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terça-feira, 30 de junho de 2020

MICHAEL EATON - DIALOGICAL (Destiny)

“Serious play - NT: Toque sério” deve ser um cliché neste momento, mas exemplifica o espírito que baila através deste trabalho.  A propósito do título, a ênfase está na reciprocidade: linhas melódicas em uníssono, dissolvendo-se dentro de uma interação contrapontual (improvisada e diferente), passagens de tempo marcadas (frequentemente justapostas umas contra as outras) e abruptas alterações nas apresentações. A dialética entre a coesão do grupo e os resultados das expressões individuais em uma tensão, apropriadamente, paradoxal entre continuidade temática e fluidez.

Às vezes, uma adicional tensão criativa— entre harmonia e dissonância— faz sentido em si mesmo. “Thanatos and Eros” inicia com um diálogo entre a flauta de Cheryl Pyle e o sax soprano de Eaton, e suas interações—às vezes com fluxo fácil e livre, às vezes em aparente polos opostos—que refletem a firmeza implicada no título (as forças da morte e renovação, encerradas em eterno abraço). Após um breve interlúdio, o resto da banda pondera uma mutante característica, ritmicamente com tema diversificado, apresentando um trabalho ondulante e exploratório ao piano a partir de Brad Whiteley e alguma leveza no trabalho encorpado do sax de Eaton (“Machinic Eros”, um breve dueto de sax-flauta, soa quase como uma introdução reimaginada de “Thanatos and Eros”, mas desta vez as duas vozes resolvem a si mesmo dentro de uma rica e harmoniosa mistura). 

“I and Thou”, que está entre as mais ambiciosas ofertas aqui, inicia com um compenetrado solo de gimbri de Daniel Ori, segue-se uma banda com uma dança de toque oriental, e então dissolve interlúdios de reflexiva quietude, durante o qual os saxofonistas convidados James Brandon Lewis e Sean Sonderegger ponderam com solos, que alternam entre o melodioso e nuances fortalecidas com agressiva forma livre. O toque passa a ser um pouco mais sombrio em quatro partes “Temporalities”, que conclui o trabalho —  colisões harmônicas, entonações estridentes, repetições claustrofobicamente circulares, um sentimento completo de urgência impulsionadas por uma militância firme —uma inquietante, mas efetiva fusão com a excentricidade, iconoclastia e veneração.

Faixas : Juno; Anthropocene; Aphoristic; Thanatos and Eros; Cipher; Dialogical; Machinic Eros; I and Thou; Temporalities (Parts I-IV).

Músicos : Michael Eaton: saxofones tenor e soprano; Brad Whiteley: piano; Daniel Ori: baixo, gimbri; Shareef Taher: bateria; Lionel Loueke: guitarra (1-3, 5); Brittany Anjou: vibrafone (2, 6, 9-12), gyil (6); Cheryl Pyle: flauta (4, 7, 9-12); Enrique Haneine: udu (1, 6); James Brandon Lewis: saxofone tenor (8); Sean Sonderegger: saxofone tenor (8); Jon Crowley: trompete (9-12); Dorian Wallace: piano e piano preparado (9-12); Sarah Mullins: marimba e triângulos (9-12).

Fonte: DAVID WHITEIS (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 30/06


Andrew Hill (1937-2007) - pianista,
Jason Miles (1952) – tecladista,
Jasper van't Hof (1947) - tecladista,
Lena Horne (1917-2010) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=EMf0Z7EPdLo,
Rick Frank (1958) – baterista,
Stanley Clarke (1951) – baixista,
Wallace Davenport (1925-2004) - trompetista

segunda-feira, 29 de junho de 2020

DAVE HOLLAND / ZAKIR HUSSAIN / CHRIS POTTER – GOOD HOPE (Edition)


Dois anos atrás, o mestre da tabla, Zakir Hussain, reunindo um sexteto chamado Crosscurrents, que reuniu músicos indianos e ocidentais para explorar o conteúdo do jazz nas partituras para os filmes de Bollywood. “Good Hope” expande este conceito de um grupo fervente para um trio, e passando o foco da música de cinema para uma abordagem mais generalizada.

Como Dave Holland acabou no topo no qual se iniciou o projeto de Hussain, alguém poderia também colocar para baixo, meramente, na ordem alfabética de sobrenome ou nota como o papel central do baixista está definindo o dom deste trio. “Good Hope” não é raga-jazz ou fusion Oriente-Encontra-Ocidente; é uma conversação entre sensibilidades, com a ação do baixo de Holland como ponte entre as tablas de Hussain e o tenor de Chris Potter.

“Ziand”, com a entonação de Potter que inicia o álbum, é um exemplo disso. Inicia com Holland estabelecendo uma linha melodiosa de refrões, cujo balanço é tranquilamente reforçado por um modelo por quatro consecuções de Hussain. Quando o tenor de Potter entra, o toque de Holland vem a ser contrapuntal, assim é menos com um baixo atrás do sax do que um par de improvisações entrelaçadas. Hussain segue sua liderança, ecoando e provocando elaborações rítmicas dentro de linha melódicas. A música definitivamente apresenta-se como jazz, porém, além disto, a identidade geral das influências dos gêneros é sutilmente misturada em sabores agitados, se ratatouille ou rogan josh.

Dada a qualidade dos instrumentistas, a música é frequentemente virtuosa, ainda que raramente de forma chamativa. No título da música, por instante, há plenitude de ferocidade na interação, mas a real surpresa agradável vem quando eles estabelecem a melodia, e você constata que estes acordes abaixo do animado tenor de Potter estão vindo do baixo de Holland. Similarmente, o solo de Hussain atinge o topo em “Lucky Seven” e encontra-o usando harmônicos e técnicas especiais nas mãos para fazer sons como bongôs, sinos e, mesmo, kalimba. Ainda que tudo isto seja feito tão tranquilamente, você deve aumentar o volume para apreciar plenamente sua genialidade, e quando foi a última vez que você necessitou acionar um solo de bateria?

Faixas

1 Ziandi 7.23
2 J Bhai 8.18
3 Lucky Seven 10.46
4 Suvarna 8.01
5 Island Feeling 7.12
6 Bedouin Trail 7.42
7 Good Hope 8.20
8 Mazad 8.39

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: J.D. CONSIDINE (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 29/06


Hugo Fattoruso (1943) – pianista, acordeonista (na foto e vídeo, http://www.youtube.com/watch?v=elzxnnO1-OI,
Julian Priester (1935) – trombonista,
Mousie Alexander (1922-1988) - baterista,
Ralph Burns (1922-2001) – líder de orquestra, pianista,maestro,arranjador

domingo, 28 de junho de 2020

MICHEL CAMILO – ESSENCE (Resilience Music Alliance)


Em numerologia, o número 25 está conectado à sabedoria e à curiosidade. Estas características, não surpreendentemente, falam diretamente para este pianista no momento em que ele apresenta um dinâmico álbum de big band , seu 25° lançamento, em um completo quarto de século e é o seu primeiro trabalho a explorar este formato.

O repertório de “Essence” se estende por décadas, com todos os novos arranjos de Michael Philip Moss para clássicos de Camilo tão distantes quanto a sua estreia, “Why Not? (Evidence, 1985)”; a banda está fumegando ,empilhada com grandes músicos, incluindo os saxofonistas Antonio Hart e Ralph Bowen, o trompetista Diego Urcola e os trombonistas Steve Davis e Michael Dease; o antigo trio do pianista com o baterista de escolha—o irrepreensível Cliff Almond— está atrás do instrumento para conduzir o trem e o próprio Camilo está entusiasmado para ir direto desde o início, com uma viagem clara e feérica através de "And Sammy Walked In".

A faixa de abertura indica que Camilo não se perderá com os arranjos ou será sugado por estes talentos, trazendo sua música para a vida, e também serve como uma primeira das muitas lembranças de que estas composições não são simplesmente construídas com ousadia. Uma mistura de linguagem embasada no blues, ritmos afro-cubanos, e confere puro suingue a "Mongo's Blues", sua única identidade. Arejado fascínio move para frente a finamente texturizada "Liquid Crystal". A banda bate e espeta seu caminho através de "Yes" nos impressionantemente uníssonos rítmicos. O dança-amigavelmente desenha a cena, que umidifica o caminho de "Piece of Cake".  O tempo todo, uma série de solistas estelares—Bowen, Hart, Mossman, Almond, o percussionista Eliel Lazo, e muito mais que ilumina o ambiente.

Se você simplesmente quer ouvir esta banda e seu líder mover-se a todo vapor para adiante, há algumas ocorrências a se ouvir como "Mano a Mano" e "On Fire". Porém, há mais desta música, que apresenta força e velocidade. A reunião de cálculos e impulsos de Camilo, a composição de Mossman e talentos combinados de todos na banda capturam e expandem, na essência, um dos mais exuberantes e perspicazes pianistas de jazz.

Faixas: And Sammy Walked In; Mongo's Blues Intro; Mongo's Blues; Liquid Crystal; Mano a Mano; Just Like You; Yes; Piece Of Cake; On Fire; Repercussions; Hello & Goodbye.

Músicos: Michel Camilo: piano; Ricky Rodriguez: baixo; Cliff Almond: bateria; Eliel Lazo: percussão, vocal; Antonio Hart: saxofone alto, flauta; Sharel Cassity: saxofone alto, clarinete; Ralph Bowen: saxofone tenor, flauta; Adam Kolker: saxofone tenor, clarinete; Frank Basile: saxofone barítono, clarinete baixo; Michael Philip Mossman: trompete, flugelhorn; Raul Agras: trompete, flugelhorn; John Walsh: trompete, flugelhorn; Diego Urcola: trompete, flugelhorn; Michael Dease: trombone; Steve Davis: trombone; Jason Jackson: trombone; David Taylor: trombone baixo.

Fonte: Dan Bilawsky (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 28/06

Adrian Rollini (1904-1956) - saxofonista,vibrafonista,
Garoto(1915-1955) – violonista,
Jesse Stacken (1978) – pianista,
Jimmy Mundy (1907-1983) - saxofonista,
John Lee (1952) – baixista,
Paulinho Boca de Cantor (1946) – vocalista,
Pete Candoli (1923 - 2008) – trompetista,
Raul Seixas (1945-1989) – guitarrista,vocalista,
Tierney Sutton (1963) – vocalista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=zkqYTgcn5JA

sábado, 27 de junho de 2020

MARK WINKLER - I’M WITH YOU: MARK WINKLER SINGS BOBBY TROUP (Café Pacific)


Mark Winkler quis outro pedaço da maçã, e o catálogo é temperado pelo padrão rítmico de Bobby Troup, baladas desvanecentes e números inovadores, que providenciam e alimentam uma plenitude de criatividade. Seu segundo álbum devotado a canções, impregnadas de jazz, do pianista, compositor, cantor e ator, “I’m With You” oferece uma lembrança bem-vinda do repertório sólido de Troup. O álbum de Winkler, de 2003, “Sings Bobby Troup” interpretou algo do mesmo terreno (os álbuns partilham quatro músicas). Considerando a volumosa obra de Troup e a obscuridade ocorrida com diversos de seus sucessos iniciais, algumas das repetições parecem desnecessárias, mas cada canção em “I’m With You” traz arranjo cuidadoso que mostra seu caráter particular.

Um prolífico compositor de Los Angeles e vocalista com seguro fraseado rítmico e entonação aquecida e afável, Winkler efetivamente destaca o vigor do seu companheiro compositor. Ele também faz excelente uso de um desejável grupo de instrumentistas de Los Angeles. Quando um instrumentista se destaca, uma olhadela dos créditos revela a razão. Ah, este saboroso sax tenor de Rickey Woodard em suingante arranjo vivo de Tamir Hendelman da adorável “Please Belong to Me” de Troup e a guitarra brilhante de Anthony Wilson em seu próprio arranjo na emocionante “Their Hearts Were Full of Spring”.

Canções de Troup não são as mais profundas do repertório do jazz/pop, mas elas são consistentemente renovadas, francas ou apenas de singela alegria, como “Triskaidekaphobia”, uma ao temor do número 13, e a lenda enganosa de Goldilocks, “Three Bears”. Outro destaque é a interpretação em dueto de “It Happened Once Before”, uma balada com letra desajeitada e melodia reproduzida de forma deslumbrante (e arranjada) com graça sublime pelo pianista Jon Mayer, um mestre negligenciado que fez sua estreia em gravação em 1957 com Jackie McLean. Porém, a parte principal do álbum apresenta um quarteto liderado pelo pianista/arranjador Rich Eames, se suingando em “Route 66” ou navegando no número inovador “Snooty Little Cutie”, Winkler está em mãos espertas.

Faixas

1 Route 66 4:26                               
2 Please Belong To Me  4:03
3 Triskaidekaphobia 3:35
4 I'm With You  3:31
5 It Happened Once Before 2:59
6 Three Bears 2:47
7 Their Hearts Were Full Of Spring 3:33
8 Hungry Man 3:15
9 In No Time 3:01
10 Snootie Little Cutie 3:18
11 Lemon Twist 4:03
12 Hungry Man (Versão Halloween) 3:13

Fonte: ANDREW GILBERT (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 27/06


Bartosz Hadala (1977) – pianista,
Elmo Hope (1923-1967) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=mkp-rGW8LWU,
George Braith (1939) - saxofonista,
Johnny Big Moose Walker (1929-1999) – pianista,vocalista
Madeline Eastman (1954) - vocalista

sexta-feira, 26 de junho de 2020

CHARNETT MOFFETT – BRIGHT NEW DAY (Motéma)


O baixista Charnett Moffett tem um catálogo de gravações solo datando de 32 anos, mesmo assim ele deve ser mais conhecido pela sua excursão e gravação com o guitarrista Stanley Jordan. Tal é sua afinidade com instrumentistas rítmicos, tendo uns créditos em gravações, que incluem Wynton Marsalis, Branford Marsalis e Ornette Coleman. Em seu último lançamento, Moffett—que pode impressionantemente tocar cada variedade de baixos acústico e elétrico—utiliza apenas um instrumento elétrico sem trastos, que ele usa para criar uma singular combinação de jazz, folk e música de câmara com o tecladista Brian Jackson, o violinista Scott Tixier, o baterista Mark Whitfield, Jr. e a guitarrista/vocalista (e fundadora e presidente da Motéma), Jana Herzen.

Quando Jackson fustiga o piano em vez de sintetizadores, como na abertura “Holy Spirit”, o disco evoca diversos temas do clássico europeu e música tradicional norte-americana graças às grandes entonações de Moffett, a natureza desligada de Tixier, os instrumentos de Whitfield e o esparso acompanhamento de Herzen em uma guitarra elétrica e acústica. Na subsequente “Free the Slaves”, a linha de baixo funkeada de Moffett, inspirada no solo de baixo de Stanley Clarke, e vocais ajudam a criar uma atmosfera muito diferente. É um modelo recorrente. A terceira faixa é a única composição que não tem a autoria de Moffett, “Precious Air” de Herzen, que atravessa estilos pop e folk via sua sussurrante liderança vocal.

“O My God Elohim” adiciona elementos gospel e música irlandesa, graças à cadência em 6/8 de Moffett e Whitfield e solos dançantes de Tixier. O disco apenas desvia quando Herzen vem a ser excessivamente dissonante, mas tais momentos estão entre poucos. O disco encerra, inspirado na Mahavishnu Orchestra, com “Netting” e, junto com a faixa título, é uma peça hino que passeia nos ascendentes arpejos de Tixier e Moffett.

Faixas: Holy Spirit; Free The Slaves; Precious Air; O My God Elohim; Set It Free; Waterfalls; Netting; Bright New Day. (43:30)

Músicos: Charnett Moffett, baixo elétrico, vocal; Jana Herzen, guitarra, vocal; Scott Tixier, violino; Brian Jackson, piano, sintetizador; Mark Whitfield Jr., bateria.

Fonte: BILL MEREDITH (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 26/06


Bill Cunliffe (1956) – pianista,
Dave Grusin (1934) – pianista,
Don Lanphere (1928-2003) - saxofonista,
Gilberto Gil(1942) –violonista,vocalista,compositor (na foto e vídeo), http://www.youtube.com/watch?v=PSNlwlfw6DY,
Joey Baron (1955) - baterista,
Mathias Eick (1979) – trompetista),
Reggie Workman (1937) - baixista,
Robin Stine (1970) - vocalista

quinta-feira, 25 de junho de 2020

SARA SERPA – RECOGNITION : MUSIC FOR A SILENT FILM (Biophilia)


O novo álbum de Sara Serpa começou como uma trilha sonora para um filme que ela montou para fazer uma crônica e crítica ao nacionalismo português em Angola. O filme consiste em um completo arquivo em Super 8 do período colonial, que findou em 1975, junto com o novo material, para nos lembrar o passado com esta subjugação, brutalidade e resistência, que nunca desapareceram. A música em si, entretanto— disponível através da Biophilia após Serpa previamente planejar o lançamento independente— representa, admiravelmente, apenas suas próprias questões e desafios.  

Quando Serpa canta letras (raramente neste trabalho), ela convoca um doce e plena entrega recortada reminiscente de Sandy Dedrick do Free Design. Porém, ela faz do vocalise seu suprimento de ofício, confiante e sucinta no som de cada vocal emitida. Espaço, espaço controlado, sempre regras alojadas: Serpa na parte de frente, mas o pianista David Virelles encaixado atrás dela, fornecendo contraponto. Zeena Parkins segue-os na harpa e ocasionalmente voa com bifurcações ajustadas. O saxofone de Mark Turner passeia dentro e fora da mistura, suas firmes entonações flamejantes e abrasadoras, não aquecem, completamente, ao fugir de uma fogueira ao ar livre.

Tais arregimentações faz desdobrar-se dentro das letras atuais, às vezes. Uma seção com palavras faladas detalhando os horrores coloniais, por exemplo, enlaçados em torno de si em pouco tempo para um arabesco de colagem de som. Outra faixa nos lembra Queen Nzinga of Ndongo and Matamba, uma rainha guerreira fascinante e diplomata, e eu aposto que você não ouviu falar dela (eu pelo menos não ouvi). Tais faixas deixam a ambiguidade de um material sem palavra por trás, mas elas reconhecem, de fato, que o projeto tem um fundamento para interpretar. Filme ou não filme, eu o encorajo a sintonizá-lo.

Faixas

1 Lei Do Indigenato, 1914 4:16                 
2 Occupation 4:54                          
3 The Multi-Racialism Myth 4:07                             
4 Free Labour 4:03                         
5 Beautiful Gardens 4:41                             
6 Mercy and Caprice 3:40                           
7 Civilizing Influence 2:30                           
8 Queen Nzinga 4:31                     
9 Absolute Confidence 4:16                       
10 Control and Oppression 5:32                              
11 Propaganda 4:50                       
12 Unity and Struggle 5:39          

Fonte: ANDREW HAMLIN (JazzTimes)



ANIVERSARIANTES - 25/06


Arnold Faber (1952) – vibrafonista,
Joey Alexander (2003) – pianista,
Joe Chambers (1942) – baterista,pianista,vibrafonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=x2cbJBIAjlI,
Johnny Smith (1922-2013) - guitarrista,
Marian Petrescu (1970) – pianista,
Patrick Godfrey (1948) – pianista,
Zdenko Ivanusic (1967) - saxofonista

quarta-feira, 24 de junho de 2020

SAM TRU – CYCLE (Next)


CycleA estreia de Sam Tru, “Cycle”, oferece um tema persistente de amor não correspondido, harmonias que entretêm os ouvidos, uma banda excelente e um som à la Amy Winehouse, em tom lamentoso, que reveste as oito canções. Cinco das faixas foram compostas ou coescritas com o vocalista de jazz Jeff Baker, que deve representar a aparência de uniformidade para o álbum, não só na temática, mas na sua sonoridade.

Porque o amor está entre a dominação que apresenta a existência do humano, os substratos que fundamentam, minam e melhoram através das boas letras. Elas são apenas desiguais no álbum de Tru. No entanto, ela carrega a animada faixa título como algo positivo, com a influência de Winehouse permanecendo majoritariamente aparente. A natureza cativante desta composição, enfim não é transportada através do restante do álbum. A banda, no entanto, passeia no topo do seu próprio jeito, o órgão e o piano de Justin Nielsen tocando em “Just Fine”, adicionando timbres de igreja e de r&b na música. Com toque de rock and roll, adiciona o fantasma sacro e permite a Tru espaço para deitar-se. Deixe a congregação dizer, “Amen”.

As convenções do jazz realmente não são prontamente aparentes através de “Cycle”. Indiferente do rumo, no entanto, nas futuras gravações de Tru, esperançosamente, terão algum material mais forte para trabalhar.

Faixas: Cycle; Not Enough Liquor; Just Fine; Let Me Down Easy; So Far Away; Paradise; Please Don’t Go; Wheel. (37:41)

Músicos: Sam Tru, vocal; Gregory Uhlmann, guitarras; Justin Nielsen, piano, órgão; Clark Sommers, baixo; Matt Carroll, bateria.

Fonte: Michele L. Simms-Burton (DownBeat) 

ANIVERSARIANTES - 24/06


Frank Lowe (1943-2003) - saxofonista,
George Gruntz (1932) - pianista,
Greg Burk - 1969 (piano),
Jeff Beck (1944) – guitarrista,
Manny Albam (1922-2001) - saxofonista,
Marvin "Smitty" Smith (1961) - baterista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=vfmUprxLpjk&feature=related

terça-feira, 23 de junho de 2020

REMY LE BOEUF – LIGHT AS A WORD (Le Boeuf)


Para a estreia de Remy Le Boeuf como líder, após quatro bem recebidas gravações com seu irmão gêmeo Pascal, o saxofonista alto lidera uma banda coesa para um trabalho com composições inéditas, que são uniformemente ressonantes e de longo alcance atrativo. O grupo confortavelmente ocupa diversos terrenos: as melodias crescentes, ritmos cintilantes e, vagamente, com amostras da música tradicional norte-americana em “Mirrors in Your Eyes” tão bem quanto a delicadeza de “Union”, uma balada composta para o casamento de sua irmã.

As explorações de Le Boeuf são habilmente auxiliadas pelo segundo saxofonista, Walter Smith III, no tenor, uma dinâmica seção rítmica— colaboradores regulares, Matt Brewer no baixo e Peter Kronreif na bateria mais o pianista Aaron Parks—e, em duas faixas, o guitarrista Charles Altura. Este último brilha, particularmente, com uma estimulante improvisação extensa em “Imperfect Paradise” uma peça fusion , que muda de cor amparada pelo Fender Rhodes.

Miniaturas, como as maravilhosas peças desacompanhadas no alto em “Bloom” e “Union Intro” e a música no piano solo, “Vista Hermosa Intro”, confinam as composições que são extensas e sentem-se quase cinemática. A viva, ainda que explosiva, “The Melancholy Architecture of Storms”, composta com a poetisa Sara Pirkle Hughes, é guiada pelas linhas transversais no sax, enquanto “Vista Hermosa (para Jon e Brian) ”, inspirada por Brian Blade & the Fellowship Band, sobe e desce nos instrumentos de sopro, afluindo e retrocedendo como deslizamento para frente, construindo campo para pesquisa, solos melódicos por Parks e pelos saxofonistas. A faixa título, similarmente evocativa e impulsionada por discretos ritmos de bolero, oferece mais um bem usado espaço para o solo.

Uma espécie de luminosidade, uma graciosidade e transparência musical, introduz muito da música em “Light as a Word”. Porém, a intensidade artística nunca está distante.

Faixas


1 Bloom 1:13    
2 Full Circle 6:33              
3 The Melancholy Architecture of Storms 4:29  
4 Imperfect Paradise 6:31           
5 Union Intro 0:52          
6 Union 4:55     
7 Mirrors In Your Eyes 4:48         
8 Vista Hermosa Intro 1:27         
9 Vista Hermosa (for Jon and Brian) 6:37              
10 Qoo 6:01      
11 Traptop 5:44                


Músicos: Remy Le Boeuf: saxofone alto; Walter Smith III: saxofone tenor; Aaron Parks: piano, Fender Rhodes; Charles Altura: guitarra; Matt Brewer: baixo; Peter Kronreif: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:




Fonte: PHILIP BOOTH (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 23/06


Ben Paterson (1982) – pianista,
Daniel Szabo (1975) – pianista,
Donald Harrison (1960) – saxofonista,
Eddie Miller (1911-1991) - clarinetista,saxofonista,
George Russell (1923-2009) - pianista,líder de orquestra,
Helen Humes (1913-1981) - vocalista,
Milt Hinton (1910-2000) – baixista,
Sahib Shihab (1925-1989) - flautista, saxofonista

segunda-feira, 22 de junho de 2020

JAZZ AT LINCOLN CENTER ORCHESTRA WITH WYNTON MARSALIS – UMA NOCHE CON RUBÉN BLADES (Blue Engine)


Os visitantes da Jazz at Lincoln Center em Nova York são frequentemente surpreendidos, quando observando a banda da casa atuando, Wynton Marsalis, que é um superestrela indiscutível, e está sentado na fila de trás da JALC Orchestra como outro membro da banda. Tanto quanto o trompetista está envolvido, este grupo de iguais, é composto por muitos líderes. Um deles, o baixista Carlos Henriquez, serviu como diretor musical quando o vocalista panamenho, o gigante Rubén Blades, juntou-se à orquestra para uma série de shows em Novembro de 2014. Esta performance, que inclui números compostos por Blades e canções do grande repertório norte-americano, é seriamente vibrante.

Marsalis, claro, está presente—ele é apresentado como solista no início e final das canções do trabalho, “Ban Ban Quere” e “Patria”, a primeira composta por Calixto Varela Gomez e a segunda por Blades. Vários outros membros de JLCO saem à frente, várias vezes, ao longo do curso da noite; o saxofonista soprano Victor Goines adiciona uma massa informe de sensualidade na luxuriante balada, “Apóyate En Mi Alma”, e os quatro da percussão decolam no medley de Blades, que encerra o trabalho adequadamente.

Porém, no entanto, consistentemente excitante e impecável como uma orquestra pode ser, o próprio Blades mostra quem domina. Seu comando como um estilista vocal, cantando primeiro em Inglês e então em Espanhol, está além da censura. Na joia de Jimmy McHugh-Dorothy Fields ,“I Can’t Give You Anything but Love”, ele passeia no suingue da orquestra sem esforço, escuta os solos, então decide tomar as questões em suas próprias mãos, dirigindo os vários elementos até vir a ser uma máquina de ritmo violenta. Ao meio do caminho ele para exclamar, “Yeah! Yeah!” e você sabe, apenas, de onde ele está vindo.

Faixas

1 Carlos Henriquez Introduction 0:38                    
2 Ban Ban Quere 6:28                   
3 Too Close for Comfort 5:58                     
4 El Cantante 8:42                          
5 I Can't Give You Anything but Love 6:40                           
6 Apóyate en Mi Alma 5:50                        
7 Pedro Navaja 8:11                      
8 Begin the Beguine 7:38                            
9 Sin Tu Cariño 7:48                       
10 Rubén's Medley: Ligia Elena / El Número 6 / Juan Pachanga 12:04                     
11 Patria (Encore) 7:00                 
12 Don't Like Goodbyes – Faixa Bônus 6:47                        
13 Fever – Faixa Bônus 5:52                       
14 They Can't Take That Away from Me – Faixa Bônus 7:04         

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:



Fonte: JEFF TAMARKIN (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 22/06


Arturo O´Farrill (1960) – pianista,
Craig Russo (1963) – percussionista,
Eumir Deodato (1942) – pianista,
Hermeto Pascoal (1936) – multiinstrumentista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=qaKtBdhD3vg&feature=related,
John Mosca (1950) – trombonista,
Justin Thomas (1987) – vibrafonista,
Maurizio Rolli (1965) – baixista,
Ray Mantilla (1934) - percussionista

domingo, 21 de junho de 2020

GREG RETAIN – WEST 60th (Sunnyside Records)


A colaboração de músicos extraordinários para outros campos inesperados, ocasionalmente, atinge resultados brilhantes. Não há substituto, entretanto, para a familiaridade. Greg Reitan tocou com o mesmo trio consistente formado pelo baixista Jack Daro e o baterista Dean Koba por duas décadas, e suas maestrias musicais são versáteis, ainda que confortáveis. Foi gravado na nativa Los Angeles de Reitan, mas “West 60th” começou sua concepção em Manhattan, da forma como o pianista olhou a cidade através de janelas panorâmicas do Dizzy's Club Coca-Cola, e transportou esta visão de costas para a Costa Ocidental.   

Em 2001 Reitan formou uma companhia de música para fornecimento à indústria cinematográfica, e em seu trabalho ele apresentou numerosas produções do cinema e televisão. Como Reitan compôs todas as músicas do álbum, exceto três, é surpreendente que as influências deste esforço sejam mais sentidas em sua interpretação para "When You Are Near" de Bobby Hutcherson. O grupo aborda a música do falecido vibrafonista com uma disposição sombria e assombrosa, dando à canção o peso que deveria ter caso se esperasse transportá-la para uma cena essencial. Eles não movem-se na melodia lenta, em vez disto permitem que ela aconteça como deveria, com paciência.

Excluindo a balada anteriormente mencionada, a maioria de “West 60th”esquiva-se a partir do território da lentidão e ternura. Reitan toca a faixa título do álbum, uma valsa urbana ajustada, com um brilho do seu olho, e a maior parte das suas mais vivas composições tais como "Momentum" e "Lines" demonstra um intelecto estudado, antes da expansão emocional. Na altura da sua "Epilogue", a cortina do álbum está baixando, Reitan deu a impressão da abordagem pura e segura do jazz no piano. Igualmente confortável com uma suave mão ou um ativo toque, nem acalorado, nem explosivo. Embora o trio não tenha produzido um trabalho seminal, “West 60th” passeia para frente com um seguro passo firme, assegurando a si mesmo.

A colaboração de Greg Reitan continuou com Jack Daro e Dean Koba,
e produziu outro fina oferta, guiada pela experiência, ainda que nunca sem inspiração.

Faixas: Hindemith; West 60th; When You Are Near; Momentum; Little One; Lines; Luminosity; Fluence; Four Piano Blues, Movement No. 3; Man Overboard; Epilogue.

Músicos: Greg Reitan: piano; Jack Daro: baixo; Dean Koba: bateria.

Fonte: Peter Hoetjes (AllAboutJazz)

ANIVERSARIANTES - 21/06


Ajamu Akinyele (1972) – baixista,
Christy Doran (1949) - guitarrista,
Dave Bass (1950) – pianista,
Eric Reed (1970) – pianista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=2Hvrjhw2Lv4,
Jamil Nasser (1932) - baixista,
Joe Purrenhage (1966) – guitarrista,
Lalo Schifrin (1932) -pianista,
Rob Schneiderman (1957) – pianista

sábado, 20 de junho de 2020

DREAM SHANTI – MUSIC IN OUR DREAMS (Ear Up)


Dream Shanti é o último projeto sob a égide do instrumento de sopro de Jeff Coffin, um ex membro da Béla Fleck & the Flecktones, que também coloca a tempo a Dave Matthews Band e lidera sua própria banda, Jeff Coffin & the Mu’tet. Aqui, ele se junta a um grupo de músicos estimáveis da India (o tocador de tabla , Subrata Bhattacharya, e o sitarista Indrajit Banerjee), Japão (Ryoko Suzuki na harmônica) e Estados Unidos (Jordan Perlson, Dave Matthews o escudeiro Carter Beauford e Flecktone Roy “Futureman” Wooten na bateria e percussão, Chris Walters no piano e Stefan Lessard, também a partir da banda de  Matthews, no baixo) para criar uma despretensiosa vinda de estética e espírito que, só ocasionalmente, cruza a linha da superioridade.

Historicamente, muitas fusions desta natureza foram enfatizadas em “East/West”, enxertando a instrumentação Ocidental dentro da escala Indiana, estruturas harmônicas e rítmicas. Coffin & Co. realiza isto com plenitude (“Miles Meets the Mahatma”, “Dancing with the Moon” e a faixa título), mas eles também tomam as coisas na direção oposta: A faixa de abertura, “Joy”, encontra as clássicas vozes instrumentais do Oriente, dançando de forma irrestrita em um espírito livre, uma travessura de um pop abrilhantado. “Take It to the Bridge” atualizando o conceito de transformação de James Brown em uma banda inteira com um instrumental rítmico , e segue além : Ouvindo instrumentos como tablas e cítaras, usualmente associada com espiritualidade reflexiva, em um contexto mais forte e mais suave, que é um pouco surreal, porém uma vez mais acostumado a mudança de clima, é estimulante e  gracioso, com uma batida única do funk de Beauford, o alto sax de Coffin, uma espécie de neo-Maceo, grita, e o vocal rítmico, improvisado, de Bhattacharya, mantem a festa aquecida.

Apenas durante “Live in 5”, na qual a bateria soa invulgarmente pesada e rock-heavy, torna o conceito “fusion” cansado. Porém, mesmo aqui, o entrelaçamento de vozes (guitarra, cítara, o clarinete baixo e flauta de Coffin) impregna os procedimentos com redentora, e profundamente satisfatória, cor e profundidade.

Faixas

1 Joy 6:14                           
2 Music in Our Dreams 5:16                       
3 Live in 5 6:28                 
4 Miles Meets the Mahatma 8:36                           
5 Sandhya Deep 7:34                    
6 Take It to the Bridge 5:43                        
7 Dancing with the Moon 11:47

Fonte: DAVID WHITEIS (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 20/06


Boyd Lee Dunlop (1926-2013) – pianista,
Debora Weisz (1962) – trombonista,
Doc Evans (1907-1977) - cornetista,
Eric Dolphy (1928-1964) - saxofonista,flautista , clarinetista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=bKX3U5Pnf5Q,
Jeremy Monteiro (1960) – pianista,
Paul Cacia (1956) – trompetista,
Stephan Kammerer  (1970) - saxofonista,
Stu Martin (1938-1980) – baterista,
Thomas Jefferson (1920) - trompetista 

sexta-feira, 19 de junho de 2020

ARTURO O’FARRILL & THE AFRO LATIN JAZZ ORCHESTRA – FANDANGO AT THE WALL (Resilience Music Alliance)


Mesmo os standards apresentados pelo pianista, compositor, líder de orquestra e ativista social Arturo O’Farrill, em “Fandango at the Wall”, um CD duplo com 18 peças da Afro Latin Jazz Orchestra, ele qualifica como pessoal. Um residente em Nova York, O’Farrill, 58 anos, nascido na Cidade do México, esteve abertamente crítico às tentativas do Presidente Trump para construir um muro ao lado da fronteira meridional dos Estados Unidos. Inspirado pelo bibliotecário mexicano, aposentado, Jorge Francisco Castillo, com o Festival Anual Fandango Fronterizo —um evento florescente que trouxe músicos para tocar através da malha do muro separando Tijuana de San Diego por uma década—O’Farrill elevou globalmente a aposta desta gravação pela performance com sua orquestra em vários locais ao longo da fronteira, ajudado por vários convidados especiais, muito dos quais são de países listados na interdição de viagens por Trump.

A introdução verbal de O’Farrill inclui agradecimentos a Castillo e ao povo das cidades participantes antes da orquestra explodir dentro da espirituosa “Xalapa Bang!” com a ajuda do baterista Mexicano-Americano, Antonio Sánchez. Filho de músicos de jarocho mexicano, Sánchez, e a violinista convidada, Regina Carter, estimulam a tradicional e animada canção folclórica de Yucatán, “El Maquech”.

Instrumentos de sopro, instrumentos de cordas e a vocalista convidada, a franco-chilena Ana Tijoux, cantando e “rapeando” em espanhol em “Somos Sur” derrubam muros entre jazz, clássico, hip-hop e música tradicional mexicana, enquanto estrelas mexicanas com o canto, o grupo de violino Villalobos Brothers (na dramática “El Pijul”) e o vocalista / tocador de jarana, Patricio Hidalgo (uma brincadeira em “Conga Patria”) também alcança o centro das atenções. A peça central do Disco Um é “Invisible Suite”, em três partes, de O’Farrill, desafiando categorizações e apresentando um estandarte do solo de Carter, o New Haven String Quartet e o Young People’s Chorus of New York City.

Castillo, verbalmente, introduz o disco dois, liderando numerosos destaques que inclui a popular canção folclórica mexicana, “La Bamba”, com Hidalgo e os companheiros utilizando cordas com Ramón Gutiérrez Hernández, Fernando Guadarrama Olivera e Tacho Utrera; Sánchez retornando para guiar a orquestra através de sua complexa composição em “Minotauro” e a faixa de encerramento “Line in the Sand”. Apresentando apenas O’Farrill e o vocalista Hamilton do elenco de Mandy Gonzalez, com seu refrão “There is hope/We must try/If we don’t, we’ll regret it the rest of our lives – NT – Há esperança / Nós devemos tentar/ Se não, não nos arrependamos pelo resto de nossas vidas, em tradução livre ” literalmente une a casa.

Faixas

Disco 1

1 Welcome to the Tijuana-San Diego Border 01:04
2 Xalapa Bang! 05:50
3 El Maquech 07:11
4 Somos Sur 05:25
5 El Pijul 05:15
6 Amor sin Fronteras 04:10
7 Intro to Conga Patria 00:48
8 Conga Patria 05:45                     
9 Invisible Suite: Invisible Cities 07:34                    
10 Invisible Suite: Free Falling Borderless 06:20
11 Invisible Suite: Invisible Beings 05:15
12 Intro to Fly Away 00:32
13 Fly Away 08:29
14 Giulia 02:05
15 Bemba y Tablao 03:01
16 Identidades Mestizas 02:33
17 Cielito Lindo 02:27

Disco 2
1 Welcome to the Fandango 02:36
2 El Siquisiri 06:59
3 El Cascabel 06:28
4 Tabla Rasa 07:54
5 Cupido 02:52
6 Hummingbird Blues 04:00
7 La Bamba 02:24
8 Jaiicasosebaim Noone 07:27
9 Guanabana 02:19
10 Minotauro 07:28
11 La Morena 05:46
12 El Pájaro Cú 02:37
13 Up Against the Wall 05:06
14 Las Patronas 03:03
15 Son de las Poblanas 03:46
16 Line in the Sand 02:44

Fonte: BILL MEREDITH (JazzTimes)


ANIVERSARIANTES - 19/06


Billy Drummond (1959) – baterista,
Chico Buarque de Holanda(1944)- vocalista, violonista,compositor(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=An0ZG3VUYZQ,
Dave Lambert (1917-1966) – vocalista,
John Hollenbeck (1968) – baterista,percussionista,
Luis Carlos Vinhas(1940-2001) – pianista,
Roberto Magris (1959) - pianista

quinta-feira, 18 de junho de 2020

SCOTT HENDERSON – PEOPLE MOVER


Scott Henderson, People MoverOs talentos inatos do guitarrista Scott Henderson sobrecarregado por um panorama musical e escolas de música do seu nativo Sul da Flórida antes de migrar para Los Angeles 40 anos trás. Ainda assim, ele não se transferiu para o estrelato, evitando papéis com Chick Corea, Jean-Luc Ponty e Joe Zawinul para formar sua própria banda Tribal Tech, ativa de 1984-2013. A carreira solo de gravação de Henderson iniciou em 1994, e a sua nova People Mover lança marca em alto nível entre meia dúzia de trabalhos sob seu próprio nome.

Outro seu predecessor, foi o similar autolançado “Vibe Station” de 2015, com o baixista Travis Carlton e o baterista Alan Hertz. Desta vez, Henderson apresenta uma seção rítmica jovem formada com músicos franceses, Romain Labaye (baixo) e Archibald Ligonnière (bateria), com resultados, igualmente, explosivos. Henderson tem sempre misturado influências com sua guitarra jazz/fusion (como Allan Holdsworth) baseadas em rock (Ritchie Blackmore do Deep Purple) e blues (Stevie Ray Vaughan), e sua abertura deriva dos carrilhões em “Transatlantic”, que seguem entre seções tranquilas e em alta octanagem, a posterior apresentando os acentos da sua assinatura nos solos. “Primary Location” gira mais funkeada, exibindo a ênfase rítmica no toque e composição de Henderson e exibindo as entonações sem trastes e harmonias de Labaye.

“People Mover” apresenta mais efeitos, superposições e produção geral do que seus predecessores, cortesia do líder e Hertz, que gravou e ajudou a mistura em 10 faixas. “All Aboard” apresenta um grande barulho canalizado e toques de eletrônica dentro de sua cadência pelo avesso, e o ex tecladista da TribalTech, Scott Kinsey, contribui com a percussão eletrônica para a balada fechada “Fawn”. Entretanto, Henderson exibe sua clara entonação com solos talentosos na faixa título suingante, também apresentando um solo dominante por parte de Labaye e furiosa bateria de Ligonnière; “Satellite” oferece uma influência do Oriente Médio e sobreposições faladas de fundo e “Syringe” apresenta a ampla improvisação do trio dentro de algo inimitável de Henderson, mistura composicional ácida do jazz, rock e blues.

Faixas: Transatlantic; Primary Location; All Aboard; People Mover; Satellite; Blood Moon; Blue Heron Boulevard; Syringe; Happy Fun-Sing; Fawn.

Músicos: Scott Henderson: guitarra; Romain Labaye: baixo; Archibald Ligonniere: bateria; Scott Kinsey: percussão eletrônica.

Fonte: Bill Meredith (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 18/06


The Jazz Legacy of Jim Pepper: An American OriginalBennie Payne (1907-1986) - pianista,vocalista,
Jim Pepper (1941-1992) - flautista, saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=YnBdaYKqMUs,
Maria Bethânia (1946) – vocalista,
Mat Mathews (1924-2009) –acordeonista,
Ray Bauduc (1909-1988) - baterista,
Ray McKinley (1910-1995) - baterista,vocalista,
Sérgio Ricardo (1932) - vocalista

quarta-feira, 17 de junho de 2020

ANIVERSARIANTES - 17/06


Alemão [Olmir Stocker](1946) – guitarrista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=u_6PkljFl2I,
Jaimil Branch (1983) – trompete,
Lindsey Muir (1981) – vocalista,
Marc Brenken (1973) – pianista,
Mark Feldman (1955) – violino,
Sam Wooding (1895-1985)- pianista,líder de orquestra,
Tom Varner (1957) – frenchornista,
Tony Scott (1921-2007) – clarinetista

ANDY MILNE & DAPP THEORY –THE SEASONS OF BEING (Sunnyside)


A música de Andy Milne & Dapp Theory sempre foi um ato de balanço entre o mistério etéreo e a vigorosa polirritmia. Como alguém deve esperar de um estudante de Steve Coleman, os ritmos têm tido vantagem. “The Seasons Of Being”, de qualquer modo, sugere o balanço em direção ao mistério—amplificando-o, antes de diminuir a polirritmia.

De fato, a guitarra distorcida de Ben Monder oferece linhas como Robert Fripp, que as atravessa através dos compassos e acentos. Os cellos, usualmente, são um arco altamente emotivo, lamentando delicadamente sobre o piano em “The Guardian”. Informado pela recente luta de Milne contra o câncer, “The Seasons Of Being” pretende ser uma música regenerativa, talvez determinando seu fluxo mais suave. Ainda, há plenitude de balanço; o baterista Kenny Grohowski apresenta um suínge funkeado em “Surge & Splendor” e toca uma marcha meticulosa em “The Cusp”. Porém, o baixista Christopher Tordini não está relaxado, e os instrumentistas de sopro carregam considerável importância. O claro trompetista Ralph Alessi, com brilhante entonação e ato virtuoso como seu agente. Há ainda um balanço em “The Seasons Of Being”, que está apenas recalibrado com resultados satisfatórios.

Faixas: Surge & Splendor; The Cusp; The Guardian; Scotopia; Satanama; Three-Way Mirror; Ancestree; Luminescence; Capturing The Castle. (51:36)

Músicos: Andy Milne, piano; Aaron Kruziki, saxofone soprano, clarinete, clarinete baixo, douduk; Christopher Tordini, baixos acústico e elétrico; Kenny Grohowski, bateria; Ben Monder, guitarra; Ralph Alessi, trompete; John Moon (1, 4, 6), La Tanya Hall (1, 3, 6, 8, 9), vocal; Michael Attïas, saxofones alto e barítono; Christopher Hoffman (2, 4, 5, 6, 9), Judy Redhage (1, 3, 4), cello.

Fonte: Michael J. West (DownBeat) 

terça-feira, 16 de junho de 2020

KEVIN HAYS NEW DAY TRIO – NORTH (Sunnyside Records)


O New Day Trio é formado por Kevin Hays no piano acústico, Rob Jost no baixo e Greg Joseph na bateria. “North” é o seguimento de “New Day” do ano passado, mas Hays retira o vocal desta vez e mantém os artistas convidados. É deste modo o primeiro em expressão puramente instrumental desta nova formação e o projeto no qual eles encontram seu passo.

Hays tem feito gravações usando várias configurações por duas décadas, mas o trabalho em formato de trio funciona bem especialmente para ele. Ele apresenta um espírito intrépido e um forte senso harmônico e iniciativa rítmica, que são, às vezes, embotados, quando ele traz outros elementos para a mistura. Aqui, em 10 faixas, sete são inéditas e três são reinterpretações, ele fixa-se nos fundamentos, evitando a repetição de humor, mesmo que signifique drásticas justaposições. A tomada da abertura de “Scrapple From the Apple”, de Bird, é atacada a partir de um lugar onde a velocidade e a ferocidade são a regra; “Elegia”, que segue, domada, mas não menos mordaz. Em duas faixas, “Violetta”, é espertamente ilustre, enquanto “Schumann’s Chamisso” conduz o amor de Hays pelos clássicos. Há vezes que se questiona se mesmo três músicos poderiam entalhar todas estas músicas, trabalho que eles fizeram em um único dia, incidentalmente, não há compatibilidade telepática, já que elas são obviamente compartilhadas.

O título do álbum é um aceno de Hays em respeito ao Harlem (que é, após tudo, no Norte de Manhattan) e sua residência anterior, que foi no interior de Nova York. Põe em marcha o movimento como um princípio de viagem, sereno e livre, então um balanço subjacente chega e sugere o passado. Esta compreensão instintiva de Hays, Jost e Joseph sobre as correlações é como trazer uma para outra, sem emenda, e é â causa da união deles ser tão boa, que seja bem-vinda. 

Faixas: Scrapple From The Apple; Elegia; Violetta; Schumann's Chamisso; Sweeet Caroline; Where Did You Sleep; All Things Are; North; I'll Remember April; Morning.

Músicos: Kevin Hays: piano; Rob Jost: baixo, ukulele; Greg Joseph: bateria.

Fonte: Jeff Tamarkin (JazzTimes)

ANIVERSARIANTES - 16/06


Albert Dailey (1939-1984) - pianista,
Clarence Shaw (1926-1973) –trompetista,
Dominique Eade (1958) – vocalista,
Fredy Studer (1948) - baterista percussionista,
Ivan Lins(1945) – pianista, vocalista,compositor,
Javon Jackson (1965)- saxofonista,
Lucky Thompson (1924-2005) - saxofonista,
Mike Baggetta (1979) – guitarrista,
Paul White (1973) – saxofonista,
Perna Fróes (1944) – pianista,
Ryan Keberle (1980) – trombonista,
Sérgio Barrozo (1942) – baixista,
Tom Harrell (1946) - trompetista,flugelhornista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=o2F9AGdVn3U,
Tom Malone (1947) - trombonista

segunda-feira, 15 de junho de 2020

LAFAYETTE HARRIS JR – YOU CAN´T LOSE WITH THE BLUES (Savant)


Não pode perder? Bem, não se você comanda um toque emocionante e uma riqueza de recursos, algo que o Lafayette Harris Jr., o baixista Peter Washington e o baterista Lewis Nash demonstram no tempo e, outra vez, na sessão íntima e coloridamente programada do trio.

Dê ao pianista Harris, criado em Baltimore e residente em Manhattan, uma progressão fundamental do blues e isto não soará por muito tempo. Sem comprometer um tema emocional familiar ou inclinação bop, ele nunca falha em oferecer perspectivas novas, se introduzindo variações líricas e melódicas, passagens vibrantes em oitava ou codas orquestrais sombreadas. Claro, ele consistentemente se beneficia de uma excepcionalmente bem combinada parceria de Washington e Nash, uma sessão de companheiros veteranos, que brilham em uma ampla variedade de interpretações, uma assombrosa tomada de “Ev’ry Time We Say Goodbye” de Cole Porter e uma revigorante reinicialização de “Bloomdido” de Charlie Parker, por exemplo. Sutil ornamentação, ritmicamente arrancadas e carregadas, e intercâmbios encantadores e rotações com fornecimento abundantes.

A reconfiguração de Harris para “Love Me in a Special Way”, de DeBarge, ajusta-se muito bem aqui, mas não combina com as canções clássicas associadas a Bull Moose Jackson, Louis Jordan e Duke Ellington. A faixa título do álbum foi composta por Harris para Houston Person. Adequado dizer, interpretada com ampla autoridade. Então, outra vez, o mesmo pode ser dito para “The Juicy Blues” de Harris, que serve como um álbum suingante, o encerramento com o baixo ressonante ou o solo profundamente expresso do pianista com a assinatura lamentosa do arranjo de Percy Mayfield em “Please Send Me Someone to Love”.

Faixas

1 He's My Guy0 3:26
2 I Love You, Yes I Do0 4:11
3 Blues for Barry Harris 05:03
4 Don't Let the Sun Catch You Crying 04:20
5 Ev'ry Time We Say Goodbye 04:55
6 Things Ain't What They Used to Be 03:29
7 Love Me in a Special Way 05:33
8 Bloomdido 03:34
9 You Can't Lose with the Blues 06:43
10 Wonder Why 05:16
11Please Send Me Someone to Love 05:32
12 The Juicy Blues 05:05

Fonte: MIKE JOYCE (JazzTimes)