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terça-feira, 31 de maio de 2011

HOWARD ALDEN - I REMEMBER DJANGO (Arbors Records)






“I Remember Django” raramente qualifica-se como campeão de vendas. O legado do guitarrista Django Reinhardt, depois de tudo, tem sido uma longa e querida marca para Howard Alden, o renovado discípulo das sete cordas com uma estrada percorrida que fala por si mesma. Se Woody Allen não tivesse incubido a Alden a responsbilidade de colocar as notas certas durante a melancólica, mas encantadora homenagem a Django através do filme “Sweet and Lowdown”, teria Sean Penn, a estrela do filme, sido tão convincente no papel?. Nem pensar!


Assim, “Sweet and Lowdown” inspira uma excelente performance em 13 faixas homenagem, um medley de “I’m Forever Blowing Bubbles” e “I’ll See You in My Dreams”, que é comovedoramente enriquecido pelo cornetista Warren Vaché. O time bem ajustado dos músicos iniciam de forma esplêndida com “Who Cares?” e dispendem boa parte dos seus tempos sombreando e intercambiando linhas com uma espécie de precisão e sem qualquer esforço, que uma celebração a Reinhardt demanda. Alden é excelente companheiro, com o baixista Jon Burr e o guitarrista rítmico Matt Munisteri providenciando qualificado suporte. O guitarrista atua sozinho em “Nagasaki”, entretanto, tendo uma retumbante demonstração de competência.


Em outros momentos, a clarinetista Anat Cohen é tão benvinda, quanto evocativa. Eles adicionam uma apropriadamente animada versão de “Up Jumped You With Love”, uma suntuosa interpretação estruturada de “I Remember Django” de Barney Kessel e, o melhor de tudo, uma agora sensível e espirituosa tomada de “Nuages”. Sem dúvida Reinhardt—e o ocasional clarinetista Allen— aprovariam.


Faixas


1 Who Cares?


2 Up Jumped You With Love


3 I Remember Django


4 Jubilee Stomp


5 Insensiblement


6 Between The Devil And The Deep Blue Sea


7 Nuages


8 Bernardo


9 For Django


10 Nagasaki


11 I'm Confessin' That I Love You


12 I'm Forever Blowing Bubbles/I'll See You In My Dreams (Medley)


13 Tears




Músicos : Howard Alden (guitarra); Matt Munisteri (guitarra); Anat Cohen (clarinete); Warren Vaché (cornet).


Data de lançamento : 08 de Fevereiro de 2011


Fonte : JazzTimes / Mike Joyce




ANIVERSARIANTES - 31/05






Albert “Tootie” Heath (1935) - baterista,


Christian McBride (1972) – baixista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=sxNRkJIEYmw,


Clint Eastwood (1930) – pianista,diretor e ator de cinema,


Ed Lincoln (1932) – pianista,


Greg Abate (1947) - saxofonista,


Louis Hayes (1937) - baterista,


Marty Ehrlich (1955) - clarinetista , flautista , saxofonista,


Matteo Brancaleoni (1981) – vocalista,


Otto Hardwicke (1904-1970) - saxofonista,


Paulinho DaCosta (1948) - percussionista,


Red Holloway (1927) - saxofonista

segunda-feira, 30 de maio de 2011

WILL VINSON – STOCKHOLM SYNDROME (2010)






O saxofonista Will Vinson atua muitas vezes experimentando, mas raramente realiza produção de música nova e original com uma clara inclinação para a tradição. Ele cuidadosamente caminha na corda bamba, correndo o risco de queda : de um lado um raso mimetismo, e do outro a arte musical.


“Stockholm Syndrome”, o primeiro lançamento de Vinson pela Criss Cross e, apropriadamente, impetuoso , mistura standards e composições próprias, encontra o saxofonista alto desenvolvendo um distinto e pessoal lirismo. O album reúne cinco dos melhores músicos jovens dos Estados Unidos, com o objetivo expresso de criar um novo som. O produto parece ser neto do jazz da West Coast, incluindo toda a melancolia, graça e o o estilo, porém deixando de fora ocasional insipidez. Talvez não seja coincidência, então, que Vinson atualize composições do saxofonista Paul Desmond e do pianista Bill Evans.


Nas composições de Vinson, melodias tortuosas e fascinantes figuras da bateria rapidamente chamam a atenção. Entretanto, são os standards os pontos altos desta gravação. O violão de Lage Lund ilumina uma sombria e evocativa "You Wouldn't Forget Me", antes de uma divetida apresentação de "Everything I Love" de Cole Porter, que exibe a impressiva técnica do baterista Kendrick Scott e excepcional bom gosto. O álbum encerra com uma espirituosa e edificante tomada de uma obscura composição de Bill Evans , "Show Type Tune", que encontra Vinson atuando com trio composto de piano e bateria.


Com “Stockholm Syndrome’, Vinson continua a provar a si mesmo uma força condutora em seu instrumento, mas talvez , preponderantemente, seu foco como líder. Ele demonstra sua habilidade ao construir uma imponente narrativa com suas composições e com especial som de sua banda. O álbum é belamente concebido e parece dizer todas as coisas que deseja. Vinson aparece para escolher entre concisão e bravatas, não há frases extras ou excesso de improvisações sobre o tema. Ele escolhe, sobretudo, a musicalidade . A simples qualidade com frequência desprezada pela vanguarda do jazz contemporâneo.


Faixas: Squeeze; Dear Old Stockholm; Late Lament; Dean Street Rundown; Icronic; You Wouldn't Forget Me; Everything I Love; Party of One; Show Type Tune.


Músicos: Will Vinson: saxofones alto e soprano ; Lage Lund: guitarra; Aaron Parks: piano; Orlando LeFleming: baixo; Kendrick Scott: bateria.


Fonte : All About Jazz / David Lighton




ANIVERSARIANTES - 30/05






Ann Hampton Callaway (19590 – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=8iXMVZ8N8gA&feature=artist, Armando Peraza (1924) – percussionista,


Benny Goodman (1909-1986) - clarinetista,


Chuck Manning (1958) –saxofonista,


Darrell Grant (1962) – pianista,


Dave McKenna (1930-2008) - pianista,


Frankie Trumbauer (1901-1956) - saxofonista,


Mala Waldron (1958) – vocalista,


Marco Tamburini (1959) – trompetista,


Randy Napoleon (1977) – guitarrista,


Sidney DeParis (1905-1967) - trompetista,


Willie Garnett (1933) – saxofonista, líder de orquestra

domingo, 29 de maio de 2011

WALT WEISKOPF - WALT WEISKOPF: QUARTET LIVE (2011)






Além de ser o tenorista no palco com Steely Dan, Walt Weiskopf é primeiro e notavelmente um prolífico artista solo. Com cerca de 15 gravações aclamadas pela crítica como líder, Walt não é alguém que descansa em lauréis colecionados ao longo dos anos, tocando ao lado de legendas como Buddy Rich, Frank Sinatra, Toshiko Akiyoshi e The Vanguard Jazz Orchestra. Como um dos principais músicos de jazz com voz pós-Coltrane no saxofone, o tenor de Weiskopf soa singularmente , quase lastimoso e capaz de provocar incêndios . Como Coltrane, Weiskopf ostenta um comando virtuoso do instrumento conforme evidenciado em seuS complexos , excitantes e incomuns solos livres.


Que Weiskopf é um saxofonista dos saxofonistas está evidenciado na gravação de seu primeiro álbum solo na convenção bianual dos saxofonistas norte-americanos ( North American Saxophone Alliance). Se exibindo para uma plateia que não é facilmente impressionável , seu quarteto se apresenta com vigor , cortesia das estelares composições e arranjos suportados por uma seção rítmica de classe internacional. Devido ao precoce falecimento do brilhante baterista do quarteto, Tony Reedus, “Walt Weiskopf: Quartet Live” é dedicado ao homem e seu legado. Oferecendo um pano de fundo harmonicamente rico com dedos ágeis e solos inventivos, o piano de Renee Rosnes brilha através do espectro sônico com graça e sutileza, enquanto Reedus e o baixista Paul Gill controlam uma sólida e firme pegada .


A imprevisibilidade das composições de Weiskopf é admirável. Iniciando o álbum está "Man of Many Colors", que soa como uma versão acústica de uma música que poderia ser encontrada em um disco do Weather Report . Entretanto, uma vez que a melodia finda, firme e eficientemente , a combustão do straight-ahead inicia. O medley, consistindo de "Dizzy Spells" de Rosens e "Jay Walking" de Weiskopf, explora um terreno beatificamente no topo com a progressão do acorde do standard do jazz "Con Alma". O grupo vai mais além com "Scottish Folk Song" , cuja sombra é o distinto folk-jazz ouvido no seminal selo europeu ECM. Estas composições originais, combinadas com poucos standards, conduz o álbum que é uma deliciosa mistura de uma sessão de sopro e uma atrativa exibição composicional.


Faixas: Man of Many Colors; Little Minor Love Song; Dizzy Spells / Jay-Walking; Blues in the Day; Scottish Folk Song; Blame It on My Youth; Love for Sale; Breakdown.


Músicos: Walt Weiskopf: saxofone tenor; Renee Rosnes: piano; Paul Gill: baixo; Tony Reedus: bateria.


Gravadora: Capri Records


Estilo: Jazz Moderno


Fonte : All About Jazz / Doron Orenstein

ADERBAL DUARTE NO TEATRO SESI -2 DE JUNHO



ESPETÁCULO QUATRO CANTOS NO TEATRO GAMBOA NOVA - 29 MAIO



ANIVERSARIANTES - 29/05






Dan Stern (1973) – saxofonista,


David 'Bubba' Brooks (1922) – saxofonista,


Dick Hafer (1927) - saxofonista,


Eugene Wright (1923) - baixista,


Freddie Redd (1928) - pianista,


Hilton Ruiz (1952-2006) - pianista,


Jim Snidero (1958) - saxofonista,


Lynne Arriale (1957) – pianista,


Kenny Washington (1958) – baterista,


Maurício Eihorn(1932) – gaitista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=DV1HyYY0nB0,


Michael Kocour (1963) – pianista,


Ned Otter (1959) – saxofonista,


Ron Levy (1951) - organista , pianista,


Sean Jones (1978) – trompetista,


Wycliffe Gordon (1967) - trombonista

sábado, 28 de maio de 2011

20 ANOS DO PROGRAMA ENCONTRO COM O CHORINHO






No dia 21 de maio tive a honra de participar da gravação do programa Encontro com o Chorinho, comandado por Perfilino Neto, que vai ao ar todos os domingos no horário das 8 às 9h, em comemoração ao 20° ano do programa na Pérola Negra, loja de discos onde se encontra o melhor da música instrumental brasileira. Com um detalhe importante: A Pérola Negra comemora dez anos de existência. Ou seja, a reunião de dois heróis deste tipo de música dentro do cenário musical baiano.


A direção musical ficou sob o comando do trompetista Joatan Nascimento(na foto), que apresentou seu novo grupo de choro , SOTERACHORO, formado por estudantes da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia. É bom registrar este nome. Vai dar o que falar. Juntos a Joatan , estão Marcelo do Rosário no violão de seis cordas, Gilson Verde no violão de sete cordas, Marcelo Neder no cavaquinho, Sebastian Montini no pandeiro ( este é sueco, e o pessoal do grupo brinca dizendo que ele é um “negão” disfarçado), Gabriel do Rosário no bandolim e Ane Morgana Moreno na flauta. Há a perspectiva da geração de um CD a partir da gravação realizada.


O programa iniciou com Sofres Por Queres de Pixinguinha e depois veio a composição de Degenerado , feito para Valdomiro Ferro pelo seu irmão, que foi professor de Joatan nas Alagoas. A denominação deste choro é interessante. Valdomiro Ferro, que bebia muito, havia largado a bebida e o irmão compôs o choro Regenerado para homenageá-lo. Como ele voltou à ”mardita”, trocou o nome para Degenerado. Depois tivemos , o que não poderia faltar, a apresentação de Fred Dantas tocando Corintiano de Saraiva, Ternura (gravada inicialmente por ele com os Ingênuos no Museu de Arte Sacra ) e Na Glória , com a participação de Cacau do Pandeiro , legenda do choro na Bahia. Infelizmente , Edson Sete Cordas não pode comparecer.


Chegou o momento da participação da cantora Ananda, legítima representante de Ademildes Fonseca, coma as intepretações de Naquele Tempo (Pixinguinha e Benedito Lacerda), Odeon (Ernesto Nazareth), 1 x 0 (Pixinguinha e Benedito Lacerda com letra de João Bosco), deixando todos os presentes extasiados.


Apresentou-se , também, o Grupo Mandaia , em cuja formação está parte do SOTERACHORO, tendo como destaque seu cavaquinhista, que parece "emular" um bandolim, espantando a má impressão que este instrumento, lamentavelmente, adquiriu com a expansão do pagode baiano. Sem falar na sempre brilhante Ane Morgana. Apresentaram Baião (Waldir Azevedo) e Receita de Samba (Jacob do Bandolim).


Tivemos ainda Gereba apresentando 13 de Dezembro, composição de Luiz Gonzaga para o seu aniversário, que ganharia posterioremne um letra de Gilberto Gil, e La Nave Va, música composta para Paulo Moura com outra denominação, mas ao ganhar letra de Capinam ganhou este nome.


Esta apresentação deverá ir ao ar amanhã (29/05).


Como foi apresentada a composição Baião (Waldir Azevedo) , ouçamos Baião Brasil com o Trio + 1 (Joatan Nascimento) e o grande músico Hamilton de Holanda.


http://www.youtube.com/watch?v=3FGFw72PdEo




ANIVERSARIANTES - 28/05






Andrew Hadro (1985) – saxofonista,


Andy Kirk (1898-1992) - tubista ,


Claudio Roditi (1946) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=I-FmBbR1iMU&feature=related,


Cyro Monteiro(1913-1973) – vocalista,


Janet Seidel (1955) – pianista,vocalista,


Max Perkoff (1962) – trombonista,


Nika Rejto (1951) – flautista,


Russ Freeman (1926-2002) - pianista,


T-Bone Walker (1910-1975) – vocalista,guitarrista,


Tommy Ladnier (1900-1939) - trompetista , cornetista

sexta-feira, 27 de maio de 2011

ANIVERSARIANTES - 27/05






Albert Nicholas (1900-1973) - saxofonista,clarinetista,


Bud Shank (1926-2009) – saxofonista,


Dee Dee Bridgewater (1950) - vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=RIhoHwhiFU0&feature=related,


Felipe Ávila(1957) – violonista,guitarrista,


Gonzalo Rubalcaba (1963) –pianista,


Marc Copland (1948) – pianista,


Niels-Henning Orsted-Pederson (1946-2005) - baixista,


Ramsey Lewis (1935) - pianista

quinta-feira, 26 de maio de 2011

CHARLES PILLOW – VAN GOGH LETTERS (ELCM Records [2011])






Aqueles que gostam dos Noturnos de Debussy , admirarão o que este trio faz na interseção de “Van Gogh Letters”. Três excelentes músicos se aventuram nos delicadamente articulados,impressionísiticos/minimalistas poemas sonoros do saxofonista Charles Pillow. Inspirado em cartas de Vincent Van Gogh, Pillow traduz frases e sentenças do grande artista em sons coloridamente evocativos de uma época mais tranquila e menos aflitiva. O trio embarca em uma jornada através de variados locais e estados de espírito que suave, religiosamente e de forma problemática , Van Gogh viu e pintou com intensa beleza e emoção. O impressionismo musical francês , que evoluiu contemporâneamente com a arte de Van Gogh,foi o gênero que sugeriu a escala pentatônica aos músicos de jazz, e Pillow homenageia esta conexão..


"Painters Love Nature" (todas as faixas são citações de Van Gogh traduzidas em inglês) jviaja através do país com Van Gogh, como os sons da floresta do teclado de Jim Rid e o acordeão de Gary Versace, relembra o "Prelúdio a l'apres midi d'un faun" de Debussy . “Did I tell you about the storm?" inicia com um tema do clarinete baixo sobre alguns sussurrantes sons do acordeão e do sintetizador, evocando uma calma agourenta como nuvens escuras se acumulando para uma tempestade. Há improvisações pungentes sugerindo animais na floresta , envolvendo um ritmo sincopado com a sombra de “ A Love Supreme (Impulse!, 1964” de Coltrane), motivo recorrente em vários movimentos. Um oboé evoca uma estrela solitária no céu em "Over these roofs, one single star", um simples ritmo ¾ movendo-se maliciosamente através da noite. O quase ofuscante brilho das estrelas da famosa pintura "Starry Night" de Van Gogh vem à mente , se só por contraste , e a canção é embasada em Don McLean.


O English horn de Pillow dá um sentimento contemplativo, delicados toques são traçados na tela em "My brush goes between my fingers like the bow on a violin", enquanto "That same night I looked from my window" apresenta Versace moldando um quebra cabeça em acordes em clave maior, ainda com um insignificante sentimento insone de desconforto, seguido por várias transições modais que vão bem além de Debussy em sua modernidade.


Ecos de “A Love Supreme” são, outra vez, ouvidos, em "The sea was yellowish near the shore" em registro baixo do clarinete baixo, enquanto um oboé “canta” em contraste ao pouco brilho sonoro que empresta um senso de quietude a "At the horizon, a streak of light" , abrindo extensos espaços como o mar. O dueto de oboé/acordeão em "He who dances" segue uma dança rústica com leve sugestão ao bebop. "After a year in Paris, I'm going south" entrega-se a um senso de tristeza e perda de uma partida, em uma série de acordes do acordeão como hinos fúnebres, salientando uma fantasia no oboé, e finalmente conduzindo para o som do sintetizador evocando a contemplação do fim de noite. "Vincents' Rhapsody" ressalta a intensidade e perturbação de Van Gogh,sendo lírica e , às vezes, agitada. Finalmente, "I shall begin to Paint" captura uma variedade de cores tonais sugestivas da rica paleta de Van Gogh como um jogo de dados com ritmos latinos.


Assistam ao vídeo abaixo para conhecer um pouco deste trabalho


http://www.youtube.com/watch?v=6BNq_9JLQuQ


Faixas: Painters Love Nature; Did I tell you about the storm?; Over these roofs, one single star; My brush goes between my fingers like the bow on a violin; That same night I looked from my window; The sea was yellowish near the shore; At the horizon, a streak of light; He who dances; After a year in Paris, I'm going south; Vincents' Rhapsody; I shall begin to paint.


Músicos: Charles Pillow: oboé, English horn, clarinete baixo, sintetizador; Jim Ridl: piano, sintetizador; Gary Versace: acordeão


Fonte : All About Jazz / Victor L. Schermer







ANIVERSARIANTES - 26/05






Al Jolson (1885-1950) – vocalista,


Calvin Jackson (1919-1985) – pianista,líder de orquestra,


Colette Wickenhagen (1959) – vocalista,


Gene DiNovi (1928) – pianista,


Mamie Smith (1883-1946) - vocalista,


Miles Davis (1926-1991) - trompetista,


Peggy Lee (1920-2002) - vocalista,


Rubén Gonzalez (1919-2003) – pianista,


Shorty Baker (1914-1966) - trompetista,


Sivuca(1930-2006) – acordeonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=i1As5WXlTkI ,


Ziggy Elman (1914-1968) - trompetista

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Noite Italiana traz música erudita ao Balthazar - 26/05/2011.




Ana Paula Barreiro e Eduardo Ghissoni– Graduada em Canto pela Universidade Católica do Salvador, Ana possui Mestrado em Perfomance Vocal pela University of Montevallo, Alabama, EUA. No canto lírico, coleciona grandes apresentações em óperas e como solista em mais de 50 concertos sinfônicos de grande importância como o Réquiem de Mozart. Além das apresentações de lírico, jazz e MPB, a cantora é uma das mais respeitadas professoras de Canto da Bahia, sendo, durante muitos anos, professora da UCSal e UFBa e atualmente se dedicando à sua classe de ensino particular e ao trabalho como preparadora vocal de diversos corais. Já o tenor lírico Eduardo Ghissoni é chamado de ‘Pavarotti baiano’ e, também com formação erudita, já participou de diversas apresentações na Bahia e em outros estados brasileiros.


Serviço:
Noite Italiana com Ana Paula Barreiro e Eduardo Ghissoni
Data: 26 de maio (quinta-feira)
Horário: 21 horas
Local: Balthazar Grill&Bar (AV. ACM, Shopping Cidade – Itaigara)
Couvert: Livre na varanda, R$ 10 (salão) R$ 15 (camarote)
Estacionamento com manobrista
Informações: 3017 4343 / www.balthazargrill.com.br

PETER ERSKINE/BOB MINTZER/DAREK OLES /ALAN PASQUA - Standards 2, Movie Music






Standards são uma particular fascinação para o baterista Peter Erskine, como iniciado em seu disco nominado ao Grammy, “ Standards(Fuzzy Music, 2008)”. Diferente daquele primeiro álbum, consistindo basicamente de velhos standards de jazz, “Standards 2, Movie Music” foca canções consideradas standards do campo dos filmes de Hollywood. Apresentando música de “Gone With The Wind (1939)[E O Vento Levou]” , considerado por muitos como um dos melhores filmes já realizados , passando pelo principal tema de “Rosemary's Baby (1968)”, este singular conjunto de canções, por necessidade, tem de deixar de fora escolhas dentro de um largo espectro de filmes populares para preencher vários volumes, um risco que Erskine, prontamente , admite em suas notas para o disco.


Erskine está acompanhado, outra vez, pelo pianista Alan Pasqua, mas o restante dos músicos para esta sequência difere do primeiro álbum, com o baixista Darek Oles substituindo o falecido Dave Carpenter, e a inclusão do saxofonista Bob Mintzer, que mudou a dinâmica do grupo com seu marcante toque no papel de fio condutor. De West Side Story ( 1961), "Somewhere" toma um rumo diferente com momentos brilhantes de Pasqua e Mintzer, enquanto Erskine adiciona fortes marcas com os pratos.


"Night And Day" de Cole Porter do filme de 1934, “The Gay Divorcee”, são pontos alto do CD, salientando Mintzer, que também providencia um notável arranjo. Oles apresenta o principal tema de “Rosemary's Baby”, um número em movimento lento com uma melodia importunante, mas como o filme , mantém a audiência ligada até o final. Duas outra peças mágicas do álbum são "Cinema Paradiso" e o arranjo de Mintzer para "I Concentrate On You".


Uma apresentação de nove minutos de "For All We Know" um standard do jazz não associado a qualquer filme fecha o disco. Uma vez mais, Mintzer conduz a música com belas frases acompanhado pelo suave toque de Erskine nas escovinhas e as linhas agradáveis do piano de Pasqua. Entretanto como é uma sequência, “Standards 2, Movie Music”, suplica por sua própria sequência , considerando o número de canções de filmes disponíveis para o trabalho e o calibre do quarteto escolhido por Erskine.


Faixas: Tara's Theme; Somewhere; Dr. Kildare; Three Stars Will Shine Tonight; Night And Day; Rosemary's Baby; Cinema Paradiso (Intro); Cinema Paradiso; I Concentrate On You; For All We Know.


Músicos: Peter Erskine: bateria; Bob Mintzer: saxofone tenor ; Alan Pasqua: piano; Darek Oles: baixo


Fonte : All About Jazz / Edward Blanco

MARCIA CASTRO NO TCA - 11 DEJUNHO

Preparando-se para lançar o seu segundo disco, a cantora Marcia Castro antecipa parte desse repertório no palco principal do mais importante teatro de Salvador, o Teatro Castro Alves, pelo projeto Domingo no TCA. O show acontece no dia 05 de junho, as 11h, preço popular de 1 real. Na ocasião, a cantora recebe Helio Flanders (vocalista da banda Vanguart) como convidado especial.

O espetáculo terá como abertura o Teatro NU TCA, apresentando a peça "O Urso".

SHOW MARCIA CASTRO
Projeto Domingo no TCA
Convidado: Helio Flanders
Dia 05 de junho/11
Horário: 11h
Ingressos: 1 real

aniversariantes - 25/05






Christof Lauer (1953) - saxofonista,


Gary Foster (1936) - flautista,


Jimmy Hamilton (1917-1994)- clarinetista,,saxofonista,


Marshall Allen (1924) - flautista , saxofonista,


Nailor Proveta(1961) –saxofonista,clarinetista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=0bybo0EVgdA,


Wallace Roney (1960) – trompetista

terça-feira, 24 de maio de 2011

NOVOS BAIANOS – SISTEMA DE BELEZA






No dia 21 de Maio , uma caravana baiana aportará em Londres para fazer música. E boa música. Gershwin, Chopin e Stravinsky estão no repertório da Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia (YOBA, em inglês), convidada para o evento Lang Lang Inspires, no Royal Festival Hall. “Costumo dizer que um concerto só é sucesso se resultar em um convite para voltar, e foi o que aconteceu”, diz o pianista e maestro Ricardo Castro, a cargo do grupo de músicos de 13 a 25 anos que foi, no ano passadO, a primeira orquestra juvenil brasileira a se apresentar na Europa.


De volta ao continente, os jovens dividem espaço com o premiado pianista Lang lang, que abriu as Olimpíadas de Pequim. Foi tudo muito rápido. Em quatro anos a Yoba deixou as dúvidas de um começo difícil na Bahia para brilhar na Europa. O projeto é fruto do Programa Neojibá (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) e segue oS moldes do renomado El Sistema venezuelano. “Começamos numa Bahia, em 2007, muito semelhante à Caracas de 1975. IDH, população, situação precária na música de concerto e muitos talentos à espera de uma oportunidade”, diz Castro. A receita do sucesso, portanto, é só uma e a mesma do El Sistema. “Trabalho, trabalho, e mais trabalho.”


De Londres, os meninos seguem em “turnê”. Em Agosto levarão para Berlim e Genebra, além de Lizt e Chopin, música brasileira, com obra do compositor baiano Wellington Gomes. De volta a São Paulo, tocarão ainda Tchaikowski e Beethoven. Repertório de peso para uma orquestra jovem. Mais a idade não é problema para o maestro. “Quando a primeira nota é tocada, todos são iguais na busca de uma única meta: criar beleza”


Fonte: CartaCapital / Willian Vieira


O concerto apontado nesta matéria já ocorreu e foi um sucesso com demonstra a notícia extraída do blog da Neojibá, que segue :


Sucesso absoluto. Assim pode ser resumido o histórico concerto do último sábado (21.05) realizado pela Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia (YOBA), no Royal Festival Hall, em Londres. Ao lado do pianista megastar Lang Lang e com regência do prodígio venezuelano Ilyich Rivas, a YOBA teve uma performance impecável, tocando em altíssimo nível, e levando todas as 2800 pessoas do teatro completamente lotado a aplaudir de pé - algo incomum na terra da Rainha.


Iniciando o concerto com As Fontes de Roma, de Respighi, a YOBA mostrou a que veio e de imediato impressionou a plateia com a sensibilidade da apresentação. Em seguida, Lang Lang juntou-se à orquestra para uma performance sublime do Concerto para piano e orquestra Nº 2 de Chopin, que chamou a atenção pela perfeição com que foi tocada. Depois de um breve intervalo foi a vez da Suite Pássaro de Fogo de Stravinski levar a plateia às nuvens, com uma execução precisa e exuberante da peça. Para fechar o programa, Lang Lang retornou ao palco para tocar a Rhapsody in Blue, de Gershwin magnificamente, com uma orquestra concentrada e flexível aos "improvisos" perfeitos do astro chinês. Depois de muitos aplausos, todos retornaram para o bis: Tico-Tico no Fubá, de Zequinha Abreu, com um arranjo especial feito pelo tubista da YOBA, Jamberê Cerqueira. Até Lang Lang entrou na brincadeira da coreografia. Na saída do palco, mais animação com o frevo Vassourinhas, com direito a trenzinho, onde o chinês entrou na dança e se despediu, junto com a orquestra, do público extasiado.


Após a apresentação, alguns espectadores chegaram a postar vídeos no YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=JsodkGKV6P0&feature=channel_video_title




http://www.youtube.com/watch?v=Qq7UNB8nspU&feature=relmfu ) e muitos comentaram no Twitter o que acharam do concerto: "Uma noite absolutamente surpreendente e divertida"; "Apresentação realmente maravilhosa. Um bis incomparável. Até os músicos saindo do palco foi entretenimento"; "Concerto histórico em Londres ontem. Lang Lang. Ilyich Rivas regendo. E uma orquestra de jovens da Bahia. Exuberante. Inspirador", "Extraordinário!! Grande successo!!"; "Me sentindo totalmente inspirada depois do concerto de Lang Lang com a YOBA. Maravilhoso", foram alguns dos comentários.


A YOBA foi a primeira orquestra brasileira a se apresentar no Royal Festival Hall - uma das principais salas de concerto da Europa - e também a tocar ao lado do chinês Lang Lang, considerado um dos maiores pianistas da atualidade.







ANIVERSARIANTES- 24/05






Archie Shepp (1937) - saxofonista,


Charles Earland (1941-1999) – organista,


Eric Daniel (1952) – saxofonista,clarinetista,flautista,


Francesco Cafiso (1989) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=XFHg9HL9aLA,


Simone Guiducci (1962) – guitarrista

segunda-feira, 23 de maio de 2011

HERBIE HANCOCK RECEBE TÍTULO DE DOUTOR HONORIS CAUSA






Com uma larga carreira que se estende por cinco dácadas e lhe rendeu catorze Grammys , Herbie Hancock recebeu outro reconhecimento por suas contribuições ao jazz e à comunidade musical. O aclamado pianista de jazz e produtor recebeu o título de Doutor Honoris Causa em músIca pela Juilliard School na sexta-feira, 20 de Maio, na 106 Cerimônia de Formatura da Escola no Alice Tully Hall. Outros agraciados com o título foram o compositor e maestro John Adams, o ator Derek Jacobi e o coreógrafo Twyla Tharp.


Hancock nasceu em Chicago em 1940. Ele ingressou no mundo da música com 11 anos, um jovem pianista prodígio, e executou o Concerto para piano No. 5 em Ré Maior de Mozart e atuou com a Orquestra Sinfônica de Chicago. Hancock lançou seu álbum de estreia de jazz, “Takin’ Off”, em 1962 na Blue Note Records. Logo depois, Miles Davis o recrutou e trabalharam juntos durante cinco anos. Ao lado de outros artistas, eles produziram muitos álbuns, incluindo “Nefertiti” e “ Sorcerer”. Desde então tem lançado uma grande quantidade de discos . Seu último CD, “Imagine Project”, lançado em 2010, trouxe para Hancock outros dois Grammys.


Em acréscimo às suas contribuições musicais, Hancock tem trabalhado para ajudar a preservar o legado do jazz como presidente do Thelonious Monk Institute of Jazz. Hancock atua como fundador do International Committee of Artists for Peace, para demonstrar como as artes podem fomentar os princípios do humanismo e da não violência.


Foto: Peter Schaaf


Fonte : JazzTimes / Kimberly Huynh

ANIVERSARIANTES - 23/05






Arthur Satyan (1973) – pianista,


Artie Shaw (1910-2004) - clarinetista,líder de orquestra,


Daniel Humair (1938) - baterista,


Famoudou Don Moye (1946) - baterista , percussionista,


Humphrey Lyttelton (1921) - trompetista,clarinetista,líder de orquestra,


James Barela (1971) – trompetista,


Ken Peplowski (1959) - clarinetista , saxofonista,


Les Spann (1932-1989) – guitarrista,flautista,


Marvin Stamm (1939) trompetista , flugelhornista,


Randy Sandke (1949) – trompetista,


Richie Beirach (1947) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=uyT89ptsHHI&feature=related,


Rosemary Clooney (1928-2002) – vocalista

domingo, 22 de maio de 2011

ERIC ALEXANDER –DON´T FOLLOW THE CROWD (2011)






O título do disco de Eric Alexander, “ Don't Follow the Crowd”, é algo irônico, em uma sequência de gravações, pela HighNote , que têm a mesma matriz. Alexander pode ser enumerado dentro dos soltos e competentes álbuns de jazz no estilo straight-ahead , que podem não quebrar qualquer novo fundamento musical, mas são belamente executados , com uma seleção de suingantes blues e baladas.


Apesar de tocado um pouco mais agressivamente do que “Revival of the Fittest (HighNote)” de 2009, esta gravação é , ainda, uma obra clássica de Alexander. O quarteto é compacto, bem ensaiado e, claramente, um trabalho metodicamente unido. Alexander toca seu instrumento estritamente com notas naturais sem grasnidos ou falsas notas estridentes. Ele é um modelo de elegante bom gosto, que deveria estar em casa na orquestra de Duke Ellington.


Alexander também tem bom gosto na reunião do material para a gravação. Suas contribuições são um par de números mais incrementados. "Nomor Senterbress" tem linhas rodopiantes do Norte da África, que, lá, é executada no clarinete, estaria confortável em uma orquestração para algum filme de aventura árabe. Assim, Alexander inclina-se para uma estrutura de firmes ataques blueseiros. "Remix Blues" é outro número com interferência da tradição, que , junto com Alexander, apresenta uma maravilhosa performance do seu antigo pianista Harold Mabern((NT: Mabern foi, também, seu professor)e alguns exuberantes solos do baterista Joe Farnsworth.


É difícil errar com qualquer coisa de Henry Mancini, e Alexander escolhe "Charade"com seu adorável e perspicaz senso melódico. Talvez o excêntrico—ao menos no nome— é a música para cinema, "Cavatina", da trilha sonora do filme “The Deer Hunter (1978)”. Porém como todas as coisas aqui, é executada perfeitamente de uma forma que não sugere qualquer qualquer trapaça ou truque, apenas outra performance executada de forma exuberante neste excelente álbum.


Mas há algo que estraga o prazer. Alexander está claramente no topo do jogo, e “Don't Follow the Crowd” é uma excelente adição à sua consistentemente forte discografia. Mas há o senso de que ele poderia desafiar a si mesmo com improvisações mais experimentais e talvez uma formação diferente. Tão bom quanto “Don't Follow The Crowd” é deixar algumas questões sobre quão distante um músico iria se corresse mais riscos. Algo inesperado seria o que ele poderia apresentar de verdadeiramente surpreendente.


Faixas: Nomor Senterbress; She's Out of My Life; Footsteps; Charade; Don't Misunderstand; Remix Blues; Don't Follow the Crowd; Cavatina from "The Deer Hunter."


Músicos: Eric Alexander: saxofone tenor; Harold Mabern: piano; Nat Reeves: baixo; Joe Farnsworth: bateria.


Gravadora: HighNote Records


Estilo: Straightahead/Mainstream


Fonte : All About Jazz / Greg Simmons

ANIVERSARIANTES - 22/05






Armandinho (1953) – bandolinista(na foto e vídeo) http://v3.bcast.co.nz/videos/293970/armandinho-&-raphael-rabello,


Dick Berk (1939) - baterista,líder de orquestra,


Elek Bacsik (1926-1993) – guitarrista,violinista,


Jackie Cain (1928)- vocalista,


Kenny Ball (1930) - trompetista,


Sun Ra (1914-1993) - tecladista,líder de orquestra,


Tao Højgaard (1974) - guitarrista

sábado, 21 de maio de 2011

ERUDITO QUE AMA O POPULAR QUE AMA O ERUDITO .......








Ontem ,20/05, no Ciranda Café, tive o privilégio (que bom seria se fosse direito, pois haveria livre escolha para o seu exercício) de assistir a um bate-papo musical, bem ao gosto de Roberto Mendes, e Mário Ulloa, onde o erudito e o popular dialogaram convenientemente. Houve um show, mas por parte dos instrumentistas.



Mário Ulloa é natural da Costa Rica, radicado na Bahia desde os anos 80, iniciou-se ao violão aos quatro anos de idade. Professor Doutor do curso de pós graduação da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia com reconhecimento internacional. Roberto Mendes, natural de Santo Amaro da Purificação, que a considera o umbigo do mundo, iniciou sua vida artística em 1972 no grupo Sangue e Raça, com os parceiros Jorge Portugal e Raimundo Sodré. É um dos compositores mais respeitados do Brasil. Músico e pesquisador da chula do Recôncavo, tem mais de trinta anos de carreira, com mais de cem composições gravadas por diversos intérpretes da música popular brasileira. Recentemente publicou o livro DVD –“ Sotaque em Pauta” em parceria com o compositor Nizaldo Costa, lançado no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, que tive a felicidade de receber devidamente autografado.



Os músicos, como Roberto frisou, encontraram-se para o espetáculo praticamente naquele instante, mas a interatividade vem de anos de amizade, decorrente da apresentação da chula, considerada o canto do Recôncavo Baiano, a Ulloa , que a incorporou como elemento de interesse para a Universidade.



Roberto Mendes demonstra a afinidade da música baiana com a cubana e a razão está na mesma etnia de negros que vieram como escravos para cá e para Cuba. Além disto traz elementos de similaridade com a África encontrados em suas viagens. Ulloa registrou a diferença entre seus estilos com uma prosaica comparação. Ele precisa de unhas para tocar , Roberto não. Enfatizou a impressionante técnica da mão direita de Roberto , que é usada praticamente fechada , utilizando dois ou três dedos, que é típica dos violeiros do Recôncavo, de quem Roberto se diz um descarado imitador.



A destacar a interpretação maravilhosa de Gente Humilde de Garoto, que posteriormente ganhou letra de Chico Buarque, que deve deixado o autor encantado no céu. Roberto passeia garbosamente por suas composições e nos brindou com uma interpretação deliciosa de Meu Erro de Herbert Viana, que já lhe proporcionou uma bronca do seu filho por estar interpretando música de outro autor e de forma distinta do original. Bronca injusta. Além disto tivemos a canja de Beatriz , filha de Ulloa, com sua bela voz e de Mara, paulista que está na ponte aérea São Paulo- Salvador, que interpretou divinamente Summertime , deixando os espectadores extasiados, e levando o sempre humorado Roberto Mendes a comentar “Que menina chata esta. Chega aqui ,faz isto e se vai. Chata ela não?. O inferno é aqui. Que M........”



No próximo dia 27/05, às 20h, haverá nova sessão no mesmo local. Exerça seu direito de curtir um belo espetáculo.



Assistam a vídeos de Mário Ulloa e Roberto Mendes



http://www.youtube.com/watch?v=bLPAQ56kKIo



http://www.youtube.com/watch?v=ug-YrIDMmuE



Foto : Ailsen

Benutti's Band no Baltazar - 21 de maio de 2011.




A Bossa da Benutti’s Band no sábado do Balthazar

É com canções de Tom Jobim, Cole Porter, Carlos Lyra e Vinícius de Moraes que o trompetista Sérgio Benutti vai comandar a noite deste sábado no Balthazar Grill&Bar. Em sua segunda apresentação na casa, o artista será mais uma vez acompanhado pela Benutti’s Band em um show inteiramente dedicado à bossa nova e ao jazz.
Festival de Inverno Balthazar – Este mês o Balthazar estreia o seu Festival de Inverno com o Happy Hour. Música de qualidade e ambiente sofisticado na medida certa para um começo de noite descontraído, com o melhor da culinária contemporânea e da programação de Jazz, Blues e MPB. Inaugurado há mais de um ano, o Balthazar Grill&Bar vem investindo em uma temática que remete aos bares do French Quarter, em New Orleans. O espaço conta com quatro ambientes totalmente integrados e capacidade para receber 200 pessoas em área climatizada, mezanino e varanda.

Sérgio Benutti – O músico comemora em 2011 50 anos de carreira e apresenta-se em diversos locais de Salvador acompanhado pela sua Benutti’s Band, formada pelos músicos Luisa Meirelles (vocal), Marco de Carvalho (teclado), Marcos Sampaio (contrabaixo) e Marcio Diniz (bateria). Artista com grande atuação no cenário musical baiano, chegou a Salvador em 1982, onde tocou com o Sexteto do Beco, fundou a Banda Canja e participou de vários eventos do Festival de Música Instrumental da Bahia. Tocou com diversas orquestras da cidade e é participante da Orquestra Fred Dantas há mais de 20 anos. Atualmente é o produtor das Quintas Musicais do Yacht Clube da Bahia.

Serviço:
Sérgio Benutti e Banda no Balthazar Grill&Bar
Data: 21 de maio (sábado)
Horário: 22,30 horas
Local: Balthazar Grill&Bar (AV. ACM, Shopping Cidade – Itaigara)
Couvert: Livre na varanda, R$ 10 (salão) R$ 15 (camarote)
Estacionamento com manobrista
Informações: 3017 4343 / www.balthazargrill.com.br

ANIVERSARIANTES - 21/05






Bill Holman (1927)- saxofonista, arranjador,


Fats Waller (1904-1943) - pianista,


Larance Marable (1929) – baterista,


Marc Ribot (1954) – guitarrista,


Matthew Von Doran (1960) – guitarrista,


Sylvia Bennett (1956) – vocalista(na foto),


Tommy Bryant (1930-1982) - baixista

sexta-feira, 20 de maio de 2011

BENÇÃO, BADEN POWELL






A Caixa Cultural prossegue nos dias 20,21,22, às 20h, com o projeto em homenagem a Baden Powell , que busca relembrar a trajetória de um dos maiores violonistas da nossa história musical. Nesta empreitada estão seu filho Marcell Powell, herdeiro musical, que aprendeu a arte e a técnica do violão com o pai e Victor Biglione , argentino, mas brasileiro por adoção, um dos nossos maiores guitarristas.




O projeto transita pelas principais fases musicais de Baden, destacando-se os afro-sambas e incluindo aquelas compostas com seu filho Marcel. O show será apresentado em forma de dueto, com momentos solos de cada instrumentista, para culminar com o formato de dueto.


O show é imperdível. Estive lá na semana passada e recomendo.


ONDE : Conjunto Cultural da Caixa Econômica situado na Rua Carlos Gomes n˚ 57, Centro.


PONTO DE REFERÊNCIA: Ao Lado do INSS sentido Praça Castro Alves – Campo Grande


QUANTO : 1kg de alimento a ser entregue no local a partir das 14h do dia do espetáculo


FACILIDADE : Estacionamento gratuito ao lado do espaço.


INFO : www.caixacultural.com.br


Foto: Ailsen




MORRE O TROMPETISTA SNOOKY YOUNG








Eugene “Snooky” Young, um trompetista que foi o suporte principal em muitas bandas e orquestras de jazz , faleceu no último 11 de maio. Ele tinha 92 anos. Young era um trompetista-líder fundamental, especializado em apresentar notas altas, bem como utilizar um plunger (surdina em forma de desentupidor de pia) para obter um grande efeito.



Young nasceu em 03 de Fevereiro de 1919, em Dayton, Ohio. Em 2006 em reportagem na JazzTimes, Young contou a Don Heckman que cresceu cercado por música na sua extensa família e com cinco anos já tocava um instrumento. A família tinha uma banda chamada Snappy Six.



“Eu sou o terceiro dos sete irmãos “ , ele relembrou a Heckman. “Todos eles tocam instrumentos. Meu irmão mais velho, Granville—nós o chamamos de Catfish—tocava trompete, e era muito melhor que eu. Ele, uma vez, se foi com uma banda, voltou para casa e nunca mais saiu . Ficou fora da coisa completamente. Meu irmão mais novo tocava bateria, e eu tinha uma irmã que cantava. Meu pai tocava saxofone, guitarra e banjo, e ensinou minha mãe a tocar guitarra e banjo. A banda de Don Redman tentou levá-lo em excursão, mas ele não podia deixar a família”.



O trompete não foi seu primeiro instrumento escolhido. “ Inicialmente eu disse que queria tocar trombone ” ele falou para Heckman em 2006, “e então meu irmão mais novo disse que queria tocar trombone. E eu disse , eu não quero tocar trombone , se ele quer . Um homem desocupado, que conhecíamos, deu-me o primeiro instrumento– um velho cornet. E uma vez que eu o tomei, eu nunca mais pensei em querer tocar trombone.”



Young era ainda um adolescente, quando começou a trabalhar , em Ohio, com a banda de Chic Carter. Naquela banda também estava Gerald Wilson, com que ele desenvolveria uma longa amizade . Young seguiu Wilson, quando este foi para o grupo de Jimmie Lunceford e mais tarde passou a trabalhar em diversos momentos com a The Count Basie Orchestra.



Young narrou para Heckman que a transição entre Lunceford e Basie necessitou alguns ajustes de sua parte. “Aquelas bandas eram como noite e dia “ ele disse. “De fato, eu tinha que aprender como tocar novamente quando fui para a banda de Basie. Lunceford tinha uma banda de duas batidas. Basie era a banda que iniciava o suíngue. O baixo estaria seguindo , e Jo Jones apenas fazia saltitar a linha do baixo da bateria de vez em quando, e a guitarra e o baixo manteriam a marcha. Bem, eu tinha que me acostumar com aqulo, pois eu vinha de uma banda onde o ritmo tocava em cada batida”.



Young também trabalhou com os grupos de Lionel Hampton e a Thad Jones-Mel Lewis Big Band, da qual foi membro fundador . Young uniu-se à banda do Tonight Show em 1967 e por lá ficou por cerca de 25 anos, deixando o grupo quando ele foi reorganizado em 1992.







Entre as performances da banda do Tonight Show , Young também tocava com os grupos que excursionavam com Doc Severinsen e com ele continuou a se apresentar com ele anos após deixar a banda do Tonight Show. Como ele tinha um natural movimento rápido, Young e Severinsen tinham um raro vínculo, mesmo atuando atuando em uma versão de dois trompetes para “Dueling Banjos”.



Young foi também um membro regular da Clayton-Hamilton Jazz Orchestra, atuando e gravando com a orquestra baseada em Los Angeles durante 20 anos. Ele foi desginado como um NEA Jazz Master em 2008. Entretanto ele só gravou três discos como líder (“Boys From Dayton on Master Jazz in 1971”; “Snooky & Marsha “ pela Concord Jazz em 1978; “Horn of Plenty”, também, pela Concord Jazz em 1979.) Young pode ser ouvido em vários álbuns da Count Basie Orchestra, da Thad Jones-Mel Lewis Big Band e da Clayton-Hamilton Jazz Orchestra.



Olhando para trás em sua longa e ilustre carreira, Young compartilhou sua filosofia com Heckman. “Eu aprendi muito durante todos aqueIes anos ”, Young declarou. “E eu tentei transmitir a experieência. Praticar todos os dias e com muito prazer.Se você quer se manter atualizado com seu tempo, você tem que se manter com seu instrumento. Quando você toca um arranjo tente sentir o que autor escreveu, porque se você não pode senti-lo , você não será capaz de tocá-lo”.



Como despedida , fiquemos com esta bela exibição de Snooky Young



http://www.youtube.com/watch?v=RlX0b-AJWz4



Fonte : JazzTimes / Lee Mergner





Foto: Nick Ruechel