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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

DAVE YOUNG QUARTET - IDES OF MARCH (Modica Music)

Talvez o mais fino elogio que você pode conferir individualmente em nossos tempos de COVID-19 é que ele/ela é um sólido cidadão, alguém que toma para si mesmo a proteção de outros do perigo que representa este vírus horrível. O que teve isto a ver com a música do baixista/líder Dave Young? Primeiro, é fundamental que todo grande jazz seja construído sobre a fundação de um baixista mantenedor do tempo. Segundo, conforme evidenciado por “Ides Of March” de Young, seu sólido manusear do baixo salvaguarda a tradição musical em que   nossa cultura musical do jazz é construída. Todavia, a música também atua como um superssaturador de boas vibrações.

De nove composições apresentadas, quatro são de Herbie Hancock, dois de Young e as restantes, individualmente, de Lee Morgan, George Gershwin e do pianista dinamarquês Niels Lan Doky. Young expande sobre seu lançamento anterior, a gravação em trio “Trouble in Mind (Modica Music, 2019) ”, adicionando o guitarrista Reg Schwager realizando um satisfatório e balanceado quarteto. Seu solo e o do trompetista Kevin Turcotte na abertura de "Dolphin Dance" contribuem para um encontro descontraído e bem equipado. Com Young no comando, as composições de Hancock sentem-se familiar sem soar banal. O arranque de "Riot" e a severidade de "One Finger Snap" são creditados a lampejos do veterano baterista Terry Clarke, que habilita os três outros membros para solar dentro de um espaço seguro. Esta liberdade, ou segurança, é a marca da gravação, evidenciada pelas composições originais de Young. Com "Ides Of March" nós viajamos seguramente através de assinaturas no tempo e "Forty Five Degrees" explora como um sucesso da Blue Note do meado dos anos 1960. Glória a este quarteto de sólidos cidadãos do jazz.

Faixas: Dolphin Dance; Speedball; Speak Like A Child; One Finger Snap; Riot; My Man’s Gone Now; Ides Of March; The Target; Forty Five Degrees.

Músicos: Dave Young: baixo acústico; Reg Schwager: guitarra; Kevin Turcotte: trompete; Terry Clarke: bateria.

Fonte: MARK CORROTO (AllAboutJazz)


ANIVERSARIANTES - 31/01

Andy Fusco (1948-2021) – saxofonista,

Benny Morton (1907-1985) - trombonista,

Bobby Hackett (1915-1976)- trompetista, cornetista,

Charlie Musselwhite (1944) – gaitista, vocalista,

Edison Machado (1934-1990) – baterista,

Isham Jones (1894-1956) - saxofonista,

Joyce (1948) – violonista,vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=kLHtBNo9Esk&feature=related,

Lena Bloch (1971) – saxofonista,

Miltinho (1928-2014) - vocalista 
 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

SARA SERPA - INTIMATE STRANGERS

“Intimate Strangers” é uma colaboração entre a vocalista e compositora portuguesa Sara Serpa e o
escritor nigeriano Emmanuel Iduma, buscando inspiração no último livro de Iduma, “A Stranger’s Pose”, uma singular mistura de narração sobre viagem, meditações e poesia. Uma combinação de música, texto, imagem e gravações em campo coletadas por Iduma durante suas viagens, “Intimate Strangers” explora tais temas como movimento, lar, tristeza, ausência e desejo dos quais Iduma chama “um atlas de um mundo sem fronteiras”.

Tomando a Nigéria como um ponto de partida, “Intimate Strangers” descreve diversos encontros com Iduma em sua longa jornada de Lagos a Sarajevo ao longo da costa. A jornada toma reviravoltas inesperadas, resultando em reflexões no mar, no deserto tão bem quanto a fronteiras naturais e artificiais que ele enfrenta. Há beleza nestes encontros, mesmo quando eles descrevem amor e perda, mágoa e anseio, deslocamento e guerra, privilégio ou apatia.

Como ecos de uma distante realidade, “Intimate Strangers” objetiva refletir em como nós vemos o outro e como nós descrevemos hospitalidade e humanidade para futuras gerações.

Faixas:

1 First Song 3:13

2 Lokoja: Okenne 5:22

3 How Do You Know Where to Go? 5:22

4 Bamako 2:31

5 Lejam 5:03

6 The Poet 3:41

7 God's Time 5:04

8 Kidira 3:01

9 Le Bout Du Monde 3:48

10 Note to Nephew 2:01

11 In Due Course 4:24

12 Night 3:24

13 For You I Must Become a Tree 3:59

 Músicos: Sara Serpa: voz, composição; TBA: falas; Sofía Rei: voz; Aubrey Johnson: voz; Matt Mitchell: piano; Qasim Naqvi: sintetizador modular.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=iYxNcwrFRgw

Fonte: Roulette




ANIVERSARIANTES - 30/01

Ahmed Abdul-Malik (1927-1993) - baixista,

Buddy Montgomery (1930-2009) - pianista,vibrafonista,

Lou Czechowski (1958) – pianista,

Ralph Lalama (1951) - saxofonista,

Roger Humpries (1944) – baterista,

Roy Eldridge (1911-1989) – trompetista (na foto e vídeo) https://www.youtube.com/watch?v=YmSkmQJ8vL4 ,

Tubby Hayes (1935-1973) - saxofonista,flautista,vibrafonista,

Waldir Calmon (1919-1982) - pianista



 

domingo, 29 de janeiro de 2023

SCOTT HAMILTON AND DUKE ROBILLARD – SWINGIN´ AGAIN (Blue Duchess)

Em 1987, Duke Robillard lançou o álbum “Swing (Rounder) ”, uma combinação bem-sucedida de jazz e jump blues. Ele trouxe seu velho amigo, o saxofonista tenor Scott Hamilton, para ajudá-lo na gravação. Embora, Robillard seja conhecido, primordialmente, como um guitarrista de blues, a gravação fez o óbvio, ou sacramenta, que o jazz está também, profundamente, enraizado em seu DNA musical. Com “Swingin' Again”, ele revisita o mundo do jazz, e mais uma vez convida Hamilton para ajudá-lo.

Robillard e Hamilton ficaram amigos quando eles eram ainda jovens, enquanto cresciam em Rhode Island. Como muitos outros músicos, eles tinham extensa coleções de músicas e frequentemente ficavam juntos para improvisar e ouvir gravações. Diferentemente de muitos de seus companheiros, entretanto, eles ouviam muita música popular durante o dia, mas preferiam conferir gravações de jazz e blues de instrumentistas dos anos 1940 e 1950. Isto os ajudou a desenvolver estilos, profundamente, na música deste período.

Enquanto Hamilton deixa Rhode Island no meio dos anos 1970 em busca de uma carreira no jazz, Robillard fez seu próprio nome entre os principais guitarristas de blues. Ele foi um membro fundador da Roomful of Blues e, desde então, estabeleceu uma impressionante carreira solo com seu grupo, The Pleasure Kings. Ele, também, passou poucos anos tocando guitarra para o The Fabulous Thunderbirds. Porém, Robillard não se limitou apenas ao blues, e, em seu tempo, vem para o jazz, onde ele pode suingar com o melhor. Junto com seu próprio trabalho, ele também lançou gravações de jazz com a New Guitar Summit (apresentando Gary Beaudoin e Jay Geils) ao lado da realização de dois álbuns comoventes com a legenda da guitarra no jazz, Herb Ellis.

Enquanto isso, Hamilton tem mantido a tradição clássica do tenor viva. Embora ele tenha adentrado a cena do jazz nos anos 1970, durante o apogeu da fusion, Hamilton intentou se manter dentro dos estilos mais tradicionais de instrumentistas como Ben Webster, Illinois Jacquet e Eddie "Lockjaw" Davis. Como Robillard uma vez disse, "De todos os músicos que eu conheço, Scott não é apenas o mantenedor da chama, mas atualmente a chama em si".

Com “Swingin' Again”, Hamilton e Robillard reacendem o espírito do jazz clássico e blues acelerado. Eles unidos à banda de Robillard, apresentando Bruce Bears no piano, Brad Hallen no baixo e Mark Teixeira na bateria ao lado dos artistas convidados, Jon-Erik Kellso no trompete, Tim Ray no piano e Sugar Ray Norcia nos vocais e Sunny Crownover nos vocais. As faixas incluídas são majoritariamente standards testados e aprovados tais como "Pennies From Heaven", "I'm Putting All My Eggs In One Basket" e "One-O'Clock Jump". Houve também alguns números menos comuns, tais como "Never Mind" de Claude McLin e "Steady Daddy" de Vernon White, que foi popularizada por Kay Starr em 1948.

“Swingin' Again” apresenta um grupo de músicos coesos, que obviamente desfruta do tocar juntos. Todos no topo da forma, e os músicos convidados ajudam a capturar a essência de gravações clássicas, enquanto ainda soam modernos. A química integral entre os músicos cria uma vibração agradável.

O aspecto mais atrativo deste álbum, entretanto, é a conexão entre Robillard e Hamilton. Eles claramente têm o tipo de amizade, onde eles podem, claramente, ter uma conversação onde eles pararam, mesmo se eles não tivessem se encontrado por um longo tempo. Apesar de uma boa parte do tempo tenha passado, “Swingin' Again” parece recapturar a excitação que eles tinham gravando ou atuando juntos em Rhode Island. Desta vez, entretanto, a audiência é convidada à sessão. É quase como ouvir alguma gravação antiga em 78 RPM, apenas sem quaisquer estouros e chiados.

Faixas: Never Knew; I'm Putting All My Eggs In One Basket; Never Mind; Steady Daddy; All I Do Is Dream Of You; Blue Lou; Pennies From Heaven; You Can Depend On Me; Esquire Bounce; One O'Clock Jump

Músicos: Scott Hamilton: saxofone tenor; Duke Robillard: guitarra elétrica; Bruce Bears: piano; Mark Teixeira: bateria; Jon-Erik Kellso: trompete; Brad Hallen: baixo acústico; Tim Ray: piano; Sugar Ray Norcia: voz; Sunny Crownover: voz.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=Z8IMjfzHBYs

Fonte: Kyle Simpler (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 29/01

Brad Turner (1967) – trompetista,pianista,

Dave Young (1940) baixista,

David Helbock (1984) – pianista,

Derek Bailey (1930-2005) - guitarrista,

Ed Shaughnessy (1929) - baterista,

Jeanne Lee (1939-2000) - vocalista, 

Jeff Clyne (1937) – baixista,

Marc Cary (1967) – pianista,

Noel Lorica (1968) – guitarrista,

Salena Jones (1944) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=Bf84XeYX9lE&feature=related,

Sam Sherry (1961) - baixista,

Steve Reid (1944) – baterista,

Waldir Calmon (1919-1982) – pianista. 

 

sábado, 28 de janeiro de 2023

VIRGILIO ARMAS Y SU GRUPO – ESPEJISMO (We Are Busy Bodies)

Reedições podem ser frívolas ou essenciais. Esta cai na última categoria. O selo canadense “We Are Busy Bodies” tem lançado raras e cobiçadas reedições após o jazz Venezuelano de 1973, “Espejismo” de Virgilio Armas Y Su Grupo, ofertando uma fotografia da cena musical fervilhante no início dos anos 1970 em Caracas, até agora amplamente não documentada em razão da bem maior dominância da Venezuela, vizinho sulino do Brasil. O pianista e líder Armas combina o jazz latino e o suingue do pós-bossa com variantes domésticas, aperfeiçoado ao longo dos anos em clubes de Altamira e La Castellana, distritos da capital.

No entanto, “We Are Busy Bodies” não para aí. Relançou, também, o álbum do álbum do trio de Virgilio Armas , “De Repente”, previamente só disponível no pequeno selo Discos A&B — um projeto pontual e auto-financiado.

Assim, como está tudo? Insanamente belo. “De Repente” arranca o portão com sua faixa título, uma composição firmemente movimentada embasada no piano, antes de Armas passar para o Fender Rhodes em “De Repente (2a. Parte)”, desconstruindo o que ele está fazendo, como ele faz de forma repetida nestes dois discos. Seu toque no piano é bastante elegante, tremulamente também, em “I F” and “In Time”.

Sua tomada em “Águas De Marzo” em De Repente é o destaque em ambos os discos. Armas inicia-o, curiosamente, ao piano, então passa a ser mais intenso quando a seção rítmica se junta a ele. Ele passa a ser uma figura central, ao piano ou no Fender Rhodes, mas mantém insinuando uma única e simples frase bem para cima no teclado, que é eventualmente reproduzida por uma pessoa anônima tocando um apito, dando à faixa um toque de rua. É tão encantador que fica dias em sua cabeça, e parece demonstrar a Venezuela como local de  influência para o som de Armas.

“Espejismo” adiciona um flautista (Domingo Moret), e a banda vem a ser mais espaçada, abrindo caminho para mais percussão e arranjos mais complicados. Em “Indecision”, seu trabalho no piano elétrico, que pode levar alguém pensar que é uma guitarra. Em “Sobre El Orinoco”, Moret apinhou Armas, e ele assume de novo e te lembra porque ele está aqui.

No geral, “De Repente” é melhor, mas, felizmente, ambos estão de volta.

Faixas

A1 Tamanaco (Estilo) 3:05

A2 Barlovento (Merengue) 4:15

A3 Doña Mentira (Pasaje) 2:28

A4 Río Manzanares (Gulpe) 2:44

A5 Indecisión (Estilo) 3:04

A6 Moliendo Café (Orquides) 1:30

B1 Canaima (Estilo) 2:08

B2 María Gracia (Vals) 2:13

B3 Sueño Indio (Estilo) 2:36

B4 Sobre El Orinoco (Estilo) 3:21

B5 Nery (Estilo) 1:49

B6 Caracas Moderna (Estilo) 2:15

Músicos: Rodolfo Buenaño (baixo); Guillermo Tariba – bateria; Domingo Moret – flauta; Tata Guerra – percussão; Virgilio Armas – piano; Feddy Leon – teclados, produção

Fonte:  Daniel Margolis (DownBeat)

 

 

ANIVERSARIANTES - 28/01

Acker Bilk (1929) - clarinetista,

Alexis Cole (1976) – vocalista,

Bob Moses (1948) - baterista,

Henry Johnson (1954 ) – guitarrista,

Julian Arguelles (1966)-saxofonista,

Lúcio Alves (1927-1993) – vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=iKHiQFSfURw&feature=related,

Ronnie Scott (1927-1996) – saxofonista,

Tito Freitas (1962) – pianista

 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

MARY HALVORSON - AMARYLLIS / BELLADONNA (Nonesuch)

A inventividade tenaz da guitarrista, nascida em Massachusetts, Mary Halvorson, que trocou o violino clássico por uma guitarra elétrica, quando ela ouviu Jimi Hendrix aos 11 anos, e uma graduação em biologia para uma vida em música, quando ela encontrou composições de avant-jazz da legenda da improvisação no sax, Anthony Braxton, em um seminário na faculdade. Halvorson, desde então, forjou uma carreira de 20 anos abrangendo múltiplos prêmios da revista DownBeat como guitarrista, dúzia de álbuns como convidada ou líder, uma “concessão de gênio” pela MacArthur Foundation e muito mais.

Este duplo lançamento de Halvorson, “Amaryllis” e “Belladonna”, exibe até onde chegou este singular e original pensamento e permite uma visão de quão longe ela foi. “Amaryllis” foi majoritariamente concebido para ser uma banda improvisada com seis componentes; “Belladonna” para o quarteto de cordas contemporâneo-clássico de Nova York, Mivos, mas as duas sessões confirmam como anos de solos irregularmente líricos e a banda improvisadora    e uma peculiarmente afetada subversão para uma música convencional (uma afeição compartilhada com Braxton) alimentou uma compositora de caráter imprevisível, mas vivamente expressiva.

“Amaryllis” expõe o avant-funk, o passeio rápido do baixo no jazz, refrões jubilantes dos sopros e ruminação com suspiro lento para eloquente improvisação do original vibrafone da jovem Patricia Brennan, a estrela do trompete Adam O’Farrill, a incisividade lacônica de Jacob Garchik (trombone) e Nick Dunston (baixo), o baterista mercurial Tomas Fujiwara e a própria Halvorson.

“Belladonna” é mais tranquilo, porém ainda fervilha com contrastes: graciosos balanços de harmonia de cordas contra as vibrações dos acordes da guitarra de Halvorson e acentos falantes (Nodding Yellow), sons distorcidos como canto de baleia sobre flutuantes zumbidos ao fundo (Moonburn), gritando notas curvas dentro de execução quase como Django Reinhardt (Flying Song), melodia em montanha-russa plena de giros acentuados e resoluções de dedilhado rápido (Belladonna). Estes são novos marcos na quase inimitável discografia de   Halvorson.

Amaryllis:

A1 Night Shift 5:52

A2 Anesthesia 6:41

A3 Amaryllis 5:55

B1 Side Effect 6:47

B2 Hoodwink 6:47

B3 892 Teeth 5:55

Belladonna       

C1 Nodding Yellow 4:32

C2 Moonburn 8:37

C3 Flying Song 5:54

D1 Haunted Head 10:12

D2 Belladonna 7:59

Músicos :Adam O’Farrill (trompete); Jacob Garchik (trombone); Patricia Brennan (vibrafone);

Mary Halvorson (guitarra); Nick Dunston (baixo); Tomas Fujiwara (bateria); The Mivos Quartet:

Olivia De Prato (violino); Maya Bennardo (violino); Victor Lowrie Tafoya (viola); Tyler J. Borden (cello)

 Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 https://www.youtube.com/watch?v=EpGdCNwi4IA

 Fonte: John Fordham (The Guardian)

 

ANIVERSARIANTES - 27/01

Ana Paula Albuquerque (1980) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=BemKNghaylg&feature=related

Bob Gluck (1955) – pianista,

Bob Mintzer (1953) - saxofonista,

Bobby Hutcherson (1941-2016) - vibrafonista,

Djavan(1949) – vocalista,violonista,compositor,

Elmore James (1918-1963) – guitarrista,vocalista, 

Henri Texier (1945) - baixista,

Hot Lips Page (1908-1954) - trompetista, vocalista,

Jerome Kern (1895-1945) – pianista, compositor,

Joanna (1957) – vocalista,

Mou Brasil(1960) – guitarrista,

Paul Broadnax (1926) – pianista,

Pheeroan akLaff (1955) - percussionista,baterista,

Radamés Gnatalli (1906-1988) – pianista,arranjador,

Steve Carter (1946) – guitarrista,

Waldir Azevedo (1923-1980) – violonista,cavaquinista

 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

ANGLES - A MUTED REALITY (Clean)

Para o saxofonista sueco Martin Kuchen, toda música é folk. Prova desta afirmação é o lançamento do Angles, “A Muted Reality”. Se ele está referenciando os Balcãs, África, Suécia, jazz estadunidense ou dialetos espanhóis, ele está esboçando afinidades de espírito nesta música. Com as várias edições dos projetos do Angles, dos trios a banda com dez componentes, ele lança música do povo. Esta versão do Angles de Küchen é um octeto e o décimo-primeiro em uma série contínua de gravações excepcionais.

A faixa título inicia o disco. É um cortejo melancólico que progride da sua inicial trevas para um estado de energia elevado. Trompete surdinado está acompanhado por vibrafone e finalmente o saxofone alto de Küchen e solos ao piano de Alexander Zethson, com o arco do som em crescendo. A impressão é de uma versão oriental de Gil Evans/Miles Davis para “Sketches of Spain (Columbia, 1960)” com uma tomada turvada na terceira corrente sonora. A mesma referência folk oriental pode ser ouvida em "The Hidden Balcony", que se instala em um balanço permanente acentuado pelo trovejante trombone de Mats Aleklint e de um final de dança da Boêmia. O brilhantismo, aqui, está nos arranjos de Küchen para estes oito músicos talentosos. Ele pode combinar belos grupos tocando e solos puros, tampouco parecem inconsistentes em relação ao outro. O final, "Fkk Down, Fkk Off" é um tratamento suingante de boogie-woogie, executado em velocidade alucinante. Deve fazer Gene Krupa e Cab Calloway sorrirem

Faixas: Muted Reality; The Hidden Balcony; Fkk Down, Fkk Off.

Músicos: Martin Kuchen: saxofone, palmas, percussão adicional; Magnus Broo: trompete; Goran Kajfes: trompete; Johan Berthling: baixo acústico; Konrad Agnas: bateria; Mats Aleklint: trombone, sousafone, palmas, percussão adicional; Mattias Ståhl: vibrafone, palmas, percussão adicional; Alexander Zethson: teclados, Juno 106, palmas, percussão adicional; Goran Kajfes; Maestro de sistema sonoro para palhetas de pedal; palmas; percussão adicional;

Fonte: Mark Corroto (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 26/01

Aki Takase (1948) - pianista,

Bob Bain (1924) – guitarrista,

Chico César(1964) – vocalista,compositor,

Dick Nash (1928) – trombonista,

Durval Ferreira(1935-2007)-violonista,compositor,

Leny Andrade(1943) – vocalista,

Page Cavanaugh (1922-2008) - pianista,vocalista,

Stephane Grappelli (1908-1997) – violinista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=cHtg26777J4,

Steve Dobrogosz (1956) – pianista,

Tavito (1948-2019) – violonista,vocalista

 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

ARMEN DONELIAN - FRESH START (Sunnyside)

Há sempre sala no mundo para um trio de piano trio que possa suingar firme o bastante para você bater seu pé e balançar a cabeça, enquanto, também, oferece melodias que ficarão com você após o término da música. Armen Donelian, que já gravou, anteriormente, 10 álbuns para o selo Sunnyside e três mais para outros selos, tão bem quanto trabalhou com Billy Hart (no maravilhoso “Trying To Make Heaven My Home” de 1979 e mais) e Mongo Santamaria, tem dominado esta particular espécie de alquimia musical. “Fresh Start” está adequadamente intitulado. É seu primeiro lançamento desde 2014, e apresenta uma nova seção rítmica com o baixista Jay Anderson e o baterista Dennis Mackrel. É bom tê-lo de volta.

Porque as composições são diretas, com nenhuma complicação nas melodias ou quebra-cabeça rítmico, a hora da música apresentada é tudo sobre humor e sentimento. O grupo suínga firme nos números animados, permite uma névoa romântica, que se ergue do chão nas baladas, e quando eles movimentam um balanço derivado dos ritmos latinos em números como “Tirado” e “Madagascar”, a seção rítmica apresenta uma combinação imponente de flexibilidade e disciplina.

O toque de Donelian sempre serve à composição como um todo. Ele escreve nas notas para o disco que seu foco está no “som, expressão, narrativa e caráter emocional” e isto é evidente ao longo do trabalho.

Faixas

1 Noviembre 04:12

2 Fresh Start 06:22

3 Ferry Maiden 05:52

4 Madagascar 06:04

5 Gale 04:16

6 Never Let Me Go 05:32

7 Tirado 06:01

8 In the Western Night 06:13

9 Day Break 09:02

10 Janet Left the Planet 04:12

11 I'm Stepping Out with a Memory Tonight 03:04

12 Tales In The Western Night 03:27

Músicos: Armen Donelian: piano; Jay Anderson: baixo; Dennis Mackrel: bateria.

 Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=E3pkqX4yK5w

Fonte: Philip Freeman (DownBeat)

 

 

ANIVERSARIANTES - 25/01

Antônio Carlos Jobim (1927-1994) - pianista,violonista,compositor(na foto e vídeo), http://video.google.com/videoplay?docid=-8422056182332886888#   

Barbara Carroll (1925-2017) – pianista,

Benny Golson (1929) - saxofonista,

D.D. Jackson (1967) – pianista,

Etta James (1938) – vocalista,

Sleepy John Estes (1899-1977) – guitarrista,vocalista,

Vittor Santos (1965) – trombonista,

Wellman Braud (1891-1966) - baixista 

 

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

RODNEY WHITAKER – OUTROSPECTION : THE MUSIC OF GREGG HILL (Origin Records)

O baixista Rodney Whitaker cresceu na tradição do jazz de Detroit, contribuindo ao longo do caminho da estrada com companheiros como Terence Blanchard, Roy Hargrove, Wynton Marsalis e Kenny Garrett. Seu estilo de pulso forte personifica um jazz moderno em post-bop, com sua dedicação à tradição agindo como um catalisador em vez de uma dissuasão da inovação.

Em “Outrospection”, Whitaker continua seu trabalho sob o radar com o compositor de Michigan, Gregg Hill. As duas primeiras colaborações em “Common Ground: The Music of Gregg Hill (Origin, 2018)” de Whitaker, estabelecendo pontos comuns musicais empregados a despeito das origens profissionais e sociológicas. Enquanto Whitaker personifica a tradição do jazz urbano de Detroit, Hill saúda a pequena cidade, a central Michigan. De qualquer maneira, Hill vem a ser conhecido como um conduto de conectividade musical entre as tendências do jazz moderno e o gênero mais reverenciado e compositores revolucionários. Seu estilo cita lampejos de Ellington-Strayhorn, Monk e Shorter.

A faixa título inicia com o trombonista Michael Dease liderando a banda em uma melodia, divagando como Monk, que divide o solo com o piano de Xavier Davis. Com Whitaker e o baterista Dana Hall unindo-se a Davis na seção rítmica, o palco está estabelecido para uma sessão que se reúne com os éditos composicionais de Hill com dois das mais profundas e mais expressivas cenas do jazz na América, nas cidades de Detroit e Chicago. Dease, uma das mais brilhantes estrelas no mundo moderno do trombone está feliz para ir adiante na viagem, oferecendo passagens deslumbrantes ampliadas em elegância tonal.

"New Sunday" adiciona a vocalista Rockelle Whitaker, a filha do líder, elegantemente interpretando esta balada do estilo de Ellington. Diego Rivera apresenta um solo de tenor e soa muito com se apresentasse os ossos da canção. Seu assombroso som gutural carrega vestígios de Ben Webster e Paul Gonsalves, iluminando a melodia com noções de romance. "The Peace Song" alude ao hino de Pharoah Sanders, "The Creator Has a Master Plan", com Davis, o trompetista Etienne Charles e o saxofonista Marcus Elliott modelando a música em sua própria e singular estética, melódica e rítmica. "Dollah Hollah" é a homenagem de Hill a Abdullah Ibrahim (formalmente Dollar Brand), uma melodia animada que salta em conjunto, que abre caminho para o bem elaborado tema baseado no solo de Charles.

Hill conseguiu acumular todas suas experiências coletivas musicais e subordiná-las a um definível estilo composicional, que resplandece a trilha remanescente de composições clássicas do jazz sintetizadas com sua inclinação modernista. Ele está bem posicionado com os companheiros de Whitaker, um mestre em convocar o grupo correto, e exigindo a vibração perfeita, dentro de qualquer projeto com o qual ele escolhe se comprometer.

“Outrospection” é ainda outra gravação feita no meio da pandemia de Covid-19 de 2020. Cada músico socialmente distanciado em suas cabines de isolamento, e teve um tempo de ensaio minimalista. O fato é que o resultado é tão focado e inspirado, a despeito da complexidade desafiadora e sofisticação da música é marcante. Fãs de Jazz verificaram sempre os créditos para ver quem está atuando no álbum ao lado do líder e o título. Whitaker reuniu um elenco multigeracional para interpretar uma música que deve, em caso contrário, fluir sob o radar do público do jazz. As contribuições individuais deste trabalho coletivo é que, no final das contas, fazem esta sessão memorável.

Faixas : Outrospection; New Sunday; Dollah Hollah; Bridge to Nashua; Stargazer; J-Quest; Ballade; Cadillac Club; Aloogabooga; Pointe Being; The Peace Song.

Músicos : Rodney Whitaker: baixo; Xavier Davis: piano; Randy Gelispie: bateria; Dana Hall: bateria; Michael Dease: trombone; Rockelle Whitaker: vocais (2,5,7,9); Etienne Charles: trompete (3,10,11); Diego Rivera: saxofone (2,4,7,8); Marcus Elliot: saxofone (9,11); Randy Napoleon: guitarra (5).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=7gWnf_q5vh4

Fonte: Paul Rauch (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 24/01

Avery Parrish (1917-1959) – pianista,

Bob Degen (1944) – pianista,

Duane Eubanks (1969) – trompetista,

Guitar Shorty (1923) – guitarrista,

Itiberê Zwarg(1950) - baixista,

Jason Nazari (1984) – baterista,

Jimmy Forrest (1920-1980) - saxofonista,

Joe Albany (1924-1988) - pianista,

Julius Hemphill (1938-1995) - flautista, saxofonista,

Marcus Printup (1967) – trompetista,

Mitchel Forman (1956) - pianista,

Yamandú Costa (1980) – violonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=XVYzEWjveF4


segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

BENJI KAPLAN - SOMETHING HERE INSIDE (WiseCat)

O dedilhado intricado da guitarra acústica, executado com sentimento, é admirável em todos os aspectos musicais, elaborado e seguem tranquilos para audição. O sexto álbum de Kaplan, retornando ao formato de solo de corda de nylon da sua estreia em 2011, não é exceção: oito canções reimaginadas, habilmente puxadas, gravadas tão proximamente aos seus dedos sobre os trastes vieram a ser parte do som e você está mesmo ali.

A intimidade enfatiza o imediatismo nas performances que deve, além disso, parecer pré-planejadas, como se tais criações girassem complexamente e são apenas maravilhosas se são descobertas com antecedência. Kaplan não usa batidas ou ritmos de jazz por fundamentos, embora ele claramente pudesse fazê-lo. Kaplan tem sido, majoritariamente, associado com projetos com influência brasileira, mas obviamente conhece este repertório de standards de dentro para fora, permitindo-lhe dar, mesmo a estas melodias demasiadamente conhecidas, profundidades modernas via arranjos inusuais, contrapontos imaginativos e complexos acordes internos. A nostalgia sombreia suas sensíveis interpretações de uma seleção ponderada através do romance (é esta uma alegoria das gravações do período da COVID-19?), mas todas as coisas são complicadas. É tudo uma linhagem do estilo do clássico moderno, estabelecido por Andres Segovia, adotado e impulsionado por virtuosos como Leo Brouwer e os irmãos Assad. Como eles, e o falecido mestre das cordas de aço da música tradicional estadunidense, John Fahey, Kaplan leva tempo em suas interpretações, o melhor de seus detalhes e implicações. A expressividade de suas interpretações ressoa nas notas e frases que ele emite. Independentemente do grau de improvisação envolvida, esta música flui, habilmente, reflexivamente e modernamente realizada.

Faixas: The Song Is You; With A Song In My Heart; If Ever I Would Leave You; Smoke Gets In Your Eyes; So In Love; Anything Goes; But Not For Me; Easy To Love.

Fonte: Howard Mandel (DownBeat)

 

ANIVERSARIANTES - 23/01

Andre Hayward (1973) – trombonista,

Benny Waters (1902-1998) - clarinetista, saxofonista,

Charlotte Greve (1988) – saxofonista,

Curtis Counce (1926-1963) - baixista,

Dave Stahl (1949) – trompetista,

Django Reinhardt (1910-1953) - guitarrista,

Fábio Torres (1971) – pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=NKkCE3MjOHo,

Gary Burton (1943) – vibrafonista,

Harmen Fraanje (1976) – pianista,

Marty Paich (1925-1995) – pianista,

Randy Jones (1944-2016)  - baterista,

Vital Farias(1943) - vocalista

 

domingo, 22 de janeiro de 2023

GORDON GRDINA SEPTET – RESIST (Irabbagast Records)

Toma um salto de fé incondicional para entrar inteiramente na resistência. Uma mentalidade estabilizada para um longo transporte, preparado para o próximo. Neste terceiro, integral, lançamento muito ouvido de 2020, o oudista/guitarrista/compositor canadense Gordon Grdina grande, melancólica e intensamente, abraça tudo isto e mais. Hellbent na arte criativa como um ato político, o extenso, às vezes majestoso, “Resist”, segue o vivo e persuasivo “Nomad (Skirl, 2020)”, um lançamento inflexível do trio com o pianista Matt Mitchell e o baterista Jim Black e o lançamento simultâneo de “ Safar-e-Daroon (SongLines, 2020) seu experimento Oriente Médio/free fusion com seu quinteto Marrow .

Nunca se contenta em seguir uma única configuração musical, como se seguindo os ventos firmes de mudanças queridas ou não, infalível fecundidade investigativa de sucessos de Grdina em uma nova geometria em cada intervalo. Criando o hepteto no palco pela unificação de sua duradoura máquina rítmica , formada pelo baixista Tommy Babin e pelo baterista Kenton Loewen, sua igualmente robusta cellista do East Van Strings, Peggy Lee, o violinista Jesse Zubot e o violista Eyvind Kang, com o sax subversivo de Jon Irabagon, Grdina e companhia estabelecem uma magnífica, indispensável e agitada contabilidade de nosso mundo em geral.

Porém, diferentemente de televisão por cabo e seu tagarelar na cabeça, cinco melancólicas composições de Grdina se aglutinam para criar a manutenção da conversação de “Resist”, firmes, ainda que aberta para interpretação. Aberto a novas ideias em qualquer parte e em qualquer tempo, elas devem se elevar. Especialmente compostas para uma performance no TD Vancouver International jazz Festival em 2016, a peça central é a suíte título com 23 minutos, uma objetiva, uma amálgama de livre fluxo de todos os pensamentos de Grdina no estado de tristeza de ocorrências na qual o mundo encontra a si mesmo. Situação emotiva, ele deixa a mente dos seus instrumentistas falar, expressando seus interesses e esperanças. As cordas apresentam primeiro um lento e lastimoso movimento ao lado de uma paisagem infecunda e combativa. Após seis minutos deste triste encantamento, Grdina, Loewen e Babin quebra a aura agitada, clareando o caminho para Irabagon estabelecer o fogo no campo de batalha. A peça então tece junta — como o mundo deveria— construindo, vibrando, recuando, culminando em um final inflamado e esperançosamente otimista.

O balbuceio e energia de Irabagon à frente do trio no bop fora de ordem em "Varscona" até uma chuva grunhindo em cadeias ao natural, como o furtivo e elevado clamor de justiça dos refugiados ao longo do caminho, fatia a faixa em duas. Sobre este gemido, Grdina navega até a faixa encerrar em alguma coisa tão inesperada quanto ao que aconteceu neste ponto: um sorridente, puramente catártico, suíngue saltitante. "Resist The Middle" e "Ever Onward", então, proposital e exultantemente revisita "Resist's" e ativa um fluxo minimalista e cinético.

Faixas: Resist; Seeds 11; Varscona; Resist the Middle; Ever Onward.

Músicos: Gordon Grdina: oud; Jon Irabagon: saxofone; Tommy Babin: baixo; Kenton Loewen: bateria; Peggy Lee (cellista): cello; Jesse Zubot: violino; Eyvind Kang: viola.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=GS7J76hzX8c

Fonte: Mike Jurkovic (AllAboutJazz) 

 

ANIVERSARIANTES - 22/01

Alan Silva (1939) - baixista,celista,

Andre Hodeir (1921) - compositor, arranjador,

Eberhard Weber (1940) - baixista,celista,

J.J. Johnson (1924-2001) - trombonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=b159JMgVf5w,

Juan Tizol (1900-1984) - trombonista,

Kevin Turcotte (1964) – trompetista,

Lizz Wright (1980) – vocalista,

Michal Urbaniak (1943) - violinista, saxofonista,

Phillip Johnston (1955) - saxofonista

 

sábado, 21 de janeiro de 2023

ANDRÉ B. SILVA - MT. MERU (Clean Feed)

Depois da revelação com os The Rite of Trio e da afirmação com as guitarras de “The Guit Kune Do”, André B. Silva volta a surpreender com uma irreverente música de câmara neste novo “Mt. Meru”.

Primeiro, foi a surpresa. Com o disco “Getting All the Evil of the Piston Collar!” (Carimbo Porta-Jazz, dezembro 2015) ficamos a conhecer os portuenses The Rite of Trio e o seu jazz-rock fascinante, atrevido, enérgico, desafiante; o seu segundo disco, “Free Development of Delirium” (Clean Feed, outubro 2021), e as consequentes atuações ao vivo (verdadeiro elogio da loucura), elevaram ainda mais a franquia.

Pelo meio, André B. Silva, guitarrista do trio, apresentou o seu primeiro trabalho em nome próprio: “The Guit Kune Do” (Carimbo Porta-Jazz, novembro 2020), juntando cinco guitarras elétricas com baixo e bateria, numa exploração sônica muito original. O grupo mostrou-se ao vivo no Festival Porta-Jazz 2021, uma atuação onde tivemos oportunidade de testemunhar aquela música original que tem prazer em provocar o ouvinte.

Músico, compositor e professor, André B. Silva vem do Porto. Viveu em Nova Iorque durante dois anos, onde fez um mestrado em estudos de jazz na Queens College. Além dos referidos projetos, o guitarrista lidera ainda um outro grupo em nome próprio, André B. Silva 4tet, onde pratica uma exploração mais assumida (e subversiva) do universo do jazz – esta formação ainda não editou nenhum registro, apenas se apresentou ao vivo.

Agora, para algo completamente diferente, e pela mão da Clean Feed, chega-nos este “Mt. Meru”. A formação é novamente inusitada: a par da guitarra de B. Silva estão José Soares (saxofone), Raquel Reis (violoncelo), Sophie Bernado (fagote), Paulo Bernardino (clarinete baixo), André Carvalho (contrabaixo) e Ricardo Coelho (bateria, percussão e vibrafone). O septeto explora composições originais de André B. Silva e o resultado é uma amálgama de jazz e música de câmara, uma música contemporânea que cruza universos e referências.

A base dos temas assenta na composição, mas abre-se espaço para a improvisação e, nesta mescla, a música vai resultando fluída. O autor, guitarrista e compositor apresenta este trabalho como “uma viagem espiritual e introspectiva através de um universo feito de montanhas, corpos celestes e pó de sonhos”. A música apresentada certamente reflete essa mistura de referências, pela diversidade de ambientes sonoros que são explorados.

“Caronte em chamas”, o tema inaugural, abre o disco numa toada paisagística, minimalística, em desenvolvimento lento, quase soando a banda-sonora de filme de terror, até no final se assumir uma estrutura rítmica. “O retorno de Saturno” é um bom exemplo do trabalho do grupo: começamos em minimalismo, segue-se um solo atípico de guitarra, em registro pontilhístico, e o tema desemboca num inesperado melodismo clássico, em tom jovial, com o envolvimento coletivo. E “Expurgo e catarse”, ao longo dos seus dezesseis minutos, atravessa diferentes ambientes, indo do pequeno detalhe da melodia, passando por momentos quase orquestrais até à expansão catártica (fazendo jus ao título).

É música nova, fresca, inédita. Depois da revelação com os The Rite of Trio e da afirmação com as guitarras de “The Guit Kune Do”, André B. Silva volta a surpreender com uma irreverente música de câmara neste novo “Mt. Meru”. Esperamos que no futuro continue sempre a trazer surpresas.

Faixas: Caronte em Chamas; 5:06; O Retorno de Saturno; Oleka; Expurgo e Catarse; Meditação da Montanha.

Músicos: André B. Silva (guitarra, composição); José Soares (saxofone); Raquel Reis (violoncelo); Sophie Bernado (fagote); Paulo Bernardino (clarinete baixo); André Carvalho (contrabaixo); Ricardo Coelho (bateria, percussão e vibrafone)

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=_a8F8GMHRcY

Fonte: Nuno Catarino (jazz.pt)



 

ANIVERSARIANTES - 21/01

Ed Maciel (1927-2011) – trombonista,maestro,

Jason Moran (1975) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=YJWwuuGCiY4,

Jesse van Ruller (1972) – guitarrista,

Jim Vivian (1961) – baixista,

Mario Tomic (1977) – guitarrista,

Steve Gilmore (1943) - baixista   

 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

ELLA FITZGERALD - ELLA AT THE HOLLYWOOD BOWL: THE IRVING BERLIN SONGBOOK (Verve)

Há momentos nesta vida para sentar, refletir e banhar-se em puro respeito. Com “Ella At The Hollywood Bowl: The Irving Berlin Songbook” os ouvintes alcançam um pouco do sabor de absoluta perfeição: uma grande ideia apresentada com tal graça e elegância, que parece simples, pura e divina. Esta música não lançada anteriormente veio da coleção privada de    Norman Granz, notável produtor e fundador da Verve Records. O artista vencedor do Grammy e produtor Gregg Field, adoravelmente, mesclou esta coleção diretamente de fitas de um quarto de polegadas, gravadas durante este elaborado concerto de 1958. Como elaborar? O concerto inclui uma orquestra completa, com arranjos conduzidos e elaborados por Paul Weston, todos providenciam uma nuvem emplumada para, talvez, a maior cantora do jazz   flutuar. E ela flutua. A voz de Fitzgerald é uma maravilha. A gravação do cancioneiro (que inclui o cancioneiro de Irving Berlin) é frequentemente considerada o melhor trabalho dela, ou que qualquer outro vocalista no jazz, já criou. Porém ouvir ao vivo, no venerável Hollywood Bowl, demonstra como espantosos estavam todos os músicos no palco e como maravilhosa veio a ser a capacidade artística de Ella conforme ela iniciava os seus 40 anos. Da batida suave de “The Song Is Ended” a “How Deep Is The Ocean”, “Cheek To Cheek”, “Let’s Face The Music And Dance”, “Putting On The Ritz” e “Alexander’s Ragtime Band” a voz e a música são atemporais. Então há as baladas. As cordas em “How Deep Is The Ocean” derramam-se direto na alma. Em “Russian Lullaby”, o vibrato de Fitzgerald flutua quase como um violino que quer fazer você chorar. “Get Thee Behind Me Satan” oferece uma lembrança pitoresca da tentação do amor. Tudo isto é feito mais requintadamente pela deslumbrante limpidez desta gravação. Antes do verão acabar, é ótima para se aconchegar no quintal em uma cadeira confortável e imaginar que está em Los Angeles nos anos 1950, há uma suave brisa soprando através de uma das maiores arenas da música, que a humanidade já criou, e naquele palco há uma voz que aparece apenas uma vez na vida.

Fonte: Frank Alkyer (DownBeat) 


ANIVERSARIANTES - 20/01

Alvin Atkinson, Jr. (1972) – baterista,

Andy Sheppard (1957) – saxofonista (na foto e   vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=AkxYsso6izo&feature=related,

Connie Haines (1922-2008) – vocalista,

Gracinha Leporace (1950) – vocalista,

James Genus (1966) – baixista,

Jeff "Tain" Watts (1960) - baterista,

Jimmy Cobb (1929-2020) - baterista,

John Sheridan (1946) – pianista,

Jose James (1978) – vocalista,

K-Ximbinho(1917-1980) – clarinetista, saxofonista,

Novelli (1945) – baixista,

Ray Anthony (1922) – trompetista,

Valery Ponomarev (1943) - trompetista


quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

ANNA LAURA QUINN - OPEN THE DOOR (Next Level)

Antes contemplando a criativa sofisticação e atenção para detalhar o que Anna Laura Quinn traz para “Open The Door”, alguém pode simplesmente abraçar o inerente timbre vocal delicioso de Quinn através da abertura dos compassos de “Talking To The Sun”. Sustentando um estilo vocal que é leve e gracioso com transições melódicas, mas é definido e claro na enunciação, há um charme antigo para o canto de Quinn, que parece uma perfeita combinação para um padrão vocal clássico jazzístico, e mesmo um repertório baseado na Disney neste álbum.

Ainda, não se limitar na impressão da abertura não significa que “Open The Door” é restrita à reflexão experimental. Literalmente seguindo a delicada a faixa “Very Good Advice” de Alice in Wonderland está a joia de Cole Porter, “Love For Sale”. O contraste composicional entre este par de canções permite a Quinn destacar como sua voz se adapta bem aos diferentes fluxos melódicos. Além disso, aspectos específicos de arranjos de Quinn — por exemplo à capella, harmonizando ausências na primeira e solo dinâmico em scat na posterior — reforça a ambiência de cada canção. Ajustando conforme o final, “Wouldn’t It Be Loverly” de Frederick Loewem verdadeiramente abre a porta para a visão de Quinn como uma arranjadora.

Faixas: Talking To The Sun; Comes Love; Speak Low; Very Good Advice; Love For Sale; Cry Again; Open The Door; The Single Petal Of A Rose; Wouldn’t It Be Loverly. (45:19)

Músicosl: Anna Laura Quinn, vocal; Ed Barrett, guitarra; Ben Fox, baixo; Brad Webb, bateria; Kate Campbell-Strauss, saxofones tenor e barítono; Brent Rose, flauta, saxofone tenor.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=OHp-HoNzOhY

Fonte:  Kira Grunenberg (DownBeat)

 

 

ANIVERSARIANTES - 19/01

Henry Gray (1925-2020) – pianista,vocalista,

Horace Parlan (1931-2017) – pianista,

Iiro Rantala (1970)- pianista,

Israel Crosby (1919-1962) - baixista,

J.R. Monterose (1927-1993) - saxofonista,

Joe Magnarelli (1960) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=FND_56_U7Bs&NR=1,

Lee Barbour (1977) – guitarrista,

Nara Leão (1942-1989) – vocalista,violonista,

Putter Smith (1941) – baixista,

Willie “Big Eyes” Smith (1936-2011) –vocalista,gaitista,baterista 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

HERMETO PASCOAL & GRUPO – PLANETÁRIO DA GÁVEA

Agora, na metade dos seus oitenta anos, o compositor, arranjador, multi-instrumentista e visionário versátil, Hermeto Pascoal, celebrou um acordo com a maravilhosa Far Out Recordings da Inglaterra. O projeto original da gravadora com ele foi o lançamento estelar de “Viajando Com o Som: The Lost '76 Vice-Versa Studio Sessions”, em 2017 (NT: Resenha publicada neste blog em 27/07/2017). Ele estava observando o relançamento pela Far Out do seu “Airto Moreira/Flora Purim” produzido em 1970, autointitulado álbum de estreia, e providenciou-lhes esta fita: o primeiro lançamento de “Planetário da Gávea” de 1981. Está entre os primeiros concertos de Pascoal, ao vivo, com um supergrupo, que viria a ser conhecido, simplesmente, como "O Grupo." Pascoal toca saxes, flautas, instrumentos de sopro baixo, piano, e ele juntou-se aos bateristas/percussionistas, Pernambuco, Marcio Bahia e Zé Eduardo Nazário, ao baixista Itiberê Zwarg, ao tecladista Jovino Santos Neto e ao saxofonista soprano/flautista Carlos Malta. Este ocorreu no Planetarium, em 1981, no Rio. Foi uma apresentação festiva. A banda passou meses praticando sete dias por semana, e não gravaria em estúdio até o ano posterior. Muito do material, aqui, não foi lançado anteriormente.

Esta fita é uma caixa de ressonância de mais de 40 anos. A restauração de Daniel Maunick é notável. Enquanto alguns instrumentos estão um pouco desequilibrados, a fidelidade está excelente. Ele teve grande confiança para preservar a atmosfera rude dos trabalhos e a dramaticidade afiada da banda. A abertura do medley de "Paz Amor e Esperança" e "Homônimo Sintróvio" dura mais de meia hora. O criador, que apareceu em “Cerebro Magnético” de 1980, inicia com improvisação espectral de escaleta, instrumentos de sopro e zumbidos nos teclados, antes de Zwarg, o instrumento de sopro baixo de Pascoal e os bateristas entrarem em ação. Flui através do samba, free jazz e fusion pelos próximos 18 minutos, criando uma tapeçaria de interação espirituosa. Após flauta e solos de teclado, a não lançada anteriormente, "Homônimo Sintróvio", sussurra com linhas simples do sax soprano, Rhodes piano e uma percussão sincopada antes de explodir em uma orgia de ritmo. "Samba do Belaqua" oferece instrumentos de sopro agudos em uma pegada post-bop à frente, balançada por um ritmado Rhodes piano, integrando uma maravilhosa improvisação melódica e citações de da era de Bob James na CTI. O solo do tenor de Pascoal é ressonante, colorido e complexo. Ele apresenta a previamente não lançada "Bombardino", um elegante exercício em um jazz fusion improvisado dentro de um samba eletrificado. A famosa, frequentemente, interpretada composição do autor, "São Jorge", aparece em um excepcional medley com a funkeada, uma jam não gravada, "Ilza na Feijoada", ofertando um espantoso solo de sax soprano de Malta. O trabalho encerra com "Jegue", que inicia como um estonteante samba em 7/4, justapondo complexo lírico e dissonantes harmonias dentro de um acompanhamento melódico improvisado, sugerindo a era do Weather Report de Heavy Weather e Mr. Gone. A invenção interativa polirrítmica e interação é labiríntica. Envolve a linha de frente e os banham em pulsações jubilosamente sincopadas. Pascoal e Malta oferecem importante conversação em chamada-resposta antes de se mover através de suingante post-bop. “Planetário da Gávea” é um Santo Graal para fãs de Pascoal e do jazz clássico brasileiro. Esta música é apresentada como vaga, crua, jubilosa e virtuosa. Esta banda não apenas despejou em todos os cilindros aqui, eles criaram extremamente inventivas novas direções para um samba eletrificado, jazz-funk brasileiro e fusion dos anos 80.

Faixas

Disco 1

 1 Paz Amor e Esperança / Homônimo Sintróvio 33:46

2 Samba Do Belaqua 13:45

3 Vou Prá Lá e Pra Cá 13:53

4 Bombardino 09:13

Disco 2

1 Era Prá Ser e Não Foi 12:39

2 São Jorge / Ilza na Feijoada 15:02

3 Duo de Bateras 07:24

4 Duo de Bateras II 01:24

5 Ferragens 04:31

6 Jegue 10:34

Fonte: Thom Jurek (AllMusic)

 

 

ANIVERSARIANTES - 18/01

Al Foster (1944) - baterista,

Alan Ferber (1975) – trombonista,

Bert Joris (1957) – trompetista,

Bobby Broom(1961) – guitarrista,

Clark Gayton (1963) – trombonista,

Don Thompson (1940) – baixista, pianista, vibrafonista,

Géraldine Laurent (1975) – saxofonista,

Irene Kral (1932-1978) – vocalista,

Marilyn Mazur 1965) – percussionista,baterista,vocalista,pianista,

Mark Ferber (1975) – baterista,

Peter Epstein(1967) – saxofonista,

Russell Ferrante (1952) – pianista,

Steve Grossman (1951) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=DT8g_zR4WpQ,

Tom Beckham (1968) - vibrafonista 

 

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

BRIAN CHARETTE - LIKE THE SUN (Dim Mak)

Com o tempo em suas mãos, neurônios queimando rápido e um sério desejo de improvisar, o organista e tecladista mágico Brian Charette criou o que pode ser melhor descrito como uma orquestração de balanço integrada com sabores católicos. Usando samplers, máquina de bateria e arpejadores programados para reagir e acompanhar seu toque, Charette nasceu um “homem que encontra maquinas” determinado na exploração dos limites, soldando atmosferas para os balanços, e encaminhando linhas cativantes e divertidas, que parece feita por artesão do território deles, embora o reverso seja atualmente o cenário.

Gravado na primavera de 2020, quando a COVID-19 primeiro manteve todos confinados, esta música obviamente fala ao isolamento. Porém, com a necessidade de servir como a mãe da invenção, como poucas alternativas estavam disponíveis para interações musicais não pessoais no momento, experimentos de Charette também faz brilhar uma luz na sua incrível perseverança e o espírito infatigável de um artista criativo. Mesmo diante da pandemia, com o tapete sob ele puxado e um futuro incerto, Charette encontrou um caminho. E, conectando-se com o título do álbum, a música que ele trouxe faz a luz brilhar intensamente.

"15 Minutes of Fame" deslocando entre o toque de psicodélico balanço tecno e o território de pseudo paisagem sonora, apresentando uma lagarta como isca, e ofertando um trabalho solo cativante, prova ser perfeito passagem de entrada neste novo mundo. Então Charette apresenta um amplificado "Time Piece" vinculado às raves, uma fatia eletro-soul na forma de "Slasher" e um fluxo confortavelmente brilhante em "Honeymoon Phase". Antes de chegar na faixa título, com o vocal de amostras sem palavras sobre pressentimentos em correntes subterrâneas, linguagem processada dá voz ao pensamento, e fantasmas apontam para trás das máquinas, é claro que esta música é um universo em si mesmo, onde possibilidade supera a previsibilidade a cada passo.

Charette cativa e surpreende com mais guinadas bruscas e gira sobre as restantes oito faixas. "Mela's Cha Cha", apresentando irresistível dança corrente em R&B, um desvio ou dois, e uma seção solo pop latino, golpes contra a noção que homem e máquina não podem estar em paz, balanço como um momento perdido juntos. "Break Tune" separando o tempo entre a terra das noções minimalistas e a igreja da salvação da alma, altera sua identidade com esporádicas edições e "Creole" com dedos alegremente empinando sobre uma base funkeada, é absolutamente magnética. Se é possível provar atração em companhia de máquinas, Charette fez isto aqui. “Like The Sun”, através de sons gerais e ímpeto criativo, oferece uma nova inclinação para o compromisso e uma dose benvinda de otimismo.

Faixas: 15 Minutes of Fame; Time Piece; Slasher; Honeymoon Phase; Like The Sun; Mela’s Cha Cha; Three Lights; Break Tune; From Like to Love; Creole; Robot Heart; 7th St. Busker; 57 Chevy.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=7yw0a2FjN1w 

Fonte: Dan Bilawsky (AllAboutJazz) 

ANIVERSARIANTES - 17/01

Big Sid Catlett (1910-1951) - baterista,

Billy Harper (1943) - saxofonista,

Carl Testa (1984) – baixista,clarinetista,

Cedar Walton (1934-2013) - pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=uU1s3IjhM3w,

Cyrus Chestnut (1963) – pianista,

Eartha Kitt (1927-2008) – vocalista,

Jeremy Yaddaw (1982) – baterista,

Jorge Mautner (1941) – violinista,pianista,bandolinista,vocalista,

Kandace Springs (1989) – pianista,vocalista,

Kate McGarry(1963) – vocalista,

Larry Sonn (1919)- trompetista,

Luca Bonvini (1960) – trompetista,

Matt Marantz (1986)-saxofonista,

Scott Anderson (1975) – trompetista,

Ted Dunbar (1937-1998) - guitarrista,

Yves Robert (1958) – trombonista

 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

TONY MALABY - THE CAVE OF WINDS (Pyroclastic Records)

As antigas Electric Bebop Band de Paul Motian, Liberation Music Orchestra de Charlie Haden e muitas incursões intrigantes de Kris Davis, o saxofonista Tony Malaby, de longe, não desconhece o outro lado da música, onde paradigmas deslizam de medida a medida, nota por nota. Assim “The Cave of Winds”, o confronto de Malaby com o quarteto eletrificado de Sabino, segue um arco, grandemente familiar, mas soa como nada antes, e, possivelmente, como nada que virá depois.

Participantes potentes em dança animada, o baixista Michael Formanek e o baterista Tom Rainey retomam a suas atribuições questionadoras de sua estreia em 2000, “Sabino (Arabesque)”, enquanto o guitarrista Ben Monder substitui Marc Ducret. É um passeio sonoro de trenó. Ásperas extremidades e combate à suavidade de "Corinthian Leather" dão uma mistura de suporte, livremente interpretada, da festiva música de salão de festas, "Woody 'n You", de Dizzy Gillespie de 1944. A música inicia de forma bop, mas breve os ventos mudam a rota de atuação com Monder — uma interessante virada de eventos.

"Recrudescence" sugere, murmura, lamenta. Ouve o passado e presente. Conduz a si mesma como lava descendo da montanha. Monder, outra vez, parece se encarregar neste ambiente aberto, estima alguém e a postura que alguém toma. Assim, eles se desafiam entre si. Malaby clamando sobre o redemoinho, enquanto Formanek e Rainey lançam seus músculos dentro de uma criação de uma tempestade maior, que Monder obscurece com toque de vibração de guitarra do rock na (intencional? não intencional?) homenagem a "Scratch the Horse" de Neil Young e Crazy Horse.

A inspiração para toda a música em “The Cave of Winds”— "Insect Ward", a faixa título, "Life Coach (for Helias)" e ("Just Me, Just Me") — vêm de jam sessions emergentes da pandemia, que Malaby liderou sob uma passagem de pedágio próxima de sua casa em Jersey, e, seguramente, soa como o inferno. Predominantes maus ventos uivantes da cidade, abaixo da paisagem inferior são encontradas e combatidas pelo ato individual de cada um sobre a ideia, que unifica iguais poderes. E do vigor vem a resistência. E da resistência emerge novas coisas.

Faixas: Corinthian Leather; Recrudescence; Scratch the Horse; Insect Ward; The Cave of Winds; Life Coach (for Helias); Just Me, Just Me.

Músicos: Tony Malaby: saxofone tenor; Ben Monder: guitarra; Michael Formanek: baixo acústico; Tom Rainey: bateria.

Fonte: Mike Jurkovic (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 16/01

Aldo Romano (1941) - baterista,

Aubrey Logan (1988) – trombonista, vocalista,

David Thomas Roberts (1955) - pianista,

David White (1979) – trombonista,

Fabiana Cozza (1976) – vocalista,

Marinho Boffa (1960) – pianista,

Matt Otto(1967) – saxofonista,

Sandy Block (1917-1985) - baixista,

Spike Robinson (1930-2001)- saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=_fOHlg-aQKs ,

Tani Tabbal (1954) - baterista