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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

CRISTINA AZUMA E PAULO BELLINATTI – PINGUE PONGUE



Foram pouco mais de 20 anos de maturação até que ficasse pronto o disco Pingue-pongue (Delira Música), que reúne os violonistas paulistanos Paulo Bellinati e Cristina Azuma. Apesar de tanto tempo trabalhando juntos em shows e produções e gravações de discos, este é o primeiro álbum dos dois, que tiveram cerca de 10 anos de turnês pelo mundo para conceber e aprimorar o repertório de valsas e choros tradicionais e composições próprias. Uma das principais características do novo trabalho, enfatiza Paulo Bellinati, é a pureza de som, que remete à escola clássica do violão, mas sem que isso resultasse em “engessamento” estético.

Gravado em São Paulo há dois anos, o disco tem 12 faixas, cinco de autoria de Bellinati: Pano de louça, Um amor de valsa, Jongo, Pingue-pongue e Valsa brilhante. Jongo é uma de suas principais composições, tendo caído no gosto de gente como os irmãos Assad, Leo Brouwer e John Williams depois de gravada pelo grupo Pau Brasil em 1982 e no primeiro disco da própria Cristina Azuma, em 1986. Já a faixa-título destaca-se por ter sido composta em forma de cânone, ou seja, com duas melodias iguais tocadas com pequena diferença de tempo, como a clássica Frère Jacques. De Cristina Azuma há a Canção (com Regina Albanez) e Mon frére. “Acho essa última uma música muito interessante, espécie de maracatu mediterrâneo. É um outro lado do violão moderno brasileiro. É um disco hiperbrasileiro, apenas com pinceladas de outras referências”, avalia. O repertório fica completo com duas peças de Garoto (Lamentos do morro e Quanto dói uma saudade), Canhoto (Abismo de rosas), Honorino Lopes (Língua de preto) e Tom Jobim (Amparo).

Fonte: Eduardo Tristão Girão, Estado de Minas, via Clube de Jazz

ANIVERSARIANTES - 31/01



Benny Morton (1907-1985) - trombonista,

Bobby Hackett (1915-1976)- trompetista, cornetista,

Charlie Musselwhite (1944) – gaitista, vocalista,

Isham Jones (1894-1956) - saxofonista,

Joyce (1948) – violonista, vocalista(na foto e vídeo)






segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

MIKE DiRUBBO & LARRY WILLIS – FOUR HANDS, ONE HEART (Ksanti)



Um protegido de Jackie McLean (ele estudou com o falecido grande mestre do sax alto na Hartt School durante os anos 80), o nativo de Connecticut, Mike DiRubbo, tem uma grande e audaciosa entonação no sax alto , um sentimento de tempo seguro e extraordinário desembaraço com o instrumento. Estas qualidades são boas para uso neste desprovido e revelador duo com o veterano pianista Larry Willis, um perfeito acompanhante orquestral e solista completo. Os dois demonstram fantástica telepatia em seus diálogos intimistas em “’Round Midnight” de Monk , “Peace” , nos standards “Star Eyes” e “Alone Together” e na lírica “Introspection” de DiRubbo que o encontra “cantando” através do seu alto com relaxado prazer.

Faixas
1 Introspection
2 Pristine
3 Maji
4 Round Midnight
5 Star Eyes
6 Peace
7 Milestones
8 Alone Together


Fonte : JazzTimes / Bill Milkowski

ANIVERSARIANTES - 30/01



Ahmed Abdul-Malik (1927-1993) - baixista,

Astor Piazzolla (1921-1992) – bandoneonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=bbdakZjHTys, Buddy Montgomery (1930) - pianista,vibrafonista,

Lou Czechowski (1958) – pianista,

Ralph Lalama (1951 - saxofonista,

Roy Eldridge (1911-1989) - trompetista,

Tubby Hayes (1935-1973) - saxofonista, flautista, vibrafonista

domingo, 29 de janeiro de 2012

EDDIE DANIELS / ROGER KELLAWAY – LIVE AT THE LIBRARY OF CONGRESS (2012)



Este é um duo maravilhosamente harmonioso. O pianista Roger Kellaway tem uma identidade que traz de Ellis Larkins, Bill Evans e o profundo conhecimento do piano jazzístico , enquanto Eddie Daniels deve ser o mais formidavelmente correto clarinetista do jazz atual, sem nunca permitir o uso da técnica como meio de expressão.

Adicione aos muitos atributos deste duo, o fato que tocam sem rede de segurança e você tem algo especial— é muito do que Kellaway e Daniels fazem no velho cavalo de batalha de George Gershwin "Strike up the Band", que combina qualidades impressionistas com perspicácia astuta e traiçoeira. Dos dois é Kellaway que apresenta esta qualidade mais prontamente, entretanto o nível de conhecimento mútuo do duo assegura que quando Daniels desprende-se do trabalho, o pianista completa a frase do clarinetista.


'Somewhere” de Stephen Sondheim é uma canção que é fácil para se cometer erro. A leitura deles combina qualidades levemente rapsódicas com incomum pungência. É também uma daquelas ocasiões em que Kellaway demonstra, em seu solo, ser um pianista subestimado , antes de Daniels vir se estabelecer com sua excelente sonoridade.


Dada a magnitude do programa, "Rhythm-a-ning" de Thelonious Monk coloca-se um pouco fora, ou seria o que a obra oferece não seja, de todo jeito, virtualmente igual. No seu trabalho solo, Daniels traz uma personalidade radicalmente diferente para o saxofone soprano de Steve Lacy, demonstrando que o segredo da leitura de Monk posiciona-se na estimativa entre a visão do compositor e a própria individualidade do músico.

"A Place that You Want to Call Home" de Kellaway é composta com grande pungência, e deste modo preparada para a genuína entonação de Daniels. Ela encerra o programa em que o alcance do material é abarcado pelo duo para quem a empatia é a segunda natureza e o entendimento vem naturalmente.


Faixas: Strike Up the Band; Capriccio Twilight; Somewhere; Rhythm-a-ning; America The Beautiful; Etude of a Woman / Pretty Women; Just Friends; A Place that You want to Call Home; 50 State Rambler.

Músicos: Eddie Daniels: clarinete; Roger Kellaway: piano.

Gravadora: IPO Recordings

Estilo: Straight-ahead/Mainstream


Fonte : All About Jazz /Nic Jones

ANIVERSARIANTES - 29/01



Derek Bailey (1930-2005) - guitarrista,

Ed Shaughnessy (1929) - baterista,
Jeanne Lee (1939-2000) - vocalista,

Jeff Clyne (1937) – baixista,

Marc Cary (1967) – pianista,

Noel Lorica (1968) – guitarrista,

Salena Jones (1944) – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Bf84XeYX9lE&feature=related,

Sam Sherry (1961) - baixista ,

Steve Reid (1944) – baterista,

Waldir Calmon (1919-1982) – pianista.

sábado, 28 de janeiro de 2012

A SABEDORIA DO BOÊMIO



Noite dessas, Paulo Vanzolini sonhou com uma poesia de Olavo Bilac que decorou quando ainda era rapazote. Os versos, que são muitos, vieram por inteiro. Aos 88 anos, o autor de composições que atravessaram gerações sem perder a força, como Ronda e Homem de Moral, conserva a prodigiosa memória e se mantém imperturbável diante da fama. Vanzolini e Adorinan Barbosa, o "amigo de muitas cachacinhas" que hoje ele "visita" no Mercadão.


Considerado por muitos o embaixador do samba de São Paulo, ele agradece o epíteto. “Não é verdade, mas eu gosto”, diz, sorriso nos lábios. Acomodado numa poltrona de couro na modesta casa do Cambuci, “bairro cheio de bares ótimos”, o homem culto que cresceu rodeado de livros e se tornou zoólogo de reputação internacional põe em perspectiva a criação de uma vida, 70 composições e 155 trabalhos científicos. “Que glória é essa, meu Deus”, questiona, num lapso, o declarado ateu, bisneto de anarquista. “É uma glória muito humilde. Não tenho motivos para ser vaidoso.”


Na sexta 27/01 (ontem), semana em que São Paulo completa 458 anos, Vanzolini concederá ao público o privilégio de tê-lo na Choperia do Sesc Pompeia. Instalado numa mesa, cervejinha à mão, o artista acompanhará alguns de seus grandes sucessos, interpretados por Ana Bernardo e Carlinhos Vergueiro. Entre uma canção e outra, o show será pontuado pelas reminiscências do compositor que, junto com Adoniran Barbosa, de quem foi “amigo de muitas cachacinhas”, traduziu a cidade de forma definitiva.


“Adoniran era ótima pessoa, nos dávamos muito bem. O cara mais desligado que já conheci. Vinha de família italiana do Vêneto. De menino o chamavam de Joanim.” Os longos papos entre Vanzolini e João Rubinato (Adoniran), que em sua simplicidade dizia não entender bem o que o cientista fazia (“ele mexe com zoológico, sei lá”), jamais renderam samba. “Sempre me pedem para contar como era nossa conversa. Era muito cotidiana. Não tinha nada demais. Era nossa conversa.”


A famosa Tiro ao Álvaro, relembra, surgiu como um presente do jornalista e escritor Osvaldo Molles ao amigo Adoniran. Foi Molles também o criador do personagem Charutinho, de tiradas engraçadas embaladas por sotaque italianado, que interpretou com grande sucesso na Rádio Record. “Adoniran acabou assumindo na vida real o personagem da ficção. No fundo, ele era mesmo só o Joanim.” Quando a saudade aperta, Vanzolini dirige-se ao Mercado Municipal, o Mercadão da capital paulista. “Colocaram uma estátua do Adoniran numa mesa. De vez em quando vou lá tomar uma cerveja com ele.”


A prosa animada de repente silencia. O olhar do compositor vagueia pela sala, ambiente que Ana Bernardo, sua atual mulher, define como “totalmente masculino”. Justifica-se a quase queixa: sobre um aparador, uma grande cobra de madeira exibe a boca aberta (souvenir comprado na Espanha). A seu lado, outra, bem mais modesta nas medidas, porém, verdadeira, exibe-se sobre um tronco. Para alívio dos visitantes, o exemplar não se move, foi plastificado graças a uma técnica especial. A terceira fica na mesinha de centro. Ao lado da porta de entrada, o cabideiro dá pistas sobre a atividade profissional do dono da casa. Ali estão os chapéus que Vanzolini usava para adentrar o mato em busca de bichos.


Foi com a zoologia que o boêmio ganhou a vida. Ele fez-se médico pela Universidade de São Paulo somente para facilitar o doutorado em zoologia, em Harvard, nos EUA. Especialidade: répteis. “Nunca examinei um doente na vida.” Por motivos óbvios, tem grande apreço por lagartos e lagartixas. Até hoje mantém a postos seu kit de pegar bicho. No ano passado, uma editora reuniu toda a sua produção científica. Também em 2011, a Fundação Conrado Wessel concedeu seu prêmio máximo a Vanzolini. “Vou receber em junho, na Sala São Paulo. É bom pra burro, são 300 mil reais”, admira-se. “Só que vou ter de pagar Imposto de Renda.”

Em um ano repleto de homenagens, Vanzolini receberá a Medalha Armando de Salles Oliveira. Um gesto de reconhecimento ao homem de números científicos robustos: 47 anos de trabalho no Museu de Zoologia, 31 deles como diretor, 40 mil animais capturados e a construção do mais completo acervo sobre répteis da América do Sul. A paixão pelos tais bichos começou quando ele ainda era imberbe. Aos 14 anos já estagiava no Instituto Biológico, onde foi iniciado na branquinha. “Todo fim de expediente rolava uma cachacinha, eu ganhava meia.”


No rastro dos répteis, muitas histórias. “Durante um trabalho na Argentina, fui comprar um disco da Mercedes Sosa e saí de braço dado com um soldado”, diverte-se. “O agente da polícia queria saber por que eu estava comprando aquele disco. Disse: ‘Ela é uma boa cantora’. O sujeito ficou olhando na minha cara. Ameaçou-me, mas não podia fazer nada.”

Em tempos de ditadura, Vanzolini foi surpreendido por um convite impossível de ser recusado. O general Golbery do Couto e Silva, o “feiticeiro” do regime militar, o convocava a Brasília. Sem mais explicações. Enviou passagem aérea e limusine com motorista. “Ele mandou me chamar para passar um sabão. Queria me dizer que eu era contra o governo. E eu era. Disse-me que isso poderia dar mau resultado.” Com calma inabalável, o cientista retrucou: “Isso vai depender de quem aguentar mais tempo, nós ou vocês”. Conversa encerrada, voltou para São Paulo.


Foi durante o tempo em que serviu na cavalaria que Vanzolini compôs um de seus maiores sucessos, Ronda, clássico que adquiriu a impressão digital de Márcia, sua mais reconhecida intérprete. “Eu sou Ronda”, já assumiu a cantora ao autor. A música é líder de pedidos nos karaokês até hoje. “As japonesas são as que mais pedem. No bar em que a Ana canta, vem escrito no guardanapo: Honda”, conta o compositor, rindo. A verdade, confessa, é que sua relação com a canção inspirada nas mulheres que observava no entra e sai dos bares à procura dos parceiros se desgastou. “Sabe o que as minhas filhas dizem? Fez, agora aguenta!” Vanzolini argumenta que a composição, de melodia pungente, é uma piada. “Começa dando a impressão de que a mulher procura o sujeito para se reconciliar, mas é para desperdiçar um pente de revólver.”


Vanzolini começou a compor quando frequentava a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. Diz não ter ideia de qual foi a primeira composição. “Aliás, lembro, mas joguei fora, não prestava.” Outra meia dúzia teve a mesma infausta sorte. A criação favorita? “Não me ocorre nenhuma.” Dali a pouco cita aquela que considera uma de suas melhores, Longe de Casa eu Choro. “Fiz em Cambridge, pensando em São Paulo. Era uma poesia minha. O Paulinho Nogueira pegou o livro e disse: ‘Você não é poeta, é sambista. Aqui está cheio de letras de samba esperando música’. Paulinho era meu amigo de infância. Fez a melodia com Eduardo Gudin.” Outra que também teve o auxílio luxuoso de Paulinho Nogueira é Valsa das Três da Manhã. “Paulinho era um sujeito de qualidade humana excepcional.” A que mais rendeu? “Só uma deu dinheiro, Volta por Cima. Comprei livros para o Museu de Zoologia.”

Paradoxalmente, e para assombro de quem não o conhece, Vanzolini nada sabe de música. “Tenho péssimo ouvido. Não sei ler música, não sei o que é acorde”, jura. “Meu professor foi o rádio.” O método para preservar as composições consistia em decorá-las. “Se esquecesse perdia tudo. Dá uma mão de obra danada, por isso larguei”, diz. “Fica uma coisa obsessiva. Até que a música saia você não pensa em outra coisa.” O método Vanzolini de compor é outro mistério. “Inspiração a gente procura. Na cabeça. Geralmente começa com uma frase. Aí vem tudo junto, letra e melodia.”


Para quem supõe haver sempre algo autobiográfico em cada letra, o mestre desmente. “Nunca sofri com dor de cotovelo, por exemplo, é só um tema.” Na belíssima Quando Eu For Eu Vou sem Pena, interpretada por Chico Buarque em Acerto de Contas, coleção com quatro CDs que reúne a obra do autor (“essa caixa completou a minha vida”), o tom é triste. Uma tocante despedida. Mas não se trata exatamente disso. A inspiração atende pelos nomes de Miriam, Marina, Carol e Cris. “Eu estava numa fazenda, durante excursão do museu. Comecei a pensar em como seria quando partisse”, conta. “Eram as alunas que estavam ali, ele fez para elas”, entrega Ana Bernardo, diante do olhar risonho do poeta fingidor.


Boêmio de carteirinha, mulherengo apenas “na medida da necessidade”, Vanzolini adorava percorrer as ruas de São Paulo até altas horas, sozinho. Nesse périplo pela então metrópole da garoa, fez várias descobertas. “Uma vez abri uma porta e descobri os Macambiras. De outra, Virgínia Rosa.” Ana Bernardo, companheira dos últimos 15 anos, também foi um encontro patrocinado pela música. A filha do fundador dos Demônios da Garoa encantou o compositor com sua voz firme e melodiosa. “Ela entende a música que canta. É minha melhor intérprete.”
Autodefinido sambista tradicional, Vanzolini mantém o entusiasmo pela música. Ouve com admiração Noel Rosa, Dorival Caymmi, Nelson Cavaquinho, Sílvio Caldas, Cartola e Paulinho da Viola, entre outros grandes. E considera-se realizado. “Estou recebendo mais do que esperava. É muita recompensa no fim da vida”, comenta, com a sabedoria dos modestos. Na segunda-feira que antecede o carnaval, a Banda Redonda, fundada por Plínio Marcos, vai homenageá-lo. O enfarte que lhe surpreendeu em 2004, roubando-lhe 70% da capacidade cardíaca, provou ser incapaz de deter o poeta. “Estarei lá, lógico”, garante, com brilho no olhar.


Foto: Gustavo Lourenção
Fonte : CartaCapital / Ana Ferraz

ANIVERSARIANTES - 28/01



Acker Bilk (1929) - clarinetista,

Bob Moses (1948) - baterista,

Henry Johnson (1954 ) – guitarrista, Lúcio Alves (1927-1993) – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=iKHiQFSfURw&feature=related,

Ronnie Scott (1927-1996) - saxofonista

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MARTIAL SOLAL - I CAN´T GIVE YOU ANYTHING BUT LOVE (Cam Jazz)




“Esta noite é muito importante porque nós gravaremos o show. Eu tenho que ser bom e vocês também ", Solal brinca com a plateia do Village Vanguard, em Nova York, porém não seria surpreendente se o pianista sentisse alguma pressão. As poucas aparições que Solal tem feito nos Estados Unidos estão causando surpresas, considerando que é um dos maiores pianistas da história do Jazz.



Solal, nascido na Argélia em 1927, tem trabalhado a maior parte de sua vida em Paris com um variado grupo de colaboradores, incluindo Hampton Hawes, Lee Konitz, Johnny Griffin, Django Reinhardt e Sidney Bechet. Ele tem composto para cinema. Sua trilha sonora para “Breathless (1960)” de Jean Luc Godard é a mais conhecida. Gravado em 12 de Outubro de 2007, “Live at the Village Vanguard: I Can't Give You Anything But Love “ é um disco solo de Solal, sendo a melhor maneira de conhecer o pianista .



Como um comediante solitário, o pianista solo tem que ser corajoso, já que não há nenhum lugar para se esconder. Parte da bravura de Solal está no uso de standards, em vez de sovar sua audiência com sua improvisação ele utiliza músicas familiares para ela. Muitos compreenderão a estrutura, compreendendo onde ele está indo e quão engenhoso está sendo. Um dos principais encantos de Solal está nas suas variações em um tema com a amplitude e criatividade em suas improvisações tal qual um cristal puro. Solal apresenta um standard como "Loverman" como um presente embalado complexamente com torturantes vestígios para sua identificação. Ele é um ilusionista que ,uma vez revelado o objeto de uma improvisação, continua surpreendendo .




Quebrando uma composição dentro de um mosaico que ele, então, reharmoniza, a mão esquerda assume a linha do baixo e com a direita torna o clima animado, antes de Solal apresentar seu próprio labirinto, não dessemelhante a um prelúdio de Debussy.


Inteligente e com uma técnica formidável, o trabalho de Solal não tem tido grandes mudanças desde as suas primeiras gravações nos anos 50. A comparação é óbvia com Art Tatum,entretanto a sensibilidade europeia de Solal é preferível às variações de Tatum para os standards, que entretanto são tecnicamente deslumbrantes, e são evidentes, utilizados outras vezes e raramente surpreendentes. Solal aproxima-se mais de uma sala de concerto do que de uma sala de um bar. Estas são quase variações clássicas. Ele está liberto, deliciando-se com seus próprios conceitos. Liberdade que pode parecer fria , mas Solal não é um músico emocional , porém ,em vez disto, um improvisador calculista.



Solal realmente não quer uma audiência. Em vez disto ele quer cúmplices com senso de humor. Uma das coisas surpreendentes desta sessão é a gargalhada, não a partir de uma piada verbal , mas do conjunto musical. Inesperadamente fica claro que o jazz raramente faz as pessoas gargalharem , sorrirem, às vezes, mas "Have You Met Miss Jones" começa e termina com uma gargalhada. A caprichosa figura com que Solal inicia parece sugerir que "Miss Jones" é uma irascível jovem mulher.

Como todo trabalho solo de Solal, “Live at the Village Vanguard: I Can't Give You Anything But Love” é sobre improvisação, arrojo, destreza, adorno, esperteza, excelência, divertimento, e sobretudo, magnificência


Faixas: Intro 1; On Green Dolphin Street; Lover Man; I Can't Give You Anything But Love; Centre De Gravite; Ramage; 'Round Midnight; Have You Met Miss Jones; The Last Time I Saw Paris; Intro 2; Corcovado.



Fonte : All About Jazz / Jack Kenny

ANIVERSARIANTES - 27/01



Ana Paula Albuquerque (1980) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=BemKNghaylg&feature=related, Bob Gluck (1955) – pianista,

Bob Mintzer (1953) - saxofonista,

Bobby Hutcherson (1941) - vibrafonista,

Djavan(1949) – vocalista,violonista,compositor,

Elmore James (1918-1963) – guitarrista, vocalista,

Henri Texier (1945_ - baixista,

Hot Lips Page (1908-1954) - trompetista,vocalista,

Jerome Kern (1895-1945) – pianista, compositor,

Mou Brasil(1960) – guitarrista,

Paul Broadnax (1926) – pianista,

Pheeroan akLaff (1955) - percussionista, baterista,

Radamés Gnatalli (1906-1988) – pianista,arranjador,

Steve Carter (1946) – guitarrista

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ANIVERSARIANTES - 26/01



Aki Takase (1948) - pianista,

Bob Bain (1924) – guitarrista,

Chico César(1964) – vocalista,compositor,

Dick Nash (1928) – trombonista,

Durval Ferreira(1935-2007)-violonista,compositor,

Page Cavanaugh (1922) - pianista, vocalista,

Stephane Grappelli (1908-1997) – violinista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=cHtg26777J4,

Steve Dobrogosz (1956) – pianista

CD Balangandãs - NÁ OZZETTI





Depois da uma bem sucedida temporada que estreou no segundo semestre de 2008, a cantora Ná Ozzetti lança o CD Balangandãs, via gravadora MCD. Gravado em estúdio em janeiro de 2009, Balangandãs traz novos arranjos e interpretações para clássicos da canção popular brasileira.

O trabalho foi desenvolvido coletivamente por Ná e os músicos Dante Ozzetti (violão), Mário Manga (guitarra, violoncelo e violão tenor), Sérgio Reze (bateria) e Zé Alexandre Carvalho (contrabaixo acústico), e exprime de forma original e contemporânea o cenário musical das décadas de 30 a 50.

Balangandãs traz canções de Assis Valente (Camisa Listada, Recenseamento), Synval Silva (Adeus Batucada, Ao voltar do samba), Ary Barroso (Na batucada da vida), Dorival Caymmi (A preta do acarajé) e Braguinha (Touradas em Madri), entre outros.

(Texto extraido do site da MCD)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MÁRIO ADNET – VINICIUS & OS MAESTROS



O violonista e arranjador Mário Adnet lança disco com canções de Vinicius de Moraes feitas em parceria com os maestros Pixinguinha, Claudio Santoro, Moacir Santos e Baden Powell. Na escolha das canções, Mário Adnet deixou de lado a bossa nova para revelar outra face de Vinicius de Moraes. Trata-se da parceria de Vinicius de Moraes com os maestros Claudio Santoro, Moacir Santos, Baden Powell e Pixinguinha, além de obras solo do próprio Vinicius. “Fugi da bossa para buscar outros parceiros”, justifica a ausência do maior deles, Tom Jobim. “O Moacir Santos, por exemplo, é autor de uma música difícil de ser classificada. Ela não cabe na bossa nova”, acrescenta Mário, lembrando que Pixinguinha é outro parceiro hour concours de Vinicius de Moraes. “No caso de Claudio Santoro, que é o erudito namorando com o popular, parece que este era o desejo dele: chegar ao popular. Não sei se consegue com o Vinicius”, admite, lembrando que as releituras da parceria de ambos sempre privilegiou a vertente lírica, ignorando a voz popular, “pequena”, que ele priorizou no disco.


Dori Caymmi, Joyce Moreno, Mônica Salmaso, Sérgio Santos e Tatiana Parra são os convidados de Mário Adnet, que também defende com brilho a releitura de uma obra infelizmente desconhecida, ainda. À exceção da parceria com Baden – Consolação, Samba em prelúdio e Canto de xangô, que chegaram ao grande público, ele ainda incluiu Canção de ninar meu bem – e de Pixinguinha – Lamento –, as outras parcerias são todas desconhecidas. “A Canção de ninar meu bem foi a primeira parceria de Vinicius com Baden. Baden dizia que era de 1958, enquanto Vinicius preferia datá-la em 1962. Como se trata de duas pessoas com farta calibragem de uísque...”, diverte-se Mário, lembrando que o próprio Baden Powell defende a data do batismo da canção em vídeo que circula no YouTube.


Fonte : Ailton Magioli, Estado de Minas, 09/01/2012, via Clube de Jazz

ANIVERSARIANTES - 25/01




Antonio Carlos Jobim (1927-1994) - pianista,violonista,compositor(na foto e vídeo), http://video.google.com/videoplay?docid=-8422056182332886888#
Benny Golson (1929) - saxofonista,


D.D. Jackson (1967) – pianista,
Etta James (1938-2012) – vocalista,


Leny Andrade(1943) – vocalista,
Sleepy John Estes (1899-1977) – guitarrista,vocalista,


Wellman Braud (1891-1966) - baixista

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

ETTA JAMES – THE DREAMER (Verve Forecast)



Etta James afirma que decorrente das sua insuficientes condições de saúde, este será seu último disco. Sendo assim , ela está saindo com um rugido não com uma lamúria. Mais de meio século passou desde seu sísmico “At Last” e quase tudo o que é sublime em James , sua poderosa marca se foi. Porém sua autoridade majestática não só não diminuiu, como foi recalibrada, resultando em uma vigorosa e firme sonoridade que sugere uma estrada bem percorrida.


Raros os que atingem os 73 anos que podem navegar com sucesso na galanteadora pulsação do funk de King Floyd, “Groove Me”, mas James o toma com excitação furtiva e mordaz. Ela mantém o fervor na agridoce “Champagne & Wine” e , mais uma vez, mergulha no repertório de Otis Redding para uma chamuscante “Cigarettes & Coffee” , que em seu exame pungente e fervilhante é de uma profunda satisfação de fim de noite , rivaliza com qualquer coisa em seu vasto catálogo. Esta é a faixa clímax do álbum, entretanto outras , incluindo a suntuosamente madura “Misty Blue” e uma fulgurante “Too Tired” estão igualmente próximas do excepcional. A mais inesperada é uma lastimosa “Welcome to the Jungle”, que é com sua destruidora coragem tão impressionante quanto o original do Guns N’ Rose.


James encerra com uma atordoante “Let Me Down Easy”. Como um hino para a passagem da tocha, ela canta dando o crédito onde ele é devido e lembrando-nos que “I’ve been so good to you” é talvez, um saída doceamarga, mas adequada e solene para uma legenda .


Faixas
1. Groove Me 4:38
2. Champagne & Wine 3:57
3. Dreamer 4:57
4. Welcome To The Jungle 3:00
5. Misty Blue 4:58
6. Boondocks 4:10
7. Cigarettes & Coffee 6:21
8. In The Evening 4:46
9. Too Tired 2:31
10. That's The Chance You Take 3:47
11. Let Me Down Easy 7:04

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo
http://www.youtube.com/watch?v=AveizbsC720

NOTA: Etta James faleceu em 20 de Janeiro deste ano decorrente de leucemia. Fica a nossa
homenagem.

Fonte : JazzTimes/Christopher Loudon

ANIVERSARIANTES - 24/01



Avery Parrish (1917-1959) – pianista,

Bob Degen (1944) – pianista,

Duane Eubanks (1969) – trompetista,

Guitar Shorty (1923) – guitarrista,

Itiberê Zwarg(1950) - baixista,

Jimmy Forrest (1920-1980) - saxofonista,

Joe Albany (1924-1988) - pianista,

Julius Hemphill (1938-1995) - flautista, saxofonista, Marcus Printup (1967) – trompetista,

Mitchel Forman (1956) - pianista,

Yamandú Costa (1980) – violonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=XVYzEWjveF4

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

JULLIARD SCHOOL TERÁ CONCERTO BENEFICENTE COM RON CARTER



A Juilliard Jazz apresentará uma noite beneficente no próximo dia 27 de Março às 20h no Alice Tully Hall no Lincoln Center em celebração ao membro da faculdade e baixista Ron Carter. “Ron Carter aos 75: Uma Vida na Música” inclui performances por Carter e um time de estrelas convidadas como Carl Allen, Benny Golson, Hubert Laws, Russell Malone, Christian McBride, Mulgrew Miller, Lewis Nash, Buster Williams dentre outros.


O programa inicia com uma saudação de baixo para Carter a ser realizada por Buster Williams, McBride e outros, seguida por um noneto composto por músicos clássicos e de jazz da Juilliard.


Seguindo a saudação, a Juilliard Jazz Ensembles apresentará um pouco das composições de Carter. Uma banda com os convidados Carl Allen, Benny Golson, Mulgrew Miller, Buster Williams e outros atuarão depois , seguido pelo Golden Striker Trio com Carter, Malone e Miller.


O programa será completado com um tributo ao homenageado e uma performance da Juilliard Jazz Orchestra interpretndo duas músicas com Golson, Malone, Nash, Miller e Laws. Carter fechará o evento com um solo de baixo.


Os recursos do evento irão para bolsas de estudos para alunos da Julliard Jazz. Os ticketes beneficentes incluem uma recepçaão privada com os artistas após o concerto , e estão disponíveis através da Juilliard Patron’s Desk ou pelo e-mail roncarter75@juilliard.edu.

Fonte : JazzTimes /Jeff Tamarkin

ANIVERSARIANTES - 23/01



Andre Hayward (1973) – trombonista,

Benny Waters (1902-1998) - clarinetista, saxofonista,

Curtis Counce (1926-1963) - baixista,

Dave Stahl (1949) – trompetista,
Django Reinhardt (1910-1953) - guitarrista,

Fábio Torres (1971) – pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=NKkCE3MjOHo,

Gary Burton (1943) – vibrafonista,

Marty Paich (1925-1995) - pianista

domingo, 22 de janeiro de 2012

OMAR SOSA & PAOLO FRESU FEATURING JACQUES MORELENBAUM – ALMA (2012)




Tentar manter a tranquilidade com os projetos musicais do pianista Omar Sosa ou do trompetista Paolo Fresu é quase uma busca atlética. Chamá-los de prolíficos ainda é moderado, porém o que mais impressiona não é a quantidade de música que gravam, mas a qualidade dos lançamentos. Ambos têm mergulhado em um eterno manancial de criatividade, que desconcerta a maioria dos artistas com uma capacidade para evocar os espíritos sonoros.



O primeiro encontro deles ocorreu em 2006 quando Sosa convidou Fresu para uma performance, que resultou em “Promise (Skip, 2007)”, uma gravação ao vivo do quarteto de Sosa ,Fresu e do flautista cubano Leandro Saint-Hill. Dois anos mais tarde, a dupla excursionou pela Itália e a experiência aprofundou seus laços musicais, selando a parceria para gravar em duo. “Alma” é um mix mundano de música que encontra o equilíbrio entre a inclinação da modernidade europeia de Fresu inspirada no estilo melancólico de Miles Davis e a inimitável exploração de Sosa da Diáspora afro-latina.


A maioria das músicas é convenientemente apresentada com propulsão pouca intensa, mas com conteúdo altamente emocional. O uso da percussão e ornamentos eletrônicos em determinadas peças com a ocasional presença do cellista Jaques Morelenbaum, que foi o arranjador de “Ceremony (Otá, 2010)” de Sosa , dá ao projeto um senso de profundidade e variedade, mas a união destas almas musicais espiritualmente conectadas já seria o bastante para produzir magia, tivesse sido um disco simples de piano/trompete.



Enquanto Sosa serve como a principal força composicional do álbum, duas das três contribuições de Fresu—a edificante "S'lnguldu" e a suave "Rimanere Grande!"— suportam o processo. O material mais agitado é o triunvirato de consecutivas composições de Sosa. Morelenbaum, Fresu e Sosa criam uma celestial mistura na serena faixa título, que inicia em um local tranquilo e chega em um firme espaço latino, enquanto equilibra melancolia e grandiosidade em ""Crepuscolo". "Angustia", um número em duo, que aparece intercalando essas faixas , prova ser a mais intensa e excitante canção do álbum.



A dupla demonstra ser agradável, mas as duas músicas compostas em conjunto por eles não ressaltam essa conexão , e são as mais fracas do álbum, com "No Trance" soando como um rebento dos menos interessantes experimentos de Miles Davis dos anos 80 e "Medley Part I: Niños" não vai realmente a lugar algum. Entretanto, o resto do material é pura magia. Cada artista traz algo diferente e especial para outras composições, e eles compartilham o retrabalho de "Under African Skies" de Paul Simon sublimemente, vindo como um aura imaginativa entre Davis, Bobby McFerrin, Jacqueline du Pré e Abdullah Ibrahim.



Enquanto está claro que eles se movimentaram para pontos desconhecidos, com “Alma” eles criaram um trabalho de arte cheio de vida, amor e sentimento. Esta música merece ser saboreada.

Faixas: S'lnguldu; Inverno Grigio; No Trance; Alma; Angustia; Crepuscolo; Moon On The Sky; Old D Blues; Medley Part I: Niños; Medley Part II: Nenia; Under African Skies; Rimanere Grande!.

Músicos: Paolo Fresu: trompete, flugelhorn, percussão, multi-efeitos; Omar Sosa: piano, Fender Rhodes, MicroKorg, samplers, multi-efeitos, percussão, vocais; Jacques Morelenbaum: cello.


Gravadora : Ota Records



Estilo: Latin/World



Fonte : All About Jazz /Dan Bilawsky

ANIVERSARIANTES - 22/01



Alan Silva (1939) - baixista,celista,

Andre Hodeir (1921) - compositor, arranjador,

Eberhard Weber (1940) - baixista,celista,

J.J. Johnson (1924-2001) - trombonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=b159JMgVf5w,

Juan Tizol (1900-1984) - trombonista,

Lizz Wright (1980) – vocalista,

Michal Urbaniak (1943) - violinista, saxofonista

sábado, 21 de janeiro de 2012

PAUL MOTIAN – THE WINDMILLS OF YOUR MIND (Winter & Winter)



Não há uma quantidade de álbuns que possuam o que nós podemos pensar sobre o calor familiar, algo que ofereça perpetuamente a um distraído ouvinte um lugar para descansar. Os discos de Paul Motian não estão normalmente nesta categoria, mas os números deste disco estão entre aqueles exercícios divergentes que podem ser encontrados na discografia do octagenário (Nota : E já falecido) baterista. Neste caso, que apresenta uma série de standards com profundidade, bem acabados com a suntuosidade da moderna música de câmera com elementos de elevado romance. Isto é jazz como música sedutora.

Uma boa parte da dita sedução vem dos vocais de Petra Haden e de sua habilidade de mover-se de um murmúrio malicioso para um falsete sussurrante na metade de um compasso, e retornar outra vez. Assim ela vai imutável – e assombrosamente agradável - na faixa título, uma performance que começa como épica e fica , mais uma vez, tranquila. Há uma amplidão para a paisagem sonora destas canções que tocarão os corações dos audiófilos. Caso você esteja ouvindo em headphones, é quase como se você tivesse sido absorvido completamente pela música, e com sorte para descobrir de novo. Faixas como “It’s Been a Long, Long Time” e “Lover Man” são ressaltadas e pelo generoso baixo de Thomas Morgan, que tem uma excitação com a qualidade de uma harpa, e uma prazeirosa reverberação que prenuncia a próxima nota.


Bill Frisell mantém curso similar na guitarra e seu toque, como usual, apresenta um aspecto conversacional com foco em linhas curtas e preenche preferivelmente os espaços do que sola, um enfoque que Motian também adota com boa dose de satisfação. Há alguns momentos balançantes, também, com grandes compensações, como quando o vocal de Haden finalmente entra em “Tennessee Waltz” após um pouco de ação instrumental. Os que os ouvidos esperançosos querem alcançar após tudo isto, torna muito difícil não flutuar no tempo.


Faixas: Introduction (1); Tennessee Waltz; The Windmills Of Your Mind; Let's Face The Music And Dance; Lover Man; It's Been A Long, Long Time; Little Foot; Easy Living; I've Got A Crush On You; Backup; I Loves You Porgy; Trieste; If I Could Be With You; Wednesday's Gone; I Remember You; Introduction (2).


Músicos: Paul Motian: bateria; Bill Frisell: guitarra; Petra Haden: vocal; Thomas Morgan: baixo.


Fonte : JazzTimes/Colin Fleming

ANIVERSARIANTES - 21/01




Jason Moran (1975) - pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=YJWwuuGCiY4,


Jesse van Ruller (1972) – guitarrista,


Mario Tomic (1977) – guitarrista,


Steve Gilmore (1943) - baixista

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

LEO MITRULIS - BOA PRAÇA



Natural de São Paulo, o compositor e pianista Leo Mitrulis iniciou sua formação musical aos oito anos, completando-a na Universidade Livre de Música Tom Jobim (ULM) e no CLAM. Produziu, arranjou e conduziu musicais em teatro para a Cultura Inglesa durante três anos, dos quais se destacam a “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque e “Man of La Mancha”, de Mitch Leigh, musical originalmente encenado na Broadway.


Trabalhou também com música eletrônica, produzindo trilhas em midi. Em 2002 lançou seu primeiro CD "Bom Passeio", muito bem recebido pela crítica especializada.
Quase dez anos depois, o pianista Leo Mitrulis lança seu segundo CD, "Boa Praça", que segundo Claudio Leal Ferreira, "tem como percurso inspirador, praças e bairros de São Paulo...Leo adequa suas arrojadas concepções melódicas, harmônicas e formais à desenvoltura e espontaneidade da música popular". Para participar de seu novo trabalho, Leo não se fez de rogado e escalou um time de craques: Amilton Godoy, Vinícius Dorin, Lea Freire, Luiz Passos, Nilton Leonarde, Giba Favery, Beto Braga, Josué dos Santos e Jarbas Barbosa. O repertório é composto por dez faixas autorais e dentre elas se destacam: "Praça da Árvore", "Vila Mariana", "Praça Benedito Calixto", "Parque Villa-Lobos" e "Vila Madalena".
Faixas
01 - Praça Benedito Calixto
02 - Vila Madalena
03 - Praça Da Paz
04 - Praça Do Pôr-Do-Sol
05 - Boa Praça
06 - Parque Villa-Lobos
07 - Vila Mariana
08 - Páteo Do Colégio
09 - Praça Da Árvore
10 - Praça Da República
11 - Boa Praça II

Fonte : Clube de Jazz / Wilson Garzon

ANIVERSARIANTES - 20/01



Alvin Atkinson, Jr. (1972) – baterista,

Andy Sheppard (1957) – saxofonista (na foto e vídeo),
http://www.youtube.com/watch?v=AkxYsso6izo&feature=related,

Connie Haines (1922-2008) – vocalista,

James Genus (1966) – baixista,

Jeff "Tain" Watts (1960) - baterista,

Jimmy Cobb (1929) - baterista,

K-Ximbinho(1917-1980) – clarinetista, saxofonista,

Ray Anthony (1922) – trompetista,

Valery Ponomarev (1943) - trompetista,

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

RAN BLAKE & DOMINIQUE EADE – Whirlpool (Jazz Project)




Agradáveis afinidades entre vocalistas e pianistas—Shearing e Cole; Evans e Bennett; Bill Charlap e sua mãe, Sandy Stewart—são raramente incomuns. Ocasionalmente, entretanto,tais uniões transcendem a empática sintonia e vêm a ser verdadeiramente empáticas. O exemplo mais fino gravado surgiu em 1961, quando pioneiristicamente o pianista da “terceira via” Ran Blake e a cantora Jeanne Lee juntaram-se em “The Newest Sound Around”. Agora, meio século mais tarde, Blake chega muito próximo da mesma magnificência com Dominique Eade. As treze faixas foram gravadas em sessões ocorridas entre 2004 e 2008. De fato, este álbum tem trinta anos de realização, demonstrando a evolução contínua da partilha das suas sensiblidades a partir do primeiro encontro, quando Eade transferiu-se para o New England Conservatory especialmente pela oportunidade de estudar com Blake (é uma longa associação desde que se uniu a ele na faculddade).



Quando Blake cede sua inclinação para atmosfera de filme noir, como em “My Foolish Heart”, Eade providencia de forma ideal respostas maliciosas e sombrias, habilmente apresentando sua destreza . Quando ela reexamina seu próprio hinário “Go Gently to the Water” (também incluído em seu disco anterior ,“ Open”, com o pianista Jed Wilson), Blake pavimenta o caminho para uma leitura etereamente nova. A forma como eles caminham ao lado do outro através de “Falling” com acrobacias harmonicamente concordantes, é maravilhoso. Entretanto, suas duas interpretações de “Dearly Beloved”, uma arrojadamente cerebral, a outra em estado natural como o desejo, são as que melhor demonstram suas afinidades interpretativas.


Faixas
1. My Foolish Heart 3:39
2. Dearly Beloved 3:24
3. The Wind 5:44
4. Go Gently to the Water 4:49
5. Old Devil Moon 3:44
6. Pinky 2:57
7. Falling 3:13
8. Where Are You 2:38
9. Out of this World 2:49
10. The Pawnbroker 2:15
11. Dearly Beloved 3:33
12. The Thrill is Gone 3:53
13. After the Ball 2:24

Fonte : JazzTimes / Christopher Loudon

ANIVERSARIANTES - 19/01



Henry Gray (1925) – pianista,vocalista,

Horace Parlan (1931) – pianista,
Israel Crosby (1919-1962) - baixista,

J.R. Monterose (1927-1993) - saxofonista,
Joe Magnarelli (1960) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=FND_56_U7Bs&NR=1,

Lee Barbour (1977) – guitarrista

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Chico Oliveira & Grupo no Shopping Paseo Itaigara.

Chico Oliveira & Grupo no Shopping Paseo Itaigara.

No repertório, música instrumental, composições próprias além de músicas consagradas de Tom Jobim, Gilberto Gil, Nelson Cavaquinho entre outros.

Chico Oliveira - guitarra e direção musical;
Marcelo Galter - piano elétrico;
Ldson Galter - contrabaixo;
Marcio Dhiniz - Bateria.

Dias: 20 e 27 de janeiro (sextas).
Horário: 18h
ENTRADA GRATUITA
Endereço: Rua Rubens Guelli 135, Itaigara (em frente ao Parque da Cidade) Salvador/BA.

TONY MALABY - TONY MALABY´S NOVELA (Clean Feed)



O saxofonista Tony Malaby é um músico dos músicos, um compositor moderno. Esta gravação do seu noneto, “Tony Malaby’s Novela”, prova porque é um dos mais queridos e criativos artistas de Nova York. Na faixa dos 40 anos, tem tocado seu ofício na Big Apple desde meados dos anos como um dos músicos da Liberation Music Orchestra de Charlie Haden e da Electric Bebop Band de Paul Motian, bem como liderando seus ecléticos e espirituosos grupos. Mas esta é sua primeira incursão em um trabalho como líder de uma banda maior. Para “Novela”, Malaby escolhe seis de suas composições que foram gravadas anteriormente por grupos menores. Nós falaremos, aqui, sobre duas. O arranjador e pianista Kris Davis rearranjou as músicas para noneto e regeu o grupo. Aviso: Isto não é smooth jazz. É arte jazzística, pensamento jazzístico do melhor. “Novela” inicia com “Floating Head”, que é sombria, divertida e intrigante. Ralph Alessi apresenta um trompete malicioso em seu solo duelando em oitavas contra o divertido trabalho de Joachim Badenhorst no clarinete baixo. Em “Warblepeck” os “gritos”, grasnidos e lamúrias da seção de sopro tem um jeito histérico, com a precisão percussiva brincalhona do baterista John Hollenbeck e Davis no piano. Há uma parte da composição que soa com um caos voraz, resposta acústica, se você deseja. Então, torna a voltar para o preciso trabalho dos sopros e da seção rítmica. É quase como máquina, fazendo-me imaginar se este tipo de música, Raymond Scott faria se vivo estivesse. Há muitos belos momentos nesta gravação, não estando satisfeito apenas com beleza. Ele é um artista que resgata a completa extensão das emoções humanas, e este intervalo, ele denomina de "Tony Malaby’s Novella". É uma audição de excelência.

Faixas
1. Floating Head 9:35
2. Floral and Herbaceous 7:45
3. Warblepeck 4:54
4. Mother's Love 9:34
5. Cosas 4:36
6. Remolino 12:46

Músicos : Tony Malaby (saxofones soprano e tenor);Michael Attias (saxofone alto);Joachim Badenhorst (clarinete baixo);Andrew Hadro (saxofone barítono);Ralph Alessi(trompete);Ben Gerstein(trombone);Kris Davis (piano e regência);John Hollenbeck (bateria, percussão).

Fonte : Downbeat / FRANK ALKYER

ANIVERSARIANTES - 18/01



Al Foster (1944) - baterista,

Bobby Broom(1961) – guitarrista,
Clark Gayton (1963) – trombonista,

Irene Kral (1932-1978) – vocalista,
Steve Grossman (1951) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=DT8g_zR4WpQ,

Tom Beckham (1968) - vibrafonista

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

João Parahyba - O Samba no Balanço do Jazz




Depois de mais de quarenta anos de carreira e de ter tocado no mundo todo, o percussionista, baterista, compositor e produtor João Parahyba apresenta seu novo Cd, à frente de seu sexteto formado por Beto Bertrami (piano), Rudy Arnaut (guitarra), Giba Pinto (contrabaixo), Ubaldo Versolatto (saxes e clarinete) e Janja Gomes (reprocessamento e samples). E conta com mais de uma dezena de participações especiais, entre elas estão Amilton Godoy, Laércia de Freitas, Nailor Proveta, Teco Cardoso, Tiago Costa e Clayber de Souza.


"O Samba no Balanço do Jazz" tem em seu repertório treze faixas de clássicos da música instrumental brasileira dos anos 60: "Nanã" de Moacir Santos, "Sambou, Sambou" de João Donato, "Batida Diferente" e "Estamos aí" de Maurício Einhorn e Durval Ferreira, além de várias composições do próprio João Parahyba, criadas e executadas dentro da estética do samba-jazz. Na produção, João contou com a parceria de Roy Cicala, que já trabalhou com artistas internacionais de Lennon a Sinatra, passando por Miles Davis, Jimi Hendrix e Prince.



Faixas :
1. Kurukere
2. Sambou, sambou
3. Bamba
4. Búzios
5. Nanã
6. Samba do Braga
7. Number one
8. Valseta
9. O Batráquio
10. Pagode jazz Sardinha’s Club
11. Simples samba
12. O trenzinho do caipira
13. Batida diferente Estamos aí

Fonte : Clube de Jazz / Wilson Garzon

ANIVERSARIANTES - 17/01



Big Sid Catlett (1910-1951) - baterista,

Billy Harper (1943) - saxofonista,
Carl Testa (1984) – baixista,clarinetista,

Cedar Walton (1934) - pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=uU1s3IjhM3w,

Cyrus Chestnut (1963) - pianista,

Eartha Kitt (1927-2008) – vocalista,

Jeremy Yaddaw (1982) – baterista,

Larry Sonn (1919)- trompetista,

Luca Bonvini (1960) – trompetista,

Matt Marantz (1986)-saxofonista,

Scott Anderson (1975) – trompetista,

Ted Dunbar (1937-1998) - guitarrista,

Yves Robert (1958) – trombonista

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ANTHONY WILSON – SEASONS, LIVE AT THE METROPOLITAN OF ART (Goat Hill Recordings)



Esta gravação é um antigo sonho de guitarra. Inicia com o luthier mestre John Monteleone tendo uma visão para construir quatro guitarras inspiradas pelas estações passadas em sua oficina em Long Island — Inverno, Primavera ,Verão e Outono. Para aqueles que não são obcecados por todas as coisas da guitarra, imaginem quatro das mais finas garrafas de vinho do mundo, quatro das mais belas mulheres, quatro dos raros e clássicos automóveis, quatro Picassos. Cada instrumento é construído para tonalmente evocar a estação para a qual foi nominada. Em seguida, ele encarregou o extraordinário guitarrista e compositor Anthony Wilson para escrever uma peça a ser tocada nos quatro instrumentos. Wilson compôs “Seasons, A Song Cycle For Guitar Quartet”. Então, convidou Steve Cárdenas, Chico Pinheiro e Julian Lage para executar a suíte ao vivo com ele no Metropolitan Museum Of Art em NovaYork naquelas quatro guitarras. Todas as coisas deste projeto, dos instrumentos à habilidade musical são esplêndidas.


O pacote vem com um CD, bem como com um DVD que dá à música e instrumentistas igual destaque, e que é perfeito. Eu adoro o fato do autor da notas do disco esmeradamente identificar quem está tocando no equipamento de som.Eu gosto também do fato do DVD possibilitar você ver Wilson tocar a guitarra Summer (Verão) na seção do ciclo do mesmo nome. A introdução para esta música paga o ingresso. Quando Wilson toca uma simples e veemente elegia nesta bela, profunda e rica guitarra, é como entender o casamento entre o artista e o instrumento para toda sua existência. E quando o resto do grupo se reúne, há um vasto encantamento que é fora do comum e fascinante. Em resumo, para mim, isto deve ser o céu.

Disco 1
1. Seasons, A Song Cycle For Guitar Quartet: Winter
2. Seasons, A Song Cycle For Guitar Quartet: Spring
3. Seasons, A Song Cycle For Guitar Quartet: Summer
4. Seasons, A Song Cycle For Guitar Quartet: Autumn
5. Wilson: Meditation On Autumn / Fall
6. Pinheiro: Tide
7. Lage: April Kisses
8. Cárdenas: Spring Can Really Hang You Up The Most
9. The Circle Game

Disco 2
1. DVD: Documentário
2. DVD: Foto-Documentário

Fonte : Downbeat / FRANK ALKYER

ANIVERSARIANTES - 16/01



Aldo Romano (1941) - baterista,

David Thomas Roberts (1955) - pianista ,

David White (1979) – trombonista,

Matt Otto(1967) – saxofonista,

Sandy Block (1917) - baixista,

Spike Robinson (1930-2001)- saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=_fOHlg-aQKs

domingo, 15 de janeiro de 2012

GARY SMULYAN – SMUL´S PARADISE (2012)



Um saxofonista barítono liderando um trio de órgão é certamente uma raridade. O resultado de “Smul's Paradise” de Gary Smulyan é , na gíria dos anos sessenta, uma “brasa mora !”. Esta gíria parece apropriada , pois homenageia um frequentemente negligenciado organista, Don Patterson, que surgiu naquela década. Liderando o quarteto atrás do seu portentoso barítono, Smulyan contribui com o tributo através de "Blues for D.P." em acréscimo à inclusão de duas composições de Patterson no conjunto de oito faixas.


Smulyan disse que este formato era o seu preferido na juventude , e que ele desejava, há muito tempo, gravar com um grupo de órgão. Ele iniciou sua carreira profissional nos anos setenta com a New Thundering Herds de Woody Herman e, atualmente, atua com a celebrada Vanguard Jazz Orchestra. Além deste grupo de trabalho, ele lidera seu próprio trio composto pelo baixista Ray Drummond e pelo baterista Kenny Washington.


Smulyan tem sido constantemente classificado comoo número um no saxofone barítono pelos leitores e críticos da Downbeat Magazine e cita a influência do falecido Pepper Adams. Aqui, a sonoridade do saxofonista demonstra uma qualidade raramente ouvida no barítono—mais como um tenor—e contribui com solos vigorosos e encrespados , com seus companheiros de trio realizando significantes contribuições.


O expressivo fraseado de Smulyan destaca-se nos tempos agitados "Up in Betty's Room" de Patterson coberto pelo inspirado trabalho de Mike LeDonne no Hammond B3. Igualmente atraente, a melodiosa "Aires" de Patterson/Sonny Stitt apresenta uma bela abertura no barítono, seguida por um encantador solo do guitarrista Peter Bernstein, com LeDonne flutuando sobre a seção rítmica.


Outro destaque é a exploração de Smulyan em "Blues for D.P." após a introdução de Bernstein, passando para LeDonne, com todos os registros extraídos , trazendo a música para um final surpreendente . Smulyan está na frente e ao centro da faixa final "Heavenly Hours", onde a destreza do saxofonista alcança um tempo prolongado e improvisa com desembaraço.

Uma escolha racional dentro de um trio de órgão, esperançosamente, “ Smul's Paradise” abrirá mais possibilidades para o frequentemente negligenciado sax barítono como instrumento líder.


Faixas: Sunny; Up In Betty's Room; Pistaccio; Smul's Paradise; Little Miss Half Steps; Aires; Blues For D.P.; Heavenly Hours.


Músicos: Gary Smulyan: saxofone barítono ; Mike LeDonne: Hammond B-3 organ; Peter Bernstein: guitarra; Kenny Washington: bateria.

Gravadora: Capri Records


Estilo: Straightahead/Mainstream


Fonte : All About Jazz / Larry Taylor

ANIVERSARIANTES - 15/01



Annette Neuffer(1966) – trompetista,vocalista,

Baikida Carroll (1947) - trompetista,flugelhornista,

Dr. Leo Casino (1950) – saxofonista,

Earl Hooker (1930-1970) – guitarrista,vocalista,

Gene Krupa (1909-1973) - baterista(na foto e vídeo)
http://video.yahoo.com/watch/5469894/14395301

sábado, 14 de janeiro de 2012

CHUCK LOEB - PLAIN 'N' SIMPLE (Tweety)



O contemporâneo, e já veterano, guitarrista de jazz Chuck Loeb sugere o que esteve em sua cabeça em “Between 2 Worlds” de 2009, um projeto suingante que desenvolve em suas frequentes sessões de jazz em Nova York, e com sua banda fusion Metro. “Plain ‘n’ Simple” é um projeto de trio com o componente do Fourplay ,Harvey Mason, na bateria e Pat Bianchi no órgão.

.
O trio de órgão orgulha-se de uma história distinta dentro do campo do jazz, e Loeb encontrou seu Jimmy Smith ou Groove Holmes em Bianchi, que ostenta dois CDs como líder e co-fundador do Unity Project, um tributo ao falecido mestre do B3 , Larry Young. Carregado no soul e no blues, “Plain ‘n’ Simple” tem oito composições de Loeb e duas de Mason. Os CDs de Loeb são coisas de família, e sua esposa Carmen Cuesta vibra através do clássico “É Com Esse Que Vou Eu” , enquanto sua filha Lizzy Loeb sedutoramente dá seu alento através de “Skylark”.


Os surpreendentes e rápidos toques de Loeb em “Organeleptic” e “Annie’s Song”, bem como suas notas bem refletidas na balada da faixa título vêm sem surpresa para aqueles que acompanham sua carreira. É duro observar com Loeb pode retornar deixando de lado faixas de smooth-jazz, especialmente quando há poucas estações de rádio que o toca, além desta sua pegada já está esgotada. Isto demonstra que há muitas veredas do jazz que Loeb pode explorar em sugestivo futuro.


Faixas
01. D.I.G. (Deep Inner Groove) 6:24
02. Organeleptic 4:29
03. Red Suede Shoes 8:50
04. The Blues App 5:51
05. Plain 'n' Simple 7:04
06. E Com Esse Que Vou Eu 4:46
07. You Got It 4:40
08. Skylark (For Tweety) 5:18
09. Bebop Betty 4:58
10. Annie's Song 6:46
11. It's About You 5:22
12. The Hello 6:37

Músicos : Chuck Loeb (guitarra);Harvey Mason (bateria);Pat Bianchi (órgão)
Convidados especiais: Eric Marienthal (saxofone);Will Lee (baixo);Till Bronner (trompete);
Carmen Cuesta(vocal);Lizzy Loeb ( vocal);Mauricio Zoratelli (percussão);David Charles (percussão);Nathan Eklund (trompete, trombone)

Fonte : JazzTimes / Brian Soergel

ANIVERSARIANTES - 14/01



Billy Butterfield (1917-1988) – trompetista,

Brandon Lee (1983) – trompetista,
Caterina Valente (1931) - vocalista,

Diego Bruno (1968) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=xqARCNMVPsc,

Grady Tate (1932) – baterista,

Jussi Lehtonen (1977) – baterista,líder de orquestra,

Kenny Wheeler (1930) - trompetista, flugelhornista,

Mark Egan (1951) - baixista,

Michael Simon (1975) – trompetista,

Nelson Ayres(1947) – pianista,

Nguyen Le (1959) - guitarrista,

Patrick Rydman (1969) – vocalista

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O FOLE EM OUTRA DIMENSÃO



Atado ao regionalismo pela explosão do baião em meados do século passado e o repique do forró décadas depois, o acordeom quase foi revogado pelo violão intimista da bossa nova e a legião da guitarra urbana da Jovem Guarda e do rock. Mas o pesado instrumento de teclados, fole e botões aos poucos ressurge em outra dimensão e amplia latitudes. É o que atesta a dupla de acordeonistas formada pelo paulista de Socorro Toninho Ferragutti e o gaúcho de Vacaria Bebê Kramer, no roteiro diversificado do CD autoral Como Manda o Figurino.


De início, eles rendem um tributo ao principal difusor do instrumento, o pernambucano Luiz Gonzaga (1912-1989), na suíte de mais de oito minutos. Na sombra da Asa Branca (de Ferragutti), viagem repleta de acidentes e atalhos pelo modalismo nordestino.


A veia pampeira fronteiriça de Kramer pulsa, em seguida, em sua sinuosa e contrapontística Caminante. E logo uma torrente de referências e influências assoma às outras faixas, como o clima portenho descortinado no Choro da Madrugada. E o lirismo linha Dominguinhos do depurado Choro Esperança, invadido por tons nostálgicos e seresteiros, adiante, em Mestre Paulo. Chamado de gaita no Sul e sanfona no Nordeste, o fole resfolega com ímpeto dançarino para quem quiser arrastar alpercatas no Forró Classudo. Percorre onírico os arabescos de Nega e exige ouvidos atentos ao minimalismo contrarritmado da matafórica Pano Pra Manga, nesse curioso enclave de arrasta-pé e concerto de câmara para dois acordeons solitários e virtuosos.


Faixas
1. Na Sombra da Asa Branca 8:11
2. Caminante 3:58
3. Choro de Madrugada 1:41
4. Choro Esperança 3:21
5. Como Manda o Figurino 1:53
6. Forró Classudo 3:20
7. Mestre Paulo 3:01
8. Outra Valsa 3:39
9. O Sorriso da Manu 4:28
10. Negra 3:53
11. Pano pra Manga 4:08

Fonte : CartaCapital/ Tárik de Souza

BELO HORIZONTE JAZZ FESTIVAL - 29 DE JANEIRO DE 2012


No dia 29 de janeiro (domingo), das 13 às 22 horas, vai acontecer na capital mineira a segunda edição de um dos mais charmosos festivais de jazz promovido pela Artbhz Produtora de Espetáculos: o BH Jazz Festival. O empresário e produtor cultural Lúcio Oliveira é o responsável pela realização desta grande festa, que soma em seu currículo centenas de shows e eventos promovidos em diversos estados do país. A curadoria é de Túlio Mourão, compositor e instrumentista de carreira internacional.

O BH Jazz Festival tem entrada franca, acontece na Praça da Liberdade e terá em sua programação respeitados nomes do jazz nacional e internacional. Segundo o curador, o grande diferencial do festival é que, ao contrário da maioria dos eventos desse segmento, ele acontece ao ar livre e de graça, buscando aproximar o público do jazz, com um line up que prioriza estilos diversos. “A grande estrela do BH Jazz Festival é essa seleção rica de grandes músicos ao lado de jovens talentos, para mostrar todo vigor da música instrumental de Minas Gerais e do mundo”, explica Túlio Mourão.

Com uma estrutura que vai privilegiar o conforto e a segurança do público, sem interferir na beleza natural de um dos mais importantes cartões postais da cidade, serão montados dois palcos posicionados estrategicamente. Ambos vão dar maior dinamismo ao evento, pois enquanto um dos palcos recebe uma apresentação, o outro já estará preparado para o próximo show.

Na programação, dez atrações vão se revezar nos palcos, levando para a plateia o melhor dos acordes do blues, jazz e da MPB. Dos músicos internacionais, estão confirmados o americano Donny Nichilo, mestre do piano que já tocou com lendas vivas, como o guitarrista Carlos Santana e o rolling stone Ron Wood; e a banda argentina Escalandrum, que tem à frente um dos nomes mais representativos do jazz argentino contemporâneo, Daniel 'Pipi' Piazzolla.

Para as trações nacionais, a curadoria privilegiou a diversidade sonora e convidou Celso Blues Boy, virtuoso guitarrista brasileiro, Fernando Sodré, que vai mostrar porque sua viola caipira ultrapassa e abrange a sonoridade de muitos estilos, Toquinho, músico com 42 anos de carreira que sabe unir técnica e sensibilidade, popular e erudito em sua aquarela de sons e harmonia, e Túlio Mourão, que vai apresentar músicas de seu vasto repertório.

O festival ainda terá ainda a guitarra mágica de Ricardo Silveira, considerado um dos mais importantes músicos brasileiros, as duplas Duofel, conhecidos por terem criado uma nova linguagem para o violão brasileiro, e Duo SoaresCastro, revelações da música instrumental mineira. Outro ponto alto da noite será a presença de Yamandu Costa, considerado uma referência mundial quando se fala em interpretação de música brasileira, explora todas as possibilidades do violão de sete cordas, renovando antigos temas e apresentando composições próprias de intenso brilho.


BH JAZZ FESTIVAL

Data: 29 de janeiro de 2011
Local: Praça da Liberdade
Horário: 13 às 22 horas
Entrada Franca
Outras informações: www.artbhz.com.br

ANIVERSARIANTES - 13/01



Bill Easley (1946) - saxofonista,

Claudio Riggio (1964) – guitarrista,
Danny Barker (1909-1994) - banjoísta,guitarrista,vocalista,
Edu Ribeiro (1975) – baterista,

Joe Pass (1929-1994) – guitarrista,

Jurandir Santana (1970) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=i7aU9jM8_bs,

Melba Liston (1926-1999) - trombonista,

Percy Humphrey (1905-1995) - trompetista,

Quentin Jackson (1909-1976) - trombonista,

Vido Musso (1913-1982) - saxofonista

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

ANIVERSARIANTES - 12/01



Ben Geyer (1985) – pianista,

Ernst Bier (1951) – baterista,

George Duke (1946) - pianista,

Guy Lafitte (1927-1998) - saxofonista,

Ingrid Jensen (1966) – trompetista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=pjaUvw0iC8A&feature=related,

Ivo Perelman (1961) – saxofonista,

Jane Ira Bloom (1955) - saxofonista,

Jay McShann (1909-2006) - pianista,vocalista,

Mississippi Fred McDowell (1904-1972) – guitarrista,

Nancy Donnelly (1967) – vocalista,

Olu Dara (1941) - trompetista, cornetista,

Ruth Brown (1928-2006) - vocalista,

Trummy Young (1912-1984) - trombonista

Chico Oliveira & Grupo no Shopping Paseo Itaigara

Chico Oliveira & Grupo no Shopping Paseo Itaigara.

No repertório, música instrumental, composições próprias além de músicas consagradas de Tom Jobim, Gilberto Gil, Nelson Cavaquinho entre outros.

Chico Oliveira - guitarra e direção musical;
Marcelo Galter - piano elétrico;
Ldson Galter - contrabaixo;
Marcio Dhiniz - Bateria.

Dias: 13, 20 e 27 de janeiro (sextas).
Horário: 18h
ENTRADA GRATUITA
Endereço: Rua Rubens Guelli 135, Itaigara (em frente ao Parque da Cidade) Salvador/BA.

chicoliveira.ssa@gmail.com

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

KIRK WHALUM REGRAVA JOHN COLTRANE E JOHNNY HARTMAN



O saxofonista Kirk Whalum lançará “Romance Language” uma regravação canção a canção da clássica colaboração em 1963 entre John Coltrane e o vocalista Johnny Hartman. O álbum, que apresenta seu irmão Kevin Whalum no vocal, consiste em seis românticos standards composta por notáveis como Irving Berlin, Sammy Cahn, Billy Strayhorn , Richard Rodgers e Lorenz Hart. O disco será lançado pela Rendezvous Music no dia dos namorados norte-americano (14 de Fevereiro).


O álbum, produzido e arranjado por Whalum e John Stoddart, foi gravado sem nenhuma sobreposição , utilizando a banda que excursiona com Kirk Whalum: Stoddart (piano, teclados, óegão), Marcus Finnie (bateria), Braylon Lacy (baixo), Kevin Turner (guitarra elétrica), Michael “Nomad” Ripoll (violão) e Ralph Lofton (órgão) junto a George Tidwell (flugelhorn, trompete) e os percussionistas Bashiri Johnson e Javier Solis.


“Romance Language” é o 19° álbum como líder. Os dois irmãos excursionarão este ano em apoio ao disco, em colaboração com o grupo Apostles of Gospel com Jonathan Butler e CeCe Winans.

Fonte : JazzTimes / Jeff Tamarkin

ANIVERSARIANTES - 11/01



Ed Schuller (1955) - baixista,

Eden Atwood (1969) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=u6lXbfx1hHw,
Egil Johansen (1934-1998) - baterista,

Jonny Phillips (1971) – guitarrista,
Kris Gustofson (1962) – baterista,

Lee Ritenour (1952) - guitarrista ,
Neal Caine (1973) – baixista,

Oren Neiman (1978) – guitarrista,

Oriente Lopez (1962) – pianista,

Osie Johnson (1923-1966) - baterista,

Ryan Burns (1972) – pianista,
Tab Smith (1909-1971) - saxofonista,

Wilbur deParis (1900-1973) - trombonista

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

DENNY ZEITLIN – LABYRINTH : LIVE SOLO PIANO (Sunnyside)



O guru do jazz na Bay Area , Denny Zeitlin, evoca ícones clássicos como Paderewski e Scriabin—fabulosos tecladistas cuja execuções brilhantes com a mistura de técnica e paixão galvanizavam os ouvintes. Porém Paderewski e Scriabin tocavam em salas de concerto repletas. Zeitlin atua para pequenas audiências.


“Labyrinth” comemora dois concertos que ele deu nos verões de 2008 e 2010 no norte da Califórnia, sua terra natal. Foram sessões tão intimistas que quase se pode ouvir o silêncio na sala.
Zeitlin, que começou gravando para a Columbia nos anos 60, tem sempre misturado rapsódia e severidade. Sua técnica é assombrosa. Observe como ele trata suave e animadamente, através do seu martelar em conjunto, “Brazilian Street Dance”, um das suas três composições escritas nos anos 60. Ele toca tão rápido que sugere ter sua própria seção rítmica. Ele traz malícia para “Footprints” de Wayne Shorter. Desenvolve “People Will Say We’re in Love” de Richard Rodgers com apropriado fervor, esmero e minimalismo. Explode através de “Lazy Bird” de John Coltrane como de contradissesse o título ( pense em Lennie Tristano em velocidade) e em “Dancing in the Dark” tensiona o ritmo e o tempo em seus limites. Zeitlin vai aonde muitos pianistas convencionais temem trilhar, mas nunca perde seu estilo.


As peças chaves são as faixa título (também a mais longa) e “Slipstream”, com o absurdamente complexo encerramento. A orquestral “Labyrinth” é sombria, quase sorumbática, a mão esquerda dominando até o meio, onde as mãos parecem ir em diferentes direções. Como Zeitlin é um guia claro do labirinto, indo ao interior do piano, comprova seu senso de mistério, seu comando do toque e sonoridade. “Slipstream” é mais dramática, uma música perturbadora com um senso melancólico que Zeitlin encerra com cascatas descendentes e intricadas no piano e uma simples e estrondosa nota para fechar. “Labyrinth” é tranquilamente uma obra prima.


Faixas
1 Footprints Shorter 7:11
2 Sail Away Harrell 6:44
3 They Say It's Wonderful Berlin 7:48
4 Lazy Bird Coltrane 2:46
5 As Long as There's Music Styne 5:36
6 Labyrinth Zeitlin 10:51
7 People Will Say We're in Love Rodgers 9:45
8 Brazilian Street Dance Zeitlin 7:34
9 Dancing in the Dark Schwartz 6:04
10 Slipstream Zeitlin 7:47

Fonte : JazzTimes /Carlo Wolff

ANIVERSARIANTES - 10/01



Allen Eager (1927-2003) - saxofonista,

Buddy Johnson (1915) – pianista, líder de orquestra,

Frank Sinatra, Jr.(1944) – vocalista,

Mané Silveira(1957) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Llx0vpfIl-s&feature=related,

Max Roach (1925-2007) – baterista,

Mike Stern (1953) - guitarrista,

Rob Mullins (1958) – pianista,

Rod Stewart (1945) – vocalista,

Sonya Jason (1963) – saxofonista,
Waymon Reed (1940-1983) - trompetista,flugelhornista