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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

DOXAS BROTHERS – THE CIRCLE (Justin Time)

Como a maioria de talentosos irmãos musicais, Chet e Jim Doxas compartilham uma espécie de profundo laço, que apenas irmãos têm. E eles promovem a exploração desta inata química na companhia de antigos colaboradores e companheiros, Montréaler Adrian Vedady no baixo e o pianista veterano Marc Copland.

A banda inicia com nota suave na ritmicamente ondulante “Uno A La Vez”, que apresenta o penetrante Chet, com seu tenor pungente e os instintos impressionistas de Copland. A tranquila “Temporal” começa com Chet soprando em mais uma forma deliberada em cima do suave trabalho nas escovinhas por parte de Jim. Vedady oferece um momento melódico antes de Copland trazer uma dissonância agressiva aos procedimentos em seu solo. Como a peça se constrói através de um tenso clímax, Chet desatrela considerável proficiência, soprando em tom mais alto com autoridade. Um passeio em “A Word From The Wise” carrega o charme da velha escola, a despeito do harmonicamente provocativo uso de acordes, ritmos e contramelodias para apoiar o solo improvisado de Copland. Em outras partes, eles coletivamente impulsionam o pacote em “Objets Nécessaires”, somam o espírito de Ornette Coleman em “Joan’s Song” e apresentam um toque de New Orleans na segunda linha em “Another Soap Box”. Uma sublime, ainda que subversiva nota, encerra o disco com uma suave leitura da joia melancólica de Gordon Jenkins, “Goodbye”, onde Copland reharmoniza sem castigo.

Faixas: Uno A La Vez; Temporal; Fourteen Daughters; Old Sport; A Word From The Wise; Objets Nécessaires; Joan’s Song; Another Soap Box; Goodbye. (61:12)

Músicos: Chet Doxas, saxofone tenor; Marc Copland, piano; Adrian Vedady, baixo; Jim Doxas, bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=MK6UoTaKA0Y

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

 Fonte: Bill Milkowski (DownBeat) 

 

ANIVERSARIANTES - 31/08

Andrea Celeste (1986) - vocalista,

Benjamim Taubkin(1956) – pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=IMqdRBXI0A8,

Benny Bennack (1931-1986) – trompetista,

Cleveland Eaton (1939-2020) – baixista,

Dan McCarthy (1980) – vibrafonista,

Edgar Sampson (1907-1973) - saxofonista,violinista,

Emilinha Borba (1923-2005) - vocalista,

Evan Christopher (1969) – clarinetista,

Francis Hime(1939)– pianista,vocalista,compositor,

Frank Froeba (1907-1981) – pianista, líder de orquestra,

Herman Riley (1933-2007)- saxofonista,

Jackson do Pandeiro (1919-1982) - pandeirista,vocalista,

Luke Sellik (1990) – baixista,

Marshall McDonald (1959) - saxofonista,

Nate Birkey (1962) - trompetista,

Paul Winter (1939) - saxofonista,

Stefano Battaglia (1965) - pianista,

Tineke Postma (1978) - saxofonista,

Wilton Felder (1940) - saxofonista

 

terça-feira, 30 de agosto de 2022

GEORGE COTSIRILOS QUARTET – REFUGE (OA2 Records)

No tempo problemático e turbulento, quando muitos álbuns de jazz buscam uma "mensagem", o único manifesto criado em Chicago, o guitarrista residente em San Francisco, George Cotsirilos e seu qualificado quarteto, desejam fazer em “Refuge” é a manutenção do suingue como rei em seu domínio, empunhando sua influência magistral sobre dez composições e arranjos solares de Cotsirilos.

Mesmo quando Cotsirilos flexibiliza a volta ao acelerador, como ele faz em "The Three Doves" e "Smoke Signal", uma subcorrente de ritmos traz à memória ouvintes que a banda representa. Em outra parte, estes ritmos estão na frente e no centro conforme Cotsirilos modela seus padrões musicais com inabalável suporte do pianista Keith Saunders, do baixista Robb Fisher e do baterista Ron Marabuto, que trabalhou com o líder frequentemente em suas interações tão suave quanto sem costura.

Embora, não haja nenhuma denegação aos talentos de Cotsirilos ou de seus colegas, quando tudo é dito e feito, este é um quarteto padrão liderado por guitarra (embora ele não toque nenhum standard). Segue aquela apreciação de que a música deve repousar amplamente no consentimento do formato de guitarra mais seção rítmica em geral e no jazz direto em particular, e não há nada aqui que seja menos que bem cuidado e direto.

As composições de Cotsirilos são brilhantes e agradáveis, dançando com seriedade fervorosa, conforme elas misturam saborosa agitação direta, que não deixa gosto residual. Solos—de Cotsirilos e dos outros—são mais do mesmo, prontamente eficientes, mas um toque menos que memorável. Em outras palavras, uma sessão admirável do início ao fim, que não deve inspirar cada um, mas que não deveria desagradar firmemente qualquer um.

Faixas: Devolution; Refuge; Planet Roxoid; Igualmente; The Three Doves; Slacker; Aftermath; A Faint Light; Smoke Signal; Let's Make A Break For It.

Músicos: George Cotsirilos: guitarra; Keith Saunders: piano; Robb Fisher: baixo; Ron Marabuto: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=WyKS2FB6OWk

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 30/08

Charlie Wood (1951) - guitarrista,

John Surman(1944) - saxofonista, clarinetista, tecladista,

Kenny Dorham (1924-1972) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=rms12M5qQcM&feature=related,

Kid Rena (1898-1949) - trompetista,

Rodney Jones (1956) – guitarrista,

Stratos Vougas (1967)- saxofonista,

Willie Bryant (1908-1964) – vocalista, líder de orquestra 

 

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

RASHAAN BARBER – MOSAIC (Jazz Music City)

Gravado durante a pandemia, “Mosaic”, de qualquer maneira, dirige a captura da vibração da proverbial fumaça da recreação do clube do jazz do tempo passado: oferecendo uma extensa coletânea com sabor de jazz tradicional (todas as composições inéditas de Barber), que poderia se elevar ao lado de perenes álbuns tais como a estreia de John Wright na Prestige, em 1960, “South Side Soul”.

“The Pink Piranha” é, classificadamente, um número de passo lento, que deslumbra. É um choque de cintilantes pratos. O toque de Rahsaan, aqui, emite um aroma dos LPs de Gene Ammons, com merecedores trinados de um pássaro azul reminiscentes dos cortes profundos de Willis Jackson. Em resposta, o irmão gêmeo de Rahsaan, Roland, estabelece um meio-termo, um solo de trombone com trinado carregado em seu próprio modo.

Todos do núcleo do grupo — Nathan Warner no trompete, o pianista Matt Endahl, o baixista Jack Aylor e o baterista Derrek Phillips — entregam firmes e polidas performances, aprimoradas por memoráveis viradas do convidado Roland Barber (no trombone, principalmente) e Nathan Warner (no trompete).

“Just Jack” apresenta uma pausa bem-vinda, mesmo mais intimista que a firme combinação da maioria das outras faixas aqui. A espirituosa e expressiva excursão solo de Aylor lidera “Koala”, uma música deliciosa e de luz e sombra.

E para todas as vibrações atávicas que “Mosaic” tem a oferecer, também apresenta adequadas afirmações, tais como o lamento melancólico de “Breonna Taylor (How Many More?) ”. Phillips oferece um tratamento cinemático na bateria, que indelevelmente sublinha a iminência do sentimento da faixa.  

Faixas: Quarantine Queens; Catch As Ketch Can; The Pink Piranha; Down In My Soul; Home Cookin’; Just Jack; Koala; Jambo Rafiki; Swang That Thang; The Mountains And The Clouds; Panic Point; #NewDayRocks; Sunrise Service; Nadje And The Snow; La Mordida; Breonna Taylor (How Many More?). (96:04)

Músicos: Rahsaan Barber, saxofones alto, barítono e tenor; Matt Endahl, piano; Jack Aylor, baixo; Derrek Phillips, bateria; Roland Barber, trombone (3, 4, 9, 10, 13), conchas (8); Nathan Warner; trompete (1, 2, 5, 7, 11, 14).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=_zY-2rTLmQA

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

 

Fonte:  Ayana Contreras (DownBeat) 

 

ANIVERSARIANTES - 29/08

André Christovam (1959) – guitarrista,

Bennie Maupin (1940) - flautista, clarinetista,saxofonista,

Bobby Carcasses (1928) - trompetista,vocalista,

Charlie Parker (1920-1955) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=dvdQYSWOobc,

Clara Sverner (1936) – pianista,

Dinah Washington (1924-1963) - vocalista,

Doug Raney (1956) - guitarrista,

Edu Lobo(1943) – vocalista,violonista,compositor,

Jerry Dodgion (1932) – saxofonista,flautista,

Rolf Ericson (1922-1997) – trompetista,

Stephanie Nakasian (1954) – vocalista,

Tedd Baker (1974) - saxofonista   

 

domingo, 28 de agosto de 2022

RANDY BRECKER & ADA ROVATTI - BRECKER PLAYS ROVATTI: SACRED BOND (Piloo Records and Productions LLC)

Jackie e Roy Krall, Louis Prima e Keely Smith, Marian e Jimmy McParland—todos fecundos, musicalmente, casamentos jazzísticos. A progressão continua com “Sacred Bond” do trompetista Randy Brecker e da sua esposa, a saxofonista Ada Rovatti. Em alguns dos casos, anteriormente mencionados, especificamente Jackie e Roy, o duo é estilisticamente ligado ao moderno. Aqui, os respectivos estilos do Brecker e Rovatti se juntam espetacularmente, dois estelares músicos, que ocorrem ser um casal. O resultado? Uma soberba performance.

Rovatti, uma saxofonista com técnica e criatividade excelente, apresenta dez composições que são plataformas robustas nas quais ela, Randy e a banda podem estender-se. As músicas escolhidas cobrem um amplo campo de balanços a partir de um melancólico título de abertura para a dramaticamente   comovente "Reverence" (uma respeitosa saudação a Aretha Franklin), "Baggage", um manifesto textural em tempo variado (que tematicamente, e de forma indefinida, ecoa "Strollin'" de Horace Silver), uma afirmação do sax soprano em "Britches Blue", um destaque que tira o chapéu para o “Pince of Darkness – NT: Gênio das Trevas), a suingantemente firme, "The Queen of Bibelot", e a tomada com toque latino, infundido pela cuíca, em "The Other Side of the Coin". A triplamente e dinamicamente calibrada, "Quietly Me", promove a "marca".

A maioria componente deste álbum é atraente de acordo com a combinação de estilos improvisadores de Rovatti-Brecker. Rovatti, uma modernista, favorece, um pouco, os aprimorados ornamentos dinâmicos que cobrem o conjunto e o timbre dos seus eixos. Não toca a instrumentista, ela segura a substância entre a temática da composição na mão e deixa voar uma Niagara de criatividade. Brecker, o vencedor do Grammy, está no topo do jogo ao longo do trabalho. Ele está afinado com sua parceira de linha de frente e segue ajustado com linhas excitantes oferecendo frequente alusão às raízes bebop da Filadélfia.

A banda é boa. O pianista David Kikoski (que oferece um solo de terceiro grau em "The Queen of Bibelot") e companheiros, ases do ritmo, brilham radiantemente neste encontro.

Nenhum truque aqui, apenas um grupo conectado e seus componentes oferecendo uma música soberba. “Sacred Bond” convida, encanta e é, realmente, um casamento bem tocado.

Fonte: Sacred Bond; Helping Hands; Reverence; The Baggage; The Queen Of Bibelot; Britches Blue; Brainwashed; Mirror; The Other Side Of The Coin; Quietly Me.

Músicos: Randy Brecker: trompete; Ada Rovatti: saxofone; David Kikoski: piano; Alex Claffy: baixo; Rodney Holmes: bateria; Jim Beard: órgão; Café Da Silva: percussão; Adam Rogers: guitarra; Stella Brecker: vocal.

Fonte: Nicholas F. Mondello (AllAboutJazz) 

 

ANIVERSARIANTES - 28/08

Cécile McLorin Salvant (1989) – vocalista,

Chris Greene (1973) - saxofonista,

Ernie Fields (1904-1997)- pianista, trombonista,líder de orquestra,

Hal Russell (1926-1992) - pianista,trompetista,saxofonista,baterista e vibrafonista,

João Carlos de Assis Brasil (1945) – pianista,

Jon Falt (1979) – baterista,

Jim Rotondi (1962) – trompetista,

Kenny Drew (1928-1993) - pianista,

Larry Goldings (1968) - pianista,organista,

Mike Metheny (1949) – trompetista,flugelhornista,

Nate Najar (1981) – violonista,

Victor Assis Brasil (1945-1981)- saxofonista(na foto e vídeo)  http://www.youtube.com/watch?v=V2ZsepRD4xs ,

Youn Sun Nah (1969) - vocalista

 

sábado, 27 de agosto de 2022

LARRY WILLIS - I FALL IN LOVE TOO EASILY (HighNote Records)

“I Fall in Love Too Easily” é subintitulada "The Final Session at Rudy Van Gelder's", não é apenas, descritivamente, mas literalmente a última sessão de gravação do veterano pianista Larry Willis, que faleceu aos 76 anos em Setembro de 2019, um ano após o álbum ter sido concluído no renomado estúdio Van Gelder em Englewood Cliffs, New Jersey. A ocasião também representou uma recepção de estilos para Willis que lançou suas seis décadas de uma longa carreira no mesmo estúdio em 1965, resultando em um álbum para a Blue Note Records sob a liderança do saxofonista Jackie McLean.

McLean é um dos impressionantes luminares do jazz com quem Willis atuou ou gravou ao longo dos anos, incluindo os antigos colegas neste encontro em quinteto: o trompetista Jeremy Pelt, o saxofonista alto Joe Ford, o baixista Blake Meister e o baterista Victor Lewis. Encobrindo o risco de parecer excessivamente retrô, deve ser notado que os sons que eles tramam juntos em “Too Easily” não estão longe de serem removidos do produzido nesta sessão com McLean e companhia cinquenta anos atrás. Ford, de fato, carrega alguma semelhança à entonação e fraseado de McLean, enquanto Pelt relembra muito das estrelas da Blue Note como Lee Morgan, Donald Byrd, Kenny Dorham e outros. Pelt aparece em cinco dos oito números do álbum, Ford em quatro. Willis, Meister e Lewis comparece em trio de piano em "Anna" e "Let's Play" e Willis segue sozinho na suntuosa canção título no encerramento. O quinteto completo atua em "Today's Nights", "Heavy Blue", "Habiba" e "Climax".

A determinação de Ford em "Today's Nights" estabelece um forte compasso, com solos encrespados de Ford, Pelt e Willis liderando o rápido movimento em "Heavy Blue", um segundo número com o quinteto completo, que envolve declarações de todas as mãos, e a terna balada do trio, "Anna", cujo espaço para solo é compartilhado por Willis e Meister. O brilho e o ritmo de Kirk Lightsey em "Habiba" são seguidos por uma segunda balada, "The Meaning of the Blues" de Bobby Troup, que serve como uma vitrine para a eloquência do trompete de Pelt. O trio retorna para a elegante "Let's Play", o quinteto para a viva "Climax", no qual o estilo ligeiro de Pelt e Ford despede-se, enquanto Lewis prova ser tão capaz como solista quanto ele é como mantenedor do tempo. Convenientemente, Willis é deixado solto em "I Fall in Love Too Easily", composto por Jule Styne e Sammy Cahn e apresentada por Frank Sinatra em 1945 no filme “Anchors Aweigh”, Willis está brilhante e charmoso lá, como ele está ao longo do trabalho, e é um maravilhoso caminho não apenas para completar um álbum, mas para fechar uma carreira.

Faixas : Today’s Nights; Heavy Blue; Anna; Habiba; The Meaning of the Blues; Let’s Play; Climax; I Fall in Love Too Easily.

Músicos: Larry Willis: piano; Jeremy Pelt: trompete; Joe Ford: saxofone alto; Blake Meister: baixo; Victor Lewis: bateria.

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 27/08

Alice Coltrane (1937-2007) - organista,pianista,harpista,

Edward Perez (1978) - baixista,

Ken Slavin (1961) - vocalista,

Kristjan Randalu (1978) – pianista,

Lester Young (1909-1959) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=6pte1tm61g8&feature=related,

Luiz Chaves(1931-2007) – baixista,

Martha Raye (1916 -1994) – vocalista,

Quincy Davis (1977) – baterista,

Rez Abbasi (1965) – guitarrista, violonista,

Sylvia Telles (1934-1966) – vocalista,

Sonny Sharrock (1940-1994) - guitarrista
 

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

OPEN QUESTION – OPEN QUESTION VOL. 1 (577)

 Para o projeto de improvisação sob a adequada alcunha Open Question, cinco músicos agradáveis — multi-instrumentistas Daniel Carter, saxofonista/ manipulador de FX Ayumi Ishito; pianista/ tocador de Wurlitzer Eric Plaks, baixista acústico Zach Swanson e o baterista Jon Panikkar — reunido no Big Orange Sheep, Brooklyn, em 11 de Novembro de 2020, para tomar a reserva da reflexão que estava na loja. A reflexão estava com eles.

Com a evidência do resultado gravado, dividido em dois volumes, com o primeiro tendo sido lançado, o quinteto evocou um lançamento, saborosamente inovador e interiormente maleável, free. Move-se organicamente de uma tonalidade e ritmos identificáveis para seus opostos, com uma fluidez especial da banda, além de nuance e senso de espaço.

A identificação idiomática vem a ser uma das variáveis no pensamento do grupo em sua expressiva paleta. A faixa de abertura, por exemplo, é chamada simplesmente “Blues” e inicia com espírito rítmico cambaleante, que poderia ser relacionado ao blues, menos as mudanças de acordes. O arranjo inicia a metamorfose, e ao final da peça de 12 minutos, tem a forma mudada para estrondar em uma zona livre, despojado de tonalidade ou ritmo determinado. A adequadamente denominada “Dimly-lit Platform” projeta o caráter de uma balada transtonal e desossada, enquanto a música de encerramento, “Synchronicity”, aumenta a catarse com intenso sopro livre.

Verdade que esta canção título, e o álbum em geral, sincroniza a importância da conspiração coletiva sobre o destaque individual, adicionando ao notável projeto uma conexão interna e externa e algo difícil de definir como fator X, mantendo todos juntos.

Faixas: Blues; Dimly-lit Platform; Confidential BBQ; Synchronicity. (43:51)

Músicos: Daniel Carter, trompete, flauta, clarinete, saxofones soprano, alto e tenor; Ayumi Ishito, saxofone tenor, FX; Eric Plaks, piano, Wurlitzer; Zach Swanson, baixo acústico; Jon Panikkar, bateria.

Fonte:  Josef Woodard (DownBeat)  
 

ANIVERSARIANTES - 26/08

:Branford Marsalis (1960) - saxofonista,

Clifford Jarvis (1941-1999)- baterista,

David Finck (1958) - baixista,

Dori Caymmi (1943) – violonista,vocalista(na foto e vídeo), http://www.youtube.com/watch?v=OtzCx9lFxf8,

 Frances Wayne (1924-1978) - vocalista,

Jim Beard (1960) – pianista, organista,

Jimmy Rushing (1903-1972) - vocalista,

Peter Appleyard (1928) - vibrafonista,

Scott Henderson (1954) – guitarrista,

Steve Beskrone (1955) - baixista
 

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

THE CITY CHAMPS - LUNA ’68 (Big Legal Mess Records)

Vale a pena o controle para The City Champs! O célebre soul psicodélico do poderoso trio de Memphis — o organista Al Gamble, o baterista George Sluppick e o guitarrista Joe Restivo — apenas manifesta como uma unidade em cada década. Em “Lunar ’68”, o primeiro lançamento do Champs desde “The Set-Up (2010) ”, eles rebentam o futuro que os lançou e toma todo mundo junto para o passeio.

Executa a si mesmo diretamente na órbita confusa do Champs observando um vídeo de “Lunar ’68”. Dirigido pela família do cineasta Andrew Fleming, o alucinado mini-filme cita todas as coisas de 2001: Uma Odisseia no Espaço para a Jornada nas Estrelas para o Homem que caiu na Terra e brilha através do cosmos, elevando-se sobre a icônica arquitetura da cidade natal como a Memphis Pyramid.

Perfeitamente situado entre o agora e o depois no contínuo do espaço de tempo, a faixa título de “Luna ’68” decola com reverência a reverberação-vibrato homenagem de Restivo para o acorde poderoso do pioneiro Link Wray. E a batida retro-futurista apenas mantém o que está por vir, impulsionado pela obsessão de Restivo com compositores de filmes de arte como Piero Umilian e a dobradinha golpeia o órgão de Muscle Shoals-meets-Memphis de Gamble e as batidas de Beale Street por parte de Sluppick como um garoto tocando bateria com seu pai guitarrista.

Com títulos como “A-Meld-A-Marcos” sugerem, Champs tem seus memes na cultura pop. Porém, suas raizes no sul profundo carrega e entrelaça-se com a cidade natal dos antepassados de Booker T & the MGs nas faixas como “The Lockdown”, enquanto “Freddie King For Now” amplifica o propulsivo zumbido do octogenário grande blues de New Orleans.

“Lunar ’68” diverte as jams com instrumentos que sabem como voar, e nos dá as asas que necessitamos para uni-los.

Faixas: Lockdown City; Mack Lean; A-Meld-A-Marcos; Hanzo; Skinny Mac; Freddie King For Now; Thinking Of You; Voyage To Vega (For Felix). (38:14)

Músicos: Al Gamble, órgão; Joe Restivo, guitarra; George Sluppick, bateria.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

 Fonte:  Cree McCree (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 25/08

Bart Weisman (1958) - baterista,

Bob Crosby (1913-1993) - vocalista,líder de orquestra,

Charles Fambrough (1950-2011)–baixista,

Freddie Kohlman (1918-1990) – baterista, vocalista,líder de orquestra,

Karrien Riggins (1975) - baterista,

Keith Tippett (1947–2020) – pianista,

King Garcia (1905-1983) - trompetista,

Linda May Han Oh (1984)- baixista,

Michael Dease (1982) – trombonista,

Mike Mellia (1980) - pianista,

Pat Martino (1944) – guitarrista,

Swami Jr.(1958)–violonista,

Wayne Shorter (1933) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=QgggmB8Xons
 

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

AWAKENING ORCHESTRA - VOLUME II: TO CALL HER TO A HIGHER PLAIN (Biophilia)

Em vários pontos deste excepcional trabalho, o compositor Kyle Saulnier e sua Awakening Orchestra, brilhantemente, demonstram que o caos na América é permanente—social, política e economicamente.

Analisando as faixas, individualmente, no volume ii: “to call her to a higher plain” não é o melhor caminho para avaliar esta paleta sinfônica, conforme ela se transforma de um espírito para outro. Tem de ser ouvido como um drama completo, recuperando crescendos coletivos, fugas deliciosas e interlúdios sonoros—especialmente o saxofone em “i can see my country from here, i. free labor, free land, free men”. Os movimentos subsequentes onde os voos de flauta misturam-se com o piano e saxofone são belamente interpretados, delicadamente no balanço do poder da onda, balanceia a peça. Porém a música nunca é mais potente que em “to call her to a higher plain, first cadenza”, onde as passagens do violino de Brooke Quiggins Saulnier saltam da dança de quadrilha para aleluia.

De fato, este é o grande repertório estadunidense em outra ordem. E, embora, referencie, diversos temas específicos inerentes à nossa cultura, a banda captura um som épico e amplo em busca de alcançar uma esfera mais alta.

Faixas: to call her to a higher plain: prelude & fanfare—the patriot; burn; throughout; i can see my country from here, i. free labor, free land, free men; i can see my country from here, ii. liberté, égalité, fraternité; i can see my country from here, iii. ethos, pathos, logos; i can see my country from here, i can see my country from here—epilogue; i remember; to call her to a higher plain, i. on the technicians of power; to call her to a higher plain, first cadenza; to call her to a higher plain, ii. on the acceptance of things that we cannot change; to call her to a higher plain, second cadenza; to call her to a higher plain, iii. on the changing of things that we can not accept; the desc(diss)ent; lux aurumque. (113:55)

Músicos: Kyle Saulnier, maestro; Remy Le Boeuf, saxofones soprano e alto, flauta; Vito Chiavuzzo, saxofones alto e soprano, flauta, clarinete; Samuel Ryder, saxofones tenor e soprano, flauta, clarinete; Andrew Gutauskas, saxofones barítono e soprano, flauta, clarinete baixo; Felipe Salles, saxofones barítono, tenor e soprano , flauta; Daniel Urness, Seneca Black, Nadje Noordhuis, Pablo Masis, trompete; John Yao, Michael Fahie, Samuel Burtis, James Rogers, trombone; Michael Caterisano, vibrafone; Michael MacAllister, guitarra; Aaron Kotler, teclados; Joshua Paris, baixo; Will Clark, baterista; Seth Fruiterman, Julie Hardy, Nathan Hetherington, vocal; Brooke Quiggins Saulnier, violino.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte: Herb Boyd (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 24/08

Almira Castilho (1924-2011) – vocalista,

Alphonse Trent (1905-1959) – pianista,líder de orquestra,

Buster Smith (1904-1991) – saxofonista,

Chris Tarry (1970) - baixista,

Claude Hopkins (1903-1984) – pianista, líder de orquestra,

Paul Webster (1909-1966) - trompetista,

Reggie Watkins (1971) - trombonista,

Ron Holloway (1953) saxofonista (na foto e vídeo) https://www.youtube.com/watch?v=kPNNqwHtwHQ

 

terça-feira, 23 de agosto de 2022

THE RODGER FOX BIG BAND – REIMAGINED! THE ROGER FOX BIG BAND PLAYS SIR DAVE DOBBYN (T-Bones Records)

Em “Reimagined!”, a superlativa big band do neozelandês, Zealander Rodger Fox, adota um olhar novo sobre a música de Sir Dave Dobbyn, um dos mais homenageados daquele país e amado pelos músicos. Contudo, Dobbyn passou sua celebrada carreira nos campos do pop e rock. Suas evocativas composições emprestam bem, a elas mesmas, luminosidade e suíngue às interpretações da orquestra, composta por dezessete membros, de Fox e mais que meia dúzia de bem conhecidos artistas convidados dos Estados Unidos.

Mesmo assim, há uma batida pesada na maioria dos números para seduzir suas origens não jazzísticas, e estes ritmos são primorosamente administrado pelo cronometrista residente da banda, Lance Philip, ou o baterista convidado Gregg Bissonette (em quatro números). Falando dos convidados, a inigualável liderança do trompete de Wayne Bergeron em "A Bridge on Fire" e "Walking in Light", enquanto o trombonista Francisco Torres—que arranjou "Magic (What She Do)"—e o solo do guitarrista Larry Koonse em "Welcome Home", o guitarrista Josh Smith em "Love You Like I Should", o trombonista baixo Bill Reichenbach em "Bridge", o saxofonista tenor Bob Sheppard em "Outlook for Thursday". Fox, um soberbo trombonista por seu próprio mérito, é exibido (surdinado) em "Walking in Light" e solos com o tenor de Oscar Laven em "Magic".

Ao lado de Torres, os arranjadores discernentes incluem Thomas Faure, Vaughn Roberts, Reggie Watkins, Torsten Maass, Alan Baylock, Daniel Hayles, Lauren Ellis, Callum Au e a liderança do alto de RFBB, Bryn van Vliet, cada um deles impregna a música de Dobbyn com uma vivacidade de jardim fresco e vivacidade. Van Vliet é um solista admirável, como são Laven, o saxofonista barítono Frank Talbot, os trompetistas James Guilford e Jack Harre, os trombonistas Kaito Walley e Damian Forlong, o guitarrista Deane Hunter e o pianista Anita Schwabe, que tem todas estas bases bem cobertas.

Ouvindo “Reimagined!”  é parecido como ouvir as canções dos Beatles interpretadas por outros grupos, em que alguns aficionados, que nunca foram fãs dos Beatles, devem reconhecer que a música em si mesma não é ruim, de fato, muitas delas, uma vez que os  Beatles foram removidos da equação, sendo completamente prazerosa. O mesmo permanece verdade para a música de Dobbyn, que é louvável em seus próprios termos, mas com maior razão quando animada pelo empoderado RFBB.

Faixas: Bliss; Love You Like I Should; Be Mine Tonight; A Bridge on Fire; Magic (What She Do); Loyal; Walking in Light; Just Add Water; Welcome Home; Outlook for Thursday; Slice of Heaven.

Músicos: Rodger Fox: trombone; Jack Harre: trompete; Cameron Robertson: trompete; James Guilford: trompete; Chris Selley: trompete; Wayne Bergeron: trompete ;Bryn van Vliet: saxofone alto; Nicholas Baucke-Maunsell: saxofone tenor; Oscar Laven: saxofone tenor; Dylan Holmes: saxofone tenor; Louisa Williamson: saxofone alto; Frank Talbot: saxofone tenor; Bob Sheppard: saxofone tenor; Christopher Fox: trombone; Kaito Walley: trombone; Damian Forlong: trombone; Kurt Gibson: trombone; Francisco Torres: trombone; Bill Reichenbach: trombone baixo;Deane Hunter: guitarra elétrica; Larry Koonse, Josh Smith: guitarra; Anita Schwabe: teclados; Rory Macartney: baixo elétrico; Lance Philip: bateria; Gregg Bissonette: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=R25Yqf7k82c

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 23/08

Avery Sharpe (1954) – baixista,

Bobby Watson (1953) – saxofonista,

Brad Mehldau (1970) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=xhqWtMm7r4s,

Ed Partyka (1967) – trombonista,tubista,

Gil Coggins (1928-2004) - pianista,

Jeff Gaeth (1956) - saxofonista,

Joe Coughlin (1954) – vocalista,

John Lindsay (1894-1950) - baixista, trombonista,

Kjeld Bonfils (1918-1984) – pianista,vibrafonista,

Martial Solal (1927) – pianista,

Raul de Souza (1934-2021) – trombonista,saxofonista,

Terje Rypdal (1947) – guitarrista 
 

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

EVAN PARKER QUARTET - ALL KNAVERY AND COLLUSION (Cadillac)

Embora, o saxofonista britânico Evan Parker tenha sido devidamente celebrado por sua maestria na livre improvisação, suas raízes são profundas no jazz. Ele tem realizado performances, que ele mesmo chama de seus trabalhos de “jazz”, tal como seu, mensalmente, regular show no Vortex de Londres.

O soberbo quarteto neste novo álbum reuniu-se para um trabalho em Junho de 2019, e no dia seguinte eles foram para o estúdio. Este trabalho foi postergado, como muitas coisas, no início da pandemia da COVID — que o músico cético tem cruelmente rejeitado como algo como uma armadilha, e o título de algumas faixas foram denominadas após passagens de A Journal of the Plague Year de Daniel Defoe. Afortunadamente, a negação da COVID por Parker segue sem este projeto particular, um maravilhoso documento do tipo de uma interação febril do grupo, que prosperou ao longo de meio século.

Embora, os créditos ao compositor sejam dados, a música é toda improvisada. A maioria das sete faixas vem em pequenos pedaços fora do comum, extendendo-se de dois a oito minutos, e alguns sutis desvanecimentos sugerem edições. Apenas os 24 minutos de “The Weather Set In Hot” assemelham-se a uma espécie de excursão ampliada, que nós podemos esperar de Parker. Entretanto, a música é soberba, quer impulsionada por febris entrelaçamentos, espancamentos e severos ataques de arco do baixista John Edwards desencadeiam em “The Alchemy Of John Edwards” ou os acordes interrompidos e rajadas do que o pianista Alexander Hawkins usa para acalmar o tempo em “A Blazing Star Or Comet Appeared”. Porém, a faixa longa é a mais satisfatória, como a música pacientemente constrói sua velocidade, cada participante alcançando a sua, enquanto estão concectados indissoluvelmente ao fluxo da banda.  

Faixas: All Knavery And Collusion; The Alchemy Of John Edwards; A Well Staring At The Sky; The Influence Of The Dog Star; A Blazing Star Or Comet Appeared; The Weather Set In Hot; Art Is A Science….. (51:35)

Músicos: Evan Parker, saxofone tenor; Alexander Hawkins, piano; John Edwards, baixo; Paul Lytton, bateria.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

 Fonte: Peter Margasak (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 22/08

Aruán Ortiz (1973) - pianista,

Bill O´Connell (1953) – pianista,

Dave Wilson (1955) - saxofonista,

Francisco Mário(1948-1988) – violonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=IPAGpXFfffk&feature=related, 

Gaël Horellou (1975) – saxofonista,

Jeff Hirshfield (1955) – bateria,

John Lee Hooker (1917) – guitarrista,vocalista,

Malachi Favors (1937-2004) - baixista,

Matt Ray (1972) - pianista,

Richard Walton (1956) - baixista,

Rolf Billberg (1930-1966) - saxofonista,clarinetista,

Tony Aless (1921-1988) - pianista,

Willim S. Brown (1960) - trompetista 
 

domingo, 21 de agosto de 2022

CORY WEEDS - O SOLE MIO! MUSIC FROM THE MOTHERLAND (CellarMusic)

Mesmo nestes tempos penosos e incertos, há alguns artistas profissionais criativos, que reconhecem a necessidade de "avançar" e fazer o melhor em uma situação ruim. O saxofonista Cory Weeds é um destes indivíduos. Ele está lançando “O Sole Mio! Music From The Motherland” em seu próprio selo, CellarMusic. Weeds tem combinado seus talentos de saxofonista alto com o Groover Quartet de Mike LeDonne, que apresenta LeDonne no Hammond B3 órgão, Eric Alexander no saxofone tenor, Peter Bernstein na guitarra e Joe Farnsworth na bateria. Cada um destes participantes é um virtuoso do jazz altamente reconhecido, trabalhador diligente, ou líder do seu próprio grupo. O suporte para esta seção teve como base um tema italiano originário da grande música italiana e/ou de compositores ítalos-americanos tais como Henry Mancini, Chick Corea e Pat Martino, que provieram de Guilio Recchioni do Italian Cultural Center em Vancouver B.C.

As primeiras duas faixas neste lançamento são abrasadoras. A faixa título vem de Nápoles, onde foi composta em 1898, e foi interpretada por tenores líricos tais como Enrico Caruso e Luciano Pavarotti. A banda exibe quão sérios eles são como suingadores com todos os membros solando, que estão vivos e individuais. O tema bem conhecido de Mancini, "Mr.Lucky", dá a esta esperta coleção uma chance para demonstrar suas interações improvisadas, que é baseada em seus talentos consideráveis e vasta experiência. Outro número bem conhecido é "Speak Softly Love", facilmente reconhecido como música de fundo do filme The Godfather (Nota: O Poderoso Chefão). Construída em torno da batida latina de Farnsworth, o alto de Weeds inicia a oferta, estabelecendo o tema, após o fluído saxofone tenor de Alexander tecer e arremessar-se em torno da melodia em modo primoroso. O guitarrista Bernstein então vem com frases repetidas e encrespadas, após o que o B3 de LeDonne exibe uma vigorosa, ainda que fervilhante entonação. Esta é uma tomada maravilhosa dentro do número.

Chick Corea, cuja ascendência é do sul da Itália, compôs "Chick's Tune", que é embasada nas mudanças de acordes da canção popular "You Stepped Out Of A Dream". A banda mantém o passo em nível de alta energia com o alto de Weeds liderando o caminho. Há algum trabalho estelar de guitarra a partir de Bernstein e Eric Alexander toma seu sax tenor em uma eufórica pegada. O B3 de LeDonne ultrapassa os portões com profundidade expressiva, seguida por um amplo trabalho da bateria de Farnsworth. A banda, então, assume o número com a repetição do tema. A faixa final é "Capricci Di Camere" que se origina de uma composição do baixista Paul Chambers, "Whims Of Chambers", que foi, também, o título do seu álbum de 1957 pela Blue Note. Originalmente estruturada por Chambers como um passeio da linha do baixo em um Blues em Fá, o grupo restabelece esta mesma linha para iniciar a canção e a usa como uma estrutura para explorar o número. Cada instrumentista toma uma peça para sua ação junto com LeDonne em sua melhor ebulição. Neste ponto, todos podem dizer "arrivederci – NT: até logo".

Faixas : O Sole Mio; Mr. Lucky; Speak Softly Love ( Theme From The Godfather); On The Stairs; Estate; Chick's Tune; Torna A Surriento; Moody Blues; Capricci Di Camere (Whims Of Chambers)

Músicos: Cory Weeds: saxofone alto; Eric Alexander: saxofone tenor; Mike LeDonne: órgão Hammond B3; Peter Bernstein: guitarra; Joe Farnsworth: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=mZWtWP1lrqw

Fonte: Pierre Giroux (AllAboutJazz) 



ANIVERSARIANTES - 21/08

Addison Farmer (1928-1963) - baixista,

Art Farmer (1928-1999) - trompetista,flugelhornista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Zf_xsgfucwc, 

Chris Dingman (1980) – vibrafonista,

Count Basie (1904-1984) - pianista,líder de orquestra,

Jorge Rossy (1964)- baterista,

Leon Parker (1965) - baterista,

Malachi Thompson (1949) - trompetista,

Mareike Wiening (1987) – baterista,

Marlon Jordan (1970) - trompetista,

Oscar Perez (1974) - pianista,

Peter Apfelbaum (1960) – saxofonista,

Savannah Churchill (1919 - 1974) - vocalista,

Steve Smith (1954) – baterista,

Tom Kennedy (1960) – baixista.

 

sábado, 20 de agosto de 2022

ESPEN ERIKSEN TRIO FEATURING ANDY SHEPPARD - IN THE MOUNTAINS (Rune Grammofon)

Espen Eriksen revela uma surpresa ao final deste memorável álbum ao vivo. Para a faixa final, seu trio toma o tema da canção de Krzysztof Komeda sobre a pancada do terror urbano de Rosemary's Baby (O bebê de Rosemary) de 1968. Inicia com o martelar gótico do piano e os arranhões lúgubres do baixo repondo o vocal da fala feminina "la-la" de Komeda. De novo, ao final, o teclado genial de Eriksen varre a região de uma melancolia abafada, lançada em algum lugar entre o pavor e a contemplação. Vem a ser uma peça que parece articular os muitos mistérios da vida e da morte.

Porém, isto não surpreenderia qualquer um familiarizado com o suspense das gravações assombrosas de Eriksen. Sua música deve bem ser uma trilha sonora de um verão sem fim, mas este apenas ouve sua angelical musa no toque que estão ausentes no ponto. O melhor trabalho de Eriksen teve sempre uma tensão no fio da navalha, onde uma manhã preguiçosa de domingo acena para a obscuridade da noite. Para este lançamento gravado em Oslo e Poland, o trio de Eriksen está unido pelo antigo associado, Andy Sheppard, no saxofone. As sete faixas ampliam suas versões em estúdio em diversos minutos, permitindo espaço extras por estados de espírito para clarear e escurecer ou corações a quebrar e cicatrizar. Sobre uma batida clássica de arrastar aos pés em "1974", Sheppard estabelece a maioria de melodias lentas de Eriksen. Porém, fiel à forma, tudo vira irregular e misterioso com tons menores fluindo através dos dedos de Eriksen, enquanto Sheppard causa o tumulto. "Anthem" então encontra Sheppard brincando com a faixa inédita e com a melodia no baixo em uma performance alegremente impertubável.

Atrelado ao ritmo agressivo em "Suburban Folk Song", Eriksen segue no êxtase de alguém que tem uma natural afinidade com ragas (NT: é como se chamam os modos usados na música clássica indiana. Trata-se de um conjunto de sete svars; nome pelo qual as notas musicais são conhecidas na música clássica indiana. Elas são aplicadas em suas formas "natural", "bemol" ou "sustenido") e o miraculoso. Meio caminho através da qual a audiência pode não se conter e explode em aplauso. Sheppard tocou no estúdio, mas não retrata aqui. Pela primeira vez, ele está comedido. "In The Mountains" Sheppard estrela na forma emocionante ainda que, suportado por uma batida melancólica na conga, que tem mais balanço e granulação do que a contraparte do álbum. Sheppard está ausente do seu estúdio na atuação em "Perfectly Unhappy", assim Eriksen gira ternamente em torno da principal canção. Esta deve ser a performance mais impulsiva do álbum, mas permanece identificável a Eriksen em cada acorde.

"Dancing Demons" tem uma melodia de abertura de clareza tropical, que descende de algo misteriosamente oposto com sua interação do baixo e notas penetrantes. Então, vem um retorno para a pureza aquecida, deixando-nos extasiados na coda como um sonho. Depois disso, esta arrepiante inclinação em "Rosemary's Baby" serve como recordação sobre se o mundo cotidiano de Eriksen venha a ser estranhamente alterado. Finalmente, uma menção especial segue a gravação aqui, onde cada instrumento estronda com verve e agudeza. Tal ressonância orquestral tem sentimento similar a estar na primeira fila.

A música de Eriksen trabalha em algum lugar abaixo da superfície, pesquisando as emoções interiores. E ainda assim, permanece ambíguo o bastante para permitir a cada ouvinte suas próprias visões ou sentimento. Este irresistível álbum ao vivo merece colocá-lo no panteão de grandes.

Faixas: 1974; Anthem; Suburban Folk Song; In The Mountains; Perfectly Unhappy; Dancing Demons; Rosemary’s Baby.

Músicos: Espen Eriksen: piano; Lars Tormod Jenset: baixo; Andreas Bye: bateria; Andy Sheppard: saxofone (nas faixas 1, 2 &4)

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=zBmh1gZt3Ug

Fonte: Gareth Thompson (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 20/08

Byron Stripling (1961) - trompetista,

Enrico Rava (1943) – trompetista,

Frank Capp (1931) - baterista,

Frank Rosolino (1926-1978) – trombonista,

Gabriel Grossi(1978) – gaitista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=TrRl3T0Rcf8,

Jack Teagarden (1905-1964) – trombonista,líder de orquestra,

Jimmy Raney (1927-1995) - guitarrista,

John Clayton (1952) – baixista,

Melford Graves (1941-2021) – baterista,

Michael B.(1942) - pianista,

Terry Clarke (1944) - baterista

 

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

KRISTIANA ROEMER - HOUSE OF MIRRORS (Sunnyside)

 A vocalista Kristiana Roemer quer que reflitamos sobre “as possibilidades de sermos nós mesmos”. Sua própria vida para o encontro tem sido rica com as perspectivas.

Criada em uma família bilíngue de Frankfurt, Roemer passou seus verões com a família de sua mãe em Dakota do Norte, onde ela começou cantando em coros de igrejas. Quando adolescente, ela passou de lições de música erudita para standards do jazz, e estudou música no Concordia College, antes de retornar para casa. Roemer, finalmente, foi para Paris, formou seu próprio quarteto e começou cantando músicas originais antes de se mudar para Nova York. Ela reflete, no álbum, todas estas mudanças com seu amadurecimento, esboçadas em todas as coisas de St. John of the Cross dentro das suas próprias meditações poéticas. Sua voz, leve como uma pena, apresenta estas letras convincentes com uma entonação intimista tão segura, que demanda atenção. A brilhante guitarra de Gilad Hekselman refrata a luz caleidoscópica na faixa título, enquanto “Beauty Is A Wound” de Roemer é um tributo para sua falecida mãe, é conduzida emocionalmente pela percussão de Rogerio Boccato. Porém, a líder ilumina um pouco: Ela está positivamente reservada, improvisando em “Sugar” de Stanley Turrentine e traz uma entonação melosa para “Duke Ellington’s Sound Of Love” de Charles Mingus, que faz justiça aos mestres que a inspiraram.

Faixas: House Of Mirrors; Beauty Is A Wound; Virgin Soil; Deine Hände; Dark Night Of The Soul; Manchmal; Lullaby For N.; Sugar; Duke Ellington’s Sound Of Love. (36:52)

Músicos: Kristiana Roemer, vocal; Addison Frei, piano; Alex Claffy, baixo; Adam Arruda, bateria; Gilad Hekselman (1), Ben Monder (5, 6, 7), guitarra; Dayna Stephens, saxofone (3, 8); Rogerio Boccato (2), percussão.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=g_FV0lWyXug

Fonte: Cree McCree (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES -19/08

Alex Malheiros (1946) – baixista,

Al Morgan (1908-1974) - baixista,

Angelo Debarre (1962) – guitarrista,

Belô Veloso (1971) – vocalista,

Dill Jones (1923-1984) - pianista,

Eddie Durham (1906-1987) – guitarrista,trombonista,

Jack Sharpe (1930-1994) – saxofonista, líder de orquestra,

Jimmy Rowles (1918-1996) - pianista,

Manzie Johnson (1906-1971) - baterista,

Marc Ducret (1957) - guitarrista,

Pedrinho Mattar (1936 -2007) – pianista,

Peter Leitch (1944) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=o0gI27rcKiE,

Rick Parker (1978) - trombonista,

Ron Escheté (1948) - guitarrista,

Tim Hagans (1954) - trompetista, flugelhornista