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sexta-feira, 31 de maio de 2013

A mais nova orquestra de Salvador. Orquestra Sergio Benutti https://vimeo.com/67387220 http://vimeo.com/67221855 http://vimeo.com/67081163#

GIANNI BARDARO – SOUL BLUEPRINT (EmArcy)

O saxofonista alto e compositor, o italiano Gianni Bardaro exibe suas consideráveis habilidades e inclinação por compor material complicado em seu quinto projeto como líder. O turbulento “Neffertiti” (não a composição de Wayne Shorter) apresenta sua afiada precisão a laser em uníssonos desafiantes com o pianista Francesco Cali e o baixista Andreas Hatholt, em paralelo com um sopro  livre que suinga  impetuosamente  como extremidades em terreno acidentado. A angular “Dav” relembra alguns dos experimentos de Steve Coleman com o fluxo sobre intricadas mudanças de tempo. O convidado especial, Randy Brecker, aparece em “Il Tempio Della Nuvola Bianca”, que inicia com floreios como uma fuga entre o trompete e o alto, então resolve espalhar um toque baladesco que realça seu lírico trabalho no flugelhorn. Brecker oferece cintilantes trabalhos no trompete surdinado na divertida “Against” e engaja-se em um intensa conversação em três vias com Bardaro e o conguero Samuel Torres na ritmicamente explosiva, com sabor afro-cubano, “Illegal.” O toque mais lírico de Bardaro vem na calorosa balada “Into”. Ele encerra com um ataque furioso no alto, indiferentemente no tempo dobrado em “A Slow Walk to No-Action”. Fãs de jazz necessitam conhecer este excepcional talento.

Faixas
1 Neffertiti
2 Il tempio della nuvola bianca
3 Dav
4 Against
5 Into
6 Flame in blue
7 Illegal
8 Beso de negra
9 A slow walk to no-action


Fonte: JazzTimes / Bill Milkowski

ANIVERSARIANTES - 31/05

Albert “Tootie” Heath (1935) - baterista,
Christian McBride (1972) – baixista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=sxNRkJIEYmw,
Clint Eastwood (1930) – pianista,diretor e ator de cinema,
Ed Lincoln (1932) – pianista,
Greg Abate (1947) - saxofonista,
Louis Hayes (1937) - baterista,
Marty Ehrlich (1955) - clarinetista , flautista , saxofonista,
Matteo Brancaleoni (1981) – vocalista,
Otto Hardwicke (1904-1970) - saxofonista,
Paulinho DaCosta (1948) - percussionista,
Red Holloway (1927-2012) - saxofonista 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

MORRE O PIANISTA MULGREW MILLER

Mulgrew Miller, um pianista renomado por seu poder e precisão em trabalhos no estilo straight-ahead , faleceu. Sua morte foi confirmada na manhã de 29/05 por um representante da Maxjazz, a gravadora que lançou sua música através dos anos 2000. Miller sofreu um derrame cerebral na semana passada e foi hospitalizado. Ele tinha 57 anos.

Miller nasceu em 13 de Agosto de 1955 em Greenwood, Mississipi. Ele começou tocando piano aos 6 anos, se apresentando aos 10 e na escola secundária estava trabalhando no trio de jazz local, tocando R&B em local de dança e gospel nas igrejas. Influenciado sobretudo por Oscar Peterson (e mais tarde por McCoy Tyner), ele dedicou-se a vir a ser um habilidoso pianista. “Eu era surpreendente”,  um citação de Miller em sua biografia online na Maxjazz, sua principal gravadora desde o inícios dos anos 2000. “Era um evento que estava ocorrendo na minha vida. Eu tinha certeza que seria um pianista de jazz ”. A biografia acrescenta que Miller escolhe o que ele chama de “uma abordagem simples de executar” na idade dos 15 anos, não significando que ele se assentaria em um estilo relaxado, mas que ele “enfocaria com cuidadosa atenção para a destreza, escolhas impecáveis de músicos para acompanhá-lo, e uma vida equilibrada que incluía um lar estável e um estilo de vida vegetariano”.

A carreira profissional de Miller começou no meado dos anos 70, quando ele se juntou à  orquestra de Duke Ellington (então liderada por Mercer Ellington, filho de Duke). Miller também passou um tempo acompanhando a cantora Betty Carter (1980), o trompetista Woody Shaw (1981-83) e foi membro da Art Blakey’s Jazz Messengers (1983-86). Em 1986, Miller uniu-se ao novo grupo do baterista Tony Williams, que inicialmente consistiu em Wallace Roney, trompete; Donald Harrison, saxofone alto; Bobby Hutcherson, vibrafone; e  Ron Carter, baixo. Miller participou em cinco gravações de Williams. Ele também  apareceu em gravações de Kenny Garrett, Freddie Hubbard, Joe Lovano e diversos outros artistas. Diz-se que Miller atuou em mais de 400 gravações.

O álbum de estreia de Miller como líder foi “Keys to the City”, lançado pelo selo Landmark em  1985, produzido por Orrin Keepnews. Ele gravou mais que 15 discos sob seu nome para  Landmark, Novus e Maxjazz. Com o último, ele lançou a série de quatro álbuns consecutivos ao vivo, criticamente aclamados , dois trabalhos no Yoshi’s  em Oakland, Califórnia e dois no Kennedy Center em Washington, D.C. Ele trabalhou em configurações de variados tamanhos, incluindo trios, quintetos e sextetos. Em 1999 ele começou trabalhando com o baixista Niels-Henning Ørsted Pedersen, com quem ele gravou um série com composições de Duke Ellington e Jimmy Blanton , “The Duets”. Em 2000, eles adicionaram o baterista Alvin Queen e excursionou pela Europa. Miller também participou de um trio com Ron Carter e o guitarrista Russell Malone. O mais recente trio de Miller apresentou Ivan Taylor no baixo e Rodney Green na bateria.

Em 2006, Miller foi premiado com um título honorário de Doctor of Performing Arts at Lafayette College, onde ele foi nomeado Artist in Residence em 2008-09. Em 2006 ele veio a ser  Diretor de Estudos de Jazz da William Paterson University.

Fonte : JazzTimes / Jeff Tamarkin

Foto : Jimmy Katz

ANIVERSARIANTES - 30/05

Ann Hampton Callaway (19590 – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=8iXMVZ8N8gA&feature=artist,
Armando Peraza (1924) – percussionista,
Benny Goodman (1909-1986) - clarinetista,
Chuck Manning (1958) –saxofonista,
Darrell Grant (1962) – pianista,
Dave McKenna (1930-2008) - pianista,
Frankie Trumbauer (1901-1956) - saxofonista,
Mala Waldron (1958) – vocalista,
Marco Tamburini (1959) – trompetista,
Randy Napoleon (1977) – guitarrista,
Sidney DeParis (1905-1967) - trompetista,
Willie Garnett (1933) – saxofonista, líder de orquestra

quarta-feira, 29 de maio de 2013

THE PAUL WINTER SEXTET – COUNT ME IN: 1962 & 1963 (Living Music)

Muitos fãs pensam no saxofonista Paul Winter como um pioneiro pela atenção ao ambiente das edições, um defensor da música mundial, e líder do Paul Winter Consort. Porém 50 anos atrás, Winter liderou um sexteto tradicional de jazz . A banda gravou com o grande produtor  John Hammond. Foi um dos primeiros a excursionar pela América Central e do Sul  patrocinado pelo Departamento de Estado norte-americano. Atuou no salão leste da Casa Branca em 19 de Novembro de 1962, sendo a primeira vez que um grupo de jazz atuou neste reverenciado local. DownBeat cobriu o evento histórico, reportando que o sexteto “arrasou” na canção de abertura , que foi um arranjo de Jimmy Heath para a composição de Milt Jackson, “Bells And Horns”. Meio século depois , os ouvintes ainda podem escutar o entusiasmo dos músicos e a grande harmonia. Sete canções do concerto da Casa Branca estão inclusas no disco duplo de 32 faixas “Count Me In”, cobrindo o período fértil de 1962–63. Como as maravilhosas notas do disco apontam, o repertório do sexteto era fortemente influenciado pelos novos ritmos que eles ouviram durante a excursão internacional. A composição “Casa Camara” do baixista Richard Evans incorpora ritmo que os músicos descobriram no México e outro que aprenderam na Colombia. Winter era um forte apoiador da música brasileira , como evidenciado pelas gravações de composições de Antônio Carlos Jobim, Dorival Caymmi e Carlos Lyra. Entre outros pontos de destaque do disco estão a bossa-nova composta pelo pianista Warren Bernhardt,“Marilia,” “Count Me In” (uma música de Evans em homenagem a Count Basie) e a potente jovialidade do saxofonista barítono Les Rout em sua composição “Routeousness”.O Disco 2 encerra com quatro faixas do LP “Jazz Meets The Folk Song”, incluindo uma terna e comovente interpretação de “We Shall Overcome” gravada dez dias após o assassinato do Presidente  Kennedy. O Paul Winter Sextet  voltou a reunir-se como parte dos concertos do solstício do inverno no período de 13 a 15 de Dezembro do ano passado na Catedral St. John the Divine em  Nova York .

Disco 1
1 A Bun Dance 3:37
2 Papa Zimbi 4:26
3 Casa Camara 4:58
4 Them Nasty Hurtin' Blues 3:25
5 Você e Eu (Only You and I) 2:51
6 Insensatez (Foolish One) 3:40
7 Mystery Blues 3:55
8 Chega De Saudade (No More Blues) 3:03
9 Routeousness 4:50
10 Count Me In 2:26
11 Bells and Horns 4:45
12 Saudade de Bahia (Longing for Bahia) 4:26
13 Casa Camara 5:07
14 Pony Express 3:20
15 Maria Ninguém (Maria Nobody) 2:57
16 Toccata (From Suite Gillespiana) 4:45
17 Count Me In 3:01

Disco 2
1 Cupbearers 3:32
2 Ally 6:48
3 The Sheriff 4:44
4 With Malice Toward None 5:22
5 All Members 6:50
6 Marilia 5:27
7 Suíte Port Au Prince: Invocation to Dambala/Prayer/Papa Zimbi 10:00
8 New York 19 5:15
9 Quem Quiser Encontrar O Amor (He Who Wants to Find Love Has to Cry)3:47
10 The Thumper 5:28
11 Count Me In 2:44
12 Repeat 3:21
13 Lass from the Low Countrie 3:44
14 Down by the Greenwood Side 5:35
15 We Shall Overcome 3:21


Fonte: DownBeat / BOBBY REED

ANIVERSARIANTES - 29/05

Dan Stern (1973) – saxofonista,
David 'Bubba' Brooks (1922) – saxofonista,
Dick Hafer (1927) - saxofonista,
Eugene Wright (1923) - baixista,
Freddie Redd (1928) - pianista,
Hilton Ruiz (1952-2006) - pianista,
Jim Snidero (1958) - saxofonista, 

Lynne Arriale (1957) – pianista,
Kenny Washington (1958) – baterista,
Maurício Eihorn(1932) – gaitista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=DV1HyYY0nB0,
Michael Kocour (1963) – pianista,
Ned Otter (1959) – saxofonista,
Ron Levy (1951) - organista,pianista,
Sean Jones (1978) – trompetista,
Wycliffe Gordon (1967) - trombonista 

terça-feira, 28 de maio de 2013

JOHN SURMAN –SALTASH BELLS (ECM Records)

John Surman, que toca diversos instrumentos de palheta, realiza em seu primeiro trabalho solo em aproximadamente duas décadas, algo profundamente autobiográfico, conscientemente evocando sua juventude  na parte ocidental da Inglaterra. O título “Saltash Bells” referencia o carrilhão da igreja de Cornwall, que  Surman recorda ouvindo-o do escaler do seu pai marinheiro, que ambos navegavam na estreita passagem entre Cornwall e a sua nativa Devon.

Porém, mesmo sem o conhecimento da estória da vida de Surman, a maioria dos seus elementos estão na música: o tocador de sinos, na forma do eco dos sintetizadores; o frio e cinzento nevoeiro, representados  pelo solitário e ansioso som do barítono de Surman. Melodias sugerem eternas canções folclóricas, enquanto um oscilante clarinete sugere uma distante sirene no nevoeiro. Nostalgia constantemente intimida , e em faixas como “Winter Elegy” uma nota de suavidade move-se, mas na maior parte das odes multitrilhadas de Surman mantem-se um ardor austero. A faixa final , “Sailing Westwards”, é uma navegante narrativa épica acompanhada por aproximadamente todos os instrumentos de Surman, incluindo um novo: uma pesarosa gaita que tece sedutoramente em torno de seu inebriante soprano.

Faixas: Whistman's Wood; Glass Flower; On Staddon Heights; Triachorum; Winter Elegy; Ælfwin; Saltash Bells; Dark Reflections; The Crooked Inn; Sailing Westwards.

 Músico: John Surman: saxofones soprano, tenor, barítono e alto; clarinetes ,gaita e sintetizador.


Fonte: JazzTimes / Shaun Brady

ANIVERSARIANTES - 28/05

Andrew Hadro (1985) – saxofonista,
Andy Kirk (1898-1992) - tubista , 
Claudio Roditi (1946) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=YncPqELJTTo,
Cyro Monteiro(1913-1973) – vocalista,
Janet Seidel (1955) – pianista,vocalista,
Max Perkoff (1962) – trombonista,
Nika Rejto (1951) – flautista,
Russ Freeman (1926-2002) - pianista,

T-Bone Walker (1910-1975) – vocalista,guitarrista,
Tommy Ladnier (1900-1939) - trompetista,cornetista 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

CLAIRE MARTIN & KENNY BARRON – TOO MUCH IN LOVE TO CARE (Linn Records)


O 14° lançamento de Claire Martin representa múltiplos marcos para a vocalista britânica: sua primeira gravação nos Estados Unidos  em 15 anos; o seu primeiro disco devotado exclusivamente ao grande repertório norte-americano e o  seu 20° aniversário com o selo londrino Linn . É também um álbum vocal próximo da perfeição e adequado para se ouvir. Martin, que sempre cita Ella Fitzgerald e Shirley Horn como suas maiores influências, pode seguramente clamar por um lugar à mesa.

Nas notas do disco, Martin expõe que quando atua ao vivo ela sempre está atenta  “ ao suspiro lânguido do realce ” sempre que interpreta uma canção familiar, consequentemente o faz para todos os standards escolhidos. Entre os 13 selecionados estão vários dos mais gravados de todos os tempos—“Embraceable You”, “Time After Time”, “Crazy He Calls Me” ,“How Long Has This Been Going On?” e “I Only Have Eyes for You” dentre outros. Cantoras menos seguras seriam tentadas a azedar tais bombons. Porém Martin prefere que as grandes canções sejam servidas de forma direta, sem requerer nenhum adorno além do excelente acompanhamento. E excepcional é sua escolha: o pianista Kenny Barron, o baixista Peter Washington (que gravou anteriormente com ela em Nova York em 1997), o baterista Kenny Washington e o saxofonista/flautista Steve Wilson. Como Martin, a estes finos artesãos não interessa engrandecimento, permanecendo individual e coletivamente, elegante e belamente, amplificando a maravilhosa beleza do vocal levemente tostado.

Faixas
01. Too Much in Love to Care
02. Embraceable You
03. Weaver of Dreams
04. Crazy He Calls Me
05. You Turned the Tables on Me
06. How Long has This Been Going On?
07. Lazy AfternoonJerome Moross & John
08. Time After Time
09. A Time for Love
10. I Only Have Eyes for You
11. I'm Glad There is You
12. Wonder Why
13. Too Late Now

Fonte: JazzTimes /Christopher Loudon

ANIVERSARIANTES - 27/05


Albert Nicholas (1900-1973) - saxofonista,clarinetista,
Bud Shank (1926-2009) – saxofonista,
Dee Dee Bridgewater (1950) - vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=RIhoHwhiFU0&feature=related,
Felipe Ávila(1957) – violonista,guitarrista,
Gonzalo Rubalcaba (1963) –pianista,
Marc Copland (1948) – pianista,
Niels-Henning Orsted-Pederson (1946-2005) - baixista,
Ramsey Lewis (1935) - pianista 

domingo, 26 de maio de 2013

ELIANE ELIAS - I THOUGHT ABOUT YOU: A TRIBUTE TO CHET BAKER (2013)


É tentador considerar homenagens  a Chet Baker como a excelente “Baker Sings Chet (OA2, 2004) de  Jeff Baker ou a sublime “Baker's dozen: Remembering Chet Baker (MAXJAZZ, 2009)” de John Proulx superiores ao homenageado. Assim está fraturada nossa ilustração de Baker, face à completa apreciação enevoada por suas propensões extra-musicais. Porém não é isto exatamente. O trompete sem vibrato de Baker e o vocal, bem como suas limitadas habilidades técnicas estão adquirindo sabor, e uma vez adquiridas são geralmente recompensadoras para o ouvinte. Não é simplesmente uma coisa, mas o completo pacote que é Chet Baker. Quer melhor legado do que deixar que uma constante recapitulação de seu repertório ocorra durante muitos anos.

A safra de homenagem de hoje é da pianista e vocalista Eliane Elias com “ I Thought About You: A Tribute to Chet Baker”. A reputação de Elias repousa em seu superior pianíssimo, e começou em 1990 com “Eliane Elias Sings Jobim (Blue Note)”, seu polido, suave e perfeitamente indefinível vocal, que se mostra sonora e estilisticamente bem adequado ao repertório de Baker.

Como Proulx, Elias canta Baker de forma simples e direta, realçando o jeito emocional frio de Baker , entretanto apresentando-o de forma atrativa. O resultado  captura o lado sombrio de Baker e a sua personalidade sarcástica retratada em seu canto. O que Elias traz para a mesa  é a cadência animada de um toque brasileiro, que incrementa sensualidade ao disco para onze em uma escala de dez. "I Thought About You" e "Let's Get Lost" são como lábios de amantes roçando um no outro.

Elias é acompanhada por um grande grupo musical, que inclui o trompetista Randy Brecker, o violonista Oscar Castro-Neves e o guitarrista Steve Cárdenas. Eles providenciam com o baixista Marc Johnson e o baterista Victor Lewis aquela infusão úmida caribenha que colore cada canção. Está Chet Baker sendo melhor experimentado através de outros artistas?.

Faixas: I Thought About You; There Will Never Be Another You; This Can't Be Love; Embraceable You; That Old Feeling; Everything Depends On You; I've Never Been In Love Before; Let's Get Lost; Start; You Don't Know What Love Is; Blue Room; Just Friends; Girl Talk; Just In Time; I Get Along Without You Very Well.

 Músicos: Eliane Elias: vocal, piano; Marc Johnson: baixo acústico; Steve Cárdenas: guitarra; Randy Brecker: trompete, flugelhorn; Oscar Castro-Neves: violão: Victor Lewis: bateria; Rafael Barata: bateria; Marivaldo dos Santos: percussão.

 Gravadora: Concord Records

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo :

Fonte: AllAboutJazz /C. MICHAEL BAILEY

ANIVERSARIANTES - 26/05


Al Jolson (1885-1950) – vocalista,
Calvin Jackson (1919-1985) – pianista,líder de orquestra,
Colette Wickenhagen (1959) – vocalista,
Gene DiNovi (1928) – pianista,
Mamie Smith (1883-1946) - vocalista,
Miles Davis (1926-1991) - trompetista,
Peggy Lee (1920-2002) - vocalista,
Ruben Gonzalez (1919-2003) – pianista,
Shorty Baker (1914-1966) - trompetista,
Sivuca(1930-2006) – acordeonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=i1As5WXlTkI ,
Ziggy Elman (1914-1968) - trompetista

sábado, 25 de maio de 2013

JOHN YAO QUINTET – IN THE NOW (Innova Recordings)


O trombonista-compositor John Yao, um protegido de Luis Bonilla, faz uma auspiciosa estreia como líder, reunido ao saxofonista Jon Irabagon, ao tecladista Randy Ingram, ao baixista Leon Boykins e ao baterista Will Clark. Juntos eles desfrutam uma excelente harmonia em potentes interpretações como em  “Divisions”, que passa de  uma pegada agitada Afro-Caribenha 12/8 para um tempo suingante dobrado 4/4 , e o ominoso órgão incrementando a pegada em “Funky Sunday”. A melancólica balada  “For NDJ”, em tempo de valsa, tem  Ingram atuando com uma entonação etérea no Fender Rhodes e apresenta Yao e Irabagon engajados em alguns intricados contrapontos contra a profunda linha do baixo de Boykins e as maleáveis vassourinhas de Clark.

 A ousada faixa título apresenta  Irabagon solto e lastimoso em um registro altíssimo; Yao toca dentro de forma mais tradicional em seu suingante solo. “Not Even Close” e “Pink Eye” incorporam uma vibração insistentemente à la Jazz Messengers , enquanto pisa , às vezes, na zona do  free, e a com tempo acelerado, “Snafu”, pode ser a mais original composição de Yao. O trombonista revela entonações de ouro e tendências líricas em sua inspiradora balada “Shorter Day”.

Faixas: Divisions; Funky Sunday; For NDJ; In The Now; Now Even Close; Pink Eye; Shorter Days; Snafu.

Fonte: JazzTimes / Bill Milkowski

ANIVERSARIANTES - 25/05


Christof Lauer (1953) - saxofonista,
Gary Foster (1936) - flautista,
Jimmy Hamilton (1917-1994)- clarinetista, saxofonista,
Marshall Allen (1924) - flautista,saxofonista, 
Nailor Proveta(1961) –saxofonista,clarinetista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=0bybo0EVgdA,
Wallace Roney (1960) – trompetista

sexta-feira, 24 de maio de 2013

RALPH BOWEN – TOTAL ECLIPSE (Posi-Tone)


Ralph Bowen toca um estilo puro de saxofone tenor pós-moderno. Ele possui imensa proficiência técnica e consistentemente  expõe seus atributos. Tome “Into the City”. É veloz,  entalhada, assimetricamente formada , como se fosse uma convocação às armas. Bowen evolui de um poucos tons adjacentes repetidos para longas linhas convolutas, que soam como ataques violentos até você perceber que são trabalhos de sutis variações (se em sua configuração o tenor pode ser sutil).

Fato é que ele faz bons discos. Seus três mais recentes, ” Power Play” , “Due Reverence” e  “Dedicated” , todos pela Posi-Tone, foram empreendimentos estéticos como uma clínica de saxofone tenor . “Total Eclipse” é mais poderoso ainda. Tem uma  banda mais apimentada.

Os rapazes são relativamente jovens. Jared Gold é um organista que maximiza os recursos do seu instrumento. Quando ele e Bowen combinam  um poderoso uníssono, como em  “Exosphere”, este quarteto soa como uma big band. Quando Gold solta a força completa do seu B3 em uma selvagem e extraordinária peça como “Hip Check”, ele não faz muita cortesia  como impulsionador e atiçador atrás de Bowen, catapultando-o para frente. Além disto, Gold executa solos com brilhantes detalhes e picantes dissonâncias como em  “In My Dreams”. Mike Moreno é um livre pensador na guitarra. Ele complementa o som da banda  com minúsculos pontos de luz descentrados, e realiza intrigantes e ambíguos solos. Rudy Royston, que toca uma bateria livre no trio do saxofonista tenor JD Allen, opera em um mais definido e organizado papel com Bowen. Porém ainda soa perigosamente explosivo.

Há oito fortes faixas e uma obra prima. Bowen irrompe através da parte superior de “Hip Check”  e está impossivelmente rápido e exato, então ele improvisa dentro da mesma média dos detalhes rápidos. Royston voa; Moreno ulula; Gold guincha. Bowen segura firme o tema  dentro do lugar até o fim. É outro dia no quadro dos músicos.

Faixas
1 Total Eclipse 5:37 
2 Behind the Curtain 5:36 
3 Into the City 5:58 
4 Dowsing Rod 6:31
5 On Green 7:02 
6 Arrows Of Light 7:18 
7 Exosphere 9:55 
8 Hip Check 5:31 
9 In My Dreams 7:57 

Fonte: JazzTimes / Thomas Conrad

ANIVERSARIANTES - 24/05


Archie Shepp (1937) - saxofonista,
Charles Earland (1941-1999) – organista,
Dmitri Baevsky (1976) – saxofonista,
Eric Daniel (1952)–saxofonista,clarinetista,flautista,
Francesco Cafiso (1989) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=XFHg9HL9aLA,
Simone Guiducci (1962) – guitarrista 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

JOSÉ JAMES - NO BEGINNING NO END (Blue Note)


José James diz que não quer ser chamado como um cantor de jazz tardio. Neste ponto ascendente de sua carreira, o vocalista de 34 anos tem se sentido desconfortável  na esquina do jazz . Porém na sua estreia no venerado selo Blue Note , James encontra a liberdade para seguir suas reflexões. O resultado? “No Beginning No End”  apresenta fantástico soul, jazz, hip-hop, r&b e obra de world-music, que deveria fazer de James uma estrela. A singular “Trouble” é suave e cativante, além de pegada contagiante. Assim, também, é a faixa de abertura, “It’s All Over Your Body” com finas linhas dos metais  e uma pegada firme e louca da bateria de Richard Spaven. Semelhante como muitos discos , “No Beginning No End” é um completo trabalho de arte. Este trabalho coeso tem um fluxo contínuo de grandes canções e grande ritmo. Os convidados destacam-se, tais como a vocalista franco-marroquina  Hindi Zahra em “Sword + Gun” ,que atua de forma natural e precisa, sem ser forçada. Colaborações em composições  abundam, com o tecladista Robert Glasper, com a cantora Emily King e com o produtor/baixista Pino Palladino, ainda que todas as composições sejam parte  de um conjunto unificado e belamente emocionante. As baladas produzem emoções profundas, especialmente “Come To My Door”  e “Heaven On The Ground” de King .Em 2012, houve um grande número de rumores legítimos em torno de “Channel Orange (Def Jam)” do vocalista Frank Ocean. Porém para mim, José James apresenta um maior , mais profundo , mais interessante musical e lírico disco com “No Beginning No End”. Espera-se que os ouvintes, promotores de concertos e programadores de rádio concordem.

Faixas
1. It's All Over Your Body 
2. Sword + Gun
3. Trouble  
4. Vanguard 
5. Come To My Door 
6. heaven On The Ground
7. Do You Feel 
8. Make It Right 
9. Bird of Space 
10. No Beginning No End 
11. Tomorrow 
12. Come To My Door (acústica) – Faixa Bônus

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo;


Fonte:DownBeat / FRANK ALKYER

ANIVERSARIANTES - 23/05


Arthur Satyan (1973) – pianista,
Artie Shaw (1910-2004) - clarinetista,líder de orquestra,
Daniel Humair (1938) - baterista,
Famoudou Don Moye (1946) - baterista,percussionista,
Humphrey Lyttelton (1921) - trompetista,clarinetista,líder de orquestra,
James Barela (1971) – trompetista,
Ken Peplowski (1959) - clarinetista,saxofonista,
Les Spann (1932-1989) – guitarrista,flautista,
Marvin Stamm (1939) trompetista , flugelhornista,
Randy Sandke (1949) – trompetista,
Richie Beirach (1947) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=uyT89ptsHHI&feature=related,
Rosemary Clooney (1928-2002) – vocalista

quarta-feira, 22 de maio de 2013

EDU LOBO – EDU LOBO & METRÓPOLE (Biscoito Fino)


Filho do compositor pernambucano Fernando Lobo, o carioca Edu lobo ficou marcado pela trilha sonora de suas férias  escolares no Recife.  Situado na segunda geração da bossa nova, debutou em 1965, ao lado de um grupo crucial do movimento, o Tamba Trio, mas expandiu os limites coloquiais dos antecessores e ambientou o Nordeste pós-Gonzaga no centro de sua obra reformista. Inesperado pop star dos festivais dos anos 60 (venceu dois com Arrastão e Ponteio) ante sua postura reservada, Edu nos últimos anos reduziu suas apresentações. Nesta gravação de maio de 2011, no Teatro Beurs van Berlage , de Amsterdã, com a Metrópole Orkest, dirigida pelo inglês Jules Buckley, canta escoltado pelo piano e acordeom de Gilson Peranzetta e o sax e flauta de Mauro Senise.

No roteiro, um giro pelo repertório do compositor, espraiado em gêneros solicitados por trilhas de balés e peças, como a História de Lily Braun, embebida em blues ou no estilizado ( e farpado) baião maracatu Ode aos Ratos, ambos com Chico Buarque .

Do inaugural parceiro Vinicius de Moraes, da bela e sombria Canto Triste e da redentora Canção do Amanhecer, ao alegórico samba Ave Rara (com Aldir Blanc), o disco promove uma releitura jazz sinfônica de temas desse discípulo da dualidade erudita e popular de Jobim e Villa Lobos. Alternam-se solos memoráveis como o sax soprano tempestuoso de Senise em Vento Bravo, e o aparte sanfoneiro de Peranzetta em Dança do Corrupião (com Paulo César Pinheiro). Os solistas integram-se sem sotaque ao ambiente. No baião Zanzibar, Herman van Haaren transforma o violino em rabeca, mesmo a léguas do agreste armorial.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

Fonte : CartaCapital /Tárik de Souza 

ANIVERSARIANTES - 22/05


Armandinho (1953) – bandolinista(na foto e vídeo) http://v3.bcast.co.nz/videos/293970/armandinho-&-raphael-rabello,
Dick Berk (1939) - baterista,líder de orquestra,
Elek Bacsik (1926-1993) – guitarrista,violinista,
Jackie Cain (1928)- vocalista,
Kenny Ball (1930) - trompetista,
Sun Ra (1914-1993) - tecladista,líder de orquestra,
Tao Højgaard (1974) - guitarrista 

terça-feira, 21 de maio de 2013

DAVID REINHARDT TRIO – COLOMBE


Indo contra as expectativas, dado que seu avô era o fantástico Django Reinhardt, o jovem guitarrista de 26 anos, David Reinhardt, adota uma moderna direção mais informada pelo bebop, bossa nova, funk e fusion do que pelo Hot Club da França. Com o organista Florent Gac e com o baterista Yoann Serra a reboque, ele inicia com uma suave balada dedilhada, “Lady”, antes  de seguir para angulosas inserções do órgão em “XV”, que carrega uma alusão do original trio de Tony Williams, Lifetime. A suingante “A Fool’s Errand” apresenta Reinhardt entusiasmado no estilo das oitavadas de Wes Montgomery, e ele reserva seu toque mais lírico para a suave composição de Ivan Lins, “Aparecida”. A faixa título, uma composição turbinada  e suingante dedicada à avó de Reinhardt, exibe suas linhas mais arrojadas de hard-bop e  “Melina’s Theme”  traz o toque do ritmo funkeado da guitarra à la Jimmy Nolen da banda de James Brown. Reinhardt também passa por uma tomada vivamente suingante em  “Here’s That Rainy Day” de Jimmy Van Heusen e por uma leitura acústica solo da  pungente  “Love Theme From Spartacus”.

Faixas

 1 Lady   
 2 XV   
 3 Fool's Errand   
 4 Aparecida   
 5 Me Hermano LP (Solo de bateria)   
 6 Colombe   
 7 C   
 8 Love Theme From Spartacus   
 9 Melina's Theme   
 10 C (Solo de órgão e piano) 
 11 Here's That Rainy Day   
 12 Love Theme From Spartacus  (Solo de violão)

Fonte: JazzTimes /Bill Milkowski

ANIVERSARIANTES - 21/05


Bill Holman (1927)- saxofonista, arranjador,
Fats Waller (1904-1943) - pianista, 
Larance Marable (1929) – baterista,
Marc Ribot (1954) – guitarrista,
Matthew Von Doran (1960) – guitarrista,
Sylvia Bennett (1956) – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=9RzeoHsSSP4,  Tommy Bryant (1930-1982) - baixista 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

KENNY WHEELER BIG BAND – THE LONG WAITING (CAM Jazz)


Mais de duas décadas se passaram desde que o grande músico residente na Inglaterra e compositor Kenny Wheeler liderou sua própria big-band  em uma gravação. Porém nem o tempo nem a idade o prejudicou —Wheeler completou 83 anos em Janeiro—, tampouco diminuiu a paixão do mestre canadense por criações para grandes orquestras, marcadas por um amplo leque de emoções e um alto grau de inteligência musical. Sem mencionar sua ainda vital capacidade como instrumentista: Desta vez ele coloca de lado seu trompete e foca exclusivamente na suave mina de ouro do seu flugelhorn.

 Reunido a 17 excelentes músicos da Grã-Bretanha, mais a maravilhosa Diana Torto no vocalise e pelo maestro Pete Churchill, Wheeler gira em torno de oito composições, a maioria novas e todas amparadas pelas inspiradas performances individuais dos seus companheiros de banda. Wheeler, claro, lidera pelo exemplo, adentrando a suaves e longas entonações e em sensíveis notas altas na faixa de abertura “Canter N. 6” com todos os brilhantes metais ascendendo e descendendo, às vezes firmemente agrupados ao canto de Torto. A faixa título, similarmente traçada com melancolia, inicia com Wheeler fora da linha de frente, suas curtas e frases emotivas ecoam para a banda. Posteriormente , a balada passa para um suingante tempo médio e mais espaço é aberto para a expressividade do flugelhorn de  Wheeler.

Do começo ao fim, a música é cinemática, ambiciosa e prontamente reconhecível como da lavra de Wheeler. Deste ponto de vista, “The Long Waiting” não é plenamente repleto de surpresas. Há, entretanto, poucas passagens inesperadas , incluindo o longo scat solo de Torto no meio de “Enowena”, e um momento de alto contraste, onde a guitarra de John Parricelli irrompe em “Canter N. 1/Old Ballad”. Dado a longa espera por isto, é uma rápida reviravolta , cabe perguntar,   quando haverá uma sequência ?.

Faixas:
 1. Canter N.6 [04:18]
 2. Four, Five, Six [09:50]
 3. The Long Waiting [07:27]
 4. Seven, Eight, Nine [05:33]
 5. Enowena [11:23]
 6. Comba N.3 [07:58]
 7. Canter N.1 / Old Ballad [14:11]
 8. Upwards [07:47]

Músicos: John Parricelli – Guitarra;Julian Arguelles - Sax  Soprano & Tenor;Martin France – bateria; John Taylor – Piano; Kenny Wheeler - Trompete, Flugelhorn; Pete Churchill – maestro; Diana Torto – vocais; Ray Warleigh – Sax Alto; Duncan Lamont - Sax Alto; Stan Sulzmann - Sax Tenor; Julian Siegel  - Sax Tenor; Henry Lowther – Trompete; Derek Watkins – Trompete;Tony Fisher – Trompete; Nick Smart – Trompete; Mark Nightingale – Trombone; Barnaby Dickinson – Trombone; Dave Horler – Trombone; Dave Stewart – Trombone Baixo;
 Chris Laurence – Baixo

Fonte : JazzTimes /Philip Booth

ANIVERSARIANTES - 20/05


Bob Florence (1932-2008) - pianista,arranjador,líder de orquestra,
Dino Saluzzi (1935) - bandoneonista , banjoista,
Hélio Delmiro (1947) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=IEtnL1NMeFs,
Louis Smith (1931)- trompetista,
Ralph Peterson, Jr. (1962) – baterista,
Sheryl Bailey (1966) – guitarrista,
Tiziano Zanotti (1964) – baixista,
Victor Lewis (1950) - baterista,
Wajdi Cherif (1975) - piano 

domingo, 19 de maio de 2013

VIRGINIA MAYHEW QUARTET – MARY LOU WILLIAMS : THE NEXT 100 YEARS


O ambicioso e intenso trabalho de pesquisa de Virginia Mayhew dentro da arte de Mary Lou Williams começou em 2009. Ela necessitou de uma comemoração em um festival feminino de jazz , “Women in Jazz” . Ela escolheu Williams quando em descobriu que em 2010 seria o 100° aniversário do nascimento de Williams.

Mayhew admite  que antes do empreendimento ela estava inconsciente da amplitude e profundidade da carreira de Williams. Ela não está sozinha. Williams morreu em 1981, e hoje sua música é mais ouvida. Porém nos anos 30 e 40 , ela era a mais importante pianista feminina, compositora e arranjadora no cenário jazzista dominado pelo mundo masculino. Muitos líderes de orquestra da era do suíngue, de Andy Kirk a Benny Goodman e Duke Ellington, usavam suas músicas e arranjos. Williams era uma artista agitada e curiosa. Ela abraçou o bebop nos anos 50 e em 1977 gravou em dueto com Cecil Taylor no Carnegie Hall. Ela compôs centenas de músicas, mas a única que pode ser chamada de standard é “What’s Your Story Morning Glory”.Houve uma segunda vida, com nova letra, como “Black Coffee” e foi gravada por vários artistas como de Sarah Vaughan a k.d. lang.

 Mayhew tem tido acesso à Mary Lou Williams Collection no Rutgers Institute of Jazz Studies. Ela ouviu mais de 200 faixas das músicas de Williams, antes de escolher as suas favoritas e iniciar suas transcrições e arranjos. A melhor novidade deste disco é que nunca soa como um projeto de pesquisa. Soa como jazz para pessoas: movendo-se através do blues, sendo humano com corpo aquecido, vivo com muitas emoções, mas acima de tudo com prazer.

As oito músicas de Williams são um tesouro encontrado. Ao lado do blues, os ingredients notáveis são o suingue vivo e afirmativo, além das elegantes melodias. Porém há um rabisco de linha bop , “N.M.E.”  uma harmonicamente peça avançada chamada "Cancer”, um dos 12 movimentos da” Zodiac Suite” . É difícil acreditar que “Cancer” com seu contraponto fragmentário e desenvolvimento melódico convoluto seja de 1945. Na biografia de Williams é frequentemente dito que ela foi a mentora de Monk. “Cancer” faz a reivindicação crível. Soa como Monk antes de Monk . O solo de Mayhew desenvolve-se diretamente da complexidade da composição, assim como todas as coisas do álbum, prospectando e compelindo.

Mayhew é vividamente expressiva como saxofonista tenor com ideias intrigantes, fraseado incerto e entonação variável. Em  “Medi I” os cortes afiados do seu som contradiz a atmosfera de balada, então sua expressividade desliza continuamente para responder à envolvente emoção. Sua mais difícil suingada e a mais estridente entonação está em “J.B.’s Waltz”.

O trombonista Wycliffe Gordon, que atua em metade das faixas , tem uma presence marcante na banda e excentricidade humorística nos solos, especialmente com a surdina. Ele arranha, grunhe e faz fanfarronices ao longo de “Morning Glory”. Porém o trunfo deste álbum é o guitarrista Ed Cherry. “Blues drenched” não é um clichê quando adaptado por Cherry. Cada vez que ele sola , a serenidade assoma e uma estória  intempestiva inicia de forma familiar, ainda como uma revelação, tal qual a autenticidade do blues.

Este notável álbum, belamente gravado, encantadoramente embalado, é a mais significativa forma de tributo. É contemporâneo, pessoal, um encontro profundamente sentido com  a música de Williams, e deverá ajudar a manter um grande artista norte-americano a não ser esquecido.

Faixas: J.B.'s Waltz; Medi II; Medi I; O.W.; Cancer; What's You Story Morning Glory; N.M.E.; Waltz Boogie; One for Mary Lou; 5 for Mary Lou.

 Músicos: Virginia Mayhew: saxofone tenor ;Wycliffe Gordon: trombone (2, 5, 6, 9, 10); Ed Cherry: guitarra; Harvie S: baixo; Andy Watson: bateria.

 Gravadora: Renma Recordings

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo

Fonte : JazzTimes / Thomas Conrad

ANIVERSARIANTES - 19/05


Canhoto da Paraíba (1928) – violonista,
Cecil McBee (1935)- baixista,
Geoff Stradling (1955) – pianista,
Georgie Auld (1919-1990)- saxofonista,líder de orquestra,
Johnny Alf (1929-2010) – pianista,vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=stRTgRT2NKY,
Henry Butler (1949) – pianista,
Kyle Eastwood (1968) – baixista,
Michael Blake (1964) - saxofonista
Mike Thompson (1949) – baterista,
Rex Cadwallader (1946) – pianista,
Richard Teitelbaum (1939)- tecladista,
Sonny Fortune (1939) - saxofonista,
Tom Scott (1948) - saxofonista 

sábado, 18 de maio de 2013

SPIKE WILNER – LE TENDRESSE (Posi-Tone)


Seguindo a abertura modal agitada, a faixa título, composição de Wilner, carregando uma eminente influência de McCoy Tyner, o pianista assenta-se em um programa com charmosas canções da velha escolar interpretada através de solo ou com acompanhamento dentro da sua capacidade rítmica suingante puxadas pelo baixista Dezron Douglas e pelo baterista Joey Saylor. Há  um vertiginosos solo de piano na interpretação de “If I Only Had a Brain” de Harold Arlenm que tem Wilner mergulhando em uma distinta bagagem. A atuação do trio no ragtime clássico de Scott Joplin, “Solace”, é ressaltado por uma suave pegada  de rumba- boogie de New Orleans, com Saylor nas escovinhas e Douglas no baixo acústico. Eles, também, passam por uma interpretação alegremente sincopada em 3/4 de “Always”  de Irving Berlin e a brilhante pegada boogie-woogie de um clássico Tin Pan Alley,  “After You’ve Gone” , que veio a ser uma favorita nas jams da era do suingue . Eles estabelecem um sublime acordo em  “Little Girl Blue” de Richard Rodgers-Lorenz Hart , uma balada de 1935.

 Algumas agradáveis surpresas incluem firmes interpretações de “Crepuscule With Nellie” de  Monk e de uma obscura, mas fascinante, composição de Duke Ellington, “Le Sucrier Velours” , com atuação do trio, mais um delicado e melancólico solo de piano da canção tema do Carol Burnett Show , “I’m So Glad We Had This Time Together”. Outras comoventes composições de Wilner são a suingante “Silver Cord” e a adequadamente nomeada, “Happy Ending”, que encerra o disco, uma breve chama, que sem dúvida serve como perfeita  canção pausa para Wilner , quando ele atua regularmente no Smalls em Nova York.

Faixas: La Tendresse; If I Only Had A Brain; Solace; Silver Cord; Always; Lullaby Of The Leaves; After You've Gone; Le Sucrier Velours; Little Girl Blue; Crepuscule With Nellie; I'm So Glad We Had This Time Together; Happy Ending.

 Músicos: Spike Wilner: piano; Dezron Douglas: baixo; Joey Saylor: bateria.

Estilo: Straight-ahead/Mainstream

Fonte: JazzTimes / Bill Milkowski

ANIVERSARIANTES - 18/05


Big Joe Turner (1911-1985) - vocalista,
Bruno Marini(1958) – saxofonista, organista,
Jim McNeely (1949) – pianista,
Kai Winding (1922-1983)- trombonista,
Mauro Senise(1951) – saxofonista,flautista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=F59RvP93Qrs,
Marco Cortesi  (1962) – guitarrista,
Pops Foster (1892-1969) - baixista,
Weasel Walter (1972) - baterista 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

DARYL SHERMAN – MISSISSIPPI BELLE: COLE PORTER IN THE QUARTER (Audiophile)


Quatro anos após seu louvável álbum pós-Katrina New Orleans, a vocalista e pianista Daryl Sherman retorna aos estúdios da Audiophile no French Quarter para esta ampla saudação a Cole Porter. Outra vez Sherman prestigia músicos locais, desta vez limitando seus acompanhantes a apenas dois: o saxofonista Tom Fischer (um remanescente de New Orleans) e o baixista Jesse Boyd. Escolhas agradáveis.
Porter e a conhecida  Crescent City parecem um par singular. Com a exceção da sentimental faixa título (composta para um musical de Hollywood nunca produzido), o lirismo urbano de Porter  tem sempre um sentimento distintamente ianque. Nem Boyd e Fischer adornam com inspirações estas 13 faixas com manifesto sabor regional. Sherman— uma beldade da elite de  Manhattan por 14 anos, enquanto se exibia no Waldorf Astoria, onde o Steinway que ela utilizava pertenceu a Porter—mantém sua marca registrada, onde mistura charme próprio de moças e uma sofisticação cintilante, similar a uma aconchegante combinação de Blossom Dearie e Lee Wiley.

Ainda há um charme assentado impregnando o álbum. Ao longo do caminho revela raridades como “By the Mississinewah”, uma divertida homenagem de Porter para o rio Indiana de sua juventude, transformada em uma travessura livre com o vocalista convidado Banu Gibson; “Tale of the Oyster”  com a despreocupação ociosa da alta sociedade e a romanticamente reservada “Where Have You Been?”

Faixas

1. Let's Do It (Let's Fall In Love)
2. Get Out Of Town
3. Ours
4. Rosalie
5. Tale Of The Oyster
6. Use Your Imagination
7. By The Mississinewah
8. Looking At You
9. From This Moment On
10. Mississippi Belle
11. Who Want's To Be A Millionaire?
12. Where Have You Been?

13. You'd Be So Nice To Come Home To

Fonte: JazzTimes /Christopher Loudon

ANIVERSARIANTES - 17/05


Amilson Godoy(1946) – pianista,
Bill Bruford (1949) – baterista,
David Izenon (1932-1979) - baixista,
Dewey Redman (1931-2006) - saxofonista,
Jackie McLean (1932-2006) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=_YqKLw1bW6Y&feature=related,
Michiel Braam (1964) – pianista,
Paul Quinichette (1916-1983)- saxofonista 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

JASON PALMER – TAKE A LITTLE TRIP (SteepleChase)


Minnie Riperton foi abençoado com uma extensão vocal de mais de cinco oitavas, mas foi a maneira como utilizou este incrível talento que a fez tão querida. Para ela, a voz esteve sempre a serviço da canção e de seu essencial balanço, se foi uma composição sua escrita com seu marido ,Richard Rudolph, ou canção feita para ela  como “Take A Little Trip” de Stevie Wonder.  Riperton faleceu após uma corajosa batalha pública com o câncer de mama aos 31 anos em 1979, o mesmo ano que o trompetista Jason Palmer nasceu. Na foto da capa de “Take A Little Trip: Jason Palmer Plays Minnie Riperton”, o trompetista imita a forma de vestir e a pose da capa do LP de Riperton de 1974, “Perfect Angel”. Em suas notas para o disco, Palmer diz que sua intenção era reduzir a extensão do repertório de Riperton através da reharmonização das melodias e mudança dos ritmos. Palmer obtém excelente êxito, por infundir no disco mais afeto do que invenção. Enquanto Palmer e seu grupo rearranjam completamente o tempo das marcações (como em “Memory Lane”, que é interpretada em 13/4), eles nunca abandonam o afeto inerente a essa extensa balada. Como Riperton, Palmer soa seguro em larga escala, mas usa esta flexibilidade para ressaltar a força das canções. Ele vividamente entrelaça suas linhas com o guitarrista Greg Duncan e o pianista Jake Sherman em  “I’m In Love Again”. Palmer escolhe não replicar a célebre Riperton, na surpreendentemente notas altas do sucesso pop “Lovin’ You”, assim como o baixista Edward Perez e o baterista Lee Fish impulsionam o trompetista a apresentar a mensagem do seu próprio jeito.

Músicos: Joining Palmer (trompete);Greg Duncan (guitarra);Jake Sherman (piano,Rhodes); Edward Perez (baixo);Lee Fish (bateria)

Faixas
1Take a Little Trip
2 Lovin' You
3 I'm in Love Again
4 Adventures in Paradise
5 Inside My Love
6 Memory Lane
7 I'm a Woman

Fonte: DownBeat / AARON COHEN

ANIVERSARIANTES - 16/05


Betty Carter (1930-1998)- vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=iemkYXz8UNs,  Billy Cobham (1944) – baterista,
Eddie Bert (1922-2012)- trombonista,
Ron Kearns (1952) - saxofonista ,
Woody Herman (1913-1987)- clarinetista,saxofonista,líder de orquestra

quarta-feira, 15 de maio de 2013

ANIVERSARIANTES - 15/05


Adam Schroeder(1978) – saxofonista,
Azael Rodrigues (1955) – baterista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Uwl0bVDNKKA,
Benito Gonzalez (1975) – pianista,
Carl Smith (1975) – saxofonista,
Edmond Hall (1901-1967) - clarinetista,
Ellis Larkins (1923-2002)- pianista,
Geoff Lapp (1953) – pianista,
Joe Gordon (1928-1963) - trompetista,
Karin Krog (1937) - vocalista,
Oscar Castro-Neves (1940) – violonista

terça-feira, 14 de maio de 2013

JARED GOLD – GOLDEN CHILD (Posi-Tone)


Num mundo  pós Joey DeFrancesco/Larry Goldings , Jared Gold está na pequena lista de organistas que  podem ser chamados para instantaneamente elevar qualquer programa. Em seu quinto lançamento como líder, ele junta-se ao guitarrista Ed Cherry e ao baterista Quincy Davis para um programa variado que vai desde uma composição com toque gospel de Sam Cooke , “A Change Is Gonna Come”,  a versões reconfiguradas de “I Can See Clearly Now” de Johnny Nash e de “Wichita Lineman” de Jimmy Webb. Há também uma ultra esfuziante e suingante versão de “In a Sentimental Mood” de Duke Ellington e uma tomada luxuriante e blueseira de “When It’s Sleepy Time Down South”. Composições originais como a relaxada “14 Carat Gold”, a delicada balada em tempo de valsa, “Pensa em Mim” , e a travessura à la Larry Young-, “Times Up”, exibindo a intensidade de Gold com o seu trio.

Faixas
1. A Change Is Gonna Come 5:41            
2. Hold That Thought 4:01          
3. I Can See Clearly Now 4:43    
4. Golden Child 5:53      
5. Wichita Lineman 5:58              
6. 14 Carat Gold 5:54     
7. I Wanna Walk 5:40    
 8. Pensa Em Mim 5:52 
 9. In A Sentimental Mood 6:14
10. Times Up 4:50      
11. When It's Sleepy Time Down South 3:52

FONTE: JazzTimes /Bill Milkowski

ANIVERSARIANTES - 14/05

Al Porcino (1925) – trompetista,
Alan Lewine (1955) – baixista,
Gabriel Juncos "El Corto" (1967) – flautista,
Jay Beckenstein (1951) – saxofonista,
Randall Sutin (1958) – vibrafonista,
Sidney Bechet (1897-1959)- clarinetista,saxofonista,
Stu Williamson (1933-1991) - trompetista,trombonista,
Virginia Mayhew (1959) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=CtAmeF0FWRM,
 Zutty Singleton (1898-1975)- baterista

segunda-feira, 13 de maio de 2013

BRUCE BARTH – THREE THINGS OF BEAUTY (Savant)


O pianista Bruce Barth e o vibrafonista Steve Nelson, que têm atuado juntos em várias ocasiões ao longo dos anos, nunca devem ter tido tamanho sucesso como em “Three Things of Beauty”, um trabalho em quarteto no qual é o primeiro trabalho de Barth sem ser em forma de trio ou duo em mais de uma década. Indo da intensidade do esquema de Tyner ao estilo suave de Basiel, ele está na maioria das vezes expansivo, enquanto Nelson toca com profunda expressão, ausente do seu início de carreira, e o baixista Ben Street e o baterista Dana Hall providenciam suntuoso suporte. O álbum é atraente  e merece um título que o eleve : Que tal “Ten Things of Beauty”?.

O título do trabalho de Barth revela seu enfoque orientado para o detalhe como compositor. A música inicia como uma melancólica e suavemente floreada balada, mas ganha velocidade e força, ajustada pelo flexível e propulsivos ataques de Hall incrementados por alguns fortes toques líricos de Nelson. “The Rushing Hour”, outra inédita, irradia brilhos esperançosos através de mudanças de tempo  e entonação em série, construindo dentro de sombreados e sutis acentos afrocubanos.

“Three Things of Beauty” está repleto de surpresas, incluindo uma elegante interpretação de   “Bemsha Blues”  de Monk via “Be Blued” de  Barth. A banda move-se da naturalidade de um   Modern Jazz Quartet para um elegante enfoque blueseiro em “Big Nick” de  John Coltrane e para um deleitosa “Wise Charlie’s Blues” dentro da profunda tradição  concisa de Barth, dedicada a um amigo que se foi. O álbum é ancortado por standards: uma agitada e vistosa leitura de “My Man’s Gone Now” e uma fluente interpretação de “The Song Is You”. A reharmonização exibe o toque luminoso que é um dos cartões de visita de Barth.

Faixas
 1 My Man's Gone Now  7:24 
 2 Final Push 5:27 
 3 Wise Charlie's Blues 8:41 
 4 Rushing Hour 6:11 
 5 Three Things of Beauty 8:18 
 6 Night Shadows 7:10 
 7 Big Nick 6:11 
 8 Wondering Why 5:41 
 9 Be Blued 3:28 
 10 Song Is You 3:33 

Fonte: JazzTimes /Lloyd Sachs

ANIVERSARIANTES - 13/05


Benito E. Gonzalez (1975) – pianista,
Bill Howland (1961) – pianista,
Brent Gallaher (1969) – saxofonista,
Creed Taylor (1929) – produtor,
Eric Astor (1981) – guitarrista,
Eric Lewis (1973) – pianista,
Gil Evans (1912-1988)- pianista,arranjador (na foto),
Gregoire Maret – (1975 ) – gaitista,
Harold Rubin (1932) – clarinetista,
Irv Gordon (1933) – saxofonista,
Manfred Fest(1936-1999)- pianista,organista,
Maxine Sullivan (1911-1987) – vocalista
Red Garland (1923-1984) - pianista,
Ronnie Foster (1950) - organista , pianista,
Ross Tompkins (1938-2006)- pianista,
Stevie Wonder (1950) – pianista, gaitista,vocalista 

domingo, 12 de maio de 2013

JOE LOCKE – LAY DOWN MY HEART: BLUES & BALLADS, Vol. 1 (2013)


O vibrafonista Joe Locke não parece querer colocar suas baquetas para descansar por longo tempo. Tão logo ele chegou à Motema Music, ele lançou o moderno  “Signing (Motema Music, 2012)” com o Joe Locke/Geoffrey Keezer Group, e fez parceria com a Lincoln's Symphony Orchestra para algo sereno como “Wish Upon A Star (Motema Music, 2013)”. Agora, menos de seis meses após escalar a prateleira do sucesso sinfônico, ele apresenta “Lay Down My Heart”, a coletânea de blues e baladas.

A ideia de colocar uma personalidade musical expansiva dentro de tal território estreito deve fazer este projeto parecer  mundano em teoria , mas a música é alguma coisa além.

Ele simplesmente não apresenta canções de respeito do velho blues e baladas lastimosas acondicionadas em suas formas padrão. Locke cria um programa que captura o espírito e significado do blues sem pender para as definições mais simples do formato, e sua intimidade e retidão sempre estão acima do mais suave do acompanhamento musical.

Locke tem sempre tido uma maneira de explorar cada peça do espaço musical por todas as coisas de qualidade, e ele o faz outra vez aqui. Ele retém a essência rústica que vive em "Ain't No Sunshine"  de Bill Withers sem imitar o original, casa o peculiar com o ebuliente em  "Bitterwseet" de Sam Jones e lança um acorde que é melancolia e esperança de uma só vez  na composição associada a Bonnie Raitt, "I Can't Make You Love". Outras notáveis performances são uma interpretação de "The Meaning Of The Blues", que vão mais longe que o modelo e uma leve e vívida viagem através de  "Simone" de Frank Foster.

A maioria do programa é construído em torno de canções com nova leitura a partir de diversas vertentes do mundo do jazz  e indo além, mas Locke contribui com duas inéditas que se ajustam confortavelmente ao formato: "Broken Toy" é um melancólico número que serve como um alento entre um par de faixas balançantes ("Ain't No Sunshine" e "Bittersweet"), e "This New October" dá ao líder a oportunidade de ter o palco só para ele.

Locke frequentemente trabalha com quarteto, mas poucos dos seus grupos atuam de forma direta e de forma puramente intencional como este. O baixsta David Finck, um velho amigo de Locke, e dois de companheiros de gravadora do vibrafonista— o pianista Ryan Cohan e o baterista  Jaimeo Brown—juntam-se a serviço das canções e no espírito geral do projeto. Na escrita do seu breve ensaio para as notas do disco, Locke observa que "Não há nenhum conceito intelectualizado aqui, apenas algumas músicas retiradas da profundidade, que esperançosamente servem para alimentar a alma". Ninguém poderia dizê-lo – ou tocá-lo- melhor que aquilo.

Faixas: Ain't No Sunshine; Broken Toy; Bittersweet; I Can't Make You Love Me; The Meaning Of The Blues; Simone; This New October; Makin' WHoopee; Dedicated To You.

Músicos: Joe Locke: vibrafone; Ryan Cohan: piano; Jaimeo Brown: bateria; David Finck: baixo.

Gravadora: Motema Music

Estilo: Straight-ahead/Mainstream

Fonte: AllAboutJazz / DAN BILAWSKY