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segunda-feira, 31 de maio de 2010

JON FADDIS DEIXA A CJE


A Chicago Jazz Ensemble - CJE não terá mais o trompetista Jon Faddis, na foto, na posição de diretor artístico para a próxima temporada. Faddis, 56 anos, tem liderado o aclamado repertório da big band baseada na Columbia College em Chicago nos seis anos passados, frequentemente viajando de Nova York para ensaios e concertos.

Faddis uniu-se à CJE em 2004, preenchendo a vaga deixada pelo fundador e líder da orquestra ,William Russo, que faleceu em 2003.

“Eu penso que obtive grandes avanços musicais desde quando eu me uni à banda pela primeira vez” declarou Faddis, cujo contrato com a CJE encerra em Agosto. “Uma das coisas que eu sentirei falta é o trabalho com os jovens músicos de Chicago”.

“A Faculdade sempre estará honrada com a extraordinária musicalidade de Jon e celebrará o grande desenvolvimento da Chicago Jazz Ensemble sob sua liderança artística”, disse Steven Kapelke, o reitor e vice presidente sênior da Columbia College Chicago, em uma declaração oficial. “Jon deu uma significante contribição para a história da CJE, e nós estamos esperançosos que ele se juntará a orquestra para a condução de concertos em futuras temporadas”.

A CJE já tem apresentações agendadas para a próxima temporada.Faddis afirmou que verificará se será capaz de participar daqueles eventos.

Uma vez que seu trabalho com a CJE está encerrado, Faddis declarou que buscará passar mais tempo com projetos de grupos pequenos e liderando a sua Jon Faddis Jazz Orchestra de Nova York, com um repertório de big band da antes conhecida Carnegie Hall Jazz Band. A Jon Faddis Jazz Orchestra se apresentará em um concerto com a vocalista Nnenna Freelon na véspera do Ano Novo no Kennedy Center em Washington D.C.

Fonte : Downbeat

ANIVERSARIANTES 31/05


Albert “Tootie” Heath (1935) - baterista,
Christian McBride (1972) – baixista(na foto),
Clint Eastwood (1930) – pianista,diretor e ator de cinema,
Ed Lincoln (1932) – pianista,
Greg Abate (1947) - saxofonista,
Louis Hayes (1937) - baterista,
Marty Ehrlich (1955) - clarinetista , flautista,saxofonista,
Matteo Brancaleoni (1981) – vocalista,
Otto Hardwicke (1904-1970) - saxofonista,
Paulinho DaCosta (1948) - percussionista,
Red Holloway (1927) - saxofonista

domingo, 30 de maio de 2010

ANIVERSARIANTES 30/05


Ann Hampton Callaway (1959) – vocalista(na foto),
Armando Peraza (1924) – percussionista,
Benny Goodman (1909-1986) - clarinetista,
Chuck Manning (1958) –saxofonista,
Darrell Grant (1962) – pianista,
Dave McKenna (1930-2008) - pianista ,
Frankie Trumbauer (1901-1956) - saxofonista,
Mala Waldron (1958) – vocalista,
Randy Napoleon (1977) – guitarrista,
Sidney DeParis (1905-1967) - trompetista,
Willie Garnett (1933) – saxofonista, líder de orquestra

sábado, 29 de maio de 2010

BITCHES BREW COMEMORA 40 ANOS


A Columbia/Legacy anunciou o lançamento de duas reedições de luxo de “Bitches Brew” de Miles Davis em homenagem ao 40º aniversário deste álbum, que é considerado um marco e que ocorrerá em 01 de Agosto.

A edição de colecionador “The Bitches Brew: 40th Anniversary” incluirá três CDs: dois contendo as faixas originais e seis faixas bônus , mais um CD de uma performance ao vivo de Davis com Keith Jarrett, Chick Corea, Dave Holland, Jack DeJohnette, Airto Moreira e Gary Bartz no Tanglewood em Agosto de 1970, nunca lançada. Estará incluso, também, um livro com 48 páginas, incluindo um ensaio do autor/produtor Greg Tate, um LP duplo de 180g com uma réplica do LP original e um DVD de uma performance inédita do quinteto de Miles Davis em Novembro de 1969 constituído por Wayne Shorter, Corea, Holland e DeJohnette em Copenhague.

Um video clip de de Bitches Brew está disponível para ser assistido em MilesDavis.com.

Fonte : Downbeat

ANIVERSARIANTES 29/05


Dan Stern (1973) – saxofonista,
David 'Bubba' Brooks (1922) – saxofonista,
Dick Hafer (1927) - saxofonista,
Eugene Wright (1923) - baixista,
Freddie Redd (1928) - pianista,
Hilton Ruiz (1952-2006) - pianista,
Jim Snidero (1958) - saxofonista,
Lynne Arriale (1957) – pianista,
Kenny Washington (1958) – baterista,
Maurício Eihorn(1932) – gaitista(na foto),
Michael Kocour (1963) – pianista,
Ned Otter (1959) – saxofonista,
Ron Levy (1951) - organista , pianista,
Sean Jones (1978) – trompetista
Wycliffe Gordon (1967) - trombonista

sexta-feira, 28 de maio de 2010

NNENNA FREELON – HOMEFREE (Concord Jazz)


Fora uma compilação do tipo “best of” lançada em 2008, houve cinco anos de silêncio desde que Nnenna Freelon lançou seu último disco. Mas como o densamente imaginativo “Homefree” demonstra, nem sua insolência verbal nem seus chiados sonoros diminuíram significativamente. Desde que ela ressuscitou “Button Up Your Overcoat” com seu tratamento “funkeado” em “Soulcall” de 2000, Freelon tem reinado como a mais comovente vocalista da elite do jazz contemporâneo.

Mas o charme de Freelon estende-se além da emotividade. Na sua essência há uma sólida integridade que incrementa a excelência mesmo nas mais triviais canções. Aqui, por exemplo, a enfeitada “I Feel Pretty” é transformada de valorosa canção de Oprah para algo valioso para si mesma. Como tal, sua revitalização de uma simples canção de West Side Story dá um ajustamento completo ao tema familiar, expressando sua capacidade vitoriosa de estar em casa consigo mesmo. Outros exemplos : o “sentimento de retorno à casa” do “Theme From Valley of the Dolls”, o amoroso aconchego de “The Lamp Is Low” e o senso de comunidade evocado por um final com hinos como “Lift Every Voice and Sing” e “America the Beautiful”.

A exploração temática toma a retaguarda para uma ingenuidade interpretativa, entretanto, particularmente relaxada, embalada pelo reggae em “Get Out of Town”, uma sorrateira “You and the Night and the Music” e uma acuradamente sensual “The Very Thought of You” , que relembra Sarah Vaughan. A mais impactante é “Skylark”, apresentada em duo com o baixo, sendo um soberbo exercício de pureza com clara integridade emocional, como você gostaria de ouvir.

Faixas :
1. The Lamp Is Low 4:55
2. I Feel Pretty 5:37
3. The Very Thought Of You 6:01
4. Theme From Valley Of The Dolls 4:59
5. Smile 4:14
6. You And The Night And The Music 4:37
7. Cell Phone Blues 4:39
8. Get Out Of Town 4:20
9. Skylark 5:15
10. Lift Every Voice And Sing 4:37
11. America The Beautiful 2:52

Músicos : Neenna Frelon ; vocal; Brandon McCune : piano; Wayne Batchelor: baixo; Kinah Ayah: bateria;Beverly Botsford : percussão;Ray Codrington :flugelhorn; Scott Sawyer : guitarra; Ira Wiggins : saxofone tenor; John Brown : baixo; Pierce Freelon vocal (fx.10).

Data de Lançamento : 20/04/2010

Fonte : JazzTimes / Christopher Loudon

ANIVERSARIANTES 28/05


Andrew Hadro (1985) – saxofonista,
Andy Kirk (1898-1992) - tubista ,
Claudio Roditi (1946) – trompetista (na foto),
Cyro Monteiro(1913-1973) – vocalista,
Janet Seidel (1955) – pianista,vocalista,
Max Perkoff (1962) – trombonista,
Nika Rejto (1951) – flautista,
Russ Freeman (1926-2002) - pianista,
T-Bone Walker (1910-1975) – vocalista,guitarrista,
Tommy Ladnier (1900-1939) - trompetista , cornetista

quinta-feira, 27 de maio de 2010

HERBIE HANCOCK CELEBRA 70 ANOS


Em 11 de Abril de 2010, Herbie Hancock, (na foto), fez 70 anos. Para a média dos fãs de meia idade do jazz , este é um fato relevante, da mesma maneira que um fã de rock de certa idade se animou quando Paul McCartney chegou aos 70 há poucos anos atrás. O caso de Hancock é que ele parece não ter idade, observando quando ele fez 60 , e quando fez 30. Criativamente, também, o pianista nunca parou de buscar novas ideias e novos enfoques. De algum modo Hancock tem, de maneira única, sido capaz de alcançar sucesso comercial sem sacrificar sua integridade artística. Seu álbum celebrando a música de Joni Mitchell foi um exemplo perfeito de uma espécie de “grande idéia” que o mantém saltando para frente.

A última grande ideia de Hancock é “The Imagine Project”, em que apresenta um conjunto de canções famosas com mensagens universais de harmonia e paz com uma variedade de convidados de diversas partes do mundo. Hancock viajou bastante para gravar as sessões e trouxe artistas de amplo leque de gêneros. O inconfundivelmente multi-cultural álbum inclui: “The Times They Are A’ Changin’” de Bob Dylan com Chieftains, Toumani Diabete, Lionel Loueke e Lisa Hannigan gravado na Irlanda; “The Song Goes On” com Anoushka Shankar, Chaka Khan e Wayne Shorter; com Céu, gravado em São Paulo, Brasil. Entre os produtores consultores do disco estava Larry Klein, talvez melhor conhecido por seu trabalho com Joni Mitchell. Além disto, a gravação foi registrada para um documentário. O álbum será lançado no próximo dia 22 de Junho no seu próprio selo, “Hancock Records”.

E o que é um aniversário sem festa?. Apropriadamente para um pianista da sua estatura, Hancock soprará as velinhas no Carnegie Hall no dia 24 de Junho como parte do CareFusion Jazz Festival New York. Entre seus convidados especiais já foram anunciados India.Arie, Terence Blanchard, Ron Carter, Bill Cosby, Jack DeJohnette, Dave Holland, Joe Lovano, Wallace Roney, Wayne Shorter. Mais convidados são esperados.. Após o concerto no Carnegie Hall, o ebuliente baterista Jeff “Tain” Watts coordenará uma jam session dedicada a Hancock no City Winery, iniciando às 23h. A banda de Watts será formada por Dave Kikoski no piano, James Genus no baixo e Jean Toussaint nos saxes. Watts declarou à JazzTimes que a banda apresentará poucos dos seus números, então músicas de Hancock serão utilizadas para a jam session. Ele disse que um grande time de bateristas está sendo esperado, sendo ele o mestre de cerimônias.

Watts estava efusivo explanando sobre a razão de ter se envolvido na homenagem a Hancock. "Herbie é alguém especial " disse Watts. " Você tem este premiado e profundamente informado solista, compositor e acompanhante, cujas improvisações jazzísticas tem provavelmente crescido profunda e abstratamente ao longo dos anos. A propósito, eu primeiro o encontrei em 1982, ele já era uma legenda, mas se mantinha avançando. Keith Jarrett declarou ter despertado musicalmente para dar a devida atenção à otimização do solo ou do grupo. Herbie preencheu bem este espaço”.

Watts tem claro que ele é uma legenda viva. "O outro lado envolve sua consolidada popularidade e relevância" exposta por Watts."Se você inclui 'Cantaloop', Herbie tem desde os anos 60 emplacado um sucesso. E não é simplesmente um sucesso, mas um grande destaque, fazendo dele o Ronald Isley dos instrumentistas. Entretanto, eu estou certo que ele aprecia os bons índices de venda , mas o pagamento para ele parece ser o prazer sincero de interagir com diferentes músicas e artistas, resultando no reconhecimento dos ouvintes. O homem realmente ama a música . É uma das pessoas mais tranquilas que já conheci , e , tão cedo, não haverá outro como ele".

Realmente, há poucos jazzistas vivos mais tranquilos que Hancock. Muitas das suas composições são standards em livros de músicos de jazz em todos os cantos do mundo. Além das suas próprias excursões e álbuns, o trabalho de Hanock com o Thelonious Monk Institute o tem mantido à frente da moderna educação jazzística e sua recente nomeação como titular da cadeira de jazz da Los Angeles Philharmonic capacita-o para exercitar seus sofisticados programas.

Fonte : JazzTimes / Lee Mergner

ANIVERSARIANTES 27/05


Albert Nicholas (1900-1973) - saxofonista , clarinetista,
Bud Shank (1926-2009) – saxofonista,
Dee Dee Bridgewater (1950) - vocalista(na foto) ,
Gonzalo Rubalcaba (1963) –pianista,
Marc Copland (1948) – pianista,
Niels-Henning Orsted-Pederson (1946-2005) - baixista ,
Ramsey Lewis (1935) - pianista

quarta-feira, 26 de maio de 2010

KURT ROSENWINKEL – REFLECTIONS (Word of Mouth Music [2010])


Kurt Rosenwinkel alcançou uma boa reputação pelo seu toque agressivo na guitarra, que é ritmicamente astuto e harmonicamente exploratório, um talento utilizado junto a Mark Turner e Brad Mehldau, bem como com o produtor de hiphop Q-Tip. Com “Reflections” ele controlou seus, às vezes, divergentes impulsos para apresentar uma inusual coletânea de standards e músicas de Thelonious Monk e Wayne Shorter, que estão quase todas em tempo de balada com um forte suporte e interação com o baixista Eric Revis e o baterista Eric Harland.

A primeira coisa a chamar a atenção é o som de guitarra de Rosenwinkel, inconfundívelmente amplificado, mais luminoso que só as sutilíssimas alterações e ótimos dedos poderiam encontrar, tão rico que vem como um choque quando Rosenwinkel as aplica em algumas arriscadas sucessões de notas. A forma como é apresentada "Reflections" de Monk demonstra o tom do CD, uma respeitosa leitura que breve encontra sua própria harmonia e a linguagem do grupo, um senso incipiente do blues e um diálogo entre os três músicos que é aparente na tranqüilidade de Rosenwinkel, com os altos registros atrás do solo de baixo de Revis.

Cada repentino e polido detalhe no toque de Rosenwinkel, cada passagem dos acordes parece cantar a serviço de um lirismo de supremo desabafo. Isto está aparente na brilhante efervescência de "You Go To My Head" e em "The Fall" de Shorter impulsionada por uma suave batida de samba. Rosenwinkel dá a "More than You Know" um humor ambivalente com uma abertura improvisada que alterna uma coloração sombria e acordes reflexivos com curtas emissões de notas, que traz luminosidade.

O único original do programa é "East Coast Love Affair" , uma longa composição de Rosenwinkel que foi a faixa título de seu disco de estréia em 1996 . Começando com uma introdução desacompanhada, há uma certa clareza que funde um senso de ordem barroca com uma imaginação harmônica que pode sugerir Satie ou Scriabin. Aproximadamente, em dez minutos, este deve ser o ponto alto deste brilhante CD.

Faixas: Reflections; You Go To My Head; Fall; East Coast Love Affair; Ask Me Now; Ana Maria; More Than You Know; You've Changed.

Músicos: Kurt Rosenwinkel: guitarra; Eric Revis: baixo; Eric Harland: bateria.

Fonte: All About Jazz / Stuart Broomer

ANIVERSARIANTES 26/05


Al Jolson (1885-1950) – vocalista,
Calvin Jackson (1919-1985) – pianista,líder de orquestra,
Colette Wickenhagen (1959) – vocalista,
Gene DiNovi (1928) – pianista,
Mamie Smith (1883-1946) - vocalista,
Miles Davis (1926-1991) - trompetista,
Peggy Lee (1920-2002) - vocalista,
Rubén Gonzalez (1919-2003) – pianista,
Shorty Baker (1914-1966) - trompetista,
Sivuca(1930-2006) – acordeonista(na foto),
Ziggy Elman (1914-1968) - trompetista

terça-feira, 25 de maio de 2010

STAN KENTON ALUMNI BAND – HAVE BAND, WILL TRAVEL (SUMMIT RECORDS [2010])


Stan Kenton manifestou seu desejo de que não queria uma banda fantasma após a sua morte. Mike Vax foi o primeiro trompete e responsável pelas excursões da banda e agora dirige a Stan Kenton Alumni Band, formada por 12 dos 20 membros que tocaram com Kenton. Entretanto, Vax respeitou os desejos de Kenton. “Have Band, Will Travel” é parcialmente uma imersão na nostalgia. É mais como a montagem de um sonho de Kenton, uma meditação sobre sua música.

O novo arranjo de Kim Richmond para “Intermission Riff” retoma o solo de trombone de Carl Fontana do clássico álbum em Hi-Fi e a sonoridade expressa-se para a banda completa, tornando-o colossal. Kenton também tocava “Long Ago and Far Away”, mas aqui há um solo suave do saxofonista barítono Joel Kaye, novamente compondo as sessões da banda. “Tonight” é originária do Grammy de 1963 ganho por Kenton com West Side Story. O arranjo de Johnny Richards é preservado, mas com instrumentação diferente. O ponto alto do disco é ouvir está canção outra vez, reconfigurada no lento e dolorido impressionismo de Richards, intricada orquestração a serviço da emoção. O piano de Liz Sesler-Beckman e o trompete surdinado de Don Rader são como antigos pregadores. Ao final, os longos acordes do trombone dizem amém.

Estes concertos ao vivo foram feitos em sete diferentes oportunidades durante um tour de ônibus em 2009 . O som está algo apagado e distante, mas claro. Os elementos da marca de Kenton (complexidade contrastando com íntimas melodias, acordes agitados, metais agressivos) materializam e submergem, porém retornam rápidos em composições que Kenton executou ou deveria ter executado, como “Swing House” , “The Shadow of Your Smile” e “Softly as I Leave You” .

Faixas: The New Intermission Riff; Softly As I Leave You; El Viento Caliente; Long Ago and Far Away; Artemis & Apollo; Five & Dime; This Could Be the Start of Something Big; Our Garden; Swing House; Tonight; Joint Tenancy; Invitation; The Shadow of Your Smile; Crescent City Stomp; Crescent City Stomp (radio edit).

Músicos: Mike Vax (líder,trompete,flugelhorn); Dennis Noday (trompete, flugelhorn); Paul Von Adam (trompete, flugelhorn); Steve Huffsteter (trompete, flugelhorn); Don Rader(trompete, flugelhorn); Roy Wiegand( trombone); Dale DeVoe (trombone); Scott Whitfield (trombone, vocais); Kenny Shroyer (trombone baixo); Mike Suter (trombone baixo, tuba); Kim Richmond (saxofones alto e soprano,flauta); Keith Kaminski (saxofones alto e barítono, flauta); Pete Gallio (saxophone tenor, flauta); Alex Murzyn ( saxofone tenor, flauta, clarinete); Joel Kaye(saxofones barítonos e baixo, flautas alto e baixo); Liz Sesler-Beckman (piano); Chris Symer (baixo); Gary Hobbs (bateria); Dee Huffsteter (percussão); Ginger Berglund (vocal).

Fonte : JazzTimes / Thomas Conrad

ANIVERSARIANTES 25/05


Christof Lauer (1953) - saxofonista,
Gary Foster (1936) - flautista,
Jimmy Hamilton (1917-1994)- clarinetista , saxofonista,
Marshall Allen (1924) - flautista , saxofonista,
Nailor Proveta(1961) –saxofonista,clarinetista(na foto),
Wallace Roney (1960) – trompetista

segunda-feira, 24 de maio de 2010

CLAIRE MARTIN - A MODERN ART (Linn Records [2009])


O jazz ainda é uma arte moderna? Dezenas de anos passados, depois de tudo, alguns artistas e fãs parecem ignorar todas as coisas compostas após 1940. Porém tão avançado quanto o trabalho de Claire Martin, está a preocupação do questionamento ter uma única resposta. À parte ser uma das finas cantora da cena atual, Martin está constantemente buscando novos compositores e novas maneiras de interpretá-los, assegurando que seu próprio enfoque para a música esteja resolutamente no presente. “A Modern Art”, seu 13º terceiro álbum, é uma gravação eclética que mostra seu talento e dos ótimos músicos que a acompanham. É possivelmente o melhor disco de sua carreira, que está afirmando algo.

Os músicos são alguns dos melhores em ação e tocam com destreza e empatia. O trombone de Mark Nightingale introduz o funk no álbum, o guitarrista Phil Robson, uma vez mais, apresenta sua habilidade como acompanhante —seu dueto com Martin em “Nirvana” de David Cantor é extraordinário—e um antigo colaborador, arranjador e produtor Laurence Cottle, que também toca baixo, é reconhecidamente crucial para o sentimento das canções.

A interpretação de Martin é excepcional— distinta, expressiva e moderna. Ela pode ser melancólica e sensual— em "Sunday Morning Here With You" de Michael Franks por exemplo —ou galhofeira e divertida em "Edge Ways", composta por Martin e Cottle, onde a cantora é sensual e divertida —satirizando um egoísta e falastrão velho amigo ou rival sobre um adequado tempo lento e brilhante acompanhamento. À música "Things I Miss the Most" de Donald Fagen e Walter Becker é dado um toque latino , que acrescido ao vocal apaixonado de Martin, dá à canção um calor com um sentimento mais positivo que o original. Martin não se constrange em fazer um pequeno ajuste na letra —ela vai para a cama com uma cópia de uma celebridade de uma revista de fofocas, mais precisamente que a mais duvidosa literatura preferida pelo protagonista na versão de Steely Dan.

O destaque do álbum é indubitavelmente "Love is Real". Esta é uma bela balada, composta pelo pianista Esbjörn Svensson, pelo baixista Dan Berglund e pelo baterista Magnus Öström (coletivamente conhecidos como e.s.t.), com letra do filho do baixista Charlie Haden, Josh. Svensson morreu em um acidente , quando mergulhava, em 2008 e Martin a interpreta como um tributo ao pianista. Sua performance vocal é romântica, adicionando mais intensidade emocional em uma já poderosa canção. Esta permanece na memória. Dada a qualidade do álbum com alta e completa aprovação, podemos afirmar que “Modern Art” é uma gema.


Faixas: Everything I've Got Belongs to You; So Twentieth Century; Love is Real; Lowercase; A Modern Art; Edge Ways; Love of Another; Totally; Everybody Today is Turning On; Sunday Morning Here With You; Promises; Things I Miss the Most; As We Live and Breathe; Nirvana.

Músicos: Claire Martin: vocal; Gareth Williams: piano; Laurence Cottle: baixo; Nigel Hitchcock: sax alto; Mark Nightingale: trombone; Phil Robson: guitarra; James Maddren: bateria; Chris Dagley: bateria; Sola Akingbola: percussão.
Fonte : All About Jazz / Bruce Lindsay

ANIVERSARIANTES 24/05


Archie Shepp (1937) - saxofonista,
Charles Earland (1941-1999) – organista,
Eric Daniel (1952) – saxofonista,clarinetista,flautista, Francesco Cafiso (1989) – saxofonista(na foto),
Simone Guiducci (1962) – guitarrista

domingo, 23 de maio de 2010

BRIAN LYNCH AFRO CUBAN JAZZ ORCHESTRA – BOLERO NIGHTS FOR BILLIE HOLLIDAY (VENUS)


É fácil recomendar quase todos os 15 álbuns que Brian Lynch lançou sob sua liderança desde o lançamento de estreia dentro de um forte hard-bop, “Peer Pressure”, em 1986. Exceções são “Back Room Blues” de 1989 e o fusion “Fuschia/Red" de 2007. Seu novo lançamento, “ Bolero Nights For Billie Holliday”, vem preenchido com , talvez, sua mais expressiva performance no trompete e no flugelhorn.

No intervalo de gravações com um selo japonês em 2008, ele compartilhou o estúdio de Nova York com um convidado especial, Phil Woods, e outros oito companheiros, todos com segurança para realizar a mistura de ritmos afro-cubanos e do jazz afro-americano. Confuso com o título do álbum?. Não fique. Lynch é fã de Lady Day, e ele deleita-se em trazer componentes musicais latinos para poucas canções que ela interpretou no controverso final de sua carreira em 1958. Há também canções gravadas por outros ilustres jazzistas daquela era, mais a sua composição “Afinque” e “La Sitiera” de Raphael Lopez Gonzalez.

É um privilégio ouvir Lynch pela sua rica entonação e maravilhoso ritmo no comando do seu instrumento, sua imaginação e sua convicção. Envolvendo embevecimento e tristeza, ele avalia as emoções no âmago de “You´ve Changed” e “I´m A Fool To Want You”, partes ilustres ou infames do disco “Lady In Satin” de Holliday. Como ela , ele não é um estranho à intimidade musical. Há uma concessão do novaiorquino na encrespada premência para “Fire Waltz” e há uma especial qualidade afirmativa para sua atuação em “La Sitiera”.

Em cada parte, o estimado e veterano músico Phil Woods, traz sua clara e pessoal estética para o material de “Lady in Satin” e para a composição de Charles Mingus, “Célia”. Ivan Renta providencia suas marcas solos aqui e acolá, porque o amigo e colaborador de Lynch, Eddie Palmieri , apelidou o novo altoísta porto-riquenho de “ o novo fenômeno caribenho”. Entretanto, Lynch estabelece as regras. Beneficiando-se de uma tranqüila sabedoria, de uma expressiva seção rítmica latina, e nunca predisposta a ser enjoativa ou exagerada, ele é o único cujo trabalho convida a um retorno para audição. Arte e a busca da maestria são instrumentos gêmeos que ele apresenta. Lynch inspira superlativos.

Faixas : 1. Afinque; 2. La Sitiera; 3. Celia; 4. Fire Waltz; 5. Delilah; 6. I’m A Fool To Want You; 7. You’ve Changed.

Músicos : Brian Lynch (trompete,flugelhorn); Phil Woods (saxofone alto[3, 6, 7]);Ivan Renta(saxofone alto); Alan Hoffman (saxofone tenor); Marshall Gilkes(trombone); Ron Blake( saxofone barítono); Zaccai Curtis (piano); Boris Kozlov (baixo); Little Johnny Rivero (congas,bongôs e percussão); Marvin Diz (timbal e bateria).

Fonte : Downbeat / Frank-John Hadley

Cotação : * * * * (Muito Bom)

ANIVERSARIANTES 23/05


Arthur Satyan (1973) – pianista,
Artie Shaw (1910-2004) - clarinetista,líder de orquestra,
Daniel Humair (1938) - baterista,
Famoudou Don Moye (1946) - baterista,percussionista,
Humphrey Lyttelton (1921) - trompetista,clarinetista,líder de orquestra,
James Barela (1971) – trompetista,
Ken Peplowski (1959) - clarinetista,saxofonista,
Les Spann (1932-1989) – guitarrista,flautista,
Marvin Stamm (1939) trompetista , flugelhornista ,
Randy Sandke (1949) – trompetista,
Richie Beirach (1947) - pianista,
Rosemary Clooney (1928-2002) – vocalista(na foto)

sábado, 22 de maio de 2010

CHRIS CHEEK / VICTOR PRIETO – ROLLO COASTER (Cheekus Music [2010])


É possível que você nunca tenha ouvido acordeón na maneira como executado por Victor Prieto. Realmente, assim como Toots Thielemans colocou a gaita no mundo do jazz soprando e expelindo linhas do bop através dos seus dentes, Prieto paira sobre a coroa da invenção de Cyrillus Demian, com improvisações que merecem maior reconhecimento.

Bem conhecido por trazer a valsa francesa, a polca da Boêmia, danças franco-canadense e a música festiva do Cajun para os palcos do mundo, este instrumento obteve aceitação no mundo do jazz de forma bem lenta. Certo que outros acordeonistas tinham explorado o gênero antes— Richard Galliano, Antonello Salis, Mat Mathews, Gianni Coscia, Art Van Damme e, ultimamente, Frode Haltli— mas ao lado deste grupo honorável, os Hohners e Excelsiors têm encontrado grande sucesso.

Chega Prieto, com seu inovador, tango-encontra-jazz-encontra a música classica; uma cornucópia preenchida com entonações mundanas exibições de acordes vindos das mãos de austucioso artista. Adicionado a grandes melodias artesanais vindas do saxofone soprano de Chris Cheek, cujo resultado é um cativante canto de corte de rouxinóis. Juntos eles fazem música que, a despeito de uma forte inserção na tradição do tango, atua através de um amplo leque de influências estilísticas. O encontro deles ocorreu na banda da autoridade em tango-jazz, Emilio Solla.

O álbum abre com a composição de Hermeto Pascoal, “Bebê"", um arranjo que deve ser descrito como uma mistura de um arranjo de "Woody 'n You" de Dizzy Gillespie e uma animada dança brasileira. Segue "Coo" de Cheek . Apresentando abundantes e interessantes mudanças, ainda que em solos sucintos, a dupla segue para "Rollo Coaster" uma relaxada peça em 7/4.

As coisas parecem drasticamente diferentes quando Prieto apresenta uma entonação de órgão de igreja na confessional "Shelter". Algo excêntrico que amplia o programa, a mudança de espírito é uma surpresa, soando mais como um concerto de música sacra de J.S.Bach. Não é um movimento desagradável no todo. A manobra nunca leva o espírito dos músicos para longe. O sentimento ressurge no meio de "Papa Pin", antes de esvaziar o salão para a dançante "Rosa".

“Rollo Coaster” é um trabalho estilisticamente diversificado, em que diferentes evoluções quebram muitas barreiras. Quem imaginava que o acordeón poderia soar intrigante?

Faixas: Bebê; Coo; Rollo Coaster; Six Note Samba; Shelter; Chatting With Chris; Papa Pin; Rosa; Rio; Los Recuerdos; Improv I; Improv II; Improv III; Memories.

Músicos: Chris Cheek: saxofone soprano; Victor Prieto: acordeón

Fonte : All About Jazz / Martin Gladu

ANIVERSARIANTES 22/05


Dick Berk (1939) - baterista , líder de orquestra,
Elek Bacsik (1926-1993) – guitarrista,violinista,
Jackie Cain (1928)- vocalista,
Kenny Ball (1930) - trompetista,
Sun Ra (1914-1993) - tecladista,líder de orquestra(na foto),
Tao Højgaard (1974) - guitarrista

sexta-feira, 21 de maio de 2010

ESPERANZA SPALDING LANÇARÁ NOVO ÁLBUM


A baixista Esperanza Spalding,(na foto), estará lançando outro olhar para sua inicial formação clássica em seu próximo disco, “Chamber Music Society (Heads Up)”, cujo lançamento está previsto para o próximo dia 17 de Agosto.

O álbum contará com a baterista Terri Lyne Carrington e o pianista Leo Genovese, e tem como formato um moderno grupo de Câmara que combina arranjos para trio de cordas com improvisações jazzísticas. Milton Nascimento participará do disco e sua composição Ponta de Areia será interpretada por Spalding.

Fonte : Downbeat

ANIVERSARIANTES 21/05


Bill Holman (1927)- saxofonista, arranjador,
Fats Waller (1904-1943) - pianista,
Larance Marable (1929) – baterista,
Marc Ribot (1954) – guitarrista,
Matthew Von Doran (1960) – guitarrista,
Sylvia Bennett (1956) – vocalista(na foto),
Tommy Bryant (1930-1982) - baixista

quinta-feira, 20 de maio de 2010

THELONIUS MONK INSTITUTE OF JAZZ NA CHINA



O Thelonious Monk Institute of Jazz, em parceria com o Departamento de Estado dos Estados Unidos apresentou 10 dias de educação jazzística e performances em excursão à China. Este tour marcou a primeira visita do Instituto a este país e apresentou a dezena de milhares de pessoas, jovens e adultos, o jazz, a maior contribuição musical norte-americana para o mundo.

Herbie Hancock e Dee Dee Bridgewater lideraram a excursão. Eles foram acompanhados por seis talentosos estudantes da faculdade (Monk Fellows), que frequentam o Thelonious Monk Institute of Jazz Performance, que tem nível de graduação universitária, vinculado à Loyola University New Orleans. Estes estudantes, que atuam como o Thelonious Monk Institute Ensemble, recebem bolsas completas e estudos regulares e atuação com os mais completos músicos de jazz.

O grupo liderou uma aula especial para jovens músicos no Centro Nacional de Artes de Pequim no dia 10 de Maio. Eles atuaram no Forbidden City Concert Hall na noite da terça-feira, 11 de Maio . Adicionalmente os músicos apresentaram-se em concertos nos dias 13 e 14 de maio no Entertainment Hall of the Shanghai 2010 Expo. Estes concertos foram um presente dos Estados Unidos para o povo chinês e cidadãos do resto do mundo que estiveram na exposição.

O diretor do Instituto, Herbie Hancock, relembrou : "Esta excursão à China representa nosso contínuo credo em trabalhar com jovens músicos de toda a parte do globo. Música sempre serviu como uma ponte entre diferentes culturas e nenhuma arte musical é mais efetiva como ferramenta diplomática do que o jazz".

Esta excursão à China foi a mais recente de uma série de ações internacionais nos campos diplomático, cultural e educacional realizadas pelo Instituto e pelo Departamento de Estado norte-americano desde 1995. Os programas passados incluíram viagens a sete países da África ; Índia e Tailândia; Chile, Argentina e Peru; Egito; e Vietnam. O Instituto também tem parceria com as Nações Unidas , durante três anos. para apresentações no Dia Internacional da Filosofia, evento apresentado pela UNESCO. Mais recentemente, em 2009, os estudantes do Instituto acompanharam Martin Luther King, III, Herbie Hancock, Dee Dee Bridgewater, Chaka Khan, Terri Lyne Carrington, George Duke, junto com uma delegação do Congresso liderada pelo parlamentar John Lewis e pelo ex-embaixador das Nações Unidas, Andrew Young ,em um tour do Departamento de Estado à India comemorando o 50º Aniversário do Dr. Martin Luther King, Jr. e a histórica viagem de Coretta Scott King à Índia para estudar o movimento de não-violência de Gandhi.

Fonte : JazzTimes

ANIVERSARIANTES 20/05


Bob Florence (1932-2008) - pianista,arranjador,líder de orquestra,
Dino Saluzzi (1935) - bandoneonista,
Hélio Delmiro (1947) – guitarrista (na foto),
Louis Smith (1931)- trompetista,
Ralph Peterson, Jr. (1962) – baterista,
Sheryl Bailey (1966) – guitarrista,
Tiziano Zanotti (1964) – baixista,
Victor Lewis (1950) - baterista,
Wajdi Cherif (1975) - piano

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Última semana - Chico Oliveira & Grupo no Theatro XVIII



Cercado por músicos de renome na música instrumental, a proposta de apresentação de Chico Oliveira tem o intuito de propagar as raízes culturais brasileiras em novas texturas, através da expressão musical numa perspectiva atualizada, moderna e incentivadora, baseando-se na diversidade cultural do nosso país. A linguagem genuinamente brasileira contida nos arranjos e nas composições, juntamente com a perícia do grupo em executar essa proposta musical, garante um resultado único, atraente e exótico, porém sem deixar escapar uma via de comunicação entre o conteúdo musical e o potencial público apreciador, que percebe uma identificação imediata de elementos da sua expressão cultural. O processo criativo expressa a identidade do autor, as circunstâncias que o cercam, inclusive dos artistas que influenciaram a sua obra, como a música dos blocos afros de Salvador, Hermeto Pascoal, Moacir Santos, Maestro Duda de Recife, Dominguinhos, Tom Jobim, Toninho Horta, Victor Assis Brasil etc. Desta forma a cultura brasileira, em especial a baiana, está presente nessa obra como ponto de ancoragem ao qual se associaram outros elementos da música universal. Um verdadeiro “bocapiu” (alusão à sacola de sizal encontrada nas feiras nordestinas) contendo muita música instrumental brasileira.


Theatro XVIII

Rua Frei Vicente nº 18. Pelourinho.

Data: 20 de maio(quinta)

Tel.: 71 33220018

Ingresso: R$5,00 (valor único)

Apoiadores culturais:

Theatro XVIII

Estacionamento 14M (Com a apresentação do ingresso carimbado o estacionamento fornece um desconto de 50%)


Chico Oliveira – Guitarra, composições e direção musical

Bruno Aranha - Piano Elétrico

Giroux Wanziler - Contrabaixo acústico

Tito Oliveira - Bateria e percussão



Festival de Bossa e Jazz no B-23 Lounge Music Bar 20-05-2010

ANIVERSARIANTES 19/05


Canhoto da Paraíba (1928) – violonista,
Cecil McBee (1935)- baixista,
Geoff Stradling (1955) – pianista,
Georgie Auld (1919-1990)- saxofonista ,líder de orquestra,
Johnny Alf (1929-2010) – pianista,vocalista(na foto),
Henry Butler (1949) – pianista,
Kyle Eastwood (1968) – baixista,
Michael Blake (1964) - saxofonista
Mike Thompson (1949) – baterista,
Rex Cadwallader (1946) - pianista
Richard Teitelbaum (1939)- tecladista,
Sonny Fortune (1939) - saxofonista,
Tom Scott (1948) - saxofonista

terça-feira, 18 de maio de 2010

ANIVERSARIANTES 18/05


Big Joe Turner (1911-1985) - vocalista,
Jim McNeely (1949) – pianista,
Kai Winding (1922-1983)- trombonista,
Mauro Senise(1951) – saxofonista,flautista(na foto),
Marco Cortesi (1962) – guitarrista,
Pops Foster (1892-1969) - baixista,
Weasel Walter (1972) - baterista

Festival de Bossa e Jazz no B-23 Lounge Music Bar 20-05-2010





Sávio Andrade iniciou sua carreira artística aos 16 anos, em Los Banos, na Califórnia, cantando para uma rádio local. Em seguida, ainda quando morava em Ilhéus, fez shows no Teatro Municipal com Orlando Morais e Margareth Menezes. Em 2004, passou a fazer parte do show choir Coronlaine, sob a regência de Cícero Alves Filho, com o qual fez uma turnê nos EUA em 2005. Na mesma época, fez o show "Um piano, uma voz", no Teatro SESI, acompanhado do pianista da OSBA e regente Eduardo Torres, que se repetiu em 2006. Fez também os shows "Casa Pré-Fabricada" no Teatro ACBEU e "Pluma, Tela, Pétala" no Teatro SESI, ambos com direção artística de Kalinca Liss. Seu repertório e interpretação são intimistas e carregados de emoção, incluindo MPB e standards norte-americanos.

MORRE O PIANISTA HANK JONES


Hank Jones, que nasceu no Mississippi, mas cresceu em Michigan, era parte de uma família que incluía dois igualmente qualificados músicos, seus irmãos, o cornetista Thad Jones e o baterista Elvin Jones. Ele começou tocando profissionalmente em bandas locais durante sua adolescência até o início dos 20 anos, quando o saxofonista Lucky Thompson trouxe-o para Nova York. Jones trabalhou com um grande número de estrelas da Era do Jazz, incluindo Hot Lips Page, Billy Eckstine, Coleman Hawkins, Ella Fitzgerald e Ray Brown. Ele fazia parte da Jazz at The Philarmonic de Norman Granz.


"Eu criei meu estilo após o surgimento de Teddy Wilson e Fats Waller", disse Jones a Joe Lovano em uma conversa ocorrida em uma reportagem da Downbeat em 2005. "Eles usavam o estilo "two-hand piano" . Quando cheguei a Nova York, eu não tocava do jeito que toco hoje. Tocava do jeito que estava acostumado, isto é, no estilo de Teddy Wilson e Fats Waller. Então eu ouví o estilo bop . Eu não estive feliz com aquele termo, mas quando ouvi aquilo, percebi que havia partes que poderia adaptar em meu próprio jeito de tocar. Eu tentei integrar estas coisas em meu próprio toque sem sobressair uma ou outra maneira. Eu queria manter o estilo "two-hand" "

Jones começou trabalhando com a CBS Orchestra em 1957 e ficou na banda por 17 anos. Enquanto isto, se mantinha bastante ocupado, tendo atuado em diversas e historicamente significantes gravações como "Lady In Satin" de Billie Holliday, "Bags and Trane" de John Coltrane, "So Much Guitar" de Wes Montgomery e "We Free Kings" de Roland Kirk.


"A maneira como olho isto, o estilo vem da audição da grande variedade de pessoas, aceitando ou rejeitando partes do que ouvia", declarou a Howard Mandel na edição de Agosto de 2009 da Downbeat, quando foi eleito para a Galeria da Fama da revista. "O que você retém e o que você absorve em sua concepção de como uma particular composição deve soar, vem a ser conhecido como seu jeito de tocar. O método que você usa a dinâmica, todas as coisas que você vai apresentando é seu estilo".


Durante os anos 70 e 80 , Jones trabalhou na Broadway em "Ain´t Misbehavin´" e homenageou Fats Waller em "A Handful of Keys" em 1993. Suas parcerias incluem Charlie Haden, Dave Holland e Eddie Gómez. No início do século XXI, Jones permaneceu ativo, gravando com Joe Lovano discos como "All for You" em 2004 e "Joyous Encounter" no ano seguinte, lançados pela Blue Note. Ele também atuou com Roberta Gambarini em seu disco "You Are There (Emarcy)" em 2008.


"Eu não estou certo se há algum segredo", Jones contou a Joe Lovano. " Eu estou sempre reagindo ao que ouço. Isto eu digo, porque os músicos que compôem o grupo são extremamente importantes. Se espalham a partir da liderança. Não acontece se o líder não está lá para estabelecer o tempo. Por tempo, quero dizer o proprio sentimento da música. Há várias maneiras de tocar uma canção. mas há sempre a melhor maneira de fazê-lo. Cada canção tem uma alma, um certo pensamento, então posso apreciar o que está sendo exposto. É como um poema. cada poema tem um pensamento central. Se você não pode identificá-lo, então você não pode apreciar o que está sendo apresentado. A mesma coisa aplica-se à música. Cada canção tem um pensamento, uma ideia musical, uma forma, uma identidade que vive. Se você pode reconhecê-la, então você pode ser parte dela, e dar-lhe vida. Você tem que viver com ela".


Fonte : Downbeat

MORRE AOS 91 O PIANISTA DE JAZZ HANK JONES

Morreu, anteontem à noite, em Nova York, o pianista de jazz Hank Jones. Ele tinha 91 anos. A informação foi confirmada por seu agente Jean Pierre Leduc. Segundo Leduc, o músico "vivia e respirava música e nunca esteve afastado de um piano". Jones, que tinha um concerto marcado para a semana que vem em Nova York, vinha de uma família de músicos, entre eles os irmãos Elvin e Thad.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

KRISTIAN LIND TRIO – WINTERGAMES


Este é o lançamento de estreia do baixista Kristian Lind, residente em Estocolmo, e é altamente provável que a maioria dos leitores deste artigo não tenha qualquer conhecimento sobre ele.Quando recebi o álbum, eu não sabia nada. Este trio de saxofone é não só excelente para uma estreia . É maravilhoso por não conter qualquer standard. Lind compôs todas as oito interessantes e memoráveis músicas que constituem o CD. Não há qualquer faixa fraca em termos de composição, execução e solo. A gravação é , também, um bom exemplo de uma fina performance de jazz tornando clara a distinção entre arranjos e a interação entre os membros do trio. Esta interação frequentemente cria muitos resultados contrapontuais interessantes , e é provável que os membros da banda já toquem juntos estas composições com bastante freqüência , para ter um bom conhecimento das idéias dos outros e como respondê-las.

A despeito da boa execução em seu infrequente uso da posição do polegar, Lind apresenta muitas das virtudes focando o toque do baixo em duas oitavas abaixo do instrumento. Ele também usa arco para obter ótimos efeitos em “Sweet Dreams”. Seus companheiros, também, atuam muito bem. O baterista / engenheiro Peter Danemo utiliza sempre a quantidade certa do seu senso musical e o saxofonista Karl-Martin Almqvist nunca leva seus solos para pontos que não venham a ser interessantes, e quase nunca funciona como um percorredor de escalas. As músicas nunca são excessivas.

O grupo de Lind fez um disco merecedor de repetidas audições, e é muito melhor do que o trabalho de muitos artistas famosos neste formato. Fãs efetivos de jazz que gostam de
trios de saxofone constatarão isto ao ouvi-lo.

Músicos: Karl-Martin Almqvist (sax); Kristian Lind (b); Peter Danem (bateria)

Faixas: 1. 2008; 2. Wintergames;3. Think Twice; 4. Skelettbebop; 5. Sweet Dreams;
6. Litlle Happy Tune; 7. Sleepin at The Gate; 8. Sorry

Fonte : JazzTimes / John Schu

ANIVERSARIANTES 17/05


Amilson Godoy(1946) – pianista,
Bill Bruford (1949) – baterista,
David Izenon (1932-1979) - baixista,
Dewey Redman (1931-2006) - saxofonista,
Jackie McLean (1932-2006) – saxofonista(na foto),
Michiel Braam (1964) – pianista,
Paul Quinichette (1916-1983)- saxofonista

domingo, 16 de maio de 2010

Parabens Betty Carter

Parabens Betty Carter
Um video para curtir Betty

http://jazzonthetube.com/videos/betty-carter/happy-birthday-betty-carter.html

Festival de Bossa e Jazz no B-23 Lounge Music Bar 20-05-2010

FESTIVAL DE BOSSA E JAZZ DO B-23 LOUGE MUSIC BAR

Apresenta show com Benutti Banda, Sávio Andrade e Ananda.

Músicos:
Sérgio Benutti: Trompete.
Cid Alexandre: Teclado.
Son: Contrabaixo.
Chiquinho: Bateria.
Augusto: Saxofone e Flauta.

Dia: 20/05/2010
Horário: 21hs

Local: B-23 LOUGE MUSIC BAR
Rua Anísio Teixeira, Shopping Boulevard 161, Loja 23 S, Itaigara, Salvador - BA

Telefone:
(71) 3353-2348

Couvert Artístico: R$ 10,00

Venha apreciar o melhor da Bossa-Nova e do Jazz nas brilhantes interpretações de Ananda e Sávio em músicas de grandes compositores como: Carlos Lyra, Menescal, Vinícius, Tom Jobim, Cole Porter, Burt Bacharach, Erroll Garner, entre outros. Imperdível.

NILSON MATTA´S BRAZILIAN VOYAGE – COPACABANA (Zoho Music [2010])


O disco “Copacabana” do baixista residente em Nova York, Nilson Matta, oferece uma aventura musical refletindo os muitos aspectos do seu nativo Brasil, apresentando culturas de diferentes regiões ou naturais surpresas. Matta mistura uma excitante seleção de novo material com antigos sucessos brasileiros dedicados à sua terra natal. O álbum, bem como a sua banda , Brazilian Voyage, nasceu de um simples evento : uma convenção sobre a cultura brasileira ocorrida no The Cooper Hewitt Museum em Nova York , onde ele apresentou a música de várias regiões do Brasil. Seguindo esta temática, algumas das peças contêm músicas tradicionais do Nordeste brasileiro, dedicações ao Pantanal e a faixa título, com matiz de bossa nova, que claramente evoca as praias do Rio de Janeiro.

O baixista utiliza o mesmo quarteto usado no evento, com o pianista Klaus Mueller ancorando uma seção rítmica brasileira composta pelo baterista Mauricio Zottarelli e pelo percussionista Zé Maurício. Enriquecendo o cenário desta viagem musical, Matta convida uma especial seção de sopros composta pelo luminar Harry Allen no saxofone tenor e pela flautista Anne Drummond. A jornada brasileira inicia com uma homenagem ao maior guitarrista brasileiro, Baden Powell, com a faixa "Baden". Esa faixa é seguida por uma saborosa adaptação da música “Trenzinho Caipira” do compositor Heitor Villa-Lobos com Allen e Drummond juntando-se para tocar pela primeira vez.

Como uma saudação à natural beleza dos rios brasileiros, apresenta-se a composição "Águas Brasileiras" (Brazilian Waters), uma terna balada contendo um gracioso solo de Matta, acompanhado pelo suave trabalho de vassourinha de Zottarelli e as linhas delicadas do piano . "Brazil", como é denominada "Aquarela do Brasil", é outra música bem conhecida de autoria de Ari Barroso, permanecendo praticamente fiel à melodia original com a pegada de samba , que define a chama brasileira. Matta aventura-se só em seu curto e modesto solo na sua "Pantanal", empregando pesados ataques do arco em cada nota, enquanto na matizada bossa nova "Copacabana" ele atua na guitarra e no baixo , usando a técnica do overdubbing.

Unido a um brilhante e suave fraseado de Mueller e Matta, Allen contribui com uma composição sua, a única faixa sem matiz brasileiro, apresentando suaves e floreados solos na balada "I Can See For Ever". Entretanto a peça é originária do tema do álbum, a despeito de ser uma das melhores faixas. O final, a conhecida "Asa Branca/ Baião," possibilita a Drummond sua mais proeminente exibição e , junto com o trabalho de piano de Mueller, leva o baixista a encerrar a sessão na mais provocativa peça do disco.

Uma excursão musical por excitantes paisagens brasileiras, “Copacabana” move-se das doces baladas brasileiras para as ricas e melódicas harmonias em rápido andamento em um maravilhoso conjunto de músicas não tradicionais brasileiras, guiadas pela banda de Nilson Matta, Brazilian Voyage, em uma excelente jornada musical.

Faixas: Baden; Trenzinho Caipira; Águas Brasileiras; Brazil; Pantanal; Copacabana; Saci Pererê; I Can See For Ever; Asa Branca/Baião.

Músicos: Nilson Matta: baixo, guitarra (6); Harry Allen: saxofone tenor; Anne Drummond: flauta; Klaus Mueller: piano; Maurício Zottarelli: bateria; Zé Maurício: percussão.

Fonte: All About Jazz / Edward Blanco

ANIVERSARIANTES 16/05


Betty Carter (1930-1998)- vocalista(na foto),
Billy Cobham (1944) – baterista,
Eddie Bert (1922)- trombonista,
Ron Kearns (1952) - saxofonista,
Woody Herman (1913-1987)- clarinetista , saxofonista, líder de orquestra

sábado, 15 de maio de 2010

Ana Karla no Festival de Jazz e Bossa do B-23

Caros Amigos,

A noite foi fantástica! A voz gostosa e afinadíssima da Ana Karla Fragôso, o trompete certeiro do Benutti, os sonoros e melodiosos sax tenor e flauta do Augusto, a bateria educadíssima do Chico Batera e o bem-vindo acompanhamento de Son (baixo), Cidinho (teclado) e Eudes (bongô) fizeram a noite inesquecível. A Ana Karla em sua primeira apresentação acompanhada de banda emocionou a todos cantando Ivan Lins, Tom Jobim, Dorival Caymmi, Chico Buarque e boleros.

Seguem, abaixo, trechos do show gravados pela Rosilda Oliveira, produtora da Ana Karla Fragôso na apresentação do Festival de Jazz e Bossa do B-23 Music Lounge no dia 13/05/2010.


trecho de Besame Mucho (Consuelo Velásquez Torres)



trecho de A Rita (Chico Buarque).



trecho de Rosa Morena (Dorival Caymmi)



trecho de Lembra de Mim (Ivan Lins / Victor Martins).

O Instrumental Benutti Banda também nos brindou com standards de Jazz como: Misty (Erroll Garner), Moonlight in Vermont (John Blackburn / Karl Suessdorf), Ôba Lá Lá (João Gilberto) e Georgia On My Mind (Ray Charles).






Ainda nesta apresentação tivemos uma palhinha do Sávio que irá se apresentar na próxima quinta-feira 20/05/2010, no Festival de Jazz e Bossa do B-23. Imperdível!


Sávio

B-23 LOUNGE MUSIC BAR:
Rua Anísio Teixeira, Shopping Boulevard 161, Loja 23 S, Itaigara, Salvador - Bahia.
Telefone: (71) 3353-2348

Fotos: Mecenas Salles

CEDAR WALTON - VOICES DEEP WITHIN (HighNote Records [2009])


Desde 2001, as regulares idas de Cedar Walton ao legendário estúdio Englewood Cliffs de Rudy Van Gelder para a HighNote tem resultado, consistentemente, em algumas das mais finas gravações do jazz mainstream . Em “Voices Deep Within” ele continua a tradição, mais uma vez demonstrando a vitalidade e a persistência desta música. A despeito da sua crescente popularidade e aclamação da crítica, tendo obtido o título de Mestre do Jazz pela NEA, Walton ainda não foi elevado ao seu merecido lugar no panteão dos maiores pianistas do jazz, ao lado do mais antigo Horace Silver, a quem ele sucedeu no Art Blakey's Jazz Messengers, e no pouco mais jovem McCoy Tyner, a quem precedeu em gravações com John Coltrane. E, entretanto, este disco, improvavelmente, lhe trará a fama que seu talento autoriza, mas será prazeiroso para seus fãs e novos ouvintes, que passarão a apreciar sua qualidade artística.

Walton, um prolífico e prodigioso compositor de memoráveis melodias, um arranjador de incomum originalidade e um pianista com uma sonoridade e estilo imediatamente identificáveis, está, aqui, em sua melhor forma. Ele divide a sessão entre versões levemente alteradas do trabalho com seu trio (com Buster Williams substituindo seu baixista regular David Williams e Willie Jones III na bateria ocupada anteriormente por Kenny Washington, Lewis Nash e Joe Farnsworth, desde a morte do velho companheiro Billy Higgins) e com um quarteto (com Vincent Herring trocando seu costumeiro saxofone alto para tocar o tenor). O som “agridoce” do saxofonista é ouvido satisfatoriamente em quatro faixas, começando com a faixa título. Uma composição suingante e brilhante de Walton, que relembra seu álbum “Eastern Rebellion” com George Coleman ou Bob Berg.

As faixas com trio, com leituras relaxadas em "Memories Of You" de Eubie Blake e na própria composição do líder em "Dear Ruth", bem como o enfoque romântico em "Over The Rainbow" e "Naima", apresentam o lirismo do baixo de Williams e o notável trabalho maduro de Jones com as escovinhas, aliado à misteriosa habilidade de Walton em colocar novas nuances em material familiar. O excelente exemplo do disco é um retrabalho de "Another Star", uma excitante performance que brilha no enfoque harmônico, melódico e genial ritmo do pianista, com uma misteriosa introdução que faz o clássico de Stevie Wonder parecer seu. O tenor de Herring suinga melodicamente nesta e em mais duas faixas em quarteto. A música do líder "Something in Common" e "No Moe" de Sonny Rollins complementam magnificamente o belo som do trio.

Faixas : Voices Deep Within; Memories of You; Another Star; Dear Ruth; Something in Common; Over the Rainbow; Naima; No Moe.

Músicos: Cedar Walton: piano; Vincent Herring: saxofone tenor; Buster Williams: baixo; Willie Jones III: bateria.

Fonte: All About Jazz / Russ Musto

ANIVERSARIANTES 15/05


Benito Gonzalez (1975) – pianista,
Carl Smith (1975) – saxofonista,
Edmond Hall (1901-1967) - clarinetista,
Ellis Larkins (1923-2002)- pianista,
Geoff Lapp (1953) – pianista,
Joe Gordon (1928-1963) - trompetista,
Karin Krog (1937) - vocalista,
Oscar Castro-Neves (1940) – violonista(na foto)

Beleza negra

RUY CASTRO - FOLHA DE SÃO PAULO


RIO DE JANEIRO - Lena Horne, que morreu nesta semana aos 92 anos, em Nova York, era uma das últimas cantoras americanas da era clássica -ou seja, das que se vestiam na modista, não no brechó. Era negra, belíssima e sua trajetória diz muito da sociedade americana de seu tempo.
Os obituários falaram de como suas sequências nos musicais da MGM, nos anos 40, eram montadas de forma a poderem ser cortadas sem prejuízo do enredo pelos exibidores racistas. Para isso, bastava que não fizessem parte do enredo. Lena fazia sempre uma cantora de boate, apresentando-se para o casalzinho de protagonistas.
Não que os racistas não gostassem de artistas negros -desde que eles fossem cômicos ou caricaturais. E não havia nada de cômico ou caricatural em Lena Horne. Ao contrário, sua beleza os assustava, além de revelar a baranguice de suas patroas -quantos teriam em casa uma mulher como ela?
Com tudo isso, não acho que Lena tenha sido vítima de racismo ao ser preterida para o papel de Julie na refilmagem de "Show Boat" ("O Barco das Ilusões", 1951). Para Edna Ferber, autora da história, Julie era uma mulher ostensivamente branca que, por ter "uma gota" de sangue negro, era considerada negra. Lena tinha a pele muito clara para o mundo negro, mas seria sempre negra para o mundo branco. Ava Gardner, que ganhou o papel, teria sido uma Julie perfeita se não a tivessem maquiado para escurecê-la, contrariando Edna.
Mais grave é saber que a loura Betty Grable, musa dos soldados americanos, não podia ter sua foto colada no armário ou na mochila dos soldados negros na 2ª Guerra -ou seja, nem em pensamento eles poderiam desejar uma mulher branca. Por sorte, esses soldados não precisavam de Betty Grable. Tinham a foto de Lena Horne, muito melhor, para os inspirar.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ANIVERSARIANTES 14/05


Al Porcino (1925) – trompetista,
Alan Lewine (1955) – baixista,
Gabriel Juncos "El Corto" (1967) – flautista,
Jay Beckenstein (1951) – saxofonista,
Randall Sutin (1958) – vibrafonista,
Sidney Bechet (1897-1959)- clarinetista, saxofonista,
Stu Williamson (1933-1991) - trompetista , trombonista,
Virginia Mayhew (1959) – saxofonista(na foto),
Zutty Singleton (1898-1975)- baterista

quinta-feira, 13 de maio de 2010

ARTURO O'FARRILL - RISA NEGRA (Zoho Music [2009])


Com o prêmio Grammy de 2009 em mãos, o pianista Arturo O'Farrill pode finalmente sair da pesada sombra do seu pai, o líder de orquestra cubano Chico O'Farrill. Em “ Risa Negra” pode ser visto como rapidamente os filhos de Arturo , o trompetista Adam O'Farrill (14 anos) e o baterista Zachary O'Farrill (17 anos), que se apresentam em uma faixa, começam a surgir sob o olhar protetor do pai.

Este é um álbum de família e o que a unida família O'Farrill's ouviu vem do Caribe, do meio-oeste norte-americano, América Latina, Rússia e Índia. Como era ouvido pela geração do seu pai, o jazz latino tem a capacidade de absorver quantidades multinacionais de música e fazê-las encaixar em sua clivagem. Isto é melhor demonstrado em "Table Rasa", uma suíte em dois movimentos que começa em um salão em Cuba, com uma simples peça de piano que envolve uma pegada de sabor latino com o trompetista Jim Seeley intercambiando solos com a flautista Cecilia Tenconi. A suíte continua com "Tintal Tintal Deo", transmutando-se com uma tabla indiana executada pelo convidado Badal Roy. O ex-aluno de Miles Davis apresenta um solo de konakol (percussão vocal indiana) antes da banda retornar com uma mistura de jazz afro-cubano.

Esta gravação transcende a classificação de gêneros musicais. Como os grandes visionários do jazz, o apetite de O'Farrill é amplo. A seção de metais é concisa, plena de suíngue, evidenciado pelo trompetista Seeley e com o saxofonista David Bixler agitando em "One Adam 12 Mambo" e "Ceviche". A banda apresenta um pouco de funk, com O'Farrill no piano elétrico e Boris Kozlov “divertindo-se” no baixo elétrico, em "Goat Check" ,com uma pitada de música de beira de estrada. Kozlov dá suporte com o baixo elétrico e troca solos com o baixista acústico Ricardo Rodriguez em "Blue State Blues", outra faixa que fará sucesso junto ao público , que encontra cada instrumentista apresentando intervenções contagiantes, com os executantes de instrumentos de sopro suingando para seus ancestrais no jazz .

Adam O'Farrill apresenta o gene da família em "Crazy Chicken." A peça de cinco minutos tem uma melodia complexa que diminui seu ritmo, possibilitando-lhe a exibição de um belo toque com seu irmão Zachary incrementando o tempo.

O pai Arturo fecha o disco com uma peça solo, "Alisonia", uma melíflua e reflexiva canção que acentua o seu lado mais suave. Algo que poderia ser confundida como uma composição de Bill Evans. Um conveniente final para uma gravação espirituosa.

Faixas: One Ada 12 Mambo; Goat Check; Blue State Blues; The Darkness Is My Closest Friend; No Way Off; Crazy Chicken; Tabla Rasa : El Salon Cubano; Tabla Rasa: Tintal Tintal Deo, Ceviche; Alisonia.

Músicos: Arturo O'Farrill : piano, Fender Rhodes piano; Jim Seeley: trompete; David Bixler: saxofone alto ; Boris Koslov: baixo acústico, baixo elétrico; Vince Cherico: bateria; Roland Guerrero: percussão; Heather Bixler: violino; Alison Deane: piano; Adam O'Farrill: trompete; Zachary O'Farrill: bateria; Ivan Renta: saxofone tenor; Ricky Rodriguez: baixo acústico; Badal Roy: tabla; Cecilia Tenconi: flauta.

Fonte: All About Jazz / Mark Corroto

ANIVERSARIANTES 13/05


Benito E. Gonzalez (1975) – pianista,
Bill Howland (1961) – pianista,
Creed Taylor (1929) – produtor,
Eric Astor (1981) – guitarrista,
Eric Lewis (1973) – pianista,
Gil Evans (1912-1988)- pianista, arranjador,
Gregoire Maret – (1975 ) – gaitista,
Harold Rubin (1932) – clarinetista,
Irv Gordon (1933) – saxofonista,
Manfred Fest(1936-1999)- pianista,organista,
Maxine Sullivan (1911-1987) – vocalista(na foto),
Red Garland (1923-1984) - pianista,
Ronnie Foster (1950) - organista , pianista,
Ross Tompkins (1938-2006)- pianista,
Stevie Wonder (1950) – pianista, gaitista,vocalista

quarta-feira, 12 de maio de 2010

FREDDY COLE – THE DREAMER IN ME (HighNote Records)


Certo tempo era impossível ouvir Freddy Cole sem lembrar do seu irmão mais velho. Não havia nada intencional nisto. Se a similaridade vocal lembra uma cópia , era um malefício para Freddy, cujo desejo em criar um nicho distinto , o levou uma vez a entitular um álbum como “I’m Not My Brother, I’m Me”. Mais recentemente, como a voz barítono veio a ser rouquenha, o fantasma de Nat cresceu continuamente. Realmente, através deste soberbo trabalho, realizado dois anos atrás no Dizzy’s Club Coca-Cola no Lincoln Center, Freddy está inteiramente livre dos ecos fraternais. Uma qualidade sem preço da performance de Nat, entretanto, permanece.

Um verdadeiro cavalheiro da canção, Freddy compartilha com a polidez de seu irmão, unidos em sua capacidade de criar uma atmosfera elegantemente suave, ainda que calorosamente familiar. Tal segurança não requer nenhum grande gesto. Sua musicalidade é imensamente rica, mas nunca ostentatória. Você vai ouvi-la na sua “Where Can I Go Without You?”. Gentilmente banhada em uma suave reflexão adicionada na sofrida letra, encontrando precisamente o mesmo belo efeito que Nat alcançou em “Around the World”. Está igualmente evidente em sua radiante “On the South Side of Chicago”, acentuada com doces memórias da infância.

Mas a mais atrativa é “You’re Sensational”. Quando Sinatra a apresentou pela primeira vez em High Society, veio a ser um carrosel de brilhante romantismo. Freddy opta por um enfoque mais discreto. Ele não está buscando reconhecimento de algo que é absolutamente verdadeiro, e nada poderia ser mais encantador.

Faixas: I Will Wait For You; I Was Wrong; Send For Me; I'm Making Believe; You're Sensational; Where Can I Go Without You?; More Than Likely; You're Bringing Out The Dreamer In Me; On The South Side Of Chicago; What Are You Afraid Of?; What Now My Love?.


Músicos: Freddy Cole: vocal, piano (faixas 4-8); John di Martino: piano (faixas 1-3, 9-11); Jerry Weldon: saxofone tenor; Randy Napoleon: guitarra; Elias Bailey: baixo; Curtis Boyd: bateria.

Fonte : JazzTimes / Christopher Loudon

Letieres Leite em QUINTETO. Percussividade e Jazz no Cabaré dos Novos


Letieres Leite em QUINTETO . Percussividade e Jazz no Cabaré dos Novos

terça musical . 18 maio

Letieres Leite volta ao palco, desta vez no projeto Terça Musical, no Cabaré dos Novos, para mais uma e única apresentação do seu novo trabalho, fruto de suas pesquisas e estudos. O motivo inspirador? O UNIVERSO PERCUSSIVO BAIANO, o mesmo no qual se inspira para compor as músicas da ORKESTRA RUMPILEZZ. Seguindo o mesmo conceito que alia a música ancestral baiana ao jazz, o músico experimenta uma formação diferente, e igualmente desafiante: um QUINTETO. Contra-baixo, piano, bateria, atabaque e sax/flauta são o menu da vez, e os 5 grandes músicos – Ldson Galter, Marcelo Galter, Tito Oliveira, Luisinho do Jeje e Letieres Leite - executarão composições inéditas com toda liberdade para improvisação, mas desta vez, sem deixar passar o prato principal da noite: as claves e desenhos rítmicos da cultura percussiva baiana.

Imperdível!

às 21h . Cabaré dos Novos | Teatro Vila Velha - Campo Grande . R$ 10


Festival de Bossa e Jazz no B-23 Lounge Music Bar

ANIVERSARIANTES 12/05


Alejandro Florez (1979) – violinista,
Bebel Gilberto(1966) – vocalista,
Bob Montgomery (1937) – trompetista,
Gary Peacock (1935) – baixista (na foto),
Gerald Wiggins (1922) – pianista,
Klaus Doldinger (1936) – saxofonista,
Marshall Royal (1912-1995) - clarinetista , saxofonista,
Matt Savage (1992) – pianista,
Mike Allen (1965) – saxofonista,
Walter Wanderley(1932-1986) - organista

terça-feira, 11 de maio de 2010

OSCAR PETERSON & ELLA FITZGERALD / DUKE ELLINGTON AND HIS ORCHESTRA (BISCOITO FINO)




A música nem sempre foi suave. Não, pelo menos, o jazz. Ele nasceu para que os oprimidos dançassem. No início humilhados pelos preconceitos de cor, esses homens e mulheres bailaram rudemente. Com o tempo, o jazz sofisticou-se , os ternos se tornaram solenes e isso significou algo bom para a música. Mas há quem discorde de sua liberação, quem se entedie dela, como Carrie Bradshaw, a glamourosa de Sex and The City. Enquanto se desequilibra sobre os saltos , a personagem detesta o jazz.

Ella Fitzgerald não era Carrie, por certo, mas também tinha glamour. Não nos pés, claro. Na voz. Seu cantar obedecia a dois mandamentos : o de ser entendida e o de superar todo o entendimento. Era nítida ao interpretar tanto a mulher ansiosa de Someone To Watch Over Me quanto menina exigente de A Tisket – A Tasket. Muitas vozes em uma são percebidas no magnífico Oscar Peterson & Ella Fitzgerald, gravado na Lausanne de 1953. Sobre o pianista Oscar Peterson, é preciso dizer que, neste disco, acompanha perfeitamente o humor de sua dama. Ella gostava de sorrir.

A certa altura, o saxofonista Lester Young entra para arrasar. Lírico, também animal, em Lester Leaps In. Os músicos de Peterson brilham naturalmente. Barney Kessel na guitarra, Ray Brown no contrabaixo. Essa alegria controlada pelos grandes também habita Duke Ellington and His Orchestra. Em Zurique ,1950, todos ultrapassam limites, algo antecipando a revolução que viria com Ornette Coleman e seu Free Jazz, em 1961. Até Johnny Hodges, elegância em pessoa, toca o cume do drama ao interpretar Violet Blue. Glamour, quem tem ?.

Fonte : CartaCapital / Rosane Pavam