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sábado, 30 de novembro de 2019

STEPHAN CRUMP´S ROSETTA TRIO – OUTLIERS (Papillon Sounds)


Em um mundo perfeito, críticos sempre ouviriam uma banda ao vivo, tocando música da sua nova gravação, direta, antes, de sentar para uma gravação para resenhá-la. Para “Outliers”, as estrelas estão harmonizadas. Stephan Crump’s Rosetta Trio apareceu na série Just Jazz na Mr Musichead Gallery na Sunset Boulevard, em Los Angeles, em 27 de Fevereiro de 2019. O trabalho para esta resenha começou na manhã seguinte.

Versões ao vivo de canções são frequentemente mais longas e mais soltas, do que outras gravações. Não é tanto assim. Crump (baixo acústico), Liberty Ellman (violão) e Jamie Fox (guitarra), na gravação ao vivo, têm um som disciplinado. Concentração é requerida para criar modelos como contraponto.

Ainda há diferenças. Ao vivo, foi mais fácil aquecer abaixo da superfície resfriada desta música. O álbum é mais intimista e melancólico. “Re Eyes” é um suspiro nostálgico. Poderia ser uma canção country. Crump é de Memphis. Quando Fox inicia o improviso, Ellman oferece uma narrativa alternativa com inflexível figura repetida. Arranjos de Crump influenciam o singular recurso desta pequena orquestra de corda.

“Away From, A Way To” é outra melodia como um ato transitório de Crump, mas sua qualidade assombrosa permanece. Espaço é alocado por Fox e Ellman para separadamente reimaginar a canção. Possibilita suas ofertas entre si e funde solos. As linhas de baixo de Crump contribuem para um drama sombrio. Por que não há mais coros de cordas no jazz?

O álbum anterior de Crump, “Rhombal”, foi um elogio fúnebre ao irmão que ele perdeu para o câncer. “Dec 5” é uma peça para seu irmão Patrick que Crump “absteve” de “Rhombal”. Como a maioria das suas composições, soa como uma jornada espiritual em direção à aceitação.

“Outliers” providencia uma aproximação a uma experiência de um concerto ao vivo, mas oferece a vantagem de repetidas audições, onde você encontra novas revelações com a modéstia de Crump, música profunda.

Faixas: In Waves; Re Eyes; Middle March; Outliers; Synapse; Dec 5; Cryoseism; A Way From, A Way To; Esquima Dream.

Músicos: Stephan Crump: baixo acústico; Liberty Ellman: vioão; Jamie Fox: guitarra.

Fonte: THOMAS CONRAD (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 30/11


Duane Andrews (1972) - guitarrista,
Jack Sheldon (1931) - trompetista,vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=A13HYqZuF5c,
Stan Sulzman (1948) – saxofonista,
Sylvie Curvoisier (1968) - pianista

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

DAVE LIEBMAN & JOHN STOWELL – PETITE FLEUR: THE MUSIC OF SIDNEY BECHET (Origin Records)


Inovador no Jazz, pioneiro inicial do uso do saxofone soprano, improvisador premiado com uma entonação bastante distinta, que pode ser reconhecida em microssegundos —isto é o que pessoal musicalmente instruído, inclina-se a pensar quando aparece o nome Sidney Bechet. Compositor? Nem por isto. Porém, o catálogo de originais da legenda de New Orleans foi de tamanho considerável, e o mestre companheiro, Dave Liebman, tem feito para nós todo serviço de pesquisa e interpretação de poucos destaques, com a ajuda do experimentado guitarrista, John Stowell.

Uma vez que você ouviu algumas das mais memoráveis músicas de Bechet, como a elegante “Daniel” e a divertidamente blueseira “When the Sun Sets Down South”, você deve se encontrar pensando porque elas não são standards. Liebman as conduz com um vigor de quem se sente despreocupado, então as usa como plataformas para solos minuciosos. Oferecendo a inventividade de Stowell , lidera um trabalho suingante com esporádicos intervalos e frequentemente faz explorações desafiando um território harmônico; seu eventual bom gosto sobrepõe uma guitarra barítono, que adiciona mais densidade. O par também merece elogio por suas escolhas espertas de um ritmo de tango em “Premier Bal”, e para umas tonalidades de bossa-nova em “Nous Deux”.

A única faixa que não se ajusta completamente ao programa, embora seja um sucesso de Bechet dos anos 30, é “Summertime” de Gershwin, a melodia tocada por Liebman em uma flauta de madeira, antes de passar para o soprano. Um som impressionante, mas que tem de fazer com que o compositor seja um pouco nítido. Ainda, este descuido é composto com três muito diferentes versões fascinantes das composições mais bem conhecidas de Bechet, que dá ao álbum o título. Stowell apresenta um solo acústico, outro apresenta Liebman em piano solo (!), e uma em duo. Durante a posterior, Liebman toca com mais vibrato que o usual, a dica afetuosa do seu predecessor lendário, que fez da instabilidade uma virtude.

Faixas: Petete Fleur; Daniel; When The Sun Sets Down South; Premier Bal; What A Dream; Petite Fleur (John Solo); Passport; Creole Blues; Nous Deux; Si Tu Vois Ma Mere; Summertime; Petite Fleur (Dave Solo).

Músicos: Dave Liebman: saxofone soprano, flauta de madeira, piano; John Stowell: guitarra, violão, guitarra barítono.

Fonte: Mac Randall (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 29/11


Adam Nussbaum (1955) – baterista,
Billy Hart (1940) - baterista,
Billy Strayhorn (1915-1967) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=K7bGtR_ETJE,
Chuck Mangione (1940)  - trompetista,flugelhornista,
Darryl Alexander Sr. (1956) - baterista,
David Shaich (1954) – baixista,
Dr. Michael White  (1954) - clarinetista,
Ed Bickert (1932-2019) - guitarrista,
Eliete Negreiros (1951) – vocalista,
Jim Massoth (1957) – saxofonista,
Sérgio Souto(1950) - saxofonista

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

RONIN ARKESTRA – SONKEI (Albert’s Favorites)


A Ronin Arkestra executa uma música densa que golpeia através do ar com aridez, como camadas forjadas em lâminas de aço controladas pelo seu homônimo. Sob a direção do tecladista e produtor Mark de Clive-Lowe, a Arkestra desenha os membros de uma coalizão ampla de artistas, como o clássico hard-bop do Kyoto Jazz Sextet, a unidade acid-jazz do Cro-Magnon e o produtor de música eletrônica /DJ Sauce81, entre outros (que extraem esferas do domínio do sax e sintetizador dos anos 70, em uma fusion conduzida pela melodia e discotecas europeias). Todos estes sons e humores colidem com a estreia deste álbum.

Com esta ampla banda, cujos membros trazem diferentes perspectivas sonoras, as composições caem dentro de uma perigosa densidade, bastante apinhada com ideias. No entanto, todas as oito faixas de “Sonkei”, embora compartilhando a riqueza das vastas paletas dos músicos, têm uma qualidade fascinante e animada. Parte disto vem da adoção da forma de refrão de EDM, onde o contraste e enredo repousam nas dinâmicas do grupo; parte tem de realizar o caminho que os músicos escolheram fazer e acentuar o balanço. Isto manifesta-se muito fortemente em faixas como “Onkochishin”, quando as transições do piano vão da leveza ao acompanhamento com arpejos atrás das lamentações dos instrumentos de sopro para a condução de blocos de acordes, que fazem todos os outros instrumentos ascenderem em energia.

Outro segredo para esta música hipnótica é sair da zona de conforto com firme interação entre o teclado e a bateria. As simples e circulares frases curtas nos teclados dentro do tempo da batida quebrada da bateria ressoam com articulações encrespadas e fortes, criando uma flutuante fundação para os distorcidos e enlaçados instrumentos de sopro para provocar e enrolar como ondas batendo. Retrata-se ao longo do trabalho —há mesmo algum papel divertido de inversão em “Circle of Transmigration”—mas vem ao cume em “Cosmic Collisions”, a quinta e decisiva faixa de “Sonkei”. As frases do piano acústico iniciam a canção e constrói ao lado do sintetizador com cada penduricalho até eles espelharem o outro, como saxofones, flautas e piano elétrico e rodopia sobre uma euforia caleidoscópica e psicodélica.

Faixas

1. Lullabies Of The Lost
2. Onkochishin
3. Elegy Of Entrapment
4. Art Of Altercation
5. Cosmic Collisions
6. Circle Of Transmigration
7. Fallen Angel
8. Tempestuous Temperament

Fonte: JACKSON SINNENBERG (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 28/11


Butch Thompson (1943) - clarinetista,pianista,
Dennis Irwin (1951-2008) - baixista,
Diego Rivera ( 1977) - saxofonista,
Ethel Ennis (1932) – vocalista,
Gato Barbieri (1934) – saxofonista,
George Wettling (1907-1968) - baterista,
Gigi Gryce (1927-1983)- saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=DrTJOsZXw24,
Pete Robbins (1978) - saxofonista,
Randy Newman  (1943) - pianista,
Roy McCurdy (1936) - baterista

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

ADAM O’FARRILL´S STRANGER DAYS - EL MAQUECH (Biophilia)

Adam O’Farrill’s Stranger Days pula dentro do fogo em “Siiva Moiiva”, a faixa de abertura de “El Maquech”. Após uma fanfarra do trompete de O’Farrill e do saxofone tenor de Chad Lefkowitz-Brown, Walter Stinson toma um solo de baixo de forma livre, sedimentando dentro de um balanço em tempo médio.

“Verboten Chant” é outra melodia desconstruída, e como o baixo, o trompete e o saxofone iniciam o arranjo com figuras harmônicas travessas, estabelecendo extenso solo de baixo de Stinson, Zack O’Farrill adiciona algum trabalho suavizado do tambor. “El Maquech” permanence próxima à sua origem folclórica: Zack O’Farrill e Stinson tocam com uma cadência de valsa, embora o líder e Lefkowitz-Brown troquem frases curtas, circulando em torno da melodia como beija-flores ao redor de flores aromáticas.

“Get Thee Behind Me Satan”, uma canção de “Ella Fitzgerald Sings The Irving Berlin Songbook” de 1958, apresenta uma performance solo do líder da banda, plena de tensão não resolvida. Seu manifesto melódico imitativo do fraseado de Fitzgerald antes de breve e dissonantes explosões saltam em seu mais alto registro, desvanecendo dentro notas murmurantes e sustentáveis que conduz uma luta sem fôlego de tentação. Seu solo em “Shall We? (If You Really Must Insist)” é marcado por frases truncadas que deslizam para seu final agudo, enquanto Zack O’Farrill supre com comentários marcantes. Seu baixo da bateria em tranquila batida desliza nos tambores em torno de modelos rítmicos. O trompete de O’Farrell é impressionante ao longo do trabalho. Seu restrito e inventivo uso do silêncio dá a seu toque, que soa sutilmente, mantendo os ouvintes na borda dos seus assentos.

Faixas: Siiva Moiiva; Verboten Chant; El Maquech; Erroneous Love; Shall We? (If You Really Must Insist); Get Thee Behind Me Satan; Henry Ford Hospital; Pour Maman. (44:27)

Músicos: Adam O’Farrill, trompete; Chad Lefkowitz-Brown, saxofone tenor; Walter Stinson, baixo; Zack O’Farrill: bateria.

Fonte: j. poet (DownBeat) 

ANIVERSARIANTES - 27/11


Daniel Bennett (1979) - saxofonista,
Ed Saindon (1954) - vibrafonista,
Eddie South (1904-1962) - violinista,
Jacky Terrasson (1966) – pianista,
Joris Teepe (1962) – baixista,
Judy Carmichael (1957) – vocalista,
Leo Sidran (1976) – multi-instrumentista,vocalista,
Lyle Mays (1953)- pianista,
Maria Schneider (1960) - pianista , arranjadora, compositora, líder de orquestra (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=2tJegYsmlqU,
Michael Rabinowitz (1955) - fagotista,
Randy Brecker (1945) - trompetista,flugelhornista,
Rebecca Coupe Franks (1961) - trompetista,
Wessell Anderson (1964) - saxofonista 

terça-feira, 26 de novembro de 2019

FAY CLAASEN – LUCK CHILD (Challenge Records)

A cantora holandesa Fay Claassen tomou seu encantador tempo de trabalho, lançando um reforço ao lançamento com orquestra de 2010, “Sing (Challenge) ”. Suas gravações mais recentes incluem “Red, Hot & Blue: The Music of Cole Porter (Challenge, 2009) ” e o uniformemente excelente “Two Portraits Of Chet Baker (Munich, 2006) ”, todos, singularmente, sendo seus próprios trabalhos de arte.

Em “Luck Child”, Claassen acelera o modelo para uma arena pesada, devotando sua atenção para passagens mais contemporâneas como o blues alegre de Paul Simon, "One Trick Pony", e uma tomada etérea de "Blackbird" dos Beatles. A cantora utiliza composições mais modernas do jazz como "Song of Life” de Fred Hersch com letra de Norma Winstone e "When Love is New" de Cedar Walton com letra de John e Paula Hackett. "Fay" de Kenny Wheeler é propícia para a cantora providenciar uma melodia jovial para o seu canto sem palavras.

O pianista Olaf Polziehn é elegante e bem ajustado ao traço suave de Claassen. A tradicional música norte-americana , "Oh Shenandoah", está prazerosamente alegre pelo contralto claro da cantora, alcochoado em suporte escasso. Claassen atualiza "God Bless the Child" com um pouco de passeio em seu suporte pomposo. Ela encerra o disco com uma sonhadora "Cinema Paradiso", sem palavras, que captura esta fina cantora em pleno voo.

Faixas: Luck Child; One Trick Pony; Song of Life; Blackbird; Fay; In a Sentimental Mood; Finding You; When Love Was New; Oh Shenandoah; Miniature No. 7; A House is Not a Home; God Bless the Child; Cinema Paradiso.

Músicos: Fay Claassen: vocal; Olaf Polziehn: piano; Peter Tiehuis: guitarra; Ingmar Heller: baixo; Paul Heller: palhetas.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: C. Michael Bailey (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 26/11


Amos Garrett (1941) – guitarrista, vocalista (na foto e vídeo) https://www.youtube.com/watch?v=SybqrTR3HMk,
David Cooper (1963) - trompetista

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

GEORGE CABLES - I'M ALL SMILES (HighNote Records)


É um prazer encontrar George Cables gravando outra vez, superando um potencial final de carreira decorrente de problema de saúde. Claramente, como o título deste trabalho sugere, a maioria das performances do programa não poderia ser mais feliz para reafirmar seu extraordinário talento, enquanto se reúne com antigos e bem combinados colaboradores: o baixista Essiet Essiet e o baterista Victor Lewis. E o resultado? Dedicado aos fãs devotados e aos admiradores, “I’m All Smiles” está carregado comum senso da sua renovada vitalidade e profunda gratidão.

Isto é um princípio muito óbvio. “Young at Heart”, o primeiro de vários standards pop reanimados por uma verve improvisadora de Cables e colorido orquestral, é distinguido por brilhante cromatismo, uma pulsação alegre, um ostinato retumbante, e o lustroso interlúdio de Essiet. Desde que Cables tem sempre favorecido ricos desenhos harmônicos e a amplitude ampla de dinâmicas, fãs encontrarão provável abordagem para outras canções interpretadas de forma imaginativamente reformuladas. Um soberbo acompanhante, Cables é também uma fina companhia, beneficiando-se a partir de um colorido (e, às vezes, perfeita modulação) sustentado por seus competentes companheiros de trio. Realmente, com aparente naturalidade reconfortante, um nível extraordinário de interação do trio é sustentada ao longo desta sessão até a faixa final do álbum, uma distintamente interpretação solo de “Monk’s Mood”. Seguramente, o slogan do arranjo divertido deveria encantar o compositor da música, mas então, não há deficiência de sagacidade e charme na exposição ou razões para ter outra audição.

Faixas: Young at Heart; I’m All Smiles; Speak No Evil; Besame Mucho; Ugly Beauty; Love Is A Many Splendored Thing; Celebration; Three Views of a Secret; Thermo; Monk’s Mood.

Músicos: George Cables: piano; Essiet Essiet: baixo (1-9); Victor Lewis: bateria (1-9).

Fonte: MIKE JOYCE (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 25/11

Dick Wellstood (1927-1987) - pianista,
Eddie Boyd (1914-1994) – pianista,vocalista,
Etta Jones (1928-2001) - vocalista,
Guilherme Lamounier (1950-2018) – vocalista,
Nat Adderley (1931-2000) – cornetista,
Paul Desmond (1924-1977) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=JkcRo7oUIro,
Rusty Bryant (1929-1991)- saxofonista,
Terell Stafford (1966) - trompetista,
Willie "The Lion" Smith (1897-1973) – pianista,
Zé Rodrix (1947-2009) – multi-instrumentista

domingo, 24 de novembro de 2019

STEFON HARRIS & BLACKOUT - SONIC CREED (Motéma Music)


Em sua função mais básica, a música que constitui “Sonic Creed” serve como um espelho à vida Afro-Americana aqui e agora. Explora a História, legado, lutas e júbilos da comunidade negra, falando, uma vez mais, através do som e sentimento.

“Sonic Creed” chega quase uma década após este balanço do lançamento passado — “Urbanus (Concord, 2009) ” —mas o tempo distante não causou prejuízo à banda. Se qualquer coisa, “Blackout” veio a ser um grupo mais ágil capaz de esculpir um cenário mais amplo. Com os músicos chaves remanescentes, como o baterista Terreon Gully e o saxofonista Casey Benjamin, os recentes integrantes bem ajustados à Blackout tais como o pianista James Francies e o baixista Joshua Crumbly, e um punhado de notáveis convidados, há novos mundos de possibilidade para encontrar o domínio.

Abrindo com uma atualizada abordagem em "Dat Dere" de Bobby Timmons, Harris e companhia imediatamente acenam para o local de Art Blakey o panteão, enquanto pinta uma visão futurista funkeada. As arestas sofisticadas e encorpadas daquela abertura trazem atentamente de volta a muitas marcações de Urbanus, porém o que segue demonstra o que foi anteriormente mencionado, um olhar amplo mais amplo: "Chasin' Kendall", uma suave  expressão de uma inédita de Harris composta pelos dois filhos do vibrafonista, improvisa pacificamente,  estando superior ao ritmo monótono da linha do baixo; "Let's Take A Trip To The Sky" é uma pura fantasia amorosa, uma lenta jam composta para a mulher, que realça a vocalista convidada , a relaxante Jean Baylor; "The Cape Verdean Blues" de Horace Silver, um número que Harris uma vez mais arranjou para o SFJAZZ Collective durante seu mandato com a superbanda, salta, desvia e deslumbra em todas as vias corretas e a peça central do álbum "Go", dá a Wayne Shorter seu conveniente fornecimento de algumas inesperadas voltas, enquanto também mantém uma perspectiva determinada.  

A segunda metade do programa, não menos diverso em sua expressão— e igualmente unido em seus sistemas de crença—inicia com um desenho de diáspora composto por Lasean Keith Brown, o filho do pianista Donald Brown Jr.; o encanto deslumbrante afro-caribenho de "Song Of Samson", acrescido do tamborilar de Pedrito Martinez, é autoevidente. Então vem uma assombrosa tomada em "Throw It Away" de Abbey Lincoln com o saxofone soprano de Benjamin cavalgando no alto da obscuridade espectral. Baylor retorna para um aceno a Bobby Hutcherson na forma de uma viagem majestosa através de “Now” do falecido vibrafonista, adicionando toques sussurrantes para este relaxante trabalho. E então o álbum encerra com uma intimista tirada do chapéu para um ícone com apelo internacional, uma interpretação em duo para "Gone Too Soon" de Michael Jackson, emparelhando com o vibrafone de Harris com a marimba de Joseph Doubleday. Se tomado como um significante racial e cultural ou simplesmente considerado como uma coleção de canções complementares em uma paisagem pós-fusão, “Sonic Creed” atinge a marca com imperturbável exatidão e extrema clareza. É Stefon Harris na sua honesta e maior firmeza.

Faixas Dat Dere; Chasin' Kendall; Let's Take a Trip to the Sky; The Cape Verdean Blues; Go; Song of Samson; Throw It Away; Now; Gone Too Soon.

Músicos: Stefon Harris: vibrafone & marimba, James Francies: piano (1-8) & teclados (1,3,7); Joshua Crumbly: baixo (1-8); Terreon Gully: bateria (1-8); Casey Benjamin: saxofone alto (1, 2, 4, 5), saxofone soprano (6, 7), vocoder (3, 8); Mike Moreno: guitarra (1, 4, 5, 7, 8); Jean Baylor: vocal (3, 8); Regina Carter: violino (8); Joseph Doubleday: marimba (9); Daniel Frankhuizen: cello (8); Pedrito Martinez: percussão (1, 2, 4, 6); Felix Peikli: clarinete, clarinete baixo (1, 2, 4-6, 8); Elena Pinderhughes: flauta (4, 8).

Fonte: Dan Bilawsky (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 24/11

Al Cohn (1925-1988) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=vQU82_zi61Y,
Brian Charette (1972) – organista,
Cipó (1922-1992) – maestro,
François Moutin 1961) – baixista,
Lisa Maxwell (1963) – vocalista,líder de orquestra,
Scott Colley (1963) – baixista,
Scott Joplin (1868-1917) - pianista,
Serge Chaloff (1923-1957) - saxofonista,
Sérgio Santos (1956) - vocalista,
Teddy Wilson (1912-1986) - pianista,
Wild Bill Davis (1918-1995)-organista

sábado, 23 de novembro de 2019

AMIRTHA KIDAMBI´S ELDER ONES – FROM UNTRUTH (Northern Spy)


O nome recebido, Amirtha Kidambi, aumentou um pouco o ano passado, quando colocou uma voz para a letra de Mary Halvorson em “Code Girl”. Foi apenas um aspecto da produtiva carreira, que inclui estudos de música clássica e Carnatic, e performances com o saxofonista Darius Jones. A estreia de Elder Ones, “Holy Science (2016”), apresentou Kidambi usando vocalises, enquanto “From Untruth” é construída com letras que frequentemente retirou e retorceu um efeito dramático. Com o assunto significante, incluindo, mas não limitado à opressão, colonialismo e a maneira em que a verdade é subvertida, o álbum se sente intenso e perturbador. É , também, completamente cativante.

A instrumentação de Elder Ones parece sobressalente, mas eles não têm problema em preencher o espaço inteiro dentro de uma dada faixa. Matt Nelson desencadeia um sax soprano encrespado em “Eat the Rich”; aqui e em todas as partes do álbum, seus instrumentos de sopro frequentemente filtrado através da eletrônica, que distorce e remodela seu som ainda mais. Em uma seção de “Dance of the Subaltern”, ele e Kidambi se revezam ecoando cada um durante um tenso ostinato em 7/8. O trabalho de arco do baixista Nick Dunston como uma âncora e adição barulhenta à música, enquanto o baterista Max Jaffe mudanças entre batidas gritantes na “percussão sensorial eletrônica”, que adiciona o caos durante a escolha de momentos.

A voz de Kidambi cria pesados zumbidos no harmônio e usa um sintetizador análogo para uma atmosfera, que variam o órgão inicial de Pink Floyd à interferência de jogo de vídeo. Sua tendência a repetir uma letra particular com variações no ataque, pode alcançar o excesso, mas linhas como “Eat the rich, or die starving NT: Coma a riqueza ou morra faminto, em tradução livre ” conduz a casa para um ponto particular. Esta é uma música viciosa por tempos tensos.

Lista de faixas

1 Eat The Rich 13:01
2 Dance Of The Subaltern 9:24
3 Decolonize The Mind 10:00
4 From Untruth 14:22

Músicos: Nick Dunston (baixo); Amirtha Kidambi (Vocal, Harmônio, Sintetizador); Max Jeffe (bateria, eletrônica, percussão); Matt Nelson (saxofone soprano).

Fonte: MIKE SHANLEY (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 23/11


Alvin Fielder (19352019) - baterista,
Carlinhos Brown (1962) – percussionista,
Claude Marc Bourget (1956) - pianista,
Emil Viklicky (1948) – pianista,
Frode Kjekstad (1974) – guitarrista,
Johnny Mandel (1925) – arranjador, compositor,
Ray Drummond (1946) – baixista,
Ruth Etting (1897-1978) - vocalista,
Tyree Glenn (1912-1974)- trombonista,vibrafonista,
Ulisses Rocha(1960) – violonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=PdmIz4-415g

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

ELI DEGIBRI – SOUL STATION (Degibri)


Você pode entender porque músicos abrangem álbuns inteiros, quando o objeto é um épico como “ Kind of Blue” ou “A Love Supreme”. É um pouco mais difícil ver o que instigaria alguém refazer faixa por faixa de “Soul Station” do saxofonista Hank Mobley. Deve ser a melhor gravação de Mobley, mas não abre as 200 gravações recomendadas tampouco no livro de LPs essenciais do livro de Ben Ratliff ou do The Rough Guide to Jazz, e Mobley merece apenas uma menção de passagem no livro referência de Ted Gioia, “The History of Jazz”. O saxofonista israelense Eli Degibri, entretanto, afirma que “Soul Station” é sua pedra de toque e inspiração vitalícia. Seu desafio em interpretar a coisa completa é encontrar algo novo para dizer.

O timbre de Degibri é mais leve e mais aguçado que circundou Mobley, entonação calorosa, mas sua performance é não menos expressiva. Seu sopro é frequentemente reservado, aponta onde alguém, às vezes, ouve as melodias através da seção rítmica. Ele toma diversas canções no tempo levemente mais rápido que o utilizado por Mobley, ainda que em uma faixa — “If I Should Lose You”, a melhor música aqui, é reduzida a uma balada magnífica. Ele passa para o sax soprano um par de vezes, enquanto que Mobley empacou no tenor. Seria difícil chegar no topo da seção rítmica de Mobley, formada pelo pianista Wynton Kelly, pelo baixista Paul Chambers e o baterista Art Blakey, mas o grupo de Mobley aproxima-se dele. O pianista Tom Oren e o baixista Tamir Shmerling passam para solos bonitos na faixa título, e o baterista Eviatar Slivnik descarrega um preenchimento extra em “Remember”, antes de tentar imitar a legenda que o precedeu. Degibri adiciona uma composição inédita, uma peça chamada “Dear Hank”, que soa como derivada de “Blues in the Night”. Este é um bom álbum de Degibri, mas ao lado da esplendidamente lânguida interpretação em “If I Should Lose You”, ele não fez o bastante para fazer “Soul Station” seu.

Faixas

1. Remember
2. This I Dig Of You
3. Dig Dis
4. If I Should Lose You
5. Split Feelings
6. Soul Station
7. Dear Hank

Músicos: Eli Degibri : saxofones tenor e soprano ;Tom Oren : piano; Tamir Shmerling : baixo; Eviatar Slivnik : bateria

Fonte: STEVE GREENLEE (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 22/11


Dave Carter (1969) - trompetista,
Gunther Schuller (1925) – líder de orquestra,
Horace Henderson (1904-1988) - pianista,
Jimmy Knepper (1927-2003) – trombonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=-Vk5Oa4xEZU,
Rogerio Boccato (1967) - percussionista,
Ron McClure (1941) – baixista

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

QUINSIN NACHOFF´S FLUX – PATH OF TOTALITY (Whirlwind Recordings)


Em física, fluxo é o movimento e fluência de radiante energia através de uma área dada. Na mente do saxofonista Quinsin Nachoff, esta é uma banda de tamanho variado, inequivocamente qualificada, para explorar um vasto conjunto de conceitos mais novos. “Path of Totality” não restringe esta exploração—quatro das suas composições vão além de 13 minutos.

Tome-se “Bounce” como um exemplo. Trabalhando com o físico da University of Toronto, Dr. Stephen Morris, Nachoff traduziu o modelo matemático de uma bola saltando na música. Poucos percussionistas são melhores para esta empreitada que Kenny Wolleson, um pensador original que inventou sua própria “Wollesonic” com uma coleção de instrumentos—mas adiciona o cronometrista do Kneebody, Nate Wood. Nachoff e seu companheiro, o saxofonista David Binney apresentam suas próprias interseções com dribles sonoros, enquanto o pianista Matt Mitchell compõe o balanço reservado. Uma série de crescendos ao final é amparada pelo Jason Barnsley realçando o órgão do Teatro Kimball de 1924.

“Toy Piano Meditation” centraliza a partir de uma referência na abertura de Suite for Toy Piano de John Cage dentro de uma das mais majestosas jornadas de Mitchell, enlaçadas com respingos nos pratos, antes de ceder aos instrumentos de sopro e tudo a partir do carrilhão e toques dos pratos tibetanos a partir do convidado Mark Duggan. “Splatter” esquadrinha a coleção de teclados da National Music Centre do Canada (David Travers-Smith toca sozinho cinco diferentes instrumentos), inicia com um solo de cravo de Mitchell, e encerra com um caos eruptivo. “March Macabre”, um comentário da administração e totalitarismo de Trump, inicia com uma coletânea de toques de tamancos de Wollesen, manipulados juntos, e encerra com um sapateado de Orlando Hernandez, e apresenta o glorioso Nachoff com arranjo pesado para noves instrumentos de sopro tocados por sete pessoas.

Claro, nem todo este trabalho é perfeito, e você pode não alcançar o contexto sem as notas para o disco. Porém, Nachoff não cuida do seu alcance, que, ocasionalmente, supera sua compreensão. Mantém sua flexibilidade, adicionando novos caminhos para que a radiante energia possa fluir.

Faixas:

CD 1: Path of Totality; Bounce; Toy Piano Meditation.
CD 2: March Macabre; Splatter; Orbital Resonances.

Músicos: David Binney: saxofone alto, C melody saxophone; Quinsin Nachoff: saxofones tenor e soprano; Matt Mitchell: piano, Prophet 6, sintetizador modular, Novachord, harpsichord, Estey pump harmonium; Kenny Wollesen (1,3,4,6): baterias, Wollesonic percussion; Nate Wood (1,2,5,6): bateria; Jason Barnsley: 1924 Kimball Theatre Organ (2); Mark Duggan: marimba, vibrafone, glockenspiel, crotales, Tibetan singing bowls (3); Carl Maraghi: saxofone barítono, clarinete baixo (4); Dan Urness, Matt Holman: trompete (4); Ryan Keberle: trombone (4); Alan Ferber: trombone, trombone baixo(4); Orlando Hernández: tap dance (4); David Travers-Smith: Buchla 200E analog modular system, EMS Synthi 100 analog/digital hybrid synthesizer, Arp Chroma (Rhodes) analog synthesizer, clavioline, Oberheim SEM, modular Moog (5).

Fonte: BRITT ROBSON (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 21/11


 Alphonse Mouzon (1948-2016) - baterista,
Charlie Johnson (1891-1959)- pianista,
Coleman Hawkins (1904-1969) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=0Q7J4PgrRsY,
Dr. John (1940) - pianista,
Geoffrey Keezer (1970) - pianista,
Peter Warren (1935) - baixista,
Rainer Bruninghaus (1949) - pianista,
Sal Salvador (1925-1999) - guitarrista

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

HAILU MERGIA – LALA BELU (Awesome Tapes From Africa)


Lala BeluA parada através do fim de “Tizita”, a faixa guia em “Lala Belu” de Hailu Mergia, brilhantemente encapsula uma carreira que se estende décadas para trás na capital da Etiópia, Addis Abeba. O baixista Mike Majkowski e o baterista Tony Buck, do The Necks da Australia, impulsionam o álbum através do mais tradicional conceito de jazz apenas antes de Mergia—um tecladista, um instrumentista de sintetizador e um acordeonista da mais alta ordem — recua com uma dose do supremamente comovente soul-jazz. Então, o balanço diminui como Mergia oferece um desenlace musical, puxando uma porção inicial da sua vida, anterior à sua relocação para Washington, D.C., no início dos anos 80.

Restabeleceu o mundo vários anos atrás, graças às reedições do selo Awesome Tapes From Africa de “Shemonmuanaye (1985) ” e “Tche Belew (1977) ”, e Mergia veio a ser um conceituado instrumentista que, após décadas de vida como um civilista, lentamente tem reclamado uma carreira como músico. Embora as redições certamente ajudaram a pavimentar o caminho para este novo lançamento, e esta mais recente gravação constitui um forte manifesto autônomo.

“Addis Nat” é um funk não expurgado, conforme Mergia assume o acordeón, sua contribuição um pouco solta em contraste à sua tensa seção rítmica. Embora haja repetidas rotações para o jazz-funk, Lala Belu oferece momentos tranquilos, também. “Yefikir Engurguro” encerra o disco em modo sombrio, destacando a destreza dos solos de piano de Mergia. É um momento pungente, algo que dá ao ouvinte uma oportunidade para contemplar longamente, quase o caminho incomensurável conduzido por Mergia dos salões de dança da Etiópia à ampla fama em D.C.

Faixas: Tizita; Addis Nat; Gum Gum; Anchihoye Lene; Lala Belu; Yefikir Engurguro.

Músicos: Hailu Mergia: teclados, piano, órgão, acordeón; Tony Buck: bateria; Mike Majkowski: baixo.

Fonte: Dave Cantor

ANIVERSARIANTES - 20/11


Don Braden (1963) – saxofonista,flautista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=9lx1XpDW3Js,
Drew Gress (1959) – baixista,
Florian Weber (1997) – pianista,
Guarabyra (1947) – vocalista,
Jay Rosen (1961) - baterista,
June Christy (1925-1990) – vocalista,
Meredith Monk (1943) – vocalista,
Seb Rochford (1973) – baterista,
Ulf Krokfors (1966) – baixista

terça-feira, 19 de novembro de 2019

ANGUISH – ANGUISH (Rare Noise)


“Anguish” é delineado por diversos e inesperados quadrantes, embora os membros da banda, a despeito da chegada de diferentes segundo planos musicais, todos estão adequados para encontrar a eles mesmos aconchegados juntos em prateleiras de gravações de qualquer extremismo. Combinando músicos de titãs de krautrock, Faust, agitadores hip-hop dälek e turbulentos jazzistas FIRE!, que apresentam uma agressiva e rouquenha miscelâna de sons aflitos, repetições brutais e texturas complexas.

O espírito é estabelecido imediatamente na abertura na canção triste instrumental, “Vibrations”, com sua esquálida eletrônica e o tenor choroso. Na segunda faixa, “Cyclical/Physical”, a bravura do microfone toma o comando do extraterrestre Will Brooks, como o MC patina sobre figuras afiadas das guitarras, expondo linhas bem esculpidas de um passo rápido. Atmosferas abrasivas afluem com todos os instrumentistas—à parte o baterista Andreas Werliin—contribuindo com eletrônica ou efeitos, tornando difícil discernir a fronteira de contribuições de Fausto de Hans Joachim Irmler. “Gut Feeling”, embora, seja comparativamente direta, com Brooks usando o rap sobre um lento e repetitivo rolo compressor. O saxofonista Mats Gustafsson passa em uma relativamente suave performance no redemoinho de “Healer’s Lament”, com linhas poéticas de Brooks enfatizada por sua apresentação movente. O saxofonista retorna para berrar breve ataque repetitivo em “DEW”, enquanto Irmler é dominante em “A Maze Of Decay”, espalhando material distorcido eletrônico na faixa que igualmente ilumina as habilidades individuais dos membros da banda.

Faixas: Vibrations; Cyclical/Physical; Anguish; Gut Feeling; Brushes For Leah; Healer’s Lament; DEW; A Maze Of Decay; Wümme. (41:31)

Músicos: Will Brooks, vocal, samples; Mike Mare, guitarra, eletrônica, sintetizadores; Hans Joachim Irmler, vocal, sintetizadores; Mats Gustafsson, saxofone tenor, eletrônica; Andreas Werliin, bateria, percussão.

Fonte:  Martin Longley (DownBeat)  

ANIVERSARIANTES - 19/11

Bill Allred (1936) - trombonista,
Kenny Werner (1951) - pianista,
Keyon Harrold (1980) – trompetista,
Matt Dusk (1978) - vocalista,
Stephen Riley (1975) – saxofonista,
Tommy Dorsey (1905-1956) -trombonista,líder de orquestra,
Tommy Stewart ( 1939) – trompetista, pianista,
Vincent Herring (1964) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=U6GxmC02aOQ

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

OMAR SOSA & NDR BIGBAND - ES:SENSUAL (Otá)


“Es:sensual” não é  o primeiro encontro do pianista e compositor cubano ,Omar Sosa, com a orquestra alemã NDR Bigband, ou com o multitarefeiro Jaques Morelenbaum. Em 2010, as mesmas três forças juntaram-se para “Ceremony”, que JazzTimes chamou em resenha “um inventivo e recompensador projeto [que] estende a tradição das orquestras Afro-Cubanas, conforme estabelecido por pioneiros como Machito, Dizzy, Chico O’Farrill e Mario Bauzá”.

“Es:sensual” expande esta extensão; não é muito um acompanhamento como reinício. Sosa revela-se na grandeza de uma banda a sua disposição, e em Morelenbaum, celebrado arranjador, maestro, músico e compositor, e ele encontrou um parceiro simpático, alguém cujo trabalho próprio com pessoas como Jobim, Gilberto Gil e outras estrelas brasileiras lhe deram muitas oportunidades para atuar dentro de um formato de big-band.

O material é extraído principalmente de lançamentos anteriores de Sosa, alcançando o material de duas décadas atrás para sua gravação “Free Roots” tão bem quanto recentes lançamentos. Morelenbaum e Sosa deleitam-se com seus arranjos, e há plenitude neste campo, particularmente com um programa aperfeiçoado. “Glu-Glu”, ouvido anteriormente em “Across the Divide: A Tale of Rhythm and Ancestry” de Sosa em 2009, é totalmente transformado em uma firme placa de uma funkeada fusion afro-latina dentro de uma bacanal com atraentes instrumentos de sopro, frenética percussão e, claro, o piano de Sosa impulsionando febrilmente. “Angustiado”, 13 minutos de fluxo livre soprando, percorre mundos inteiros, alternando entre arranjos densos e estruturados, sax com erupções excitantes e um piano percussivo maníaco, uma gloriosa mistura de benevolência polirrítmica.

A primeira metade do programa, por qualquer razão, é mais restrita, ainda que completamente prazerosa. Músicas como “Reposo” e “My Three Notes” enfatizam um lado mais temperado de colaboração, revisitado no final do álbum em “Sad Meeting”, algo deste afazer comemorativo, mas definitivamente não é. 

Faixas: Cha Cha Du Nord; Reposo; L3 Zero; My Three Notes; Glu-Glu; Iyade; Anguistado; Sad Meeting.

Músicos: Omar Sosa: piano, percussão, vibrafone; Thorsten Benkenstein: trompete, flugelhorn; Ingolf Burkhardt: trompete, flugelhorn; Claus Stötter: trompete, flugelhorn; Reiner Winterschladen: trompete, flugelhorn; Dan Gottshall: trombone; Klaus Heidenreich: trombone; Stefan Lotterman: trombone; Ingo Lahme: trombone baixo, tuba; Fiete Felsch: saxofone alto ; Peter Bolte: saxofone alto; Lutz Büchner: saxofone tenor; Björn Berger: saxofone tenor; Frank Delle: saxofone barítono; Ingmar Heller: baixo; Ernesto Simpson: bateria; Marcio Doctor: percussão; Jaques Morelenbaum: arranjos, maestro.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte:  JEFF TAMARKIN (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 18/11



Bennie Wallace(1946) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=0e-tIzEo-Dc,
Cindy Blackman (1959)- baterista,
Claude Williamson (1926) - pianista,
Djalma Correa (1942) – percussionista,
Don Cherry (1936-1995)-trompetista,cornetista,pianista,percussionista,
Johnny Mercer (1909-1976) - compositor,vocalista,
Keyon Harrold (1980) – trompetista,vocalista,
Sheila Jordan (1928)- vocalista

domingo, 17 de novembro de 2019

LARRY CORYELL – HEAVY FEEL (Wide Hive Records)


Apenas um músico mais habilidoso e confiante pode gravar um álbum excelente em dois dias, mas se alguém o qualifica para ser incluído nesta categoria, este é Larry Coryell. Um veterano, de não pouco renome, ainda que sob os radares comparados a outros de mesmo nível como John McLaughlin, o ex líder do “Eleventh House” irradia a segurança de mestre em “Heavy Feel”, o tempo todo mantendo o som distinto de sua guitarra, que escuta atentamente o que vem direto dos influentes títulos do início de sua carreira como “Spaces (Vanguard, 1970) ”.

Trabalhando com apenas três outros instrumentistas nesta sua terceira gravação para a Wide Hive, Coryell mistura sua abordagem com grande inteligência ao longo de nove faixas. "Ghost Note" adere ao conceito sugerido no título do álbum com densos segmentos de guitarra elétrica, ecoando sobre o baixo vigoroso e a bateria de Mike Montgomery e Mike Hughes, respectivamente. "River Crossing, entretanto, é uma mudança imediata com Coryell assumindo o violão para uma brilhante apresentação solo.

Soa sem esforço, mas o empenho do homem é audível como ele atinge a nota após, adequadamente e seguramente, em toda parte, na composição com sabor Indiano. "The Way It Was" reafirma a consistência de entonação de Larry Coryell próximo a meio século de jogo, o resplendor incandescente das notas que ele acerta ouvindo a tradicional guitarra de Tal Farlow ou Jim Hall mesmo com seu ataque em staccato, que evidencia um íntimo conhecimento do sentimento do blues.

Em cada faixa na qual ele aparece durante “Heavy Feel”, o saxofonista George Brooks condimenta o arranjo de "Jailbreak" com algum soprano exótico tocando, se em voo solo ou chama e responde com o líder da banda, sua contribuição sonora como uma parte integral da peça. O álbum aparece no começo, em grande parte porque esta passagem é a única que leva mais de cinco minutos de duração (registra 6:15). Sem dúvida algum renome deveria ir para o produtor Gregory Howe pelo encorajamento e captura deste momento, abordagem vigorosa, mas é também justo dizer que o único modo para aperfeiçoar este álbum seria o alongamento, talvez com uma suíte composicional extensa.

Porém, Larry Coryell tem sempre sido conhecido na forma como verbalizar sua peça e progredir, assim a economia sincera no toque, aqui, não seria nenhuma surpresa. Nem deveria. A profundeza da atmosfera evocada em um número após outro, que nunca é mais espaçosa que a enigmaticamente intitulada "Foot Path to Oasis". Estes amantes da música necessitam de outro herói na guitarra para venerar, devem mudar sua atenção para o nativo do Texas, enquanto estes que o conhecem permanecerão confiantes na audição desta gravação, na qual o objeto da admiração continuará a não merecer comando, lisonja e atenção.

Faixas: Ghost Note; River Crossing; The Way It Was; Polished; Heavy Feel; 2011 East; Sharing Air; Jailbreak; Foot Path to Oasis.

Músicos: Larry Coryell: guitarra; George Brooks: sax soprano; Matt Montgomery: baixo; Mike Hughes: bateria.

Fonte: Doug Collette (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 17/11


Ben Allison (1966) – baixista,
Colin Vallon (1980) – pianista,
David Amram(1930) - frenchornista,
George Masso (1926) - trombonista,
Rodolfo Stroeter(1958) – baixista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Fnbb-IhRdUk,
Roswell Rudd (1935-2017) – trombonista,
Tab Benoit (1967) - guitarrista

sábado, 16 de novembro de 2019

KEIKO MATSUI - ECHO (Shanachie


Se enfrentar fosse um crime, a tecladista Keiko Matsui teria um sensacional tempo de promoção em “Echo”. O álbum apresenta uma série de artistas bem conhecidos, incluindo o guitarrista Robben Ford, o saxofonista Kirk Whalum, a vocalista Gretchen Parlato, os baixistas Marcus Miller e Kyle Eastwood, o baterista Vinnie Colaiuta e o percussionista Luis Conte. Basta dizer, Matsui nunca quer estar, de vez, em boa companhia, dentro de uma variedade de nomes conhecidos. O trompetista/flugelhornista Wayne Bergeron, por exemplo, pontua altas marcas de uma série de arranjos para instrumentos de sopro, que realça a vitalidade confiante do álbum e comovente encantamento.

Que nos traz ao tecladista Randy Waldman. O arquiteto chefe atrás de oito arranjos dos 10 do álbum, Waldman traz o mais congregado talento, evitando se meter em solos e participações rotineiras. Matsui exibe um similar talento para arranjo com toque brasileiro em “Spirit Dance”, uma sensual, multifacetada vitrine para a voz macia de Parlato e frequentemente uma lembrança do alcance estilístico, negligenciado, de Matsui. Claro, “Echo” ressoa com temas espirituais e interlúdios, uma marca registrada de Matsui, assim o foco passeia entre texturas elétricas e acústicas. No entanto, ela e Waldman mantêm as coisas movendo-se, às vezes colocando instrumentos de sopro contra a percussão durante excursões no funk, às vezes exuberantemente acentuando polirritmos latinos. A entrada do guitarrista Ford em “Marlin Club Blues” é típica para passagem de convidados —concisos e expressivos—e o mesmo vai para as sinuosidades do baixo de Miller, que transforma a faixa título do álbum.

Não tem erro, “Echo” não desapontará a audiência nuclear da audiência de Matsui. Porém, ninguém seria surpreendido pela amplitude colorida do álbum e os arranjos espertamente integrados de Waldman trazem bastante fãs para ela.

Faixas

1 Unshakeable 3:36                      
2 Moon Over Gotham 4:14                         
3 Echo 4:15                        
4 Esprit 5:53                      
5 Marlin Club Blues 3:51                              
6 Invisible Rain 4:17                       
7 Spirit Dance 4:57                         
8 Now Is The Moment 3:11                        
9 Viva Life 4:21                 
10 Return To Eternity 5:08

Fonte : Mike Joyce ( JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 16/11



Bené Nunes (1920-1997) – pianista,
Charles Mitchell “Dolo” Coker (1927-1983)- pianista,
Diana Krall (1964) – vocalista , pianista (na foto e vídeo),http://www.youtube.com/watch?v=it1NaXrIN9I,
Eddie Condon (1905-1973) - guitarrista,banjoísta,
Jane Duboc (1950) – vocalista,
Nick Travis( 1925-1964) - trompetista,
W.C. Handy (1873-1958) - pianista

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

BRAD MEHLDAU – FINDING GABRIEL (Nonesuch)


No início, Brad Mehldau toca uma simples melodia no sintetizador, ressoando com felicidade e melancolia, como sinos de igreja celebrando simultaneamente ritos maritais e fúnebres. Sobre os próximos sete minutos a canção constrói com instrumentos e vozes, junta frase repetida até a música em crescendos dentro do caos glorioso e frenético. “The Garden”, a primeira faixa do novo álbum do pianista e compositor Brad Mehldau, “Finding Gabriel”, estabelece a natureza bíblica da música no começo. As 10 faixas da gravação tomam inspiração em versos do Old Testament (Velho Testamento) que Mehldau detalha nas notas para o disco como uma leitura instrutiva do momento da política corrente e cultural.

A paleta que Mehldau usa em “The Garden”, variada como é, também apresenta o som ao longo da gravação. Em “O Ephraim”— uma das três faixas nas quais ele conduz toda música sozinho— o piano de Mehldau oscila entre ser radiante e meditativa como sua voz flutua na suspensão etérea e sussurra no sintetizador como um batimento cardíaco ao fundo. Ele invoca caos e cacofonia outra vez em faixas como “The Prophet Is a Fool” e “Proverb of Ashes”, duas canções mais explicitamente políticas da gravação. Em “Prophet”, Mehldau apresenta amostras de cantos de “Build that wall! ” dos comícios do presidente para criar um ponto de início emocional muito alto, poderosos acordes no sintetizador e assalto impactante da bateria de  Mark Giuliana, que conduz ao explosivo solo de Joel Frahm.

O específico político pode parecer referenciar poder desajeitado de primeira, mas eles se ajustam quando alguém os ouve no contexto da gravação completa e as entende como inspirações para a visão do compositor. Mesmo quando Mehldau encontra Gabriel no título na faixa final do disco, os argumentos que caem nas ondas de coros de presságios, saltando o suprimento das teclas de marfim em respostas não claras. Porém, conforme dito, o Senhor trabalha em formas misteriosas.

      Faixas

 1. The Garden
 2. Born to Trouble
 3. Striving After Wind
 4. O Ephraim
 5. St. Mark Is Howling in the City of Night
 6. The Prophet Is a Fool
 7. Make It All Go Away
 8. Deep Water
 9. Proverb of Ashes
 10. Finding Gabriel

Fonte: JACKSON SINNENBERG (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 15/11



Celso Fonseca (1956) – guitarrista,vocalista,
Daniel Barenboim (1942) – pianista,maestro, Gus Johnson (1913-2000) - baterista,
Jerome Richardson (1920-2000) - saxofonista,flautista,
Kevin Eubanks (1957)- guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=yT7QKd6Wlr0&feature=player_embedded,
Liam Noble (1968) – pianista,
Neil Swainson (1955) - baixista,
Reuben Rogers (1974) - baixista

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

LAURENCE HOBGOOD – TESSETERRA (Ubuntu Music)


 “Wichita Lineman” de Jimmy Webb, gravada primeiro pela cantora country, Glen Campbell, em 1968, gradualmente, passou a ser um autêntico standard do jazz. Sua melodia e acordes mudam, e estão entre as mais belas músicas de qualquer gênero, desde que em mãos mais hábeis. Pense na versão de Cassandra Wilson de 2002 ou a da orquestra de John Hollenbeck de 2013, que se constituem em arte das mais devastadoras. Agora vem o pianista Laurence Hobgood, que toma os primeiros 12 minutos do seu novo álbum com uma interpretação, doloridamente deslumbrante, que mistura seu trio com um quarteto de cordas.

Esta versão—como o resto de “Tesseterra”—requer grande paciência. Os 67 minutos do álbum contêm apenas sete músicas. Ouví-las é uma experiência envolvente; é música para se sentar tranquilamente com as luzes apagadas, não para comutar como um segue e para do tráfego. As músicas levam tempo para se desenvolver; temas levam muitos minutos se revelando. As cordas apenas introduzem “Wichita Lineman” e, de forma minimalista moderna, sugere Arvo Pärt. Três minutos nos quais Hobgood estabelece o tema familiar, e o baixista Matthew Clohesy e o baterista Jared Schonig juntam-se às cordas para criar uma adorável cortina para  o modo baladeiro de Hobgood.

A cellista Dorothy Lawson, a violista Ralph Farris e os violinistas Kip Jones e Carin Lee apresenta proeminentemente em “Blackbird” dos Beatles, alternando pizzicato e exuberância sobre os três primeiros minutos antes do trio ser ouvido, e eles lideram o caminho em “We Shall Overcome”, transformando a canção de protesto folk dentro de uma peça central empoderada por um clímax de filme. As cordas servem um papel de um jazz mais tradicional em “All of You”, quase desvanecendo através da agitação por trás da seção rítmica, e em “Georgia on My Mind”, onde eles finalizam com toque emocional, dramático e crescente, de Hobgood. No mais surpreendente tratamento do álbum, o sucesso do The Police, “Every Little Thing She Does Is Magic”, adquire um complexo arranjo para cordas, um ritmo mais cuidadosamente considerado e um passo reduzido. É uma reinvenção fascinante, apenas um pouco melosa.

Nas notas para o disco, Hobgood diz que ele considera “Tesseterra” um álbum de jazz em vez de um híbrido de jazz/clássico. Porém, isto é uma subcotação do desempenho. É uma reconfortante mistura de jazz, clássico e pop, que não tem um nome outro que “música”.

Faixas: Witchita Lineman; Blackbird; Georgia On MyMind; Suite: Judy Blue Eyes; We Shall Overcome; All Of You; Every Little Thing She Does Is Magic.

Músicos: Laurence Hobgood: piano; Matthew Clohesy: baixo; Jared Schonig: bateria. Plus ETHEL: Ralph Farris: viola; Dorothy Lawson: cello; Kip Jones: violino; Corin Lee: violino.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: STEVE GREENLEE (JazzTimes)



ANIVERSARIANTES - 14/11


Antonio José Waghabi Filho (1943-2012) – vocalista,multi-instrumentista,
Almir Sater (1956) – violonista,violeiro,vocalista,
Art Hodes (1904-1993) - pianista,
Billy Bauer (1915-2005) - guitarrista,
Chris Bates (1970) – baixista,
Christoph Titz (1967) – trompetista,
Clancy Hayes (1908-1972) - banjoísta,vocalista,
Dick Farney (1921-1987) – pianista,vocalista(na foto e áudio) http://www.youtube.com/watch?v=Ux_yiPHzotg&feature=related,
Ellis Marsalis (1934) - pianista,
George Cables (1944)- pianista,
Kim Nalley (1971) – vocalista