart (para Cello); Night Will Fade and Fall Apart (para Guitarra); Night Will Fade and Fall Apart (para Piano e Vibrafone).

Músicos: Josefin Runsteen: violino; My Hellgren: cello; Finn Loxbo: guitarra; Anna Christensson: piano; John Eriksson: vibrafone e percussão; Ryan Packard: percussão.

Fonte: John Eyles (AllAboutJazz)

 

 

ANIVERSARIANTES - 30/12

Aloysio de Oliveira (1914-1995) – vocalista,compositor, produtor,

Brooke Sofferman (1972) – baterista,

Ed Byrne (1946) - trombonista,

Frank Vignola (1965) - guitarrista,

Jack Montrose (1928- 2006) – saxofonista,

Jerry Granelli (1940) - baterista,

Jimmy Jones (1918-1982) - pianista,

Lewis Nash (1958) – baterista(na foto e vídeo) https://www.youtube.com/watch?v=R8SlQjwitC0,

Nir Felder (1982) – guitarra,

Ron Affif (1965) - guitarrista ,

Stan Tracey (1926) - pianista,

Yaron Elyashiv (1981) - saxofonista 



 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

DOUG MacLEOD - A SOUL TO CLAIM (Reference)

 “A Soul To Claim” de Doug MacLeod, como muitos dos seus 21 álbuns, mostra que ele é um modelo de contador de estórias do blues em alto nível: contorcido, perspicaz, viril, inclinado a espetar o sentimento de alegria.

No estúdio, MacLeod gira seus relatos com a ajuda do aclamado produtor Jim Gaines, que apoia o vívido canto de MacLeod e um trabalho de guitarra emocionante em metade da gravação com uma paisagem sonora elaborada na primeira chamada dos músicos de soul-blues de Memphis.

MacLeod confere, à sua música, intimidade humana, que é uma função de sua personalidade afável e do material original com o qual ele trabalha. Com autoridade natural e carisma, ele se comunica individualmente com os ouvintes. “Only Porter At The Station”, uma das seis performances solo, encontra-o gerando tensão entre estóico interesse próprio e atenção com alguém que carrega o excesso de bagagem. Sozinho outra vez em “Dodge City”, MacLeod dá bons chutes nos traseiros de políticos rançosos (Em seus anos mais jovens, ele esteve mais irritado — ouça “Whose Truth, Whose Lies?” em seu álbum de 2000 do mesmo nome).

Um ex -marinheiro da Marinha de Guerra de forte propósito moral, MacLeod interpreta uma canção sobre antigos sem teto chamada “Where Are You?” em uma entonação emocional de tristeza machucada e compaixão. O solo de órgão de Rick Steff e a suave cadência animada do baixo e a bateria providenciam uma aproximação de seu estado de sentimento. Diversas músicas deitam apenas alegremente em um colo sábio.

Faixas: A Soul To Claim; Be What You Is; Money Talks; Where Are You?; Dodge City; Smokey Nights And Faded Blues; Only Porter At The Station; Mud Island Morning; Dubb’s Talking Disappointment Blues; Grease The Wheel; Somewhere On A Mississippi Highway; There Is Always Love. (54:53)

Músicos: Doug MacLeod, vocal, guitarra; Dave Smith, guitarra baixo; Rick Steff, teclados; Steve Potts, bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=OAV-BdXljoU

Fonte: Frank-John Hadley (DownBeat)

 



ANIVERSARIANTES - 29/12

Danilo Pérez (1966) – pianista,

David Feldman (1977) – pianista,

Fred Jacobs (1949) - trompetista,

George Colligan (1969) - tecladista,

George Schuller (1958) - baterista,

Joe Lovano (1952) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=AcowR9AvtJA,

Snub Mosley (1905-1981)- trombonista,

Sullivan Fortner (1986) – pianista,

Viola Smith (1912-2020) – baterista,

Willie Humphrey (1900-1994) - clarinetista
 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

ED PARTYKA/UMO HELSINKI JAZZ ORCHESTRA - LAST DANCE (Neuklang)

As orquestras europeias de jazz têm sido forjadas como concerto de música ricamente sinfônica no âmago de um formato de orquestra estadunidense, frequentemente em conjunção com compositores estadunidenses tais como o trombonista/tubista de Chicago, Ed Partyka, uma antiga presença na Europa, que agora lidera a UMO Helsinki Jazz Orchestra, que tem 57 anos.

Muito na tradição do seu mentor, Bob Brookmeyer, Partyka assume a UMO de forma grandiosa, soando nas alturas com uma bateria de sopros, que inclui flautas, clarinetes baixo, French horn, tuba e uma gama de saxes, do soprano ao baixo. Usando, perfeitamente, combinações manifestas de metais-palhetas, que se movem em intricadas linhas entrelaçadas e paralelas em poucas conversações como se eles construissem para climaxes cinemáticos, Partkya marca transições com fanfarra de metais e cria paisagens sonoras que se movem indo e vindo no tempo do suíngue. Mesmo fãs das mais vigorosas e suingantes orquestras encontrarão dificuldade em resistir à pura beleza pastoral desta música deslumbrante, disponível apenas em vinil.

As quatro partes do programa apresentam duas inéditas de Partyka, mais seus arranjos para de “Para Nada” de Eliane Elias e “Dienda” de Kenny Kirkland. Emtoda parte, Paryka oferece um balanço suave entre corpo e mente neste programa magnífico.

Faixas: New Music For Jazz Orchestra by Ed Partyka: G.G.’s Last Dance; Para Nada; Dienda; Do As I Say, Not As I Do. (47:48)

Músicos: Teemu Mattsson, Timo Paasonen, Mikko Pettinen, Tero Saarti, Tomi Nikku (1–3), Jaane Toivonen (4), trompete; Ville Vannemaa (1, 3, 4), Manuel Dunkel (1, 4), Mikko Mäkinen (1), Jouni Järvelä (4), saxofone soprano; Ville Vannemaa (1, 4), Jouni Järvelä (3, 4), saxofone alto; Manuel Dunkel (3, 4), saxofone tenor; Mikko Mäkinen, saxofone barítono (3, 4); Max Zenger, saxofone  baixo (3, 4); Jouni Järvelä (2, 4), clarinete; Ville Vannemaa (2, 3), Mikko Mäkinen (3), Jouni Järvelä (1), Max Zenger (1, 2, 4), clarinete baixo; Max Zenger, clarinete baixo (1, 2); Ville Vannemaa (1), Manuel Dunkel (1, 2, 4), Mikko Mäkinen (1, 4), flauta; Kasperi Sarikoski, Pekka Laukkanen, trombone; Mikael Långbacka, trombone baixo; Tatu-Pekka Paukkunen (1–3), Joonas Seppelin (4), French horn; Mikko Mustonen, tuba; Seppo Kantonen (1–3), Juho Valjakka (4), piano, Jori Huhtala (1–3), Juho Kivivuori (4), baixo; Jaska Lukkarinen, bateria.  

Fonte: Paul de Barros (DownBeat)

 

ANIVERSARIANTES - 28/12

Ben Williams (1984) – baixista,

Caleb Curtis (1985) – saxofonista,

Dan Chmielinski (1993) – baixista,

David Berkman (1958) – pianista,

Daniel Carter (1945) – saxofonista,flautista,clarinetista,

David Berkman (1958) – pianista,

Dick Sudhalter (1938) - cornetista,

Donna Hightower (1926-2013) –vocalista,

Earl Hines (1903-1983) - pianista,

Ed Thigpen (1930) - baterista,

Lonnie Liston Smith (1940) - pianista,

Terrace Martin (1978) – vocalista,multi-instrumentista,

Michel Petrucciani (1962-1999) – pianista,

Moe Koffman (1928-2001) - flautista, saxofonista,

Rebecca Parris (1951-2018) – vocalista,

Rob Reddy (1966) – saxofonista,

Ted Nash (1959) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=BvsbUo5xSVs   

 

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

BASHER – DOUBLES (Sinking City Records)

O título do álbum “Doubles”, referencia o conceito da dualidade e da popular comida de rua de Trinidad e Tobago. Porém, no final das contas, é sobre a instrumentação duplicada através da banda: dois saxofones, duas baterias e dois, ou mais, sintetizadores.

É o novo álbum do residente em New Orleans, Basher, liderado pelo compositor e saxofonista Byron Asher. Na banda, ele está unido pelo multi-instrumentista e a saxofonista Aurora Nealand, e o tecladista Daniel Meinecke, e com duas baterias Cajun em uma seção de percussão, o nativo de Louisiana, Brad Webb e o residente de Louisiana, Zach Rhea. Dentro de cena musical criativa da cidade natal deles, eles vieram a ser conhecidos como uma “banda de festa free-jazz”.

Basher cumpre o prometido? Na maior parte, sim. No início do disco, “Primetime-A-Go-go” estabelece um firme balanço para os dois saxofonistas praticarem. “Claptrack Clapback” faz o mesmo, em um passo mais lento, antes de permitir que todos os sintetizadores em mãos realmente atuem. “Ponchatoula” fica mais lenta, ao passo de uma balada — suponha que esta é realmente uma festa de uma banda free-jazz, para que um par dance lentamente — ainda que a banda admiravelmente lance uma ponte brilhante e alguns rabiscos no sintetizador para iluminar o humor. A excursão mais bravia aqui é “Step Pyramid”, que inicia com apenas palmas e sintetizadores antes de ensaiar tudo, Basher realiza longos e profundos sentidos de mudanças no acorde do órgão, que abrem caminho para o início do tema. A adequadamente denominada “Carnival 2019” com palmas apenas firmes, iguala a oferta de um desarranjo da bateria com uma assistência de um sintetizador, que, arqueadamente, são levados de volta à canção pela seção de instrumentos de sopro.

Porém, a banda alcança mais o free, o qual deve ter chamado seus intersticiais. A curta abertura “Diana” privada de percussão, mas abalroada pela plenitude dos expressivos instrumentos de sopro e sintetizadores, sente-se mais como uma excursão que sairia da zona do que da dança. O mesmo parece verdade no quase sentimento de ficção científica de “Artemis”, que rapidamente vai e volta no mesmo caminho, como faz “Bacchus”, que soa como um carro trafegando ruidosamente em marcha lenta.

O álbum é mais fascinante quando este elemento é um espaço permitido para tomar fôlego em faixas maiores. “Zephyr” é puro temor rastejante — inegavelmente livre. “Borealis” é apenas tão estonteante, aberto com apenas Asher e saxes de Nealand, quanto um manifesto tencionam antes dos dois se estabelecerem cada um conforme os sintetizadores julgam para construir uma satisfatória instabilidade.

No encerramento, a reflexiva “Refinery Skies” estabelece a cena com uma introdução no sintetizador com pressentimento premonitório antes do passeio dos instrumentos de sopro, um pouco de bateria, um pouco mais de instrumentos de sopro, finalmente encontrando um local sereno para o final do disco.

É free-jazz? É uma festa? Às vezes, é único. Às vezes, é outra coisa. É, definitivamente, confirmação importante.

Faixas

1.Diana 02:28

2.Primetime A Go-Go 03:58

3.Artemis 02:12

4.Claptrap Clapback 03:47 video

5.Ponchatoula 06:24

6.Bacchus 01:06

7.Step Pyramid 04:26

8.Zephyr 03:27

9.Carnival 2019 03:23

10.Borealis 04:04

11.Refinery Skies 06:34

Músicos: Byron Asher, saxofone tenor; Aurora Nealand, saxofone alto; Daniel Meinecke, sintetizadores; Brad Webb, bateria; Zach Rhea, bateria.

Fonte: Daniel Margolis (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 27/12

Bill Crow (1927) - baixista,

Bunk Johnson (1889-1949) - trompetista,

David Hughes (1971) - baixista,

Demian Cabaud  (1977) – baixista,

Johnny Frigo (1916-2007) - violinista,

Ken Filiano (1952) – baixista,

Maurício Tapajós (1943-1995) – vocalista,

Pablo Held (1986) – pianista,

T.S. Monk (1949) – baterista(na foto e vídeo) http://www.dailymotion.com/video/xdxx8b_t-s-monk-at-museum-of-the-city-of-n_music,

Tony Deangelis (1969) – baterista,

Walter Norris (1931-2011) - pianista 

 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

JOSH SINTON - STEVE LACY´S BOOK OF PRACTIONERS, VOL. 1 “H” (FiP)

Josh Sinton compartilha 20 anos de “achados” no saxofone barítono com o lançamento de “Steve Lacy’s Book Of Practitioners, Vol. 1 “H”, uma gravação solo dos estudos avançados e interpretados no “tubo grande” do mestre do saxofone soprano. Sinton estende o uso intencional dos estudos de Lacy como prática e material de estudo para criar um álbum que explora distantes intentos do que é possível neste flexível e complexo instrumento, que foi um marco nos grupos tradicionais e experimentais do jazz. Na visão de Sinton, cada vez mais onipresente, o barítono permanece amadurecido para experimentação e sub explorado no vasto reino dos trabalhos solo de saxofone, e ele exibe entusiasmo incondicional para novas ideias em “Steve Lacy’s Book Of Practitioners, Vol. 1 “H”. Cada um dos seis estudos, aqui, segue um formato que providencia amplo campo para Sinton construir pepitas de descoberta de improvisações desenvolvidas. Destaques incluem “Hubris” com seus ataques em staccato e referências de r&b ; em tom menor “Hallmark” onde uma extensa meditação gira um diálogo bilateral e a peça central “Hustles”, que esvazia uma enorme distância de possibilidades sonoras e abstrações em sua profunda compreensão. Este álbum é um forte pacote que atrairá sérios instrumentistas, ouvintes com profundidade e fãs de arte criadas em absoluto fervor. Sinton está em uma maré de sorte este ano, iniciando com o lançamento, em Junho, de “Adumbrations”, uma livre e lírica documentação de sua longa amizade com o pianista Jed Wilson e o bateristaTony Falco (que se conheceram desde os tempos de estudante no New England Conservatory), seguido pelo primeiro volume dos estudos de Lacy, e concluindo com um lançamento em Outubro do seu Predicate Quartet (com o trompetista Jonathan Finlayson, o cellista Christopher Hoffman e o baterista Tom Rainey) intitulado “4 freedoms”, que foi fundado por concessão da Jazz Coalition para explorar temas de interesse social.

Faixas

1.Hubris (to Babs Gonzalez) 07:27

2.Hallmark (to Edward "Sonny" Sitt) 07:21

3. Hurtles (to Karl Wallenda) 07:24

4.Hustles (to Niccolo Paganini) 11:24

5.Hocus-Pocus (to Harry Houdini) 04:54

6.The Heebie-Jeebies (to James P. Johnson) 05:14

Fonte:  Ed Enright (DownBeat) 

 

ANIVERSARIANTES - 26/12

Billy Bean (1933) - guitarrista,

Belden Bullock (1957) – baixista,

Butch Ballard (1917) - baterista,

Chihiro Yamanaka (1974) – pianista,

Chris Weigers (1957) - baixista,

George Porter Jr. (1947) – baixista,

George Winston (1949) – pianista,

Guy Barker (1957) - trompetista,

John Scofield (1951) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=ler4KKEcHDY,

Monty Budwig (1929-1992) - baixista 

 

domingo, 25 de dezembro de 2022

TONY MONACO - HENDRIK MEURKENS - REID HOYSON - MARK LUCAS – STROLLIN´ (Reid Hoyson Productions)

Para apreender a essência de “Strollin'”, ouvintes não necessitam ir além do que está no soberbo e perfeito retrato do trabalho deste novo álbum. Mesmo quando queimando borracha, os quatro maestros deste quarteto cooperativo deixam a impressão que eles estão, simplesmente, passeando (strollin') através de alterações em onze músicas bem escolhidas, raramente trabalhando até transpirar conforme eles respiram uma vida radiante em cada uma delas. Não há um líder nominal, aqui, nem há necessidade, quando um grupo com quatro músicos deste calibre estão reunidos. O baterista Reid Hoyson é o produtor, assim ele mantém o tempo, enquanto os outros, tranquilamente, cuidam dos seus negócios, assegurando que cada nuance não seja negligenciada e que cada nota conte.

Esta é especialmente a verdade dos solos, cada um do quais é um modelo de desenho reflexivo e sabor delicioso. Nada que não foi feito antes, é verdadeiro, mas, também, raramente interpretado em tal nível de consistência impressionante. Virtuoso da gaita, Hendrik Meurkens, seguramente não necessita de apresentação aos entusiastas do jazz, nem o organista Tony Monaco, enquanto o guitarrista Mark Lucas, mesmo menos conhecido fora da sua nativa Pittsburgh, não necessita de apologia para seus improvisos, que são tão brilhantes e inventivos como outros quaisquer. Os solos de Hoyson surgem apenas uma vez, intercambiando em "Aglio e Olio" de Monaco e o deixa completamente bem.

O quarteto inicia com o primeiro dos três standards do jazz, a lírica "Yardbird Suite" de Charlie Parker (os outros são "Strollin'" de Horace Silver e "A Child Is Born" de Thad Jones). Ao lado de "Aglio", Monaco compôs "Happy Sergio" e "Roz da Cat", "A Room Above" de Lucas, "Mundell's Mood", "Slidin'" de Meurkens e a faixa de encerramento "Mean Dog Blues". O único standard é "You Don't Know What Love Is" de Don Raye & Gene de Paul. Mesmo se estes cavalheiros não fossem tão proficientes, a instrumentação incomum do grupo, sem dúvida, serviria para manter os temas interessantes. Pois é, eles passam de "interessante" para "irresistível" em cada número. Se você imagina “Strollin'” em companhia prazerosa, estes fervorosos maestros devem dar a você um bom caminho para lembrar.

Faixas : Yardbird Suite; A Room Above; Strollin'; You Don't Know What Love Is; Mundell's Mood; Happy Sergio; A Child Is Born; Aglio e Olio; Slidin'; Roz Da Cat; Mean Dog Blues.

Músicos: Tony Monaco: órgão, Hammond B3; Hendrik Meurkens: gaita; Reid Hoyson: bateria; Mark Lucas: guitarra.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=VZ320fuo4ko

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 25/12

Bob James (1939) - pianista,

Cab Calloway (1907-1994) - vocalista,líder de orquestra,

Dmitri Matheny (1965) – flugelhornista,

Don Alias  (1939-2006) - percussionista,

Don Pullen (1944-1995) – pianista,

Eddie Safranski (1918-1974) - baixista,

Ernie Andrews (1927-2022) – vocalista,

Jim Robinson (1892-1976) - trombonista,

Joe Louis Walker (1949) – guitarrista, vocalista,

Julian Lage (1987) – guitarrista,

Kid Ory (1886-1973) - trombonista,

Oscar Moore (1912-1981) - guitarrista,

Ronnie Cuber (1941-2022) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=I6sRAHpBagc

Simone (1949) – vocalista, 

Wayman Carver (1905-1967) - flautista, saxofonista,

Zaccai Curtis(1981) - pianista

 

sábado, 24 de dezembro de 2022

STACI GRIESBACH - MY GEORGE JONES SONGBOOK (Staci Griesbach Music)

 George Jones é amplamente reconhecido como o mais fino cantor country de todos os tempos, e a vocalista Staci Griesbach , residente em Los Angeles, toma 14 de suas melhores músicas e as trabalha do seu jeito nesta nova coletânea lançada.

Verifica-se acompanhamento disperso do cello de Artyom Manukyan e a intensidade do piano de Jeremy Siskind em relação ao sentimento de desolação em “He Stopped Loving Her Today”. O vocal de Griesbach é marcado por longas sustentações que mostram os sentimentos de perda e palpável aflição. “Golden Ring” estabelece um fumegante arranjo bem conduzido de R&B. “Why Baby Why” apresenta a rebeca de Stuart Duncan suingando loucamente entre o Texas de Bob Will e Paris de Grappelli, enquanto “The Race Is On” inicia com verso cantado lentamente sincopado sobre o órgão de Joe Baggs e o baixo disperso de Kevin Ax. Griesbach desacelera “A Picture of Me Without You” ainda mais que a versão fúnebre de Jones. Seu vocal desolado expressa os sentimentos de um coração vazio.

Faixas: The Grand Tour; He Stopped Loving Her Today; A Good Year For The Roses; He Thinks I Still Care; Walk Through This World With Me; A Picture Of Me Without You; Golden Ring; Bartender’s Blues; Why Baby Why; Take Me; White Lightning; You’re Still On My Mind; Tender Years (Tes Tendres Années); The Race Is On. (49:25)

Músicos: Staci Griesbach, vocal, coro, produtor; Jeremy Siskind, piano, arranjador; Otmaro Ruiz, piano, arranjador; Tamir Hendelman, piano, arranjador; Addison Frei, arranjador; Rich Hinman, pedal steel; Kevin Axt, baixo; Jake Reed, bateria ; Artyom Manukyan, cello; Bob Sheppard, flauta, saxofone tenor; Bruce Forman, guitarra; Nando Raio, baixo; Aaron Serfaty, bateria, percussão; Stuart Duncan, rabeca; Joe Bagg, órgão; Willie Murillo, trompete, arranjos de instrumentos de sopro; Rahsaan Barber, saxofone tenor ; Brian Clancy, saxofone tenor; Ryan Dragon, trombone; Willie Murillo, trompete; Brian Clancy, saxofone tenor; John Hatton, baixo.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte:  j. poet (DownBeat) 

 

ANIVERSARIANTES - 24/12

Baby Dodds (1898-1959) - baterista,

Chris McGregor (1936-1990) - pianista,

Craig Yaremko( 1978) – saxofonista,

Dave Bartholomew (1920) - trompetista,

Frank Chastenier (1966) – pianista,

Jabbo Smith (1908-1991) - trompetista,

Olívia Byington (1958) – vocalista,

Paal Nilssen-Love (1974) – bateria,

Ralph Bowen (1961) – saxofonista,

Ralph Moore (1956) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=vQd6OdAa1xk,

Ray Bryant (1931-2011) - pianista,

Woody Shaw (1944-1989) - trompetista



sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

LOUIS HAYES - CRISIS (Savant)

O título do último álbum do Louis Hayes é, claro, uma referência lateral à epidemia global, que derrubou muitos da sua geração e manteve o mestre da bateria fora da estrada pela primeira vez em seis décadas. É também o nome de uma peça reminiscente, vigorosa e com passagens coloridas, de um tempo e local essencial para seu florescimento como um artista criativo: o final dos anos 50 em Nova York, quando Hayes e a compositor da música, o trompetista Freddie Hubbard, viveram no mesmo edifício no Brooklyn. Começou com um vai-e-vem entre o baterista e sua banda , que funciona a sua maneira através de um variado tema de humor mesclado antes de passar para o solo do vibrafonista Steve Nelson com o saxofonista tenor , Abraham Burton, iniciando outro extenso solo.

Em “Crisis”, como tudo, Hayes convenientemente cria uma fundação de balanço sem esforço, profundamente enraizado no suíngue, em conjunto com o baixista Dezron Douglas, com o pianista David Hazeltine e seus companheiros de banda. O líder exibe suas habilidades como um compositor em “Creeping Crud” composta para seu antigo companheiro de Horace Silver Quintet e companheiro de Detroit, o baixista Doug Watkins. Iniciado com poucos segundos da armadilha configurada, uma melodia bop sinuosa, tocada em uníssono por Nelson e Burton, e oferendo um espaço para solo para todos, exceto Hayes. Dois outros instrumentistas afinam nas responsabilidades da composição com a bela e lenta “Alien Visitation” de Nelson, apresentando outro solo exploratório no vibrafone, e a suavemente bamboleante “Oxygen” de Douglas. Hayes homenageia outro velho amigo trompetista, Lee Morgan, com “Desert Moonlight”, ressaltada por algumas provocativas trocas de oitavas.

Camille Thurman adiciona um contraste bem-vindo em um par de músicas, aplicando seu vocal sofisticado e emotivo na deliciosa e melancólica “I’m Afraid the Masquerade is Over”, derramando e injetando, ao final, algumas linhas em scat bem colocadas na animada “Where Are You?”. Crisis- (NT: Crise? Que crise?)

Faixas : Arab Arab; I'm Afraid the Masquerade Is Over; Desert Moonlight; Where Are You?; Creeping Crud; Alien Visitation; Crisis; Oxygen; It's Only a Paper Moon

Músicos : Louis Hayes: bateria; Abraham Burton: saxofone alto; Steve Nelson: vibrafone; David Hazeltine: piano; Dezron Douglas: baixo; Camille Thurman: saxofone.

Fonte: PHILIP BOOTH (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 23/12

Badi Assad (1966) – violonista,vocalista,percussionista,

Chet Baker (1929-1988) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Gsz3mrnIBd0,

Cristina Buarque (1950) – vocalista,

Cyro Baptista (1950) – percussionista,

Esther Phillips (1935-1984) - vocalista,

Frank Morgan (1935-2007) – saxofonista,

Jay Azzolina (1952) – guitarrista,

Jon Gordon (1966) – saxofonista,

Laurence Hobgood (1959) – pianista,

Verneri Pohjola (1977) -trompetista  


quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

TIM FITZGERALD´S FULL HOUSE - TIM FITZGERALD´S FULL HOUSE (Cellar Music Group)

 Diversos dos mais demandados instrumentistas de Chicago, improvisadores e arranjadores atuam no Tim Fitzgerald’s Full House, uma banda com sete anos de existência dedicada a interpretar e construir sobre o repertório de Wes Montgomery (1923–1968). Inspirado pelo guitarrista componente do DownBeat Hall of Fame e profundamente familiarizado com o repertório comovente e suavemente estilizado, utilizando técnicas do mestre inovador e popularizado nos anos 1950s e 60s, Fitzgerald é um estudioso de Montgomery e um visionário que tem merecido amplo reconhecimento por seu trabalho. Em cerca de 20 anos de atuação, liderando, transcrevendo, pesquisando e criando, Fitzgerald tem consistentemente exibido uma profunda conexão e intimidade com o fumegante mundo do jazz de guitarristas autodidatas. Sua estreia no septeto do mesmo nome (denominado pelo hard bop de Montgomery, em 1962, do álbum ao vivo, “Full House”) usa substancial e celebrada obra de Montgomery como um ponto de partida para aventuras inventivas no bebop, swing, doçura balançante, gingado blueseiro e improvisação extensa. O que faz este projeto verdadeiramente notável, ainda que seja habilmente vocalizado, são os arranjos ritmicamente carregados de canções de Montgomery, que Fitzgerald e seus companheiros de banda trazem para a festa. Alguns dos momentos cativantes em “Tim Fitzgerald’s Full House” ocorrem os instrumentistas de sopro Victor Garcia (trompete), Greg Ward (sax alto) e Chris Madsen (sax tenor) unem-se com o líder em extensas passagens, que Fitzgerald integra a assinatura do toque técnico de Montgomery em acorde melódico. O resultado da mistura metais-e-guitarra invoca um timbre complexo que é tão cativante quanto sonoramente sobrenatural. Propaga-se para o ouvinte com uma dinâmica como com wah-wah e acalma-se com uma suavidade prazerosa. Fitzgerald não emula o toque de Montgomery por assim dizer, mas os dois guitarristas têm muito em comum: destreza no dedilhar, uma afinidade para material ritmicamente avançado, comando total dos elementos harmônicos inerentes próprios do jazz mais direto, toque impecável no braço da guitarra, maestria em todas as coisas sincopadas e reverências alicerçadas no blues. O baterista George Fludas é uma força condutora através do programa, nunca deixando de gerar centelhas ou salpica pedaços de lampejos e vislumbre apenas nos locais certos. O pianista Tom Vaitsas e o baixista Christian Dillingham completam esta espetacular formação, um talento bem profundo e experiência na qual Fitzgerald se baseia para sustentar o tipo de fluxo de bom sentimento, que deu contribuições de Montgomery para o cânone do jazz em permanente apelo entre ouvintes do jazz e instrumentistas semelhantes.

Fonte : Ed Enright (DownBeat)

 n

ANIVERSARIANTES - 22/12

Alex Goodman (1987) – guitarrista,

Camile Thurman (1986) – saxofonista,

Frank Gambale (1958) - guitarrista,

Grégory Privat (1984) – pianista,

Joe Lee Wilson(1935-2011) - vocalista,

John Abercrombie (1944-2017) – guitarrista

John Patitucci (1959) – baixista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=2iKRT4XnPwg,

Kieran Overs (1950) – baixista,

Massimo Biolcati (1972) – baixista,

Nick Ceroli (1939-1985) - baterista,

Reunald Jones (1910-1989) - trompetista 

 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

JALEEL SHAW – ECHOES (Jaleel Shaw)

Jaleel Shaw segue seu próprio caminho. Ele é possuidor de uma extraordinária destreza técnica, um mestre do seu instrumento. Ele desenvolve longas linhas post-bebop sem piscar (ou pausando para respirar — ao menos é o que aparece em algumas faixas) e jornadas em zonas de vanguarda com clara e lúcida presença de espírito.

“Tulsa” é um vigoroso exercício de saxofone soprano reminiscente do trabalho de Roscoe Mitchell na forma intensa que suas linhas exploram um amplo raio de ação dinâmico e constroi penetrantes guinchos, mas há uma beleza lírica lá, tanto quanto relembra Wayne Shorter.

“Improvisation For Mom” carece de ternura naquilo que seu título expõe. Parece mais como um exercício escalar. Porém, talvez este seja o perfeito tributo para uma mulher, que educou um saxofonista. Alguém pode imaginar a mãe de Shaw dizer: “Muito bom, querido. Agora lave as mãos para o jantar”, quando ele terminou.

Em duas faixas, “Breonna” e no encerramento “Isolation”, Shaw adiciona eletrônica à mistura. A peça matriz é uma suave elegia com sutileza, reverberação remixada, mas a posterior é uma jornada real.

Seu alto é alimentado através de pedais e efeitos, empenando e ecoando por trás de si mesmo até soar como uma gaita, ou alguém soprando suavemente uma flauta.

Quando o retardo é longo o bastante e a passagem em repetição é tocada contra uma segunda linha, a ilusão que havia dois saxofonistas tocando em harmonia próxima é criada. Nos minutos finais da peça, o som parece estar desvendando tentáculos psicodélicos, já não identificável como um saxofonista afinal. É uma experiência completa.

Faixas: Lee; Breonna; Tulsa; Improvisation For Mom; Temesgen; On Being Invisible; DOOM; Silence; Isolation. (31:55)

Músicos: Jaleel Shaw, saxofones alto e soprano.

Fonte: Philip Freeman (DownBeat)

 

ANIVERSARIANTES - 21/12

Altamiro Carrilho (1924-2012) – flautista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Fp2lFUC3V2k,

Cameron Brown (1945) - baixista,

Chris Crenshaw (1982) – trombonista,

Damon Warmack (1975) - baixista,

Dario Boente (1973) - pianista,

Elomar(1937) – violonista,vocalista,compositor,

Frank Zappa (1940-1993) - guitarrista,

Hank Crawford (1934-2009) - saxofonista,

John Hicks (1941-2006) – pianista,

Marco Marzola (1954) - baixista,

Paco De Lucia (1947-2014) - violonista,

Panama Francis – (1918-2001) - baterista,

Phil Parisot (19810 - baterista,

Quinsin Nachoff (1973) - saxofonista,

Rita Reyes (1924-2013) – vocalista,

Warren Benbow (1954) – baterista,

William Magalhães (1965) - pianista 

 

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

RAPHAEL WRESSNIG & IGOR PRADO - GROOVE & GOOD TIMES (PEPPER CAKE)

A escala deste programa sugere que há uma ajuda de mistificação que cumpre um papel da própria existência. É também importante notar que algumas das mais brilhantes estrelas da Daptone Galaxy (Naomi Shelton, Charles Bradley e Sharon Jones dentre elas) tinham suas luzes ceifadas nos anos seguintes da gravação deste álbum em 2014, ajudando o cimento do senso que estabelece a captura, aqui, no Apollo Theater, em Nova York, que são raras e consequentemente importantes. Porém, olhando além da decadente embalagem do álbum (celebrando o 20º aniversário do selo), a música capturou também volumes que falam, mesmo que inadvertidamente.

Esta gravação serve como um poderoso portão narcotizante, um significado de descoberta de uma estética para aqueles que esqueceram o apogeu do soul, funk e música gospel do meado do século estadunidense.

Faixas: Introduction by Binky Griptite; Hot Shot; Confess It; In The Night; Witches Boogaloo; Love Went Away; Thank You Lord; Stranger; Higher Ground; Make The Road By Walking; Out Of The Wilderness; Heartaches And Pain; The World (Is Going Up In Flames); Lovin’ You, Baby; Slip Away; How Long; Let Love Stand A Chance; The Sticks; Ain’t It A Sin; Sari Kon Kon Pt. 1; Sari Kon Kon Pt. 2; Sharon’s Introduction; He Said I Can; If You Call; Tell Me; Get Up Get Out; Making Up And Breaking Up (And Making Up And Breaking Up Over Again); I’m Not Gonna Cry; Calamity; Every Beat Of My Heart; There Was A Time; Family Affair/Outro. (119:06)

Personnel: Sharon Jones; Charles Bradley; Naomi Shelton; Binky Griptite, guitarra, vocal, MC (1-4 22-32); Homer Steinweiss, bateria (2-4, 10, 16, 22-32), Fernando Velez conga, bongôs (2-4, 20-32); Joseph Crispiano, guitarra (2-6, 10, 16, 20-21); Dave Guy, trompete (2-6, 10, 16, 18-21); e muito mais.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

 Fonte: Frank-John Hadley (DownBeat) 

 

 

ANIVERSARIANTES - 20/12

Arne Domnérus (1924-2008) – clarinetista,saxofonista,

Ehud Asherie (1979) – pianista (na foto e vídeo) https://www.youtube.com/watch?v=h0WS6Jp-c_w,

George V Johnson Jr (1950) - vocalista,

John Hardee (1918-1984)- saxofonista,

Larry Willis (1940-2019) - pianista,

Pete Levin (1942) – tecladista,

Peter Kronreif (1982) - baterista

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

SAMORA PINDERHUGHES – GRIEF (STRETCH/ROPEADOPE)

Com uma paisagem sonora dominante que é tão tranquila, experimental e introspectiva quanto uma súplica, “Grief” funciona como uma trilha sonora para um reflexivo passeio através de uma galeria de graves injustiças sociais e perdas. Altamente cinemático e estruturado pelo vocal sussurrante de Nio Levon e as cordas do Argus Quartet, a gravação de longa-duração da estreia de Samora Pinderhughes é extraída da igreja, cabaré e jazz contemporâneo para o olhar profundo sobre a condição humana.

Onde alguns artistas transformaram a revolta em réplica à presidência de Donald Trump, Pinderhughes toma uma abordagem mais suave em “Kingly”, misturando a bateria dardejante de Marcus Gilmore com o vocal oscilante de Levon e sua própria parte propulsiva do piano para invocar um ambiente dissonante, onde alguns estão ainda “em amor com o rei”, a despeito da sua aparência como “um cliché autofabricado”.

Está na combinação de elementos onde Grief — que evoluiu da peça multimídia de Pinderhughes, The Healing Project — verdadeiramente soa como um curta em “Holding Cell” conforme ele mistura eletrônica, entrega o altamente vernacular Levon e cordas em “Masculinity”, a obra-prima multifacetada do trabalho. Com a linha de abertura, “Young man, come down from that tower/ It isn’t yet your time NT: Jovem, desça desta torre/ não é ainda seu tempo, em tradução livre) ” Pinderhughes estabelece uma narrativa envolvente em “Masculinity”.

Embora a composição de Pinderhughes e a voz flexível de Levon criem um senso de ternura nesta poderosa estreia, é ternura com o âmago de aço.

Faixas: The Cry; Kingly; Election Time; Holding Cell; Internal Geographies; Time Loop; Masculinity; Rise Up; Breath; Grief; Refrain For Keith Lamar; Stare Straight Ahead; Hope Intro; Hope; Hum/A Prayer. (45:37)

Músicos: Samora Pinderhughes, piano, vocal; Nio Levon, Jehbreal Jackson, vocal; Elena Pinderhughes, flauta; Immanuel Wilkins, saxofone alto; Lucas Pino, saxofone tenor; Brad Allen Williams, guitarra; The Argus Quartet (Clara Kim, Giancarlo Latta, violino; Maren Rothfritz, viola; Audrey Chen, cello), Clovis Nicolas, baixo; Boom Bishop, baixo elétrico; Marcus Gilmore, bateria.

Fonte: James Hale (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 19/12

Abigail Riccards (1980) – vocalista,

Aziza Mustafa Zadeh (1969) - pianista,vocalista,

Bob Brookmeyer (1929-2011) – trombonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Rj-_nqyZiMc,

Bobby Timmons (1935-1974) – pianista,

Cornell Dupree (1942-2011) – guitarrista,

Ed Bennett (1951) - baixista,

Edith Piaf (1915-1963) - vocalista,

Eric Marienthal (1957) – saxofonista,

Jacques Lesure (1962) - guitarrista,

João Castilho (1970) – guitarrista,violonista,

Joe Traina (1963) - clarinetista,

Kermit Ruffins (1964) – trompetista,vocalista,

Kerry Politzer (1971) - pianista,

Lenny White (1949) -, baterista, percussionista,

Lu Watters (1911-1989) – trompetista,líder de orquestra,

Mão de Vaca(1930-1996) – violonista,guitarrista,

Milcho Leviev (1937) - pianista,

Susie Arioli (1963) – vocalista,

Tevet Sela (1975) - saxofonista

domingo, 18 de dezembro de 2022

LISA HILTON - MORE THAN ANOTHER DAY (Ruby Slippers Productions)

É muito reconfortante saber, como Annus Horribilis (2020) impacta sua longa espera, amaldiçoado fim, a pianista/compositora Lisa Hilton apresenta, como se ela tivesse dedicada sobre o passado há poucos anos, um presente para aficionados em todos os lugares com seu comovente e blueseiro “ More Than Another Day”.

Quando você considera todas nossas preocupações com as ansiedades para o ano seguinte, “More Than Another Day” deve estar mais relaxado, volta-se ao assunto dado o ponto baixo de “Chalkboard Destiny (Ruby Slippers Productions) ” de 2019, ascendente de “Oasis (Ruby Slippers Productions) ” de 2018 e o surpreendente “Escapism (Ruby Slippers Productions) ” de 2017. Porém, se você questionou sobre as participações especiais descansando na caixa de joias de Hilton, você pode não fazer melhor do que tratar você mesmo para estas, organicamente, graciosas nove faixas mais uma tomada de "I've Got You Under My Skin", que é Hilton entretendo suas curiosidades latinas, que ela deve ser capaz para reivindicar um completo novos direitos autorais para uma velha canção de Cole Porter.

Forçada a sair da estrada no início de 2020 devido ao que você sabe, Hilton retornou ao seu piano e começou a nos honrar com sua abordagem Chopin encontra Dave Brubeck. Com seus antigos companheiros prontos e confiáveis, o baixista Luques Curtis e infatigável coreografia da bateria de Rudy Royston, o trio se lança de cabeça, animadamente firme, na faixa título com um floreio jovial que obscurece, liderando a iluminada com "Retro Road Trip", uma divertida cena de perseguição de três carros, que tem o trio em seu domínio apressado. "Secret Beach" então se desdobra como um samba reflexivo.

"Blues and Beauty" é um blue tão belamente nascido nos ossos, que você fica gratificado com a cronometrada segunda faixa mais longa de Hilton desde 2015 ("Warm Summer Night" do Oasis é premiado com 6:38). Isto é um pouco da grande música em vários espaços pequenos. Mesmo uma passageira audição para a fragilidade de "Today I Looked At Love" ou a resoluta "Dear Life of Mine" segue um longo caminho para provar isto. Hilton tem uma empatia para manter as complexidades destas canções, e Curtis e Royston são muito amigos dando voz também. “More Than Another Day” é apenas natural.

Faixas: More Than Another Day; Retro Road Trip; Secret Beach; I've Got You Under My Skin; Blues and Beauty; No Sleep Until...; Dear Life of Mine; Karma Chaos; Today I Looked At Love; So This Is Love.

Músicos: Lisa Hilton: piano; Luques Curtis: baixo acústico; Rudy Royston: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=6UOjfG06Z9c

Fonte: Mike Jurkovic (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 18/12

Barry Galbraith (1919-1983) – guitarrista,

David Marriott, Jr. (1973) - trombonista,

Eddie “Cleanhead” Vinson (1917-1988) – saxofonista,vocalista,

Fletcher Henderson (1897-1952) - pianista,líder de orquestra,

Harold Land (1928-2001) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=R1RzowIGBuU

Jacek Kochan (1955) – baterista,

Márcio Bahia(1958) – baterista,

Miles Okazaki (1974) – guitarrista,

Oliver Timmons (1956) - tecladista,

Pee Wee Crayton (1914-1985)- guitarrista,

Wadada Leo Smith (1941) - trompetista


sábado, 17 de dezembro de 2022

25 FOR THE FUTURE – SUBA (bendigedig)

Na celebrada carta de 1927 para Sigmund Freud, o místico francês Romain Rolland fez referência para o qual ele chamou um “sentimento oceânico”, um senso de existência em uma completa criação no caminho do oceano que liga a terra. Serve como uma descrição profícua de diferente e impossível categorização da música de Omar Sosa e Seckou Keita, que não apenas faz a ponte entre o Atlântico, de Cuba ao Senegal, mas oferece uma “world music” genuína.

O que o pianista e o mestre da kora criam neste segundo álbum, após “Transparent Water” de 2017, uma espécie de viagem sonora, majoritariamente calma e límpida, mas com ondulações profundas apenas sob a superfície. Nas faixas tais como “Voices On The Sea” e “Floating Boat”, a imagem é feita de modo explícito. O cello de Morelenbaum e a percussão do franco-britânico, maestro Argüelles, executa um papel crítico no toque destas dimensões extras, mas a maior parte das atenções recaem sobre as formas amplas do teclado de Sosa e a voz tranquilamente assertiva de Keita e a parte encrespada do kora. O álbum, relativamente breve para os padrões atuais, mas — nem um segundo mais longo ou curto — é provavelmente melhor ouvido como uma suíte contínua.

O tecladista britânico Pat Thomas recentemente falou sobre uma frequentemente ignorada influência árabe no jazz. Há evidência disto aqui, com ritmos sugestivos não frequentemente encontrados no bop ou swing, mas de qualquer maneira inerente e disponível ao longo do corpo de nossa música.

Como nós olhamos mais urgentemente para o destino dos oceanos, nós necessitamos também adquirir o presente de uma audição oceânica, e isto “Suba” oferece.

Faixas: Kharti; Allah Léno; KoraSon; Drops Of Sunrise; Gniri Balma; Voices On The Sea. (48.02)

Músicos: Omar Sosa, piano; Seckou Keita, kora, voz; Jaques Morelenbaum, cello; Dramane Dembélé, flauta; Steve Argüelles, sequencing, efeitos, percussão.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte:  Brian MortonAaron Cohen (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 17/12

Antônio Carlos Barbosa Lima(1944) – violonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=60jwIVYfrko,

Célio Balona (1938) - pianista, tecladista, acordeonista e vibrafonista,

Nicole Rampersaud (1981) - trompetista,

Ray Noble (1903-1978)- arranjador,líder de orquestra,

Sonny Red (1932-1981) - saxofonista,

Sy Oliver (1910-1988) - trompetista,vocalista,

Walter Booker (1933-2006) - baixista,

Zé Luís Oliveira (1957) – saxofonista,flautista 

 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

ROKIA KONÉ/JACKNIFE LEE – BAMANAN (Real World)

Rokia Koné era já uma estrela em seu país natal, Mali, quando o produtor Liam Farrell a escutou participar em sessões para Republique Amazone, a primeira gravação do supergrupo Les Amazones d’Afrique. Ela também apareceu em seu segundo álbum, “Amazones Power”, vencendo desafios para seu vocal líder na faixa “Red”.

Para sua estreia solo, seu gerente conectou-a com Jacknife Lee, produtor do U2, The Killers e Taylor Swift. Eles se deram bem e começou trabalhando nas músicas que gerou “Bamanan”. Devido às suas excursões com Les Amazons, o trabalho solo no Mali, entretanto a pandemia adiou por anos o surgimento do álbum, que foi gravado e montado remotamente, usando estúdios em Los Angeles, Bamako (Mali) e Paris. O resultado é uma fusão de polimento digital em estúdio e canto tradicional.

“Bi Ye Tulonba Ye” inicia o trabalho com acordes sustentados do sintetizado, providenciando uma impressionante cortina de fundo para Koné em improvisações à capella. A meio do caminho, sua banda adiciona uma sutil percussão multifacetada. Koné canta “N’yanyan”, uma meditação sobre a mortalidade, acompanhada apenas por acordes dispersos do piano. Seu fraseado sinuoso e melismático, lentamente, dando o caminho para um longo gemido sem palavra, evocando um senso de esperança e resignação. As texturas do sintetizador de Lee salta em conjunto para dar a “Mayougouba” o sentimento de um sucesso de um clube de dança. O vocal de Koné encoraja as mulheres para o amor e sustenta cada outro, como seu fraseado com rotações ao redor, antes e atrás da batida na divertida linha do baixo.

Faixas: Bi Ye Tulonba Ye; Shezita (Take A Seat); Kurunba; N’yanyan; Anw Tile (It’s Our Time); Soyi N’galanba; Bambougou N’tji; Dunden; Mayougouba; Mansa Soyari. (38:05)

Músicos: Rokia Koné, vocal; Jacknife Lee, guitarras, teclados, bateria e programação, piano elétrico; Sountoucoumba “Salif” Koné, guitarra líder; Llorenç Barceló, Minimoog baixo; Amadou Dembélé, djembe; Mamadou Diabaté, doundoun; Abdou Diallo, doundoun superposé; Amadou Sissoko, tama; Harouna Samaké, kamele ngoni; Maïmouna Ouedrago, Fatoumata Coulibaly, Pamela Badjogo (10), Mariam Koné (10), coro.

Fonte: j. poet (DownBeat)

 

ANIVERSARIANTES - 16/12

Allan Vaché (1953) - clarinetista,

Andy Haderer (1964) – trompetista,

Jeremy Bacon (1969) - pianista,

Joe Farrell (1937-1986) – saxofonista,flautista,

Joe Fonda (1954) - baixista,

John Abercrombie (1944-2017) - guitarrista,

Johnny “Hammond” Smith (1933-1997) - organista,

Meddy Gerville ( 1974) – pianista,

Peter Paulsen (1951) - baixista,

Phil Kelly (1937) – líder de orquestra,

Rene McLean (1946) – saxofonista,flautista,

Robben Ford (1951) – guitarrista,vocalista ,

Steve Allen (1921-2000) – líder de orquestra,

Thomas Marriott (1975) – trompetista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Y2QMFKbSXr8

Turk Murphy (1916-1987) – trombonista,líder de orquestra

 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

ROVA - THE CIRCUMFERENCE OF REASON (ESP-Disk’)

Após mais de 40 anos em ação, o ROVA Saxophone Quartet dominou e reinventou o som de quatro variados saxofones trabalhando juntos, individualmente e através de algum fator “X” de coletivo de voz. Este legado singular obtém a prova de visão e movimento para frente neste novo projeto em ESP.

Cobrindo uma caixa de ferramentas da paleta dos saxofones, estão as forças combinadas de Bruce Ackley, Steve Adams, Larry Ochs e Jon Raskin.

Raskin oferece seis faixas, inundando com as características enredadas de interpretação livre (frequente grupo de improvisação versus solo) e passagens tensas estuturais. Adicional referência saxofônica vem em forma de homenagens ao falecido Glenn Spearman (que compartilhou com ROVA fincado na área da baía de São Francisco). Uma versão para orquestra para “The Extrapolation” de Spearman inicia o álbum, que encerra com a elegia muscular de Adams, “The Enumeration”, dedicada a Spearman.

Mantendo opções e conceitos abertos e temas para mudar é um mandato de longa duração do ROVA, conforme evidenciado aqui por duas diferentes versões da música “NC 17” por reviravoltas atmosféricas e excêntricas.

Enquanto essencialmente operando sob a égide do jazz, ainda tanto nebuloso quando o apelido pode ser, ROVA incorpora aspectos de harmonia modernista e ritmo — tons de Messiaen, Bartók e um Ravel desvendado, por instante — e cinética minimalista de suingue free, lembrando-nos a intenção original do saxofone como um instrumento “clássico” (uma intenção que nunca plenamente veio para a fruição). Aqui, “Xenophobia” e a faixa título, “The Circumference Of Reason”, reinvidicam enquadramentos de câmara, entrelaçadas com excursões solo.

No total, “Circumference” está repleta de material que faz ROVA uma importante instituição, incluindo locomoção, abstração e uma particular glória aguda de sua própria concepção.

Faixas: The Extrapolation Of The Inevitable; NC 17; The Circumference Of Reason; Xenophobia; NC 17, Version 2; The Enumeration. (52:48)

Músicos: Bruce Ackley, saxofones soprano e tenor; Steve Adams, saxofones alto e sopranino; Larry Ochs, saxofone tenor; Jon Raskin, saxofone barítono.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 https://www.youtube.com/watch?v=RupTDfN1psI

Fonte: Josef Woodard (DownBeat)