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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

YOKO MIWA TRIO - SONGS OF JOY (Ubuntu)

Bill Evans não é ela, mas Yoko Miwa invoca alguns dos mesmos majestosos acordes em duas mãos, suporte e um senso lento de estrelas comoventes. Ela extrairá com sua mão esquerda sucessões rápidas de notas elegantes para que você se deleite, mas ela sempre encontra conforto, e comedidas plêiades, possibilitando suas mãos falar entre si com vozes rápidas. E como os melhores trios de Evans, todo mundo se dissolve neles. Solos de bateria gotejam frequentemente de forma casual, alguns intercambiam no final da música, mas materializando, convenientemente, quando acena para a reflexão coletiva. Os estouros do tambor de Scott Goulding estão em uma aparência de armadilha da famosa “Snap Crackle” de Roy Haynes. O baixo de Will Slater emerge, menos frequente que Goulding, mas com um seguro dedilhar curioso para afiar seu apetite.

“Babe I’m Gonna Leave You”, o encerramento do trabalho, significa gravar uma tatuagem e obviamente fez (Q.E.D. NT: Conforme Queremos Demonstrar), mas trovejante, à la Led Zeppelin, com partes da evocação de um romance arruinado de Miwa como edificações destruídas, estruturas incompletas, com melodia lamentosa e inclinada do baixista convidado Brad Barrett. Meu giro favorito, entretanto: Inversão de “Think of One” de Monk para um funk. Não enfurecendo o funk, mas um polido impacto ainda que liderando a melodia e balançando síncopes do refrão. Um dos álbuns finos deste ano emergente.

Lista de faixas

1 Freedom (Richie Havens) 6:18

2 Largo Desolato (Yoko Miwa) 6:43

3 Song Of Joy (Billy Preston) 6:32

4 Small Talk (Yoko Miwa) 4:23

5 The Lonely Hours (Yoko Miwa) 5:16

6 No Problem (Duke Jordan) 6:12

7 The Rainbirds (Yoko Miwa) 6:36

8 Think Of One (Thelonious Monk) 8:03

9 Inside A Dream (Yoko Miwa) 6:02

10 Tony's Blues (Tony Germain) 6:23

11 Babe I'm Gonna Leave You (Anne Bredon) 8:26

 Músicos: Yoko Miwa: piano; Brad Barrett (faixa 11), Will Slater (faixas de 1 a 10) : baixo; Scott Goulding : bateria

Fonte: ANDREW HAMLIN (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 30/09

 

Antonio Hart (1968) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=RkY365gi2g8,

Buddy Rich (1917-1987) - baterista,

Carmen Leggio (1927-2009) - saxofonista,

Doug Pierce (1975) - trompetista,

Elliot Levine (1963) - tecladista,

Joe Martin (1970) – baixista,

Jon Eardley (1928-1997) - trompetista,

Karen Sharp (1971) – saxofonista,

Marshall Gilkes (1978) – trombonista,

Melissa Stylianou (1976) - vocalista,

Oscar Pettiford (1922-1960) - baixista


quarta-feira, 29 de setembro de 2021

VARIOUS ARTISTS - LIVE AT LITTLE GEM SALOON - BASIN STREET RECORDS CELEBRATES 20 YEARS (Basin Street)

O que aconteceu quando músicos se juntaram em um clube de jazz em New Orleans em 5 de Maio de 2017 para celebrar o 20º aniversário da Basin Street Records? Dois palcos, uma lista estelar de músicos e uma gravação ao vivo destilada em novas joias.

Iniciando com músicas consecutivas do vibrafonista Jason Marsalis, a banda suinga enquanto o baterista Gerald Watkins e o baixista Jasen Weaver mantêm o tempo. A energia fica similar a uma festa e impetuosa na interpretação de “Skokiaan” do músico rodesiano August Musarurwa, uma canção conduzida pelos trompetistas Kermit Ruffins e Irvin Mayfield conforme eles citam acordes do tema dos Flintstones, “Joy To The World” e “Jingle Bells”. O clarinete de Dr. Michael White oferece uma vibração típica de bar em “Summertime”, transformado em Charleston, onde a tragédia de Porgy and Bess é colocada fora e inserida em New Orleans.

A vivacidade da música, dos músicos e da audiência sente-se mais elétrica através de “Live At Little Gem Saloon”, até o pianista Davell Crawford trazer todo o caminho com a faixa final do álbum, “Don’t Ever Be Blue/Ode To Louisiana”. A celebração da The Basin Street—mais próxima especificamente—deveria trazer à memória dos ouvintes muitos músicos do blues e do jazz, pessoas sal da terra, navegando na tradição e tocando no coração das pessoas.

Faixas: Basin Street Records Celebrates 20 Years: Bourbon Street Ain’t Mardi Gras; At The House, In Da Pocket; On The Sunny Side Of The Street; Skokiaan; Autumn Leaves; Summertime; Give It Up (Gypsy Second Line); Big Boss Man; Don’t Ever Be Blue/Ode To Louisiana (63:34)

Músicos: Jason Marsalis, vibrafone, bateria; Kermit Ruffins, trompete, vocal; Irvin Mayfield, Gregory Stafford, trompete; Bill Summers, percussão; Dr. Michael White, clarinete; Seva Venet, banjo; Devone Allison, teclado; Jameison Ledonio, guitarra; Davell Crawford, Ronald Markham, Oscar Rossignoli, Yoshitaka “Z2” Tsuji, piano; Shelley Spruill II, Kevin Morris, Jasen Weaver, Mark Brooks, baixo; Gerald Watkins, LeShawn Lee, Jerry Barbarin Anderson, bateria.

Fonte: Michele L. Simms-Burton (DownBeat)

 

ANIVERSARIANTES - 29/09

Bob Reynolds (1977) - saxofonista,

David Kikoski (1961)- pianista (na foto e vídeo) http://www.dailymotion.com/video/x75n7r_david-kikoski-au-duc-des-lombards_music,

Dennis Sandole (1913-2000) - guitarrista,

Enzo Pietropaoli (1955) – baixista,

Jean-Luc Ponty (1942) - violinista,

Rolf Kuhn (1929) - clarinetista,saxofonista,

Roy Campbell Jr. (1952-2014) – trompetista,flugelhornista 

 

terça-feira, 28 de setembro de 2021

MICHAEL MOORE FRAGILE QUARTET - CRETAN DIALOGUES (Ramboy)

O texto promocional que acompanha o quinto álbum do Fragile Quartet de Michael Moore estabelece que a música do instrumentista de palhetas para este lançamento é uma estrutura de “simples miniaturas”. Porém, o caminho em que o grupo se move, de tema a tema, providencia evidência persuasiva mais do que a química interna deles— mecanismos comuns, fluxo compartilhado, chame como quiser —e certamente conhece seu caminho em torno de elaborações astutas também. Talvez, não tão simples. As duas suítes constituindo os primeiros 27 minutos da gravação cobrem paisagens tão variadas e vívidas, que eles se sentem como um satisfatório micro álbum em si.

Claro, amplitude é inexpressiva se não houver razões. Não se preocupe. Moore fez de Amsterdam seu lar por décadas, e está pleno dela. Sempre esteve. Uma fileira de gravações que ele realizou para seu selo Ramboy, documenta com habilidade melodiosa e abstração o seu trabalho com a ICP Orchestra e o Clusone Trio relembra que extravagâncias são sempre risonhas. The Fragile Quartet é um veículo oportuno para a estética de suavidade, que Moore tem aperfeiçoado por 40 anos. Transitando entre clarinete e sax alto, ele trabalha com o baterista Michael Vatcher (Gerry Hemingway o substitui neste álbum), o pianista Haarmen Fraanje e o baixista Clemens van der Feen para afagar as canções, enquanto sonda as opções da música. A breve “Pussy Willow” inclina-se para a tranquilidade, atuando em três instrumentos simultaneamente. Um aceno ao fotógrafo Saul Leiter vem a ser loquaz e agressivo, mas também se sente gracioso. O trabalho do grupo deve refletir seu nome, mas seu afeto por animado lado tenso também ergue a cabeça. Quando um desconexo intercâmbio entre piano/clarinete começa “A Little Box of Jazz”, quase vem como um duo em disco de Braxton/Muhal pela Arista, que poderia beneficiar a todos a partir do antigo [Duets 1976—Ed.].

Falando de amplitude, “Cretan Dialogues” não é o único projeto de Moore, que joga diretamente. Ele está, também, celebrando a chegada de Slips, uma cativante excursão em livre improvisação com Hemingway e o baixista Barre Phillips. Como suas quatro peças extensas desdobradas, somos lembrados que a atmosfera pode sempre ser ajudada pela arquitetura. Os rangidos e sussurros são em tons escuros e aprazíveis. E se isto não foi o bastante, “Sanctuary”, sua colaboração com a NDR Big Band, exibe que ele tem ideias valiosas sobre a intensificação também. Ordenhando canções a partir de seu catálogo anterior (verifique seu trabalho “Available Jelly”), Moore arranja as peripécias elegantes e provocativas. Peças inspiradas em Dylan e Pascoal, momentos que se elevam, enquanto ainda tendo tempo para meditar, em uma diversidade de movimentos propulsivos do baterista Tom Rainey—a combinação de esplendor e ímpeto deve ter um olhar de Maria Schneider sobre seu ombro. Ao longo da curta estória, estes são três dos álbuns mais fascinantes de 2020.

Faixas

1. Cretan Dialogues #1 (Lolapalooza/Fenix Blue/the Meliae) 15:43

2.Cretan Dialogues #2 (Europa/Doldrums/Leaving Paleochora) 11:08

3.Eugenia Uniflora 04:31

4.Pussy Willow 02:57

5.Content (for Saul Leiter) 09:28

6.A Little Box of Jazz 02:46

7.Klee/Rola Turca 06:34

8.Slowly, slowly 01:46

Músicos: Michael Moore - sax alto, clarinete, clarinete baixo, melódica, composições, Haarmen Fraanje - piano, Clemens van der Feen - baixo, Gerry Hemingway - bateria, percussão.

 Fonte: JIM MACNIE (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 28/09

Chico Oliveira (1976) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=XTD64NVzMe8,

Evan Lurie (1954) - pianista,

John Gilmore (1931-1955) - saxofonista,

Kenny Kirkland (1955-1988) – pianista,

Koko Taylor (1935) - vocalista,

Mike Osborne (1941-2007) – saxofonista,clarinetista,

Sirone (1940-2009) – baixista,

Tim Maia (1942-1998) – vocalista
 

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

GRETCHEN PARLATO - FLOR (Edition)

Voltando aos anos 2000, a vocalista e compositora Gretchen Parlato parecia preparada para ser “a próxima coisa grande” entre uma completa paisagem jazzística. Apreciada junto a futuros luminares como Robert Glasper, Vijay Iyer, Rudresh Mahanthappa, Linda May Han Oh e Esperanza Spalding, com credenciais, Parlato estava em boa condição. Filha e a neta de músicos, ela venceu, em 2004, a competição Monk e juntou-se a uma dúzia de jazzistas pesos pesados. Suas interpretações singularmente reflexivas do material, que vai de “Blue in Green” de Miles a “Butterfly” de Herbie a canções de Björk e Mary J. Blige, ganhou imenso respeito. Então, brevemente, após o lançamento da sua gravação, nominada ao Grammy, em 2013, “ Live in NYC”, ela fez algo que nenhum dos seus estimados parceiros fariam: Ela desapareceu. Se foi com raros vestígios. Parlato tinha um filho com seu marido, o baterista Mark Guiliana, e por vários anos ela se devotou completamente à maternidade.

Flor, que chega após um par de anos de concertos e contratações (e provavelmente um importante ano de quarentena), retoma direto do ponto onde sua carreira impressionante parou. Ao contrário do convite a você planar com o espírito e palavras de uma canção, Parlato oferece uma abordagem mais introspectiva. Seu canto sonda os ritmos e harmonias da canção tão bem quanto suas letras, rearranjando cada suporte de sua própria visão e criando um efeito similar de bossa nova e outros estilos sóbrios. 

A interpretação de Parlato para “Sweet Love” de Anita Baker é o destaque de “Flor”. Sua tomada é mais suave, mais ritmicamente complexa, e construída menos em torno do desejo do que da ambição. Outras canções continuam sua investigação de gêneros brasileiros e alguma, como “Wonderful”, não surpreendentemente demonstra um interesse em música para crianças, um gênero que ela provavelmente ouviu um pouco em anos recentes.

Faixas

1. É Preciso Perdoar 5.56

2. Sweet Love (apresentando Gerald Clayton) 4.11

3. Magnus (apresentando Magnus, Thaddeus e Ashley Thompson) 4.10

4. Rosa 4.32

5. What Does a Lion Say? 5.55

6. Roy Allan (apresentando Airto Moreira) 4.11

7. Wonderful (apresentando Gerald Clayton e Mark Guiliana) 6.02

8. Cello Suite No. 1, BWV 1007 : Minuet I / II 5.48

9. No Plan (apresentando Mark Guiliana) 5:57

 Músicos: Gretchen Parlato : voz; Marcel Camargo : guitarra e diretor musical; Artyom Manukyan : cello; Léo Costa : bateria e percussão

Convidados: Mark Guiliana – bateria; Gerald Clayton –piano; Airto Moreira – voz e percussão.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=yyRh6hxTr9w

Fonte: MARTIN JOHNSON (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 27/09

Bud Powell (1924-1966) – pianista,

Guido Basso (1937) - trompetista,

Hank Levy (1927-2001) - saxofonista,

John Damberg (1952) – vibrafonista, percussionista,

Jerry Weldon (1957) – saxofonista,

Lars Erstrand (1936) - vibrafonista,

Matt Wilson (1964) – baterista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=yB_6o2-1clc,

Mike Nock (1940) - pianista,

Red Rodney (1927-1994) - trompetista,

Richard Oppenheim (1953) - saxofonista,

Rob Wilkerson (1973) - saxofonista,

Teddy Brannon (1916-1989) - pianista

 

domingo, 26 de setembro de 2021

ENRICO PIERANUNZI & BERT JORIS – AFTERGLOW (Challenge Records)

Enrico Pieranunzi é um pianista multidimensional e compositor, mas quando ele está com espírito suavizado ele pode lembrar do falecido, o grande Henry Mancini, e não apenas sua herança italiana. Pieranunzi é um músico de jazz, classicamente treinado, considerando que Mancini foi um compositor de trilha sonora treinado no jazz como um presente enviado pelo céu por grandes canções, "Moon River" e "Baby Elephant Walk" entre elas. Pieranunzi, também, pode escrever melodias que são adoráveis e cativantes. Como Mancini, ele também traz uma qualidade cinemática para seu trabalho, um efeito lateral, talvez, do seu tempo com músicos regulares de sessões de Ennio Morricone, e tem, de fato, composto trilhas sonoras para vários filmes, tão bem quanto gravar álbuns de homenagem a Morricone e ao diretor Federico Fellini. Esta disposição de cenários brilha através de baladas miniaturizadas em “Afterglow”, álbum em duo de Pieranunzi com o trompetista, compositor e arranjador belga, Bert Joris.

Esta não é a primeira vez que Pieranunzi e Joris atuaram juntos. Eles, anteriormente, estiveram juntos com a Brussels Jazz Orchestra, para realizar “The Music Of Enrico Pieranunzi (W.E.R.F., 2015), para o qual Joris arranjou oito composições de Pieranunzi. Este tocou piano no disco e Joris assumiu todos os solos de trompete. O álbum foi bem recebido e adequadamente intitulado de “Afterglow”, gravado no final de 2018, que é uma versão subsidiária.

O melodismo está à frente em “Afterglow”, incluindo a relativamente abstrata "Five Plus Five" e "Freelude". A maioria das peças foi escrita por Pieranunzi, com Joris compondo duas. Os arranjos são básicos. Os temas são determinados, solos breves ou passagens contrapontuais seguem, temas são reafirmados e a produção é minimalista, também. Nas notas para o disco, o produtor Jasper Somsen escreve que a única coisa que ele e o engenheiro Floren Van Stitchel sentiram a necessidade de fazer: "Ouça. Nós simplesmente protegemos o processo".

Menos é muitas vezes mais, e “Afterglow” é um bom exemplo disto. Músicas firmes, performances polidas, qualidade sonora límpida. Um álbum otimista com a abordagem para um novo ano.

Faixas : Siren’s Lounge; Afterglow; Millie; Cradle Song For Mattia; Five Plus Five; Anne April Sang; Freelude; What’s What; How Could We Forget; Not Found; The Real You.

Músicos: Enrico Pieranunzi: piano; Bert Joris: trompete.

Fonte: Chris May (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 26/09

Eddy Davis (1940 –2020) – banjoísta,

Gal Costa (1945) – vocalista,

Gary Bartz (1940) – saxofonista,

George Gershwin (1898-1937) - pianista,compositor,

Jean Caze (1982) - trompetista,

Julie London (1926-2000) – vocalista.

Mário Adnet (1957) – violonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=08AKp2iJ9n8,

Mark Dresser (1952) – baixista,

Nicholas Payton (1973) - trompetista,

Rafael Barata (1980) – baterista,

Rogério Caetano (1977) – violonista de 7 cordas,

Vic Juris (1953) – guitarrista 

 

sábado, 25 de setembro de 2021

PETER BRöTZMANN - I SURRENDER DEAR (Trost)

A abordagem de Peter Brötzmann no saxofone tenor e vários outros instrumentos de palheta não invocam caracteristicamente o adjetivo de “lírico”. Isto em muitos dos seus álbuns, embora, “Never Too Late but Always Too Early” de 2003 transpire uma qualidade sentimental. As notas para o disco do saxofonista escalam o sopro livre em uma luz mais reflexiva. Consequentemente, embora a ideia de Brötzmann seja tocar standards de jazz como “I Surrender Dear” e “Lover Come Back to Me” deva parecer como uma impossibilidade, os seguidores do Brötzmann não ficariam surpresos.

Claro, “I Surrender Dear” é um recital solo, não uma sessão com, digamos, um tradicional trio de piano. Isto sozinho garante que estas joias serão apresentadas com uma singular dose de introspecção. Durante grande parte da sessão, Brötzmann renuncia sua força tempestuosa em ataque altíssimo em favor de um vigoroso som do tenor com sutil vibrato. Ele toca refletidamente, pausando regularmente entre frases de forma que relembra a qualidade hesitante de Thelonious Himself de Thelonious Monk. Após um pouco deste caminho dinâmico lânguido, inicia-se o sentimento limitado, assim como ele finalmente     se encerra em um acompanhamento improvisado no original “Dark Blues”, que vem como um relevo.

A segunda metade do álbum capta o passo com “Sumphin’” de uma sessão de Dizzy Gillespie/Sonny Rollins dos anos 50, oferecendo um dos momentos mais definitivos. Após dois minutos de sopro áspero, Brötzmann assenta-se no tema blueseiro com uma execução limpa e gutural, encerrando com um sussurro. Esta faixa imediatamente segue “Brozziman” de Misha Mengelberg, que inicia com um destes suntuosos gritos matadores. A sequência habilmente coloca os mundos de Brötzmann lado a lado. Se esta dicotomia não é satisfatória o bastante, o álbum também inclui uma tomada furtiva em “Nice Work If You Can Get It”.

Faixas

1 I Surrender Dear 4:39

2 Lover Come Back To Me 4:18

3 Lady Sings The Blues 6:05

4 Con Alma 3:23

5 Nice Work If You Can Get It 3:18

6 Dark Blues 4:54

7 Improvisation Über Ein Thema Von Bach 1:29

8 Churchsong 3:14

9 Sumphin' 4:39

10 Brozziman 3:25

11 Ballade / Love Poem Nr. 7 / Blues 10:25

12 I Surrender Dear 7:15

 Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 https://www.youtube.com/watch?v=WPBKlcwlCbc

 Fonte: MIKE SHANLEY (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 25/09

Barbara Dennerlein (1964) – organista,

Billy Pierce (1948) - saxofonista,

Bradford Hayes (1959) - saxofonista,

Charlie Allen (1908-1972) - trompetista,

Craig Handy( 1962) - saxofonista,

Dean Krippaehne (1956) – pianista,vocalista,

Dennis Mitcheltree (1964) – saxofonista,

Garvin Bushell (1902-1991) - saxofonista,clarinetista,fagotista,

Horace Arnold (1937) - baterista,

John Taylor (1942-2015) - pianista,

Marco Pereira(1950) – violonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=oBB6UETf4SI,

Michael Gibbs (1937)- pianista , trombonista,

Quito Pedrosa(1964) – saxofonista,

Sam Rivers (1930-2011) - saxofonista,flautista,

Rossiere “Shadow” Wilson (1919-1959) – baterista,

Victor Jones (1954) – baterista,

Zé Eduardo Nazário(1952) - baterista 

 

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

DERRICK GARDNER & THE BIG DIG ! BAND – STILL I RISE (Impact)

O trompetista Derrick Gardner é um aluno da era 1990, onde Frank Foster liderou a Count Basie Orchestra, uma conexão que é imediatamente evidente nas vocalizações e misturas que ele concebeu para a sua Big dig! Band, tão bem quanto em sua dedicação infatigável ao suíngue.

Embora, em toda a parte, a entonação seja celebratória, uma seriedade de propósito aprofunda o trabalho de Gardner. “Still I Rise” foi composta em honra da falecida Maya Angelou. Sua força ascensional, brilhantismo e ímpeto harmônico, que invoca a determinação inflexível dela e a afirmação de fé, que permeava o trabalho e a vida dela —luta, prazer e vitória dançam fundidas em uníssono. Como um hino, “Melody for Trayvon” é a oferta mais reflexiva do trabalho, com mistura harmônica ricamente texturada e trabalho solo aprofundado, especialmente o solo do alto de Mark Gross, que relembra Johnny Hodges em sua melifluidade. Gardner também homenageia o papel dos modelos e mentores em diversas composições, incluindo “Blues à la Burgess” dedicada ao seu pai, o trompetista Burgess Gardner. O legado de Basie faz-se sentir bastante forte em “8 Ball, Side Pocket”, uma reimaginação blueseira de “Corner Pocket” de Freddie Green, que constrói uma introdução como o piano de Basie por parte de Zen Zadravec através de solos do tenorista Tristan Martinuson e de Zadravec (outra vez) na passagem da banda bem encorpada, que grita e testemunha com o clássico brio de Kansas-City-ao-Harlem. Sintonizando o espírito de Green, Kasey Kurtz estabelece um modelo seguro e infalível de uma guitarra rítmica suavizada ao longo do trabalho.

Também brincando através deste trabalho há um ebuliente senso de alegria de Gardner, mais evidente no eletronicamente ajustado encerramento em “Heavens to Murgatroyd!”, no qual ele habilmente descreve como “uma miscelânea de ramos do caos”. No seu centro, entretanto, está um suingador muito correto, vigoroso e bem encorpado, empoderado por solos poderosos e encorpados a partir de todas as partes interessadas. Gardner é inteligente o bastante para usar a eletrônica como recursos inovadores e deixa os “reais” instrumentos tomar conta da música , que é , depois de tudo, o que nós temos, aqui, para “dig!- NT: investigar” em primeiro lugar.

Faixas : Push Come da Shove; Still I Rise; Soulful Brother Gelispie; Melody for Trayvon; Blues a la Burgess; 8 Ball, Side Pocket; Heavens to Murgatroyd!

Músicos : Derrick Gardner: trompete; Bijon Watson: trompete; Jeff Johnson: baixo acústico; Curtis Taylor: trompete; Andrew Littleford: trompete; Mark Gross: saxofone alto; Greg Gatien: saxofone alto; Rob Dixon: saxofone tenor; Tristan Martinuson: saxofone tenor; Ken Gold: saxofone barítono; Vincent Gardner: trombone; Joel Green: trombone; Anthony Bryson: trombone; Bill Green: trombone; Zen Zadravec: piano; Luke Sellick: baixo; Curtis Nowosad: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=yqAFuS5O-Sc

Fonte: DAVID WHITEIS (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 24/09

Bill Connors (1949) - guitarrista,

Craig Handy (1962) – saxofonista,

Fats Navarro (1923-1950) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=JApikPx-V3s,

Herb Jefferies (1916) - vocalista,

Ingrid Laubrock (1970) – saxofonista,

Jack Costanzo (1922) - percussionista,

Jay Hoggard (1954) – vibrafonista,

Joan Chamorro (1962) – saxofone,clarinete,flauta,trompete,baixo,

John Carter (1929-1991) - clarinetista,saxofonista,

Kay Lyra (1971) – vocalista,

Nduduzo Makhathini (1982) – pianista,

Rebecca Kilgore (1948) - guitarrista,vocalista,

Tomas Improta (1948) – pianista,

Walter Smith III (1980) - saxofonista,

Wayne Henderson (1939) - trombonista

 

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

DAVE SEWELSON - MORE MUSIC FOR A FREE WORLD (Mahakala)

O saxofonista barítono Dave Sewelson não deve ser considerado uma poderosa estrela da avant-garde do centro da cidade de Nova York como os confrades Matthew Shipp, William Parker ou Daniel Carter, mas não há como negar, que ele é um importante instrumentista. Melhor conhecido como um antigo membro da Little Huey Creative Music Orchestra de Parker e cofundador do Microscopic Septet, e mais recentemente ouvido no Middle Blue do guitarrista Brad Farberman, Sewelson tem uma entonação tão grande quanto seu fluxo da barba branca. Porém, seu lançamento gravado como líder tem sido apenas o contrário. Sua estreia sob seu próprio nome foi em 1979 com Synchro-incity. Aproximadamente, quatro décadas separam esta gravação e sua sequência “Music for a Free World” de 2018.

Felizmente, Sewelson não nos fez esperar outros 40 anos pelo seu próximo disco. Em “More Music for a Free World”, ele convocou a linha de frente do disco anterior, o baixista Parker, o trombonista Steve Swell e o baterista Marvin Bugalu Smith (Archie Shepp, Sun Ra) para outro trabalho improvisado. Porém, enquanto a estreia foi impulsionada por um invólucro dissonante, “More Music for a Free World” é lírico e harmonioso. Os membros deste quarteto são baluartes do grupo sem fins lucrativos, baseado em Nova York, “Arts for Art”, dedicado à promoção e desenvolvimento do free jazz, e eles capturaram sublimemente o espírito dos espetáculos que a organização coloca durante o ano nestas três faixas épicas.

A abertura, “Memories”, é uma lição de classe mundial em interação psíquica com frases melódicas contagiantes de fluxo livre sobre o furor rítmico blueseiro e bebop. São 23 minutos de puro êxtase e energia dinâmica. “Dreams” segue com 27 minutos de semelhante melodia sem esforço eufórico, antes o álbum conclui com a introspectiva “Reflections”.

2020 é ainda jovem, mas você estaria em dificuldade para encontrar uma gravação superior do free-jazz, ou alguém que mais profundamente goteja o impulso de Nova York, do que “More Music for a Free World”.

Faixas

1.Memories 22:57

2.Dreams 27:14

3.Reflections 08:47

Músicos: Dave Sewelson – Saxofone Barítono; Steve Swell – Trombone; William Parker – Baixo; Marvin Bugalu Smith – Bateria.

Fonte: BRAD COHAN (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 23/09

Albert Ammons (1907-1949) - pianista,

Bardu Ali (1910-1981) – guitarrista, vocalista,

Bill Tole (1937) - trombonista,

Christian Escoude (1947) - guitarrista,

Don Grolnick (1947-1996) - pianista,

Fenton Robinson (1935-1997) – guitarrista,vocalista,

Frank Foster (1928-2011) - saxofonista, flautista,

George Garzone (1950) - saxofonista,

George Matthews (1912-1982) - trombonista,

Irene Reid (1930-2006) - vocalista,

Jeremy Steig (1943) - flautista,

Jimmy Woode (1928-2005) - baixista,

John Coltrane (1926-1967)- saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=0I6xkVRWzCY,

Les McCann (1935) - pianista , vocalista,

Little Joe Blue (19341990) – guitarrista,vocalista,

Norma Winstone (1941) - vocalista,

Ray Charles (1930-2004) - pianista,vocalista 

 

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

THE BAD PLUS - ACTIVATE INFINITY (Edition)

Meu interesse em interpretações do The Bad Plus desvaneceu com “Mandy”. Como a versão do trio para o sucesso Nº 1 de Barry Manilow colocado adiante em “It’s Hard” de 2016, o histriônico humor superado, então eu comecei uma ressaca para os reservados originais de Day One. No ano passado, a composição deles, Never Stop II, profundamente, saturou esta necessidade (enquando convidava Orrin Evans para assumir o piano). Este novo lançamento de material próprio é apenas expressivo e eficaz.

“Activate Infinity” relembra como é esperta a forma de compor desta banda. Em vez de recalibrar os títulos pop e rock, o trio compôs um programa com movimentos rápidos, que empresta elementos mais salientes da música em voga: melodias cativantes e conexões assertivas. Cada tema composto pelo baixista Reid Anderson, pelo baterista Dave King e Evans é instantemente contagiante. Para alguns, estas faixas têm uma vibração de “cantar-juntos”.

A banda, raramente, esteve enfadonha, mas, aqui, uma dedicação coordenada ao vigor, parece reduzir a mistura profana de fanfarra e melodrama do trio, previamente, desfrutada. Em geral, não há uma grande quantidade de “solos” no ar, e quando eles ocorrem, eles assumem arenas compactas, que mantém a ação encurralada. Da abertura de “Avail” ao encerramento “Love Is The Answer”, os intercâmbios da banda são reforçados por episódios abreviados, e a grandiosidade é exibida.

Algo da doutrina do Bad Plus permanece intacta: A química entre eles ainda pode excitar. Como a banda se move da despreocupada excursão para extroversão flutuante, é magia jazzística. Preenchidas com artimanhas intragrupo, “Activate Infinity” relembra aos ouvintes que estes rapazes necessitam apenas confiar neles mesmos.

Faixas: Avail; Slow Reactors; Thrift Store Jewelry; The Red Door; Looking In Your Eyes; Dovetail Nicely; Undersea Reflection; Love Is The Answer. (37:38)

Músicos: Orrin Evans, piano; Reid Anderson, baixo; David King, bateria.

Fonte: Jim Macnie (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 22/09

Alex Kontorovich (1980) - saxofonista,

Dilermando Reis (1916-1977) – violonista,

Doug Beavers Rovira (1976) - trombonista,

Gonzaguinha(1945-1991) – vocalista,compositor,

Jon Gold (1958) – pianista,

Ken Vandermark (1964) - saxofonista,clarinetista,

Marlena Shaw (1942) – vocalista,

Ornella Vanoni (1934) – vocalista,

Paulo Bellinati (1950) – violonista,guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=oIotNLJh8LA,

Ray Wetzel (1924-1951) – trompetista,

Robert Falk (1953) – guitarrista,

Tony Reedus (1959-2008) - baterista

 

terça-feira, 21 de setembro de 2021

BENJAMIN BOONE WITH THE GHANA JAZZ COLLECTIVE - JOY (Origin)

The Ghana Jazz Collective (saxofonista Bernard Ayisa, tecladista Victor Dey, Jr., baixista Bright Osei e o baterista Frank Kissi) está baseada em um contingente em Accra, cujas seções semanais no +233 Jazz Bar vieram a ser lendárias entre aficionados locais, tão bem quanto para visitantes esclarecidos de fora da cidade. O som deles deve desafiar alguns estereótipos de ouvintes sobre músicos de jazz africanos—enraizado solidamente no funk-fusion estadunidense e temperado com saudáveis dobras de improvisação de forma livre, parece denunciar poucas influências não ocidentais. Seu repertório usual inclui desta maneira standards funk-jam como “Mister Magic” de Grover Washington Jr. e “Westchester Lady” de Bob James. O saxofonista Benjamin Boone os encontrou primeiro em Gana através da U.S. Fulbright Scholarship em 2017. Ele começou a tocar com eles no +233, desenvolvendo um relacionamento musical, que finalmente culminou na gravação deste álbum.

O trabalho inclui quatro originais de Boone ao lado de uma tomada moderna de “Maiden Voyage” de Herbie Hancock e um par de ofertas dos compositores Jonovan Cooper e Gerry Niewood. A despeito do preferivelmente bem conhecido território musical explorado aqui, Boone e o Collective evitam confiar nos clichês. O funk é jubilante e propulsivo. Os solos são cuidadosamente elaborados e disparados através da vivacidade (especialmente o confronto direto do saxofone entre Boone e Ayisa, que mistura o pós-Maceo/Washington inicializando com extáticas ascensões dentro da liberdade). A vocalista Sandra Huson aparece em três faixas. A lacrimosa “Without You” de Boone —o único fracasso do disco—a afoga em melosidade (“Quando penso em você / Eu apenas deito e choro … Eu posso vislumbrar você no arco-íris / E nas flores e na chuva … ”), mas ela ascende como uma vingativa formosa mulher em “Slam”, saltando oitavas e brandindo seu timbre vocal como um espadim até que o final “estronde”, neste ponto ela traz o edifício inteiro desmoronando em torno dela como um Sansão amazônico. Neste caso, entretanto, o profeta guerreiro sobrevive à luta —e dança—mais uma vez.

Faixas: The Intricacies of Alice; Maiden Voyage; Slam; Curtain of Light; The 233 Jazz Bar; Without You; Joy.

Músicos: Benjamin Boone: saxofone; Bernard Ayisa: saxofone tenor; Victor Dey Jr: teclados; Bright Osei: baixo; Frank Kissi: bateria; Sandra Huson: vocal.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=-Fcrcl89HMg

Fonte: DAVID WHITEIS (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 21/09

Blake Mills (1986) – guitarrista,

Chico Hamilton (1921-2013) – baterista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=2sdS7EX3pHs,

Dick Shearer (1940-1997) - trombonista,

Don Preston (1932) - tecladista,

Henry Butler (1949-2018) – pianista,vocalista,

Shafi Hadi (1929) - saxofonista,

Slam Stewart (1914-1987) - baixista,

Sunny Murray (1937-2017) - baterista,

Tommy Potter (1915-1988) - baixista 

 

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

EMMET COHEN - FUTURE STRIDE (Mack Avenue)

Feche seus olhos enquanto ouve “Symphonic Raps”, a primeira música de “Future Stride”, e você encontra a si mesmo sendo transportado à era do suíngue dos anos 1920 nos clubes noturnos do Harlem, onde pianistas de estilo stride realizam uma jam crepuscular e furiosa e competições cortantes comuns. Com sua estreia em álbum pela Mack Avenue, o pianista Emmet Cohen bombeia nova vida à tradição popularizada do stride, um século atrás, por pessoas como Willie “The Lion” Smith, Fats Waller e James P. Johnson.

“Future Stride” leva os ouvintes a uma jornada nostálgica do apogeu do stride, mas também se reporta ao corrente estado do jazz. Cohen é adepto de uma miríade de estilos, ainda que lhe coloque a parte de outros músicos de sua geração em sua habilidade para casar perfeitamente o antigo e o moderno  , e assim atraiu um diverso grupo de entusiastas.

Na faixa título, por exemplo, Cohen inicia o número com stride rápido contendo o vigoroso baixista Russell Hall e o baterista Kyle Poole providenciando, ligeiramente, com toques rítmicos e harmônicos fora de ordem, que, às vezes, são perturbadoramente brilhantes. Outras composições, como “Pitter Panther Patter” e “Dardanella” demonstram a maestria do trio na antiguidade e na novidade. Em adição, Cohen apresenta o trompetista Marquis Hill e a saxofonista Melissa Aldana em “Reflections at Dusk” e “You Already Know”. Os solos deles são deslumbrantes.

A fascinação de Cohen com a história do jazz está clara em sua permanente Masters Legacy Series, para a qual ele colaborou com legendas como Benny Golson, Ron Carter e Albert “Tootie” Heath. Este tempo em que assomou ao centro do palco, permitiu aos fãs ver a sua elevação como artista.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=smue3H-ty68

Fonte: VERONICA JOHNSON (JazzTimes)

 

 

ANIVERSARIANTES - 20/09

Amanda Carr (1962) - vocalista,

Bill DeArango (1921-2006) - guitarrista,

Billy Bang (1947-2011) - violinista,

Eric Gale (1938-1994) - guitarrista,

Jackie Paris (1926-2004) – guitarrista,vocalista,

Jim Cullum, Jr. (1941) - cornetista,

Joe Temperley (1929-2016) - saxofonista,

John Dankworth (1927-2010) - clarinetista,saxofonista,

Leonardo Amuedo (1967) – guitarrista,violonista,

Michael Sarín (1965) – baterista,

Red Mitchell (1927-1992) - baixista,

Steve Coleman (1956) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=JV_eprPWSfs,

Steve McCall (1933-1989) – baterista. 

 

domingo, 19 de setembro de 2021

DAVE STRYKER WITH BOB MINTZER & THE WDR BIG BAND – BLUE SOUL (Strikezone Records)

A alemã WDR Big Band tem recepcionado uma grande variedade de músicos tais como Fred Hersch, Michel Camilo, Ambrose Akinmusire e Jimmy Heath como solistas convidados ao longo dos anos. Nesta ocasião, eles providenciaram um revigorante cenário para a guitarra flexível e comovente de Dave Stryker.

O repertório deste CD encontra Stryker e a banda enfrentando uma combinação dos sucessos clássicos do pop e soul e composições inéditas do guitarrista, todas arranjadas e conduzidas pelo saxofonista Bob Mintzer. A fácil destreza de Stryker, exibindo a influência de George Benson e Wes Montgomery, soa particularmente bem, saltando momentos suaves dos instrumentos de sopro de "Trouble Man" de Marvin Gaye e "What's Going On", enquanto, por baixo, ferve lentamente o órgão de Billy Test. No clássico "Wichita Lineman" de Jimmy Webb as passagens do guitarrista são mais espessas, com entonação com sabor country conforme ele viaja em um ritmo levemente valseado, preenchido com cores aquecidas dos metais. Os arranjos de Mintzer para estas músicas permanecem próximas dos originais, mas ele muda um pouco as coisas com "When Doves Cry" de Prince, sendo a corrida da banda através da música em tempo rápido. À frente deles, Stryker corre sobre a melodia antes de tomar um solo em redemoinho com Test, outra vez, providenciando o suporte para o órgão intimista.

As próprias composições de Stryker são peças de jazz úteis, dando cor e profundidade aos arranjos de Minzter. "Came To Believe" carrega um belo bocado e tensão na combinação do brilho de Minzter, cortante arranjo do instrumento de sopro e escavando de forma emaranhada a habilidade de Stryker. "Shadowboxing" apresenta uma conversação vigorosa entre as seções de palhetas e dos metais, enquanto "Blues Strut" é uma alegre passagem com o passeio da guitarra proximamente no topo dos disparos blueseiros da banda. Emparelha adequadamente com "Stan's Shuffle" de Stanley Turrentine, uma versão mais emotiva de um balanço dançante de um ritmo suingante firme estabelecido pelo baixista John Goldsby e pelo baterista Hans Dekker.

Stryker é o solista destacado neste álbum, mas diversos membros regulares da orquestra têm momentos fortes também. Andy Hunter tem uma adorável virada no trombone em "Wichita Lineman", o saxofone alto de Karolina Strassmayer flui com alma em "What's Going On" e Johan Horlen toca seu alto com bela sinuosidade em "Came To Believe" e "When Doves Cry". O maestro Mintzer contribui com algumas das mais duríssimas batidas nas músicas em si com seu sanguíneo tenor em "Aha", "Blues Strut" e "Stan's Shuffle".

Dave Stryker e a WDR Big Band constitui um fino time, combinando uma sessão estimulante e agradável com a liderança da guitarra em uma big band de jazz tocando com estilo e prazer.

Faixas: Trouble Man; Aha; What’s Going On; Came to Believe; Blues Strut; When Doves Cry; WichitaLineman; Shadowboxing; Stan’s Shuffle.

Músicos: Dave Stryker: guitarra; Bob Mintzer: saxofone; Wim Both: trompete; Rob Broynen: trompete; Andy Haderer: trompete; Ruud Breuls: trompete; Johan Horlen: saxofone alto; Karolina Strassmayer: saxofone alto; Olivier Peters: saxofone tenor; Paul Heller: saxofone tenor; Jens Neufang: saxofone barítono; Ludwig Nuss: trombone; Raphael Klemm: trombone; Andy Hunter: trombone; Mattis Cederberg: trombone; Billy Test: piano; John Goldsby: baixo; Hans Dekker: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=b9Od-QOo650

Fonte: Jerome Wilson (AllAboutJazz)



 

ANIVERSARIANTES - 19/09

Candy Dulfer (1969) – saxofonista,

César Camargo Mariano (1943) – pianista(na  foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=hSLUtzYGokU,

Cuong Vu (1969) – trompetista,

Helen Ward (1916-1997) - vocalista,

Lol Coxhill (1932) - saxofonista,

Lovie Austin (1887-1972) - pianista,

Muhal Richard Abrams (1930-2017)- pianista,

Zeca Assumpção (1945) - baixista 

 

sábado, 18 de setembro de 2021

JOSH NELSON - LIVE AT BLUE WHALE, VOLUME 1 (Steel Bird)

 O encerramento do Blue Whale em Los Angeles trouxe o fim de uma era. Por aproximadamente 11 anos—do tempo em que Joon Lee abriu o palco em 2009 até o fim de 2020, quando ele anunciou que o estaria fechando—este espaço amado serviu como um ancoradouro para uma expressão criativa, nutrindo alguns dos melhores e mais brilhantes seções ao vivo da Costa Oeste ou apenas como passagem. Foi neste cenário, que Josh Nelson desenvolveu o Discovery Project—uma exploração multimídia do nexo entre música, arte, ciência, história e imaginação irrestrita—e em torno de 20 das 200 aparições do pianista (aproximadamente) no Blue Whale foram focados no abrangente trabalho. Este álbum, apresentando diversas peças selecionadas a partir de dois modernos shows do Discovery Project, oferece até nostalgia pela beleza encontrada e um refúgio perdido.  

Na abertura com a longa “Double Helix”, Nelson e companhia fazem cintilar os três cientistas que descobriram as duas vertentes na estrutura do DNA da molécula com o balanço em 3/2 como uma sequência de solistas em desfile. Os espíritos mais suaves prevalecem em “Our Electromagnetic Hearts”, uma beleza flutuante e destacando o terno solo do baixista Alex Boneham e a relação entre Nelson e o guitarrista Larry Koonse. A extensão do personagem espelha o tema em “Peter Sellers”, onde o clarinete de Brian Walsh apresenta uma melodia franca, que assaltou a(s) aparição(ões) de uma frase musical repetida caprichosamente para piano e guitarra. E maravilhas cósmicas são trazidas à tona em “’Oumuamua”, uma odisseia intoxicada referenciando e encorpando o primeiro objeto interestelar detectada em seu sistema solar. O encerramento do álbum — “Bluewhale Dives Deep”— alterna as coisas partindo do cenário escolhido na ordem para homenageá-lo. Uma faixa melancólica do trio, gravada em estúdio, é a perfeita coda para este tributo amoroso.

Faixas: Double Helix; Our Electromagnetic Hearts; Peter Sellers; Oumuamua; Bluewhale Dives Deep.

Músicos: Josh Nelson: piano; Miguel Atwood-Ferguson: violino; Jeff Parker: guitarra; Artyom Manukyan: cello; Larry Koonse: guitarra; Daniel Rotem: saxofone tenor; Chris Lawrence: trompete; Alex Boneham: baixo acústico; Dan Schnelle: bateria; Brian Walsh: clarinete.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=cVb9qOWzC1E

Fonte: DAN BILAWSKY (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 18/09

Cris Delanno (1969) – vocalista,

Emily Remler (1957-1990)- guitarrista,

John Fedchock (1957) - trombonista,

Jovino Santos Neto (1954) – pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=pM8b_OC0164,

Michael Franks (1944) - vocalista,

Nils Petter Molvaer (1960) – trompetista,

Pete Zimmer (1977) - baterista,

Steve Marcus (1939-2005) - saxofonista,

Teddi King (1929-1977) – vocalista

 

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

JOHN PATITUCCI / VINNIE COLAIUTA / BILL CUNLIFFE - TRIO (Le Coq)

Trios padrões, mesmo aqueles que apresentam instrumentistas reverenciados, não são exatamente raros. Porém, poucos oferecem um grau de criatividade, intuição e interação demonstradas pelo pianista Bill Cunliffe, pelo baixista John Patitucci e pelo baterista Vinnie Colaiuta em seu lançamento de estreia. Aqui ele suínga, lá canta e em toda parte “Trio” exibe uma espécie de magia que estoura, quando os genuínos instrumentistas de alto nível se reúnem no tempo certo para uma travessura improvisada dentro do material correto.     

Cunliffe, um artífice jazzista e vencedor de um Grammy como arranjador, que trabalhou com muita gente desde Frank Sinatra a Freddie Hubbard, tem previamente cruzado caminhos com Patitucci e Colaiuta em variados projetos. O baixista e o baterista têm servido memoravelmente como parte da seção rítmica da versão da Akoustic Band de Chick Corea.

Os três movimentam-se cuidadosamente no trabalho com uma tomada alegre em “Conception” de George Shearing, desencadeada pelos estímulos de Colaiuta em uma elegante introdução. Apresenta o primeiro passeio solo de Patitucci infundido na madeira e algum vai e vem entre o baterista e a banda. Então, se adentra a algo mais relaxado, uma tomada multicolorida da balada romântica “Laura”, a primeira das três músicas descontraídas, seguida por “Good Morning Heartache” (iniciada com uma desacompanhada passagem impressionista de Cunliffe) e “Just in Time”.

Há acenos aqui para empregadores anteriores e heróis musicais, iniciando com uma tomada impetuosa na taciturna “Ana Maria” de Wayne Shorter, continuando com a familiar e amistosa “The One Step”, de Corea, e uma acelerada e ligeiramente modificada ação rápida através de “Seven Steps to Heaven” de Miles reforçada por um extenso solo de Colaiuta. Eles trazem a brincalhona, blueseira e excêntrica “We See” de Monk. Como todas as coisas aqui, é uma proteção.

Faixas

1 Conception 5:25          

2 Laura 3:30      

3 Ana Maria 5:18             

4 The One Step 5:53       

5 7 Step To Heaven 4:45              

6 Good Morning Heartache 5:28              

7 My Shining Hour 5:27

8 We See 4:16  

9 Just In Time 8:19          

Fonte: PHILIP BOOTH (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 17/09

Christopher Dell (1965) – vibrafonista,

Craig Haynes (1965) - baterista,

Curtis Peagler (1929-1992) - saxofonista,

David Williams (1946) – baixista,

Earl May(1927-2008) - baixista,

Hubert Rostaing (1918-1990) – saxofonista,clarinetista,

Jack McDuff (1926-2001) - organista,

Jeff Ballard (1963) – baterista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=qFaixp0UD9E,

Louis Nelson (1902-1990) - trombonista,

Marina Lima (1955) – vocalista,

Perry Robinson (1938) – clarinetista,

Ralph Sharon (1923-2015) - pianista,

Sil Austin (1929-2001) - saxofonista 

 

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

FALKNER EVANS - MARBLES (Consolidated Artists Productions)

“This from That” soa como um retrospecto de Wayne Shorter compondo para a Art Blakey’s Jazz Messengers no meado dos anos 60. Uma inicialmente complicada passagem na abertura se endireita no motivo melódico, que adiciona complexidade rítmica e harmônica, quando reintroduz, próximo ao final, um par de longos, brilhantes e dessemelhantes solos de instrumentos de sopro. O baterista está em todo o trabalho, despejando bombas fortes e batendo nos pratos. No minuto final, ele apareceu aquecido em fervilhar um refrão de cinco notas dos instrumentos de sopro até a explosão do clímax.

O compositor não é Wayne Shorter, mas o pianista é Falkner Evans. O baterista não é Blakey, mas Matt Wilson. Nos instrumentos de sopro estão Michael Blake no tenor, Ted Nash no alto e Ron Horton no trompete, com o baixista Belden Bullock completando a principal formação. “This from That” é um dos nove soberbos originais de Evans que fazem “Marbles” um dos mais consistentes e desfrutáveis álbuns postbop tradicionais deste ou qualquer ano. E um dos mais inesperados.

Evans não lançava um disco desde 2011 com uma gravação com seu quinteto, “The Point of the Moon”. Em nove anos desde então, ele trabalhou majoritariamente em formatos solo, duo e trio em clubes em torno da sua casa em Greenwich Village. Seu estilo literário e visão foram apontados através de uma orquestra e “com três instrumentos de sopro você pode fazer muito mais” ele disse nas notas publicitárias de “Marbles”.

Assim como ele foi um pianista relativamente obscuro—o terceiro sobrinho do autor William Faulkner que atuou durante quatro anos com a banda suingante do Oeste, Asleep at the Wheel, nos anos 80, antes de mudar para Nova York—escolhe a dedo seu hepteto ideal? (O vibrafonista Steve Nelson aparece em três números e adota um giro na apresentação dominante em “Hidden Gems”). Permanece em uma presença altamente respeitada nas mais desafiantes vizinhanças do jazz no mundo, é um dos “músicos dos músicos”.

Marbles conserva as virtudes de “The Point of the Moon”: composições hábeis e improvisação sinérgica. A atualização se estabelece em paleta expandida através da troca de Greg Tardy por Blake e a adição de Nash. Todos os três instrumentistas de sopro são muti-instrumentistas (observem o pungente cromatismo do soprano-flauta-trompete na sinuosa faixa de abertura, “Pina”), e o contraste entre a frequente entonação áspera do tenor de Blake e a preferência de Nash pelas passagens furtivas e mercuriais no alto é a tônica. Enquanto isso, o núcleo esplêndido da manutenção do tempo permanece. Wilson esteve tocando com Evans por décadas, e Bullock embarcou em 2007. Eles são a coluna de Marbles, Messengers postbop para uma era moderna.

Faixas: Pina; Civilization; Sing Alone; Global News; Hidden Gem; This From That; Mbegu; Marbles; Dear West Village; Things Ain't What They Used To Be.

Músicos: Falkner Evans: piano; Michael Blake: saxofones tenor e soprano; Ted Nash: saxofone, clarinete,flauta; Ron Horton: trompete, flugelhorn; Belden Bullock: baixo; Matt Wilson: bateria; Steve Nelson: vibrafone (5,8,10).

Fonte: BRITT ROBSON (JazzTimes)

 

 

ANIVERSARIANTES - 16/09

B.B. King (1925-2015) – guitarrista,vocalista,

Bororó (1953) – baixista,

Charlie Byrd (1925-1999) - violonista,

Chick Bullock (1908) - vocalista,

Chris Cheek (1968) – saxofonista(na foto e vídeo) http://vimeo.com/4899592,

Earl Klugh (1954) - guitarrista,

Gordon Beck (1935) - pianista,

Graham Haynes (1960) - cornetista,

Hamiet Bluiett (1942) - saxofonista,

Joe Venuti (1903-1978) - violinista,

Jon Hendricks (1921-2017)-vocalista,

Lupicínio Rodrigues 1914-1974) – vocalista, compositor,

Rod Levitt (1929) - trombonista,

Rodney Franklin (1958) - pianista,

Steve Slagle (1951) - saxofonista 

 

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

EZRA COLLECTIVE - YOU CAN´T STEAL MY JOY (Enter The Jungle)

Com esta gravação de estreia, o quinteto baseado em Londres, Ezra Collective, oferece uma renovada e funkeada interpretação particular no próspero momento do jazz, que emana da capital britânica. A banda é mais recente entre um jovem grupo de londrinos para fazer sua estreia nos Estados Unidos, completando uma excursão nacional. Seu som é uma mistura segura do experimentalismo do jazz e toques da diáspora Afro, do balanço descontraído do reggae de “Red Whine” a uma jam com afro-batida de “Shakara”. Porém, o grupo participa em sua pretensão da linhagem na primeira faixa, uma reinterpretação intencional de “Space Is The Place” de Sun Ra.

O balanço exibe a força e a versatilidade do baterista Femi Koleoso, cuja criatividade, frequentemente, é trazida para a frente da mistura. Isto é feito para, especialmente, criar grande efeito e conduzir uma singular “Quest For Coin”, que inicia com uma impressionante bateria, apresentando antes a estratificação de outros instrumentos. O saxofonista James Mollison e o trompetista Dylan Jones exibem a telepatia da linha de frente, que é uma marca de grandes quintetos de jazz, se tocando linhas melódicas ou improvisando floreios evocativos. A banda, também, incorpora aparições de convidados efetivos em três faixas. A vocalista Jorja Smith toma um emocionante giro em “Reason In Disguise” com Loyle Carner providenciando um coro convincente do rap sobre “What Am I To Do? ”, e em “Shakara”, Koleoso está completamente liberto em um ebuliente balanço com a banda AfroBeat KOKOROKO providenciando adicional profundidade.

“You Can’t Steal My Joy”—ainda que um pouco em torno das arestas—apresenta uma banda ambiciosamente criativa e sugere que o grupo tem um longo e um prolífico caminho à frente.

Faixas: Space Is The Place (Reprise); Why You Mad? ; Red Whine; Quest For Coin; Reason In Disguise; What Am I To Do?; Chris And Jane; People Saved; Philosopher II; São Paulo; King Of The Jungle; You Can’t Steal My Joy; Shakara. (53:37)

Músicos: Femi Koleoso, bateria; TJ Koleoso, baixo; Joe Armon-Jones, teclados; Sheila Maurice-Grey, Dylan Jones, trompete; James Mollison, saxofone tenor; Cassie Kinoshi, saxofone alto; Richie Seivwright, trombone; Jorja Smith (5), Loyle Carner (6) vocal; Onome Edgeworth, percussão.

Fonte: Alex W. Rodriguez (DownBeat)  
 

ANIVERSARIANTES - 15/09

Al Casey (1915-2005) - guitarrista, 

Arvell Shaw (1923-2002) - baixista,

Bob Wyatt (1946) – baterista,

Bobby Short (1924-2005) – pianista,vocalista,

Cannonball Adderley (1928-1975) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=eR2yVlvnjjM,

Doug Proper (1967) - guitarrista,

Gene Roland (1921-1982) – trompetista, trombonista, pianista,

Joana Machado(1978) - vocalista,

Kid Sheik Cola (1908-1996) - trompetista,

Ned Rothenberg (1956) - saxofonista,

Ram Ramirez (1913-1994) - tecladista 

 

terça-feira, 14 de setembro de 2021

JEFF RUPERT / GEORGE GARZONE - THE RIPPLE (Rupe Media)

Em “The Ripple”, dois sábios do saxofone tenor, Jeff Rupert e George Garzone, demonstram as nuances da voz. Trabalhando através de standards e originais de Rupert, o lançamento objetiva honrar “a perfeita ondulação” que o saxofonista Lester Young tinha inaugurado em uma moderna era da improvisação. Porém, há também um aceno passageiro para outros grandes, que desenvolveram suas abordagens individuais após Young. Para “Stardust”, seguindo um bravo chamado e resposta, o par permanece levemente atrás da batida com a seção rítmica saltitante. Eles tocam no estilo que Hoagy Carmichael cantava, negociando o tema em um relaxado e seguro caminho. Rupert referencia a tomada da canção de John Coltrane nas notas do álbum. Em “Without A Song”, o primeiro solo de Garzone dança nas margens, sugerindo discordância, mas nunca indo além da aventura. Uma tomada de “Detour Ahead” é dourada e exibe um perito no piano, Richard Drexler, suportando, o preciso acompanhamento do baixista Jeremy Allen e o baterista Marty Morell com um suave trabalho de pintor. Uma interpretação de “Red Top” de Ben Kynard apresenta a maestria jovial e colaborativa encontrada nos duetos de Gene Ammons e Sonny Stitt. Nada melhor que isto.

Faixas: Bahia; Go-Go; Stardust; Without a Song; The Shadow of Your Smile; Detour Ahead; The Red Door; Red Top; Hoboken: Beauty Becomes Her; Lester Left Town; Alone Together.

Músicos: Jeff Rupert: compositor/maestro, saxofone tenor; George Garzone: saxofone tenor; Richard Drexler: piano; Marty Morell: bateria; Jeremy Allen: baixo

Fonte: Hobart Taylor (DownBeat) 

 

ANIVERSARIANTES - 14/09

Arrigo Barnabé(1951) - pianista,vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=tIPUdxK38jU

Bill Berry (1930-2002) - trompetista,

Brian Lundrus (1978) – saxofonista,

Charlie Beal (1908-1991) - pianista,

Ismael Silva (1905-1078) – compositor,

Israel "Cachao" Lopez (1918-2008) – baixista,

Jay Cameron (1928) – clarinetista,saxofonista,

Jeffery Smith (1955) - vocalista,

Jerome Sabbagh (1973) - saxafonista,

Joseph Jarman (1937) – saxofonista,multi-instrumentista,

Marcos Valle(1943) – pianista,vocalista,

Oliver Lake (1942) – flautista , saxofonista 

 

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

LARRY CORYELL & PHILIP CATHERINE - JAZZ AT BERLIN PHILARMONIC XI : THE LAST CALL (ACT)

Gravado no Philharmonie Berlin em 24 de Janeiro de 2017, durante uma série de duos honoríficos. Esta foi a última performance ao vivo do guitarrista Larry Coryell, ele faleceu menos que um mês depois em Nova York. O trabalho reunificou Coryell com o guitarrista Philip Catherine, cujo relacionamento com o estadunidense data dos anos 1970, quando eles tocaram juntos no mesmo espaço (Catherine atuando como convidado no grupo Eleventh House de Coryell) e gravou um par de álbuns em estúdio e um ao vivo (que também apresentou o pianista Joachim Kühn).

Quatro das sete músicas de “The Last Call” apresenta Coryell e Catherine em um formato em duo—Coryell na guitarra acústica, Catherine na guitarra elétrica, seguida por emparelhamentos de Catherine e o pianista Jan Lundgren (“Embraceable You” de Gershwin), Coryell com o baixista Lars Danielsson ( “Bags’ Groove” de Milt Jackson), uma real novidade. Ao final, o trompetista Paolo Fresu une-se à banda completa para uma tomada extensa no standard “On Green Dolphin Street”.

Contando com uma única faixa com a banda completa, enquanto abre novas veredas, perde algo da intimidade que caracteriza a música anterior, especialmente os duetos de guitarra. Os estilos de interpretação de Coryell e Catherine são marcadamente diferentes—Coryell guina da ternura ao feérico facilmente, enquanto Catherine prefere uma abordagem de um esquema à la Django, floreios dramáticos alternando com reflexões introspectivos. Até o momento eles foram completamente simpáticos nestas jams: Na maioria dos momentos sublimes, particularmente durante sua leitura extasiante de “Manhã de Carnaval” de Luiz Bonfá e Antônio Maria, as guitarras dançam juntos organicamente. Eles devem, às vezes, tomar caminhos divergentes para afirmar a si mesmo, mas nunca antes estes dois indivíduos disciplinados estão fechados.

A despeito de ser quase decepcionante ao final, um ouvinte não pode prevenir, mas surpreender-se com o final, encontrando o quinteto completo para arranjar uma seção de estúdio tão boa.

Faixas

1 Miss Julie (Larry Coryell) 07:14

2 Homecomings (Philip Catherine) 06:58

3 Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá & Antônio Maria) 07:07

4 Jemin-Eye’n (Larry Coryell) 05:28

5 Embraceable You (Geoge Gershwin) 04:54

6 Bags’ Groove (Milt Jackson) 06:43

7 Green Dolphin Street (Oscar Peterson) 09:31

 Fonte: JEFF TAMARKIN (JazzTimes)