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quinta-feira, 30 de junho de 2022

BEN MARKLEY BIG BAND - ARI'S FUNHOUSE (OA2 Records)

“Ari's Funhouse”, gravado em Julho de 2021, brotou de um encontro oportuno no festival de jazz, no Texas, em 2019, entre o baterista e o compositor residente em Nova York, Ari Hoenig, e o pianista e arranjador, residente em Denver, Ben Markley. Após atuar com Hoenig em um grupo pequeno, Markley perguntou se poderia arranjar alguns das composições de Hoenig para uma orquestra. Hoenig prontamente concordou, e depois de uma prolongada pausa induzida pela Covid, ele e a banda de Markley finalmente encontrou-se face a face em Denver para gravar o álbum. Duas coisas são prontamente aparentes. Hoenig e Markley são artistas superiores em seus próprios modos, e juntos realizam um libreto para dança de fone—e o fazem alegremente.

Embora não seja, basicamente, conhecido como um baterista de orquestra, Hoenig não teve problema de acender um fogo alto sob a qualificada banda de Markley. Entretanto, como compositor, Hoenig tem sua própria voz, e os “arranjos” de Markley para cada tema sob seu ponto de vista está sempre em frente ou no centro. Mesmo que escrupulosamente moderna, esta voz volta retorna ao tempo em que orquestras empunhavam soberania musical e o suingue carregava o dia. Hoenig também tem um lado funkeado, mas ele e Markley deixam isto por último, na assertiva, ainda que com um tempo mais fraco, "Green Spleen".

Em outra parte, “Funhouse” é exatamente isto, uma orquestra de primeira classe impulsionando uma tempestade com arranjos perceptivos, a seção de trabalho, admiráveis solos e inabalável espírito de corpo. A bateria de Hoenig é persuasiva, mas não avassaladora, enquanto os arranjos de Markley trazem o melhor em cada seção. Mesmo que a maioria dos números sejam animados, Hoenig revela um ouvido aguçado para balada em "For Tracy". A banda vem suingando em "Birdless" e continua com passo acelerado em "Lyric", "Lines of Oppression" e "Bert's Playground" antes de finalizar com "Tracy", o poema com entonação inspirada no Oriente Médio, "Arrows and Loops" (incluindo solos soberbos de Markley, Hoenig e do saxofonista alto Wil Swindler) e "Green Spleen".

Conforme notado, a banda está infalível, como são os solistas: Markley, Swindler, Hoenig, os saxofonistas tenor John Gunther e Peter Sommer, os trompetistas Dan Jonas e Greg Gisbert, o trombonista Paul McKee, o guitarrista Steve Kovalcheck e o baixista Evan Gregor. Em resumo, o convite de Markley a  Hoenig pagou generosos dividendos, e “Ari's Funhouse”, benfeito e bem ordenado, é um lugar maravilhoso para se desfrutar e uma aprazível hora ou mais.

Faixas : Birdless; Lyric; Lines of Oppression; Bert's Playground; For Tracy; Arrows and Loops; Green Spleen

Músicos : Ben Markley: piano; Ari Hoenig: bateria; Peter Olstad: trompete; Greg Gisbert: trompete; Dan Jonas: trompete; Alan Hood: trompete; Adam Bartczak: trombone; Paul McKee: trombone; Rob Borger: trombone; Jon Gauer: trombone; Wil Swindler: palhetas; Scott Turpen: saxofone alto; Peter Sommer: saxofone tenor; John Gunther: saxofone tenor; Sam Williams: saxofone barítono; Steve Kovalcheck: guitarra; Evan Gregor: baixo.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=0G-BHbBGjF8

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

 



ANIVERSARIANTES - 30/06

Andrew Hill (1937-2007) - pianista,

Jason Miles (1952) – tecladista,

Jasper van't Hof (1947) - tecladista,

Lena Horne (1917-2010) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=EMf0Z7EPdLo,

Rick Frank (1958) – baterista,

Stanley Clarke (1951) – baixista,

Wallace Davenport (1925-2004) - trompetista

 

 

quarta-feira, 29 de junho de 2022

JARED SCHONIG - TWO TAKES -VOL. 2: BIG BAND (Anzic Records)

Para as versões orquestrais das oito principais composições do Vol. 1, Schonig induz realmente a ambição de oito diferentes compositores/arranjadores em cada peça. Os arranjadores são Alan Ferber, Jim McNeely, Mike Holober, Miho Hazama, Darcy James Argue, John Daversa, Laurence Hobgood e Brian Krock.

Alguns arranjos, aproximadamente, seguem as linhas de versões de grupos pequenos, enquanto outros são mais caprichosos. O tratamento de Ferber para "Sabotage", a versão de Daversa para "NUTS" e a tomada de "Eight Twenty" Hobgood constroem extensões agudas em torno do som das versões em quinteto. Em "Climb" de Holober, o arranjo adiciona uma misteriosa camada atonal ao grupo, tocando e deixando espaços para ricos solos de sax por parte de Jason Rigby e Charles Pillow. Hazama contrastando com as linhas de palhetas e metais, arremessando sobre a escorregadiça ação rítmica em "Sound Evidence", enquanto Argue renova o sentimento de quietude de "Tig Mack", apresentando o doce som metálico da guitarra de Nir Felder, incrementado pelo eco das flautas. Para "Gibbs St.", Krock tem a seção rítmica, trompetes, trombones e saxofones lançando-se seção por seção, tornando o som denso e adicionando a liderança para os fortes e inquietantes solos de Donny McCaslin no sax tenor e Ike Sturm no baixo elétrico. Os músicos neste volume mudam faixa a faixa, mas Schonig permanece uma presença constante na bateria, conduzindo as formações com talento e poder explosivo, tanto quanto ele faz no álbum do quinteto.

Faixas: Sabotage; White Out; Climb; Sound Evidence; Tig Mack; NUTS; Eight Twenty; Gibbs St.

Músicos: Jared Schonig: bateria; Jon Gordon: alto e soprano, flauta (3,4,7,8); Charles Pillow: saxofones alto e tenor, flautas alto e baixo, oboé (3,4,5,7,8); Dave Pietro: saxofones alto e soprano, flauta (1,2,5,6); Ben Kono: saxofone alto, flauta (1,2,5,6); Donny McCaslin, Jason Rigby: saxofone tenor, clarinete (3,4,7,8); Troy Roberts: saxofone tenor (1,2,6); Quinson Nachoff: saxofone tenor, clarinete (1,2,5,6); Carl Maraghi: saxofone barítono,clarinet baixo; Tony Kadleck, Jon Owens, Brian Pareschi: trompete, flugelhorn; Jonathan Powell: trompete, flugelhorn (3,4,7,8); Scott Wendholt: trompete, flugelhorn (1,2,5,6); Michael Davis, Alan Ferber: trombone; Marshall Gilkes: trombone (3,4,7,8); Keith O'Quinn: trombone (1,2,5,6); Nir Felder: guitarra; Adam Birnbaum: piano (1,2,5,6); David Cook: piano (3,4,7,8), Rhodes (3); Ike Sturm: baixo acústico (4), baixo elétrico (8); Matt Clohesy: baixo acústico(2,3,5,6,7); Dan Loomis: baixo acústico (1); Matt Holman: maestro.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 ½ estrelas.

 Fonte: Jerome Wilson (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 29/06

Hugo Fattoruso (1943) – pianista, acordeonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=elzxnnO1-OI

Ike Sturm (1978) – baixista,

Julian Priester (1935) – trombonista,

Mousie Alexander (1922-1988) - baterista,

Ralph Burns (1922-2001) – líder de orquestra, pianista,maestro,arranjador 

 

terça-feira, 28 de junho de 2022

LOGAN RICHARDSON – AFROFUTURISM (Whirlwind)

“Afrofuturism” é muitas coisas — um gênero literário, um movimento artístico, uma perspectiva anunciando um novo e melhor caminho. É também um som. Esta escolha do título por parte de Logan Richardson para seu último álbum evidencia o desejo de emparelhar os sonhos de um futuro liberado com uma mensagem oculta e solta na qual pode ser melhor descrito como uma espécie de uma balada impulsionada, blues eletrificado. Conhecido como um dos mais premiados e transformadores saxofonistas alto da sua geração, é o poder composicional de Richardson que brilha aqui. Estendendo-se do seu álbum anterior, “Blues People”, este trabalho evidencia uma representação da vida em tempos difíceis. Porém com ele, nós somos lembrados que tais tempos não durarão para sempre.

Richardson oferece um leque de instrumentação eletrônica e acústica que dissimula uma descrição fácil. O trabalho de produção na adequadamente intitulada “Trap” tem cada elemento deste blues eletrônico, mas é a conversação com uma das mais modernas invenções críticas do hip-hop. A música é como uma poesia, evocando movimento e transportação. Porém, onde nós estamos indo é mais um empreendimento coletivo. Som é um mapa, não um território.

Faixas: Say My Name; The Birth Of Us; Awaken; Sunrays; For Alto; Light; Trap; Grandma; Farewell; Black Wallstreet; Photo Copy; Round Up; According To You; Praise Song; I’m Not Bad, I’m Just Drawn That Way. (52:32)

Músicos: Logan Richardson, saxofone alto, teclados; Igor Osypov, guitarra, guitarra acústica; Peter Schlamb, vibrafone, teclados, teclado baixo; Dominique Sanders, baixo, teclado baixo; Laura Taglialatela, vocal; Ezgi Karakus, cordas; Ryan J. Lee, bateria, baixo; Corey Fonville, bateria.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

 Fonte: Joshua Myers (DownBeat) 

 

ANIVERSARIANTES - 28/06

Adrian Rollini (1904-1956) - saxofonista,vibrafonista,

Garoto (1915-1955) – violonista,

Jesse Stacken (1978) – pianista,

Jimmy Mundy (1907-1983) - saxofonista,

John Lee (1952) – baixista,

Hide Tanaka (1956) – baixista,

Paulinho Boca de Cantor (1946) – vocalista,

Pete Candoli (1923 - 2008) – trompetista,

Raul Seixas (1945-1989) – guitarrista,vocalista,

Tierney Sutton (1963) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=zkqYTgcn5JA
 

segunda-feira, 27 de junho de 2022

TROMBONE SHORTY – LIFTED

Trombone Shorty sintonizou os poderosos balanços dos seus lendários espetáculos ao vivo para “Lifted”, seu primeiro álbum em cinco anos.

“Eu penso que “Lifted” está mais próximo do que já se conseguiu apanhar de um espetáculo ao vivo e colocá-lo em uma gravação”, disse o nominado ao Grammy, trombonista e compositor. “Deste modo , eu falei com todos para atuar como se estivéssemos no palco de um festival”.

Com uma mistura de funk, soul e rock psicodélico, o álbum promete arrojadas composições e performances de alto calibre de Shorty e seus companheiros de banda. A gravação apresenta convidados especiais como Gary Clark, Jr., Lauren Daigle e a New Breed Brass Band.

As 10 faixas foram gravadas por Shorty em seu próprio Buckjump Studio com o produtor Chris Seefried.

O título do álbum e a foto da capa do disco referenciam o relacionamento que Trombone Shorty tinha com sua mãe, Lois Nelson Andrews. “Ela faleceu recentemente, mas ela continuou a inspirar-me até ela ter partido, e esta é a razão pela qual eu coloquei uma foto dela, mantendo-me em segunda linha na capa deste álbum”, ele explana. “Ela ergueu-me na minha vida inteira”.

Faixas

1 Come Back

2 Lie to Me

3 I’m Standing Here (feat. Gary Clark, Jr)

4 What It Takes (feat. Lauren Daigle)

5 Everybody in the World (feat. New Breed Brass Band)

6 Lifted

7 Forgiveness

8 Miss Beautiful

9 Might Not Make It Home

10 Good Company

 Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 https://www.youtube.com/watch?v=a2M6fq1Utu0

 Fonte: Adam Feibel (Jazz.FM9I)

 

 

ANIVERSARIANTES - 27/06

Bartosz Hadala (1977) – pianista,

Elmo Hope (1923-1967) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=mkp-rGW8LWU,

George Braith (1939) - saxofonista,

Johnny Big Moose Walker (1929-1999) – pianista,vocalista

Madeline Eastman (1954) – vocalista,

Magnus Broo (1965) - trompetista

domingo, 26 de junho de 2022

BOB MINTZER & WDR BIG BAND COLOGNE – SOUNDSCAPES (MCG Jazz)

O saxofonista Bob Mintzer, um novaiorquino que deixou a casa anos atrás para ver o mundo, é um professor de Estudos de Jazz na Thornton School of Music da University of Southern California e maestro principal da orquestra de renome mundial, a WDR Big Band in Cologne, Alemanha, com a qual ele gravou “Soundscapes”, uma vitrine luminosa para seu singular talento como compositor, arranjador e solista. Como qualquer um que seja familiarizado com Mintzer— através de gravações com big-band, seu quarteto Yellowjackets ou outros espaços—claramente entende, que encontrará uma via para suingar, se compondo, arranjando, tocando sax tenor ou EWI (instrumento de sopro eletrônico), que ele emprega em três das dez faixas do álbum.

Mintzer também se inclina através de gêneros como o latino, salsa e afro-cubanos, uma predileção exemplificada de "The Conversation", "Montuno" e "Canyon Winds", cujos ritmos irrefreáveis servem como seguros lançamentos de suportes para solistas como Mintzer, o saxofonista tenor Paul Heller, o pianista Billy Test, o trombonista Andy Hunter, a saxofonista alto Karolina Strassmayer e o trompetista Andy Haderer. Em todo lugar, Mintzer compartilha a explosão de Test em "New Look" e "One Music”, Heller em "A Reprieve" and "Whack" e o saxofonista alto Johan Horlen em "Stay Up". Horlen e o trompetista Ruud Breuls estão à frente da bem denominada "Herky Jerky", Strassmayer e Breuls diretamente no final, "VM" (abreviação para Vince Mendoza, um colega na USC e maestro principal da Metropole Orchestra nos Países Baixos).

Mintzer, que escreveu mais que quinhentos arranjos, sabe como faz qualquer banda brilhar, enquanto seduz os ouvidos dos ouvintes, e “Soundscapes” não é exceção a esta regra, iniciando com um suporte de soberbos novos arranjos, "A Reprieve" e "The Conversation" cada uma das quais estabelece um suingante balanço como estabelece um prato a ser servido. A feérica "Stay Up" acelera a força viva antes bem-temperada em "Montuno", diminui a temperatura em "Whack" e deixa Mintzer explorar novas vias sonoras e rítmicas, usando instrumentos de sopro e metais surdinados para moldar um descentralizado, ainda que cuidadosamente fascinante miscelânea, que ele rotula de " funk atonal ". A ritmicamente robusta "Canyon Winds" precede a esperta e angular "Herky Jerky" (baseado em "I Got Rhythm" dos Gershwins), a balada "New Look", a de alta-octanagem "One Music" (composta por Mintzer para o Yellowjackets e adaptados para uma orquestra ampla) e o encerramento com "VM".

Talvez a melhor maneira para descrever “Soundscapes” é dizer que ela representa Mintzer em seu melhor, e que a WDR Big Band ajuda a fazer seu som superior ainda melhor. Isto seria o bastante para excitar o apetite de qualquer entusiasta do jazz.

Faixas: A Reprieve; The Conversation; Stay Up; Montuno; Whack; Canyon Winds; Herky Jerky; New Look; One Music; VM.

Músicos:Bob Mintzer: saxofone; Wim Both: trompete; Rob Bruynen: trompete; Andy Haderer: trompete; Ruud Breuls: trompete; Johan Horlen: saxofone alto; Karolina Strassmayer: saxofone alto; Paul Heller: saxofone tenor; Olivier Peters: saxofone tenor; Jens Neufang: saxofone barítono; Ludwig Nuss: trombone; Raphael Klemm: trombone; Andy Hunter: trombone; Mattis Cederberg: trombone; Billy Test: piano; Stefan Rey: baixo; Hans Dekker: bateria; Marcio Doctor: percussão.

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 26/06

Bill Cunliffe (1956) – pianista,

Dave Grusin (1934) – pianista,

Don Lanphere (1928-2003) - saxofonista,

Eric Leuthäuser (1996) – vocalista,

Gilberto Gil (1942) –violonista,vocalista,compositor (na foto e vídeo), http://www.youtube.com/watch?v=PSNlwlfw6DY,

Joey Baron (1955) - baterista,

Mathias Eick (1979) – trompetista,

Reggie Workman (1937) - baixista,

Robin Stine (1970) - vocalista 

 

sábado, 25 de junho de 2022

THE JAZZ AT LINCOLN CENTER ORCHESTRA - THE EVER FONKY LOWDOWN (Blue Engine)

Houve um número de projetos iniciados em 2020 para marcar 400 anos de escravidão e a opressão sofrida pelo povo negro nos Estados Unidos. Numerosos livros, documentários e produções teatrais enunciam a captura fundamental da inumanidade da escravização, a extensão e severidade da experiência. De diversas formas, “The Ever Fonky Lowdown” de Wynton Marsalis poderia ser uma trilha sonora para qualquer destas apresentações, embora venham repletas da sua própria fascinação, frequentemente em libreto satírico.

Da fanfarra da abertura ao papel do ator Wendell Pierce como narrador, interlocutor e trapaceiro, os vocalistas e os instrumentistas da Jazz At Lincoln Center Orchestra evocam um quadro vivo amplo da atormentadora história estadunidense, principalmente através do sistema racista, segregacionista e discriminatório da nação e a supremacia branca. È uma genuína cavalgada de segmentos musicais—o blues, suingue de orquestra, peças de grupos pequenos e boas amostras de gospel. Se “Before the Mayflower” de Lerone Bennett ou “From Slavery to Freedom: A History of African Americans” de John Hope Franklin foram um cenário para a música, os sons que acompanham se assemelhariam ao que Marsalis realizou aqui.

Destacar qualquer das 53 faixas seria uma injustiça para a abrangência textural de uma opereta do álbum, enquanto os interlúdios blueseiros e os solos ocasioniais do saxofone são excepcionais e providenciam a miscelânea com ressonância direta e jazzística.

Com a continuidade das recitações de Pierce, “Mr. Game”, há uma animada interconexão da música: Ouvintes informados devem ouvir momentos da batida de Basie, uma mancha de Tadd Dameron e breves jorros de jazz cantarolado e vocalizações. Enquanto a maioria das faixas guinam para o passado profundo, eles voam alto na era dos direitos civis, invocando o corajoso compromisso de Fannie Lou Hamer. A pandemia é referenciada em “Everybody Wear They Mask”, astutamente aludindo a linguística dos negros, que também deve estar no toque para o título do álbum, onde “fonky” representa “funky”.

Independentemente da nomenclatura, Marsalis e sua orquestra outra vez aproveitaou um veio da cultura estadunidense através de uma inovativa, e impressionante, mistura de palavras e música.

Faixas: We Are The Greatest; Mr. Game Speaks: I Am A Winner; We Are The Greatest; Mr. Game: Success Is My Middle Name; They/Let’s Call Them This; Mr. Game: Beware! They’re Going To Cause Problems; The Ever Fonky Lowdown In 4; Mr. Game: Talk Is A Waste Of Time; I Don’t Like Nobody But Myself; Mr. Game: We Must Strike First! (Trust Me); The Drums Of War; Mr. Game: The Mandates Of Our Democracy; Consideration Blues/I Know I Must Fight/The Drums Of War Return; Mr. Game: Who Is We?; What Would The Savior Think?; Mr. Game: Winners Don’t Reflect, We Celebrate; Some For Me, None For You; Mr. Game: We’re Number One!; The Ever Fonky Lowdown In 5; Mr. Game: They Deserved Everything They Got; Night Trader; Mr. Game: They, Too, Want To Be Winners; Mr. Good Time Man; Mr. Game: Shame Is For Losers; Because I Want To, Because I Like To, Because I Can; Mr. Game: A Ridiculous Plea; I Wants My Ice Cream; Mr. Game: Somebody’s Got To Rule; The Ever Fonky Lowdown In 6; Reprise: What Would The Savior Think?: The Ever Fonky Lowdown In 5 & 6; Mr. Game: Your First Prize; Isms, Schisms; Mr. Game: Your Second Prize; Yes/No; Where Has The Love Gone?; Mr. Game: Your Third Prize; Consider This ‘Bout The Filth We Love; Mr. Game: Your Fourth Prize; Everybody Wear They Mask; Mr. Game: You Love These Prizes Because You Live Them; The Ever Fonky Lowdown In 7; Mr. Game: Your Wildcard; I Got A Nagging Feeling; Mr. Game: The Freedom Fighter: Fannie Lou Hamer; The Ballad Of Fannie Lou: Part 1; The Ballad Of Fannie Lou: Part 2; Mr. Game: Just Let The Memories Of Them Die; Why Do We Pick Slavery Over Freedom?; Mr. Game: Your Last Prize (The Best One); Reprise: The Ever Fonky Lowdown In 4; Reprise: I Wants My Ice Cream; I Know I Must Fight. (113:10)

Músicos: Wynton Marsalis, Ryan Kisor, Marcus Printup, Kenny Rampton, trompete; Sherman Irby, Ted Nash, Victor Goines, Dan Block, Paul Nedzela, palhetas; Vincent Gardner, Elliot Mason, Sam Chess, trombone; Chris Crenshaw, trombone, vocal; Dan Nimmer, Adam Birnbaum, piano; Doug Wamble, guitarra, vocal; Ricky “Dirty Red” Gordon, Bobby Allende, percussão; Carlos Henriquez, baixo; Charles Goold, bateria; Jason Marsalis, bateria, tamborim. Wendell Pierce, Camille Thurman, Ashley Pezzotti, Christie Dashiell, vocal.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=BuESdbrWvEw

Fonte: Herb Boyd (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 25/06

Arnold Faber (1952) – vibrafonista,

Joey Alexander (2003) – pianista,

Joe Chambers (1942) – baterista,pianista,vibrafonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=x2cbJBIAjlI,

Johnny Smith (1922-2013) - guitarrista,

Lisa-Rebecca Wulff  (1990) – baixista,

Marian Petrescu (1970) – pianista,

Olívia Hime (1943) – vocalista,

Patrick Godfrey (1948) – pianista,

Zdenko Ivanusic (1967) - saxofonista

sexta-feira, 24 de junho de 2022

MARIO PAVONE DIALECT TRIO +1 - BLUE VERTICAL (Out of Your Head)

Em 15 de Maio de 2021, Mario Pavone faleceu após uma batalha de 17 anos contra o câncer. Para dizer que o baixista saindo do suíngue deve soar enjoativo, mas isto é, essencialmente, o que ele fez em seus meses finais. Em Fevereiro e Março, ele reuniu em duas seções de gravação dois quartetos diferentes, interpretando seis das mesmas composições. Como pode agora ser ouvido em “Blue Vertical” e “Isabella”, um artista de 80 anos tomou a vantagem rara de modelar o capítulo final de rica vida musical.

“Blue Vertical” apresenta o Dialect Trio de Pavone com o pianista Matt Mitchell e o baterista Tyshawn Sorey mais o trompetista Dave Ballou, que escreveu os arranjos. Pavone compõe com uma voz ímpar, similar em alguns momentos a Paul Motian: Melodias são diretas e acolhedoras, com sutis passagens rítmicas, que não externa a si mesma de forma bastante agressiva. Dos dois grupos, este se move em uma direção mais livre. Mitchell e Sorey querem impulsionar as coisas desassociadas durante o solo de Ballou em “Twardzik”, enquanto Pavone mantém o centro junto. Mais impulsionando e rebocando o tempo como ocorre em “Philosophy Series”, embora sua estrutura permaneça intacta. “Face Music”, uma das faixas não duplicadas nos álbuns, inicia fora do sentimento melancólico, como se Pavone estivesse refletindo sobre o fim da linha. Porém, preferivelmente, pranteia o inevitável, o quarteto logo constrói um vigor jubiloso.

Faixas: Twardzik; OKWA; Blue Poles; Isabella; Philosophy Series; Blue Vertical; Good Treble; Legacy Stories; Face Music.

Músicos: Mário Pavone: baixo; Matt Mitchell: piano; Tyshawn Sorey: bateria; Dave Ballou: trompete.

Fonte: MIKE SHANLEY (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 24/06

Frank Lowe (1943-2003) - saxofonista,

George Gruntz (1932) - pianista,

Greg Burk - 1969 (piano),

Jeff Beck (1944) – guitarrista,

Manny Albam (1922-2001) - saxofonista,

Marvin "Smitty" Smith (1961) - baterista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=vfmUprxLpjk&feature=related
 

quinta-feira, 23 de junho de 2022

EDWARD SIMON -25 YEARS (Ridgeway Arts)

Durante a longa carreira de Edward Simon, o seu perfil é como um acompanhante ascendente com trabalhos para pesos pesados como Terence Blanchard. Seu próprio catálogo de 13 discos, como líder, tem recebido menos atenção, mas “25 Years” trabalha para corrigir o lapso. Para esta elegante retrospectiva, em disco duplo, o pianista reuniu 17 peças cuidadosamente construídas (cinco são reinterpretações) que explicita o fascínio de Simon pela sua infância, as batidas da Venezuela, onde ele nasceu, os rigores do treinamento clássico e do idioma do jazz dos Estados Unidos. O primeiro disco, apresentando majoritariamente pequenos grupos, apresenta diversos conceitos de Simon, incluindo seu rápido e angular solo contra congas dedilhadas em “Fiestas”. No segundo disco, através de um trabalho com um grupo ampliado, com o qual Simon revela a amplitude de sua visão. Uma suíte oferta um tema sinfônico melífluo em “Uninvited Thoughts” e um solo vigoroso de harpa em “Barinas”, uma lição que acondiciona 25 anos de excelência dentro de nove minutos.

Faixas: Disco Um: Ericka; Alma Llanera (Pt. 2); Govinda; Fiestas; Simplicity; Pathless Path; Pere; Impossible Question. Disco Dois: What If?; Aguantando; Caballo Viejo; Barinas; Uninvited Thoughts; Navigator; Gracias A La Vida; Venezuela Unida; Triumphs. (60:20/69:13)

Músicos: Ed Simon, teclados; David Binney, Miguel Zenón, saxofone alto; David Sanchez, Mark Turner, saxofone tenor; Shane Endsley, Sean Jones, trompete; Warren Wolf, vibrafone; Mark Dover, clarinete; John Ellis, clarinete baixo; Valery Coleman, Marco Granados, flauta; Robin Eubanks, Alan Ferber, Jesse Newman, trombone; Adam Rogers, guitarra; Monica Ellis, fagote; Jeff Scott, trompa; Toyin Spellman-Diaz, oboé; Edmar Castaneda, harpa; Jorge Glem, cuatro; Genevieve Artadi, Gretchen Parlato, Lucia Pulido, Luciana Souza, vocal; Avishai Cohen, Scott Colley, Larry Grenadier, Roberto Koch, Joe Martin, Matt Penman, John Patitucci, Ben Street, baixo; Rogerio Boccato, Luis Quintero, Pernell Saturnino, Leonardo Granados, percussão; Adam Cruz, bateria, percussão; Brian Blade, Obed Calvaire, Eric Harland, bateria.

Fonte: Suzanne Lorge (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 23/06

Alessandro Minetto (1969) – baterista,

Ben Paterson (1982) – pianista,

Daniel Szabo (1975) – pianista,

Donald Harrison (1960) – saxofonista,

Eddie Miller (1911-1991) - clarinetista,saxofonista,

Elza Soares(1937-2022 – vocalista (na foto e vídeo) http://musica.uol.com.br/ultnot/multi/2008/12/23/04023672C4C94326.jhtm?elza-soares-interpreta-se-acaso-voce-chegasse-na-sesctv-04023672C4C94326=, 

George Russell (1923-2009) - pianista , líder de orquestra,

Helen Humes (1913-1981) - vocalista,

Milt Hinton (1910-2000) – baixista,

Sahib Shihab (1925-1989) - flautista, saxofonista

quarta-feira, 22 de junho de 2022

HELEN SUNG – QUARTET + (Sunnyside)


 Em todo “Quartet+”, há uma clareza no papel de Helen Sung como líder. Se através das suas próprias composições ou aquelas de Marian McPartland, Geri Allen ou Carla Bley, Sung está diretamente envolvida em sua visão musical, na qual ela busca reunir o seu grupo com o Harlem Quintet , que é responsável pela adição do sinal de mais no título do álbum. Ele não poderia estar mais claro lá, tampouco.

A doce navegação em sua tomada em “Mary’s Waltz” de Mary Lou Williams é um destaque. O baixo de David Wong está emocionante em seu solo, mas é a condução da música por parte do Harlem Quartet que cria uma suave aterrisagem, e que realmente gira as cabeças. “Time Loops” de Sung passeia e corre como se estivesse contando as estórias da América que Aaron Copeland não tivesse imaginado. John Ellis está ardente e ebuliente. Kendrick Scott está em sua usual explosividade, particularmente no enceramento desta faixa. “Wrong Key Donkey” é deliciosamente desajeitada e soa tão animada para realizar tudo através dos truques da composição de Sung.

A aventura de Helen Sung é mesclar um clássico quarteto de cordas com seu quarteto de jazz, e ela encontra exatamente o balanço que ela buscou: a combinação vigorosamente perfeita da forma improvisadora com a estrutura das cordas para encontrar uma diferente espécie de dinamismo. Claro, esta espécie de combinação não é qualquer instrumentação, mas Sung encontra um caminho para sua coletânea de composições, seus próprios originais e de outras compositoras femininas, que ela está celebrando. Todos trabalham claramente juntos.

Faixas: Feed The Fire; Mary’s Waltz; Coquette; Elegy For The City; Time Loops; Elegy: A Grand Night For Swinging; Long Yellow Road; Wrong Key Donkey; Melancholy–Kaleidoscope; Lament For Kalief Browder; Sungbird; Reprise: A Grand Night For Swinging. (65:46)

Músicos: Helen Sung, piano; John Ellis, saxofone tenor (1, 5–8), saxofone soprano (11, 13) & flauta (2–4); David Wong, baixo; Kendrick Scott, bateria; Ilmar Gavilan, violino I; Melissa White, violino II; Jaime Amador, viola; Felix Umansky, cello.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=QicQDyn_zso 

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 ½ estrelas.

Fonte: Anthony Dean-Harris (DownBeat)  




ANIVERSARIANTES - 22/06

Arturo O´Farrill (1960) – pianista,

Craig Russo (1963) – percussionista,

Eumir Deodato (1942) – pianista,

Hermeto Pascoal (1936) – multi-instrumentista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=qaKtBdhD3vg&feature=related,

John Mosca (1950) – trombonista,

Justin Thomas (1987) – vibrafonista,

Keter Betts (1928-2005) – baixista,

Maurizio Rolli (1965) – baixista,

Ray Mantilla (1934) - percussionista 

 

terça-feira, 21 de junho de 2022

INGRID LAUBROCK AND ANDY MILNE – FRAGILE (Intakt Records)

Em 2019, a saxofonista tenor & soprano Ingrid Laubrock iniciou para Intakt Records uma série de duo de gravações com importantes pianistas. O primeiro dos dois trabalhos foi emparelhado com Aki Takase (Kasumi) e Kris Davis (Blood Moon), escolhas sensíveis como Takase e Davis estiveram amplamente instalados no jazz de avant-garde, viajando nos mesmo círculos de Laubrock e com tendências similares estilísticas. Isto possibilita a terceira oferta, com Andy Milne, um pouco mais interessante. Milne é certamente um ousado destemido, tendo atravessado um amplo espectro de jazz e pop contemporâneo, colaborando com todos de Tyshawn Sorey a Bruce Cockburn ao longo do caminho. O gênero desafiante de “Seasons of Being (Sunnyside, 2018) ” da banda Dapp Theory é apenas, amplamente, um exemplo da sua sensibilidade. Porém, sua estética integral se inclina para uma direção amigável ao ouvinte, considerando tipicamente os projetos de Laubrock dentro de um terreno menos convidativo. O que eles têm em comum, entretanto, é uma abordagem crucial generosa, que privilegia uma audição envolvente e colaboração empática, capacitando os dois a criar música que aproveita a força de cada instrumentista em atrativos e, às vezes, caminhos surpreendentes.

Todas as dez composições são de Laubrock e alguém deve assumir, de primeira, que Milne é uma figura secundária aqui. Porém, esta noção é rapidamente dispersada desde o início, conforme o rubato adorável do pianista abre "Equanimity", e estabelece a fundação para o assombroso belo saxofone tenor de Laubrock, permitindo aos músicos a oportunidade de explorar os contornos da peça com sensibilidade e nuance. A paciente contenção de Milne e a profundidade emocional traz o lado lírico de Laubrock, suavizando as angularidades do toque dela e permitindo suas tonalidades mais leves para emergir mais vividamente. A faixa título é outro exemplo do efeito de fermentação de Milne em Laubrock, com uma tepidez que cintila ao lado das frases rápidas de Laubrock.

A influência funciona de outra forma tão bem, entretanto, com Laubrock ocasionalmente empurrando Milne para um território mais abstrato. "Fragment" e "Splinter" são estudos na textura, com a técnica extensa do saxofone soprano de Laubrock em conversação próxima com o piano preparado de Milne, e as peças somente, gradualmente, tomando dimensões fixadas com frases em ostinato, gerando uma energia rítmica. "Bolder Fall Ejecta" deve ser o melhor exemplo dos dois catalizando entre si, como os voos agressivos do sax soprano de Laubrock fortificando Milne, cuja intensidade percussiva alcança elevação impressionante em algumas deslumbrantes execuções no teclado. As angularidades de Milne também anima "Ants in My Brain", habilmente abrindo o tema para Laubrock investigar com outra virada estonteante do soprano. E "Unapologetically Yours" tem uma impetuosidade que quase soa livremente improvisada, conforme Milne exibe que ele pode certamente manter mais momentos inclinados com Laubrock.

Enquanto Laubrock brilha em cada formato da performance solo em amplo grupo, há algo sobre o duo estabelecendo o que parece cultivar do seu melhor trabalho, e “Fragile” não é exceção. Seria um bom destaque do impressionante catálogo de Milne.

Faixas : Equanimity; Fragment; Bolder Fall Ejecta; Fragile; Shard; Ants in My Brain; Unapologetically Yours; Illusion of Character; Kintsugi; Splinter.

Músicos: Ingrid Laubrock: saxofone; Andy Milne: piano.

Fonte: Troy Dostert (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 21/06

Ajamu Akinyele (1972) – baixista,

Christy Doran (1949) - guitarrista,

Dave Bass (1950) – pianista,

Eric Reed (1970) – pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=2Hvrjhw2Lv4,

Jamil Nasser (1932) - baixista,

Joe Purrenhage (1966) – guitarrista,

Jon Hiseman (1944-2018) – baterista,

Lalo Schifrin (1932) -pianista,

Rob Schneiderman (1957) – pianista,

Steven Feifke (1991) - pianista 

 

segunda-feira, 20 de junho de 2022

CHARNETT MOFFETT - NEW LOVE (Motéma)

Charnett Moffett assume suas responsabilidades como líder— “New Love” é o 17º álbum colocando-o nesta posição— de forma literal. Adotando seu baixo elétrico sem trastos como instrumento líder, e por meio disto tirando-o da sua tradicional função suporte, Moffett permite, a si mesmo, ir para o ataque. Um caminho que ele adota em “New Love”, uma coletânea de uma dúzia de peças compostas por ele, gravadas no final de 2019 com um pequeno grupo, ignorando limitações de gênero mais ou menos completamente.

Elementos de funk e free, world, soul e mais encontram seus caminhos nestas músicas, então se embaralham em um ponto onde não faz sentido tentar entalhá-las dentro de qualquer estilo. “Swinging in the Realms”, a faixa de abertura, aborda, próximo da vertigem, como Moffett e a guitarrista Jana Herzen (sua esposa e cofundadora da Motéma) tocam na forma de gato e rato, enquanto o baterista Corey Garcia salta loucamente em um trabalho nobre para antecipar os movimentos deles. Herzen e Moffett também combinam seus esquemas de scat, vocais experimentais nas três faixas finais do álbum (Moffett contribui com um solo vocal em outra, a faixa título), tornando a gravação mais exótica, observação enigmática, que nós ouvimos neste ponto.

Os saxofones de Irwin Hall providenciam momentos notáveis também, embora, ao final, é Moffett que sempre comanda a atenção mais ávida e por boa razão. Não apenas ele é um talentoso e estilista original em seu instrumento, mas ele também rejeita deixar a si mesmo restrito ao que nós pensamos sobre que instrumento deveria ser. Houve mais que um punhado de momentos quando, em faixas como “We Remember” e “Flying in the Air”, ouvintes podem esquecer momentaneamente o que é, de fato, uma guitarra-baixo ligando as tomadas. Quando nos lembramos outra vez, o que ele está produzindo parece ser tudo mais notável.

Faixas

1.Swinging in the Realms 04:02

2.We Remember 04:53

3.Little Flowers 03:29

4.Today 03:22

5.Higher Dimensions 03:30

6.I Didn't Know 03:19

7.Flying in the Air 03:02

8.ETQ 04:48

9.New Love 04:38

10.Spirit & Bride 04:52

11.Love for the People 05:49

12.Rejoice 03:57

Fonte: JEFF TAMARKIN (JazzTimes) 

ANIVERSARIANTES - 20/06

Alejandro Aviles (1976) – saxofonista,flautista,

Boyd Lee Dunlop (1926-2013) – pianista,

Debora Weisz (1962) – trombonista,

Doc Evans (1907-1977) - cornetista,

Eric Dolphy (1928-1964) - saxofonista,flautista,clarinetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=bKX3U5Pnf5Q,

Jeremy Monteiro (1960) – pianista,

Paul Cacia (1956) – trompetista,

Stephan Kammerer  (1970) - saxofonista,

Stu Martin (1938-1980) – baterista,

Thomas Jefferson (1920) - trompetista
 

domingo, 19 de junho de 2022

TINEKE POSTMA – FREYA (Edition Records)

Seguindo ao lançamento coliderado com Greg Osby, “Sonic Halo (Challenge Records, 2014) “, a saxofonista holandesa, Tineke Postma, deu um passo atrás em sua carreira solo para engrandecer uma família. Nos anos intermediários houve dois álbuns em trio com Nathalie Loriers, mas “Freya”— a estreia de Postma na Edition Records—marca seu retorno como líder. A inspiração, com a maternidade, vem em várias formas nestas dez faixas inéditas com sua paisagem circundante e formidável mulher aquecendo toda sua viva criatividade. A pianista Kris Davis, o trompetista Ralph Alessi, o baixista Matthew Brewer e o baterista Dan Weiss são parceiros similares em trazer vida para as composições viscerais e multifacetadas de Tineke.

Com a maioria das faixas pesando sob seis minutos, há uma concisão e precisão na música. Ainda é necessário um olhar para a pulsação da abertura, "Parallax", para discernir a liberdade dentro de formas bem definidas, que os músicos revelam. A liberdade de Brewer e Weiss, ainda que sondando os ritmos que iluminam o papel do toque para Postma e Alessi, que balança entre o divertido andar às voltas e mais um voo individual fervoroso. Balanço e diálogo aberto coexistem em "Scáthachs Isle of Skye" com a condução dos ostinatos do baixo de Brewer e constantemente evoluindo modelos rítmicos de Weiss em cada pedaço, tão encantadores quanto solos sólidos, de uma linha de frente emparelhada.

Há mais que uma alusão da linguagem de Wayne Shorter em "Aspasia and Pericles", homenagem de Postma a Aspasia, uma influência significante dos filósofos tais como Platão e Sócrates. A introspecção lírica de Postma no saxofone soprano, em paralelo e, então, em revezamento com Alessi, é um contraponto simpático por parte de Davis ao piano. Da antiga Grécia à antiga Roma, Postma passa para a deusa do parto para a inspiração em "Juno Lucina", onde ritmos espiralados, firmemente, alimentam os solos e tons contrastantes. A saxofonista, o trompetista e a pianista, então, convergem em discurso angular e tempestuoso um no outro.

Postma, no soprano, está cintilante em "In the Light of Reverence", a paixão em seu lançamento acrobático em contraste afiado com o mais, obliquamente, encantador giro de Davis. Há fervor coletivo e individual na exuberante "Freya", uma das duas faixas na qual Brewer se apresenta no baixo elétrico. A outra, "Geri's Print", apresenta Postma e Alessi encaixando-se impacientemente sobre um balanço de ação lenta. Davis, uma vez mais, impressiona com um solo intrincado, economicamente medido, neste tributo a Geri Allen, que encantou o autoproduzido “The Traveller (2010) ” de Postma.

"Heart To Heart", um número mais lento que oscila entre lirismo e livre improvisação, apresenta notáveis contribuições de Brewer, Alessi no trompete surdinado, Postma no alto e o irrepreensível Weiss, que alterna entre escovinhas e baquetas, conforme a música fervilha e então ferve. "Interlude #1", que se situa no ponto central do álbum, e o encerramento do álbum,"Interlude #2", são um pouco mais que vinhetas, colocando Postma e Alessi juntos em intercâmbios improvisados tão abstratos quanto fugazes.

As ilustrações do álbum é do artista de Chicago, Chad Kouri, que está adequado para a música, que se apoia na escola AACM de jazz/música improvisada. Consistentemente absorvente, “Freya” é um retorno bem-vindo e excelente de Postma. Há mais explorações, que a música revela.

Faixas: Parallax; Scáthach Isle of Skye; Aspasia and Pericles; In the Light of Reverence; Freya; Interlude #1; Heart to Heart; Juno Lucina; Geri’s Print; Interlude #2.

Múicos: Tineke Postma: saxofones alto e soprano; Ralph Alessi: trompete; Matthew Brewer: baixo acústico; Dan Weiss: bateria; Kris Davis: piano.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=qLt4VY5t8iU

Fonte: Ian Patterson (AllAboutJazz) 

 

ANIVERSARIANTES - 19/06

Billy Drummond (1959) – baterista,

Chico Buarque de Holanda(1944)- vocalista, violonista,compositor(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=An0ZG3VUYZQ,

Dave Lambert (1917-1966) – vocalista,

John Hollenbeck (1968) – baterista,percussionista,

Luís Carlos Vinhas(1940-2001) – pianista,

Roberto Magris (1959) - pianista 

 

sábado, 18 de junho de 2022

SYLVIE COURVISIER TRIO - FREE HOOPS (Intakt)

No terceiro álbum do seu soberbo trio, a pianista Sylvie Courvoisier contrabalança seu rigor composicional e élan improvisador com resultados impressionantes. Cada uma das suas nove composições abraça uma ideia específica, todas amarradas por uma particular homenagem, e seus fãs as processa a partir daí, alçando voo graças às conexões que ela desenvolveu com o baixista Drew Gress e com o baterista Kenny Wollesen. A composição título, por exemplo, foi escrita para um antigo parceiro—na vida e na música— o violinista Mark Feldman, e ela expõe seu tema como uma corrida de obstáculo, que foi inspirada pela “misteriosa figura que ela toca”. Realmente, a composição lança-se, ansiosamente, com golpes flamejantes e frases ascendentes e descendentes meticulosamente esculpidas por todo o grupo, antes de iniciar, com elegância, uma amostra contínua com ecos de Ahmad Jamal.

Aproximadamente, todas as peças, primorosamente empacotadas aqui, em tais detalhes mutantes, como na balbuciante “Lulu Dance”, onde Gress, habilmente, se afasta do tema em ciclo com aparente espontaneidade, mas, completamente, com apartes marcantes, e no balanço felino (a peça foi composta para seus gatos) vem para deter um momento quixotesco da concessão mútua de golpes e modulações. Naturalmente, “Just Twisted” composta por John Zorn—que a impulsionou para o formato de um trio em primeiro plano— segue através de numerosos e frequentemente episódios excitados, incluindo uma seção de condução firme, que soa um pouco como o tema investigativo de Henry Mancini. “Birdies Of Paradise” composta para seu baixista ornitologista, é construída como um imaginário canto de pássaro. Courvoisier mimetiza um pica-pau com algum tilintar do interior do seu piano. A despeito das referências, não há nada como pastiche de Free Hoops, que posiciona o grupo como um dos mais excitantes trios de piano em atividade hoje.

Faixas: Free Hoops; Lulu Dance; Just Twisted; Requiem D’Un Songe; As We Are; Birdies Of Paradise; Galore; Nicotine Sarcoline; Highway 1. (53:48)

Músicos: Sylvie Courvoisier, piano; Drew Gress, baixo; Kenny Wollesen, bateria, Wollesonics.

Para conhecer um pouco deste trabalho assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=9dYDJxCsflg

Fonte: Peter Margasak (DownBeat) 

 

ANIVERSARIANTES - 18/06

Bennie Payne (1907-1986) - pianista,vocalista,

Jim Pepper (1941-1992) - flautista,saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=YnBdaYKqMUs,

 Hazar (1977) – guitarrista,

Maria Bethânia (1946) – vocalista,

Mat Mathews (1924-2009) –acordeonista



sexta-feira, 17 de junho de 2022

RUSSELL FERRANTE TRIO – INFLEXION (Blue Canoe Records)

O pianista, compositor e arranjador Russell Ferrante tem estado na cena jazzística por décadas. Ele tem trabalhado com muita gente, de Lee Ritenour a Joni Mitchell, de Al Jarreau a Bobby McFerrin a Eric Marienthal e muito mais. De qualquer modo, ele é melhor conhecido como um membro fundador do Yellowjackets em 1977, ao lado de Robben Ford e Jimmy Haslip. Em 2020, aos 68 anos, Ferrante é o único membro original ainda com a banda, e gravou seu álbum de estreia como líder.

Claramente com pressa, não é surpreendente que sua música seja executada com a mesma paciência e cuidado perspicaz. Com muitas experiências diferentes para invocar, houve muitas variações que Ferrante poderia ter tomado. Unido ao baterista Steve Schaeffer e ao baixista Michael Valerio, ele optou por um tradicional trio de jazz como seu trampolim para ir para dentro e tocar de leve seus sentimentos interiores. Ele não sentiu necessidade de vir à tona com seu cabelo em chamas para tentar afetar alguém com uma via expressa do jazz. Em vez disto, ele deixou seus companheiros de banda nos bastidores dos seus poucos minutos, estabelecendo um tema de elegância e eterna graça em "Stick-to-it-iveness". A seção rítmica então é mesclada suavemente pela duração de uma composição original de Ferrante. O método estava no local para uma graciosa virada em "Network Mutuality", seguida por uma terceira intitulada "Inflexion D". A última é uma faixa cointitulada "Inflexion A", que está notavelmente no local mais adiante em sua gravação intimista e pessoal. São completamente representativas de inflexões e vincos, que deliciosamente povoam esta gravação. Todas estas canções de Ferrante contemplam sutilmente mudanças de direção com destreza.

Mergulhar apressadamente dentro de uma música de Thelonious Monk mostra ser um bom caminho para captar o tempo. "Rhythm-a-ning" é conduzido por Schaeffer e Valerio e reimaginado por Ferrante, antes de explorar a doce "Isfahan" de Billy Strayhorn. "Spoons" é um tributo engenhoso para um antigo mentor e companheiro de banda, o vocalista Jimmy Witherspoon. Ferrante iniciou sua carreira profissional em sua juventude como membro da Jimmy Witherspoon Band. Ao clássico de Irving Berlin,"How Deep is the Ocean", é dado um tratamento brilhante e é apropriado para uma contemplação sincera por parte de Ferrante. O reforço positivo de "We Shall Overcome", traz esta jornada reflexiva para encerrar.

'Continuity' é uma palavra que vem à mente na descrição deste trabalho tão aguardado. Com a sólida fundação ancorada por Schaeffer e Valerio, Ferrante tem o espaço que ele necessita para confiantemente seguir o fluxo através do talento sobre o teclado. Ele escolhe não tocar de forma volumosa e arrojada, em vez de ir profundo dentro de si e orientando uma alma mais sensível. Embora, Ferrante não abandone seu toque familiar, ele sai da caixa para alcançar as emoções que ele projeta. Ele, frequentemente, toma os elementos dos ouvintes muito apreciados e constrói sobre eles. Como um vinho fino, às vezes, é melhor esperar pela colheita no tempo certo. Ele liberou sua paleta musical. Desfruta seu fino bouquê. Esta é uma jaqueta com cores diferentes...e ele a usa muito bem.

Faixas: Stick-to-it-iveness; Network Mutuality; Inflexion D; Rhythm-a-ning; Ishahan; Inflexion A; Spoons; I Do; 57 Chevy; How Deep is the Ocean; We Shall Overcome.

Músicos: Russell Ferrante: piano; Michael Valerio: baixo; Steve Schaeffer: bateria.

Fonte: JIM WORSLEY (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 17/06

Alemão [Olmir Stocker](1946) – guitarrista (na foto e vídeo) https://www.youtube.com/watch?v=Eyl4n7CYVhI

Arthur Verocai (1945) – violonista,

Jaimie Branch (1983) – trompetista,

Lindsey Muir (1981) – vocalista,

Marc Brenken (1973) – pianista,

Mark Feldman (1955) – violino,

Sam Wooding (1895-1985)- pianista,líder de orquestra,

Tom Varner (1957) – frenchornista,

Tony Scott (1921-2007) – clarinetista



quinta-feira, 16 de junho de 2022

STEVE KALDESTAD – LIVE AT FRANKIE´S JAZZ CLUB (Cellar Records)

Em seu quarto álbum para a Cellar Music, o residente do Canadá ocidental, o saxofonista tenor Steve Kaldestad interpreta "Con Alma". Ele também toca com alma, não apenas para a ode de Dizzy Gillespie ao princípio de animação da vida humana, mas ao longo do trabalho de mais de uma hora no Frankie's Jazz Club em Vancouver, onde ele lidera um quarteto exemplar, cujos membros estão entre os mais talentosos músicos de jazz da adorável região da British Columbia.

Os parceiros de Kaldestad no palco são o pianista Chris Gestrin, o baixista Conrad Good e o baterista Jesse Cahill, cada um dos quais mais que impulsam seu vigor. Kaldestad aprecia isto, e toma vantagem plena em uma ampla zona de conforto, que eles providenciam. Seu fraseado é seguro, sua criatividade é poderosamente forte, seus solos são modelos de invenção e destreza. Isto não é menos verdade para seus companheiros de banda, que não apenas compõem com sagacidade e vigor, mas adicionam vozes solo infalíveis sempre que Kaldestad pausa para recuperar a respiração e preparar nova investida.

Como se isto não fosse bastante para quase contentar qualquer audiência, a escolha do material para o quarteto é impecável, abrangendo da acima mencionada "Con Alma" para obras-primas de Harold Mabern ("A Few Miles from Memphis"), Horace Silver ("Barbara"), Tadd Dameron ("If You Could See Me Now") e Cedar Walton ("Bolivia") ao clássico do filme de Bronislau Kaper, "Invitation", e um par de inéditas dinâmicas de Kaldestad ("Equestrian Prelude", "Garden Hand Blues").

A audiência do Frankie's deve ter ficado fascinada, conforme um som esporádico e resguardado pode ser ouvido, seguindo alguns solos e no encerramento de cada número, quando aplausos entusiásticos expressam sua aprovação sem reserva. Embora esta audiência tenha sido realmente afortunada, a qualidade do som de “Live at Frankie's” é bastante clara, que é a melhor coisa, que, atualmente, esteve por lá. Uma performance bem desenhada e um concerto solidamente qualificado.

Faixas : A Few Miles from Memphis; Barbara; Equestrian Interlude; Con Alma; If You Could See Me Now; Invitation; Garden Hand Blues; Bolivia.

Músicos: Steve Kaldestad: saxofone tenor; Chris Gestrin: piano; Conrad Good: baixo; Jesse Cahill: bateria.

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 16/06

Albert Dailey (1939-1984) - pianista,

Clarence Shaw (1926-1973) –trompetista,

Dominique Eade (1958) – vocalista,

Fredy Studer (1948) - baterista percussionista,

Ivan Lins(1945) – pianista, vocalista,compositor,

Javon Jackson (1965)- saxofonista,

Lucky Thompson (1924-2005) - saxofonista,

Mike Baggetta (1979) – guitarrista,

Paul White (1973) – saxofonista,

Perna Fróes (1944) – pianista,

Ryan Keberle (1980) – trombonista,

Sérgio Barrozo (1942) – baixista,

Tom Harrell (1946) - trompetista,flugelhornista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=o2F9AGdVn3U

Tom Malone (1947) - trombonista

quarta-feira, 15 de junho de 2022

BADBADNOTGOOD - TALK MEMORY (XL Recordings and Innovative Leisure)

O quinto trabalho completo em estúdio do BadBadNotGood, e o primeiro sem o fundador, o tecladista Matthew Tavares, foi amplamente composto por improvisações no estúdio, em detrimento daquelas desenvolvidas nas excursões como nos seus álbuns anteriores. Indo às raízes instrumentais da banda, a gravação não incorpora abertamente as influências do hip-hop e R&B, o estilo exposto de seus trabalhos mais conhecidos. O grupo enfatiza a importância da harmonia coletiva deste tempo, sendo benvindas as contribuições dos músicos convidados. O álbum inicia com "Signal from the Noise", um épico de nove minutos coproduzido pela Floating Points. Após uma introdução prolongada, levemente agourenta, o trio lança-se em instigante meia seção de guitarra pesada, que relembra o fusion dos anos 70 mais que qualquer coisa e mais do que a banda tentou antes. Como a canção arrefece, amarra os efeitos que os instrumentos produzem (particularmente o saxofone de Leland Whitty) em fragmentação e desintegração. A cítara elétrica de Laraaji flutua em torno de saxofones vibrantes durante a suave "Unfolding (Momentum 73)", como a bateria gradualmente busca e dá o ritmo por um momento. Várias faixas apresentam grandes arranjos de cordas pela legenda brasileira, Arthur Verocai, que eleva a atmosfera sem perturbar as performances da banda. Karriem Riggins adiciona uma camada extra de uma estaladiça percussão para "Besides April", embora seja o solo da guitarra e o brilhante órgão deixem uma impressão maior. "Open Channels" é uma peça mais livre e desapegada como um desvio momentâneo no subconsciente. "Timid, Intimidating" é um retorno ao sentimento fusion na primeira canção, com melodias introspectivas tão bem quanto o solo verdadeiramente hábil. A canção final, "Talk Meaning", apresenta o saxofonista alto Terrace Martin e a harpista Brandee Younger, tão bem quanto as cordas de Verocai. Parece um pouco mais tenso e ritmicamente complicado do que algumas das outras faixas, ainda que arranjos harmoniosos ajudem todo o fluxo suavemente. Ao longo do álbum, BadBadNotGood e seus colaboradores convidados encorpam o quadro sonoro sem tirar a energia bruta das performances.

Faixas

1 Signal From the Noise 09:02

2 Unfolding (Momentum 73) 04:30

3 City of Mirrors 03:50

4 Beside April 05:13                       

5 Love Proceeding 05:25

6 Open Channels 04:22

7 Timid, Intimidating 06:17

8 Beside April (Reprise) 01:40

9 Talk Meaning 06:14

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 https://www.youtube.com/watch?v=ov1DNwDk6Qs

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 ½ estrelas.

Fonte: Paul Simpson (AllMusic)