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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

EMBER WITH ORRIN EVANS - NO ONE IS ANY ONE (Sunnyside)

Muitas bandas de jazz reúnem-se por causa de uma abordagem comum de estilos para a música. Isto mantem-se verdadeiro pelo grupo baseado no Brooklyn, Ember. O baixista Noah Garabedian, o baterista Vinnie Sperrazza e o saxofonista Caleb Curtis iniciaram o grupo após o encontro em ensaios impetuosos   em torno da cena de Nova York. O pesado fundo em R&B de Garabedian e Sperrazza é bem mesclado com o estrito pedigree no jazz de Curtis.

Após a gravação da estreia do álbum “New Year”, em 2018, eles saíram em excursão. O intento deles foi transferir esta bruta e energia orgânica viva dentro da nova música para a próxima gravação deles. Porém, quando veio o golpe da pandemia, eles atrasaram esta segunda gravação “oficial” em estúdio. Em vez disto, uma série de jam sessions improvisadas no Prospect Park, Brooklyn, foi o estímulo para “No One Is Any One”, uma continuação de desejo compartilhado do grupo para criar música expressiva e experimental. Para este projeto eles contrataram o pianista e ex-integrante do Bad Plus , Orrin Evans, que adiciona camadas de elegância tranquila a “Peace of Deoxygenated Sleep” e “Graceful Without Grace”, que tem uma  leve toque de avant-garde.

O espírito coletivo improvisador do grupo é sem esforço em “Pilot Light” e “Chia-Sized Standing Desk”, que são experimentais e espirituais em natureza. Em “Josephine and Daphne”, a linha solo do baixo de Garabedian atinge apenas o correto, introduzindo a faixa e mantendo uma presença resoluta ao longo do trabalho. Na faixa título, Curtis lidera a força com uma ressonância blueseira no saxofone, que deixa pleno campo para a interpretação.

Faixas : Reanimation (Zombie Tune); Josephine and Daphne; No One is Anyone; Pilot Light; Glass House; Peace of Deoxygenated Sleep; Thomas; Graceful Without Grace; Chia-Sized Standing Desk; Harvey Pekar

Músicos: Caleb Wheeler Curtis: saxofone alto; Vinnie Sperrazza: bateria; Noah Garabedian: baixo; Orrin Evans: piano.

Fonte: VERONICA JOHNSON (JazzTimes)

 

ANIVERSARIANTES - 30/09

Antonio Hart (1968) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=RkY365gi2g8,

Buddy Rich (1917-1987) - baterista,

Carmen Leggio (1927-2009) - saxofonista,

Doug Pierce (1975) - trompetista,

Elliot Levine (1963) - tecladista,

Joe Martin (1970) – baixista,

Jon Eardley (1928-1997) - trompetista,

Karen Sharp (1971) – saxofonista,

Marshall Gilkes (1978) – trombonista,

Melissa Stylianou (1976) - vocalista,

Oscar Pettiford (1922-1960) - baixista

  

 

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

MIKE CLARK AND MICHAEL ZILBER - MIKE DROP (SUNNYSIDE)

Embora o baterista Mike Clark deva ter seus ossos suplementando a elasticidade, suas batidas funk polirrítmicas da Bay Area (NT: Área da baía de San Francisco ao redor do seu estuário, do de San Pablo e do de Suisun) e sofisticada mudança de tempo da música de Herbie Hancock durante o início dos anos 70, seu negócio desde que se mudou para Nova York no início dos anos 80, foi mais suingante na inclinação post-bop. Mike Drop encontra-se apenas atuando ao lado desta estelar banda da Bay Area com o saxofonista Michael Zilber, o estonteante pianista Matt Clark e o veterano baixista Peter Barshay.

Eles iniciam o programa de forma agressiva na animada e suingante “Barshay Fly” de Zilber com sutil alusão a “Palladium” de Wayne Shorter. O baterista Clark está rigoroso na condução dos pratos, enquanto retalhando a batida no tambor e timbalões de formas imprevisíveis. A profunda influência de Shorter em Zilber é também representada na interpretação firme do quarteto para a serena balada de Wayne, “Miyako”. Zilber também dá dicas sobre outro mestre do sax, Sonny Rollins, na irrepreensivelmente suingante “Sonny Monk (If I Were A) ”.

 “Blackbird” dos Beatles é reimaginada como um hip, em suingante tempo médio, permitindo a Clark a ir para um modo Elvin Jones na coleção, enquanto Zilber executa , através de seis diferentes tonalidades, uma reharmonização de “Norwegian Wood”.

Clark inicia “Passion Dance” com um hábil solo de bateria antes de se sedimentar em algum tempo estranho, deslocando-se para um real clássico de McCoy Tyner. O sólido programa encerra com uma travessura abrasadora através do standard “Falling In Love With Love”.

Faixas: Barshay Fly; Sonny Monk (If I Were A); Passion Dance; You Know I Care; Blackbird; Norwegian Wood; Miyako; Monk’s Dream; Falling In Love With Love. (53:38)

Músicos: Mike Clark, bateria; Michael Zilber, saxofones tenor e soprano; Matt Clark, piano; Peter Barshay, baixo.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte: Bill Milkowski (DownBeat) 

 

ANIVERSARIANTES - 29/09

Alex Skolnick (1968) – guitarrista,

Bob Reynolds (1977) - saxofonista,

David Kikoski (1961)- pianista(na foto e vídeo) http://www.dailymotion.com/video/x75n7r_david-kikoski-au-duc-des-lombards_music,

Dennis Sandole (1913-2000) - guitarrista,

Enzo Pietropaoli (1955) – baixista,

Jean-Luc Ponty (1942) - violinista,

Rolf Kuhn (1929) - clarinetista,saxofonista,

Roy Campbell Jr. (1952-2014) –trompetista,flugelhornista 

 



quarta-feira, 28 de setembro de 2022

MATT PIET (PENTIMENTO)[Amalgam]

O pianista de Chicago, Matt Piet, estabelece para si um duro desafio para superar um bloqueio criativo e um “colapso mental”, resultante de problemas acumulados, mas deflagrado diretamente em 2018 pela morte do seu herói, Cecil Taylor. Tomando emprestada uma estratégia estrutural do inovador álbum de Bill Evans, de 1963, “Conversations With Myself”, Piet gastou um dia duplicando a improvisação sobre a improvisação para criar trabalhos no teclado não apenas como um simples instrumentista—ou mesmo três juntos—que poderia sempre finalizar.

Sessenta anos atrás, Evans gravou majoritariamente canções familiares, mas Piet utilizou apenas instruções conceituais, tais como “quinta abertas”, “inserção no piano” e “dentro de uma oitava” como a base para cada uma das 15 estruturas em pentimento (NT: é um processo artístico no qual uma alteração é executada numa pintura enquanto sua feitura está em andamento). Ele completou cada peça, que empilha três passagens sequenciais sem reouvir as faixas já inscritas, contando com a memória e instinto por reações imediatas.

Não há edição pós-improvisação. Estes são eventos discretos e com variedade sonora, antes de temas desenvolvidos ou conectados, e a música de Piet, aqui (ele liderou ou participou de uma dúzia de álbuns desde 2014), é mais frequentemente gestual, aventurosa e exploratória que autorreflexiva e sistemática. Porém, seu imaginativo alcance é cativante. “To Elijah” é quase, convencionalmente, bela e “Plod On As One” é como um templo, ainda que outras músicas sejam misteriosas sob a tampa da correria, reorientando o piano como se fosse uma harpa, dedos nos pratos ou balafon (NT: é um instrumento musical comum na África subsaariana e precursor do xilofone).

Espontaneidade é o lema deste álbum e sua disciplina é o autoenvolvimento, ainda que algumas destas improvisações tenham momentos que poderiam ser destilados, suas implicações sugerem o trabalho que está por vir.

Faixas: Only A Phase; Alt-Man; Swipe Left; Hands Of Time; A(Whole)Nother Thing; Fluster Cuck; 750 ML.; Held Hostage; Danse Macabre; Insense; To Elijah; Say On; The Power And The Freedom; Momento Mori; Plod On As One. (29:07)

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=KUXEjXcRNx4

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte: Howard Mandel (DownBeat)

 

ANIVERSARIANTES - 28/09

Chico Oliveira (1976) – guitarrista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=XTD64NVzMe8,

Evan Lurie (1954) - pianista,

John Gilmore (1931-1955) - saxofonista,

Kenny Kirkland (1955-1988) – pianista,

Koko Taylor (1935) - vocalista,

Mike Osborne (1941-2007) – saxofonista,clarinetista,

Sirone (1940-2009) – baixista,

Tim Maia (1942-1998) – vocalista

 

terça-feira, 27 de setembro de 2022

BRIAN LANDRUS - RED LIST (Palmetto Records)

 Independentemente de como alguém recebe sua música, não há dúvida que o coração do especialista em palhetas, Brian Landrus, está no lugar certo. “Red List”, seu 11º álbum como líder, é dedicado à preservação de espécies animais, ameaçadas na Terra. Landrus nomeia treze, ao menos cinco das quais —kakapo (NT: espécie de papagaio da Nova Zelândia), tigre malaio, gharial (NT: um crocodilo da Índia), vaquita (NT: É uma espécie rara de toninha endêmica do norte do Golfo da Califórnia) e rinoceronte-de-java—que praticamente desapareceram, com menos que 300 espécies remanescentes de cada. De fato, é estimado, que só oito vaquitas estão ainda vivas e nadando.

"Eu sou um animal amoroso desde que era um garotinho", escreve Landrus, que veio a ser um vegetariano aos 12 anos e posteriormente um vegano. “Red List”, compilada pela International Union for the Conservation of Nature (NT: União Internacional para a Conservação da Natureza), é a líder no mundo como fonte de informação sobre risco de extinção global de espécies animais, fungos e plantas. Landrus está doando toda a renda de “Red List” para a entidade sem fins lucrativos Save the Elephants (NT: Salve os Elefantes).

Tanta coisa para uma análise racional. Agora para música. É muito boa, e, certamente, bem executada pelo hepteto de Landrus e quatro artistas convidados: o trompetista Steve Roach, o saxofonista alto Jaleel Shaw, o saxofonista tenor Ron Blake e o vocalista Corey King. Landrus compôs e arranjou cada número, que inclui saudação em "Giant Panda", "Mariana Dove", "Vaquita" e "Javan Rhino". As outras, embora não tão explicitamente intituladas, são, entretanto, voltadas para a natureza com acenos líricos para as formas de vida e de espécies ameaçadas (por exemplo, "Bwindi Forest", "Congo Basin", "Nocturnal Flight", "The Distant Deeps"). Uma vez separado dos nomes e intentos, entretanto, a música é jazz, e qualquer conexão com a natureza em geral ou animais em particular deve subsistir na mente do ouvinte.

Landrus escreve que ele queria que seus companheiros músicos para compreender a urgência da situação, parece que eles tomaram seu coração. A banda está confortável e bem ordenada, os solistas ardentes e desembaraçados. Em adição a Landrus, no saxofone barítono, clarinete baixo e diversas flautas, estão inclusos Shaw, Roach, Blake, o guitarrista Nir Felder, o trombonista Ryan Keberle, o tecladista Geoffrey Keezer e o baixista Lonnie Plaxico, que tem a breve e inspirada na vaquita "Only Eight" para si mesmo. Há um número de temas vistosos, a maioria cativante, que inclui "Tigris", "Save the Elephants", "Congo Basin", "Upriver, "Vaquita" e "Javan Rhino".

Enquanto, o álbum é bem merecedor de audição sozinha da música, há ainda outra razão que merece consideração, e isto é, como notado, que o coração de Bian Landrus está definitivamente no lugar certo. Amantes de animais, tomem nota.

Faixas: Canopy of Trees; The Red List; Giant Panda; Nocturnal Flight; Tigris; The Distant Deeps; Save the Elephants; Mariana Dove; Bwindi Forest; Congo Basin; Leatherbacks; Upriver; Only Eight; Vaquita; Javan Rhino.

Músicos: Brian Landrus: saxofone barítono; Steve Roach: trompete; Jaleel Shaw: saxofone alto; Ron Blake: saxofone; Nir Felder: guitarra; Geoffrey Keezer: teclados; Ryan Keberle: trombone; Lonnie Plaxico: baixo; John Hadfield: bateria; Rudy Royston: bateria; Corey King: vocal.

Fonte: Jack Bowers (AllAboutJazz)


 

ANIVERSARIANTES -27/09

Bud Powell (1924-1966) – pianista,

Guido Basso (1937) - trompetista,

Hank Levy (1927-2001) - saxofonista,

John Damberg (1952) – vibrafonista, percussionista,

Jerry Weldon (1957) – saxofonista,

Lars Erstrand (1936) - vibrafonista,

Matt Wilson (1964) – baterista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=yB_6o2-1clc,

Mike Nock (1940) - pianista,

Red Rodney (1927-1994) - trompetista,

Richard Oppenheim (1953) - saxofonista,

Rob Wilkerson (1973) - saxofonista,

Teddy Brannon (1916-1989) - pianista

 

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

OSCAR HERNÁNDEZ –VISIÓN (Ovation)

Há uma boa meia-dúzia de títulos de faixas, que poderiam, indolentemente, ser usadas como slogans para este maravilhoso álbum. Nada é curto para um tributo soar em si mesmo, composto durante a pandemia, quando mesmo relacionamentos não tinham escolha, tinham que ser virtuais.

É completo e rico o movimento rítmico, colorido por uma influência inconfundível de Chick Corea (ou camaradagem, preferivelmente) e é mantido juntos pela mesma visão singular, que guiou o inicial The Art Of Latin Jazz e seu sucesso, Love The Moment.

Este é o grupo que Hernández chama de Alma Libre. Os primeiros dois álbuns foram lançados pela “Origin”. Este é um lançamento maduro em seu próprio selo Ovation, e tomando controle completo de cada aspecto da música e produção, ele confirma como esta visão é, fortemente, unificada. Difícil imaginar estas músicas sem esta banda, conforme estreitamente empáticas são as performances. Os convidados — particularmente Joe Locke, que veio a ser a sétima cavalaria do jazz moderno, atuando apenas nos momentos certos, se para resgatar ou, como aqui, adicionar o brilho final ao trabalho — estão perfeitamente ajustados e não parecem, de qualquer forma, presos ou excedentes.

Anos de trabalho com o Seis Del Solar do Ruben Blades, tanto quanto com Gloria Estefan, a habilidade aprimorada de Hernández para arranjos afiados. Agora, eles estão usando sua própria, harmonicamente, sutil música, que, desnecessário dizer, também suínga como uma explosão.

Faixas: Visión; Ritmo Pa’Ti; Doña Provi; Chick Forever; Make The Move; Tributo al Son; Don’t Stop Now; Spring; So Believe It; Virtually Here. (56:40)

Músicos: Justo Almario, saxofone tenor; Oscar Hernández, piano; Oscar Cartaya, baixo; Jimmy Branly, bateria; Christian Moraga, percussão; Aaron Janik, trompete; Joe Locke, vibrafone; Luisito Quinte, timbales

Fonte:  Brian Morton (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 26/09

Eddy Davis (1940 –2020) – banjoísta,

Gal Costa (1945) – vocalista,

Gary Bartz (1940) – saxofonista,

George Gershwin (1898-1937) - pianista,compositor,

Jean Caze (1982) - trompetista,

Julie London (1926-2000) – vocalista,

Mário Adnet (1957) – violonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=08AKp2iJ9n8,

Mark Dresser (1952) – baixista,

Nicholas Payton (1973) - trompetista,

Rafael Barata (1980) – baterista,

Rogério Caetano (1977) – violonista de 7 cordas,

Vic Juris (1953) – guitarrista 

 

domingo, 25 de setembro de 2022

RUDRESH MAHANTHAPPA – HERO TRIO (Whirlwind Recordings)

Na tradição de trio sem cordas do saxofonista tenor Sonny Rollins em “A Night At The Village Vanguard (Blue Note, 1957) ” e do saxofonista alto Lee Konitz com seu “Motion (Verve, 1961)”, o saxofonista alto Rudresh Mahanthappa oferece seu “Hero Trio”, um saxofone, baixo e bateria excursionando e acenando para seus influentes heróis musicais.

Mahanthappa iniciou sua carreira à sombra de Vijay Iyer, tocando nos álbuns do pianista “Panoptic Modes (Red Giant, 2001) ”, “Blood Sutra (Pi Recordings, 2003) ” e “Reimagining (Savoy Jazz, 2005) ”. Porém, ele libertou-se daquela sombra com excelentes gravações sob seu próprio nome como “Mother Tongue (Pi Recordings, 2004) ” e “CodeBook (Pi Recordings, 2006) ” e consistentemente alcançou sucesso com a incorporação da sonoridade da música da sua Índia ancestral. Sua entonação seca e propulsiva no sax alto é característica. Ouça com os olhos vendados e com cinco notas você saberá quem ele é, se atuando na Arturo O'Farrill's Latin Afro Jazz Orchestra ou no projeto Miles From India de Bob Belden, ou em um dos trabalhos de Vijay Iyer ou em um dos seus.

O som do seu “Hero Trio”, com o baixista Francois Moutin e o baterista Rudy Royston, irrompe com uma distinção articuladamente solta, também. Uma peça companheira de gêneros para “Bird Calls (ACT Records)” de Mahanthappa em 2015, que apresentou composições originais do saxofonista alto inspirado pelo inspirador Charlie Parker. “Hero Trio” é a primeira gravação de Mahanthappa com trabalhos não originais. Ele homenageia muitos dos seus heróis: Stevie Wonder, Ornette Coleman, Keith Jarrett, Johnny Cash, John Coltrane, e, mais uma vez, Charlie Parker, abrindo e encerrando o disco com músicas de Parker—"Red Cross" e "Dewey Square," respectivamente.

O som é livre e vivo, músicas agitadas parecendo uma trilha sonora para vídeo para batedores da primeira liga, tentando alcançar o impossível e imprevisível bamboleio da recepção de um jogador. Compridos, desengonçados batedores, quantidades de joelhos e cotovelos e tacos agitados, profissionais maduros engajados na difícil tarefa com um contorcionismo gracioso, o desenho do voo da bola no sax alto de Mahanthappa, baixo e bateria perturbando os rebatedores em suas tentativas elásticas.

Liberdade dos acordes e um coletivo entusiasmado dá à música um sentimento jovial e articulado. A abertura, "Red Cross", é um prazeroso assalto, cheio de vida. "Barabados/26-2" coloca Parker e Coltrane juntos, em um modo ameaçador, como uma tempestade rolando fora do oceano.

O grupo toma alguns standards como "I Can't Get Started" e "I'll Remember April", o primeiro um canto lamentoso, a última, um aquecido manifesto, que poderia se ajustar à previamente mencionada “Codebook” de Mahanthappa.  

Então há o sucesso de Johnny Cash, "Ring Of Fire", afirmando que não há razão para você tomar a música seriamente e ter alguma alegria ao mesmo tempo. O trio toca de forma franca, com uma vivacidade em seu passo, talvez com a língua na bochecha, uma nova luz brilhando no som desenvolvido pela Sun Records.

Faixas: Red Cross; Overjoyed; Barabados/26-2; I Can't Get Started; The Windup; Ring Of Fire; I'll Remember April; Sadness; Dewey Square.

Músicos: Rudresh Mahanthappa: saxofone alto; Francois Moutin: baixo; Rudy Royston: bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=RLNOPcdmsgY

Fonte: Dan McClenaghan (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 25/09

Barbara Dennerlein (1964) – organista,

Billy Pierce (1948) - saxofonista,

Bradford Hayes (1959) - saxofonista,

Charlie Allen (1908-1972) - trompetista,

Craig Handy( 1962) - saxofonista,

Dean Krippaehne (1956) – pianista, vocalista,

Dennis Mitcheltree (1964) – saxofonista,

Garvin Bushell (1902-1991) - saxofonista,clarinetista,fagotista,

Horace Arnold (1937) - baterista,

John Taylor (1942-2015) - pianista,

Marco Pereira(1950) – violonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=oBB6UETf4SI,

Michael Gibbs (1937)- pianista , trombonista,

Quito Pedrosa(1964) – saxofonista,

Sam Rivers (1930-2011) - saxofonista,flautista,

Rossiere “Shadow” Wilson (1919-1959) – baterista,

Victor Jones (1954) – baterista,

Zé Eduardo Nazário(1952) - baterista 

 

sábado, 24 de setembro de 2022

JEREMY PELT – GRIOT : THIS IS IMPORTANT ! (HighNote)

O que está implícito na música está definido em palavras de “Griot: This Is Important!” , uma mistura de comentários falados e originais com sabor bop do trompetista Jeremy Pelt.

A evidência é melhor expressa em “Don’t Dog The Source” com seu duplo sentido de raízes cultural, a urgência resoluta do seu instrumento de sopro e o ataque da bateria de Allan Mednard. Após uma lenta, como um hino fúnebre, “Carry Christ Wherever You Are”, Pelt rasga um sermão sério de som com momentos onde ele parece gritar, “I’m all fired up! NT: Eu estou todo animado! em tradução livre”, Sua intensidade tonal é uma alucinante fuzilaria de frases como se em resposta ao comentário do falecido pianista Larry Willis de que está sendo como um músico de jazz negro nos Estados Unidos: “Requer um real comprometimento” Willis disse.

Com este singular empreendimento, Pelt alcança outra esfera sonora. Você deseja que os depoimentos sejam mais longos e alcancem uma gravação melhor. Porém, como o saxofonista JD Allen diz durante seu comentário, “Deixe sua música falar”, e o faz aqui com sua proposta de educar e entreter.

“Underdog” com o vibrafone de Chien Chien Lu e o piano de Victor Gould refletem performances de tradições senegalesas e a magia delas no kora, thumb piano e marimba.

Progressivamente, parece, que os músicos de jazz estão buscando novos caminhos para expandir a essência original da forma de arte da improvisação da América. Pelt retrocede e, como um verdadeiro contador de estórias tradicionais, encontra um novo jeito para sua estória.

Faixas: This Is Important!: Griot: This Is Important!: Griot–Intro (words by Jeremy Pelt); Words by Paul West; Carry Christ Wherever You Are; Words by Larry Willis; Underdog; Words by JD Allen; Don’t Dog The Source; Words by Bertha Hope; A Seat At The Table; Words by Harold Mabern; Solidarity; Words by René Marie; A Beautiful (f*cking) Lie; In Spite Of … Words by Warren Smith; Words by Ambrose Akinmusire; Relevance. (43:98)

Músicos: Jeremy Pelt, trompete; Chien Chien Lu, vibrafone; Victor Gould, piano, Nord keyboard; Vicente Archer, baixo; Allan Mednard, bateria; Ismel Wignall, percussão; Brandee Younger, harpa.

Fonte: Herb Boyd (DownBeeat) 

 

ANIVERSARIANTES - 24/09

Bill Connors (1949) - guitarrista,

Craig Handy (1962) – saxofonista,

Fats Navarro (1923-1950) – trompetista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=JApikPx-V3s,

Herb Jefferies (1916) - vocalista,

Ingrid Laubrock (1970) – saxofonista,

Jack Costanzo (1922) - percussionista,

Jay Hoggard (1954) – vibrafonista,

Joan Chamorro (1962) – saxofone,clarinete,flauta,trompete,baixo,

Johan Horlen (1967) – saxofonista,

John Carter (1929-1991) - clarinetista,saxofonista,

Kay Lyra(1971) – vocalista,

Nduduzo Makhathini (1982) – pianista,

Rebecca Kilgore (1948) - vocalista,

Tomas Improta (1948) – pianista,

Walter Smith III (1980) - saxofonista,

Wayne Henderson (1939) - trombonista

 

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

TODD COCHRAN TC3 – THEN AND AGAIN, HERE AND NOW (Sunnyside)

Todd Cochran, um camaleão nos teclados, quebra um hiato de 10 anos sem gravar com “Then And Again, Here And Now”. Que Cochran escolha retornar com álbum de standards parece significativo. Porém, estas músicas, expostas com lirismo e vitalidade rítmica, refletem seu estofo inicial baseado nas inovações do blues de mentores como John Handy, Woody Shaw e Rahsaan Roland Kirk.

Em “Bemsha Swing” de Thelonious Monk, por instante, ele ancora suas galopantes improvisações com uma pesada linha do baixo, firmemente suingante, que inicia solo no baixo, com arco, profundamente claro. Em “Little B’s Poem”, de Bobby Hutcherson, ele mantém o balanço de valsa, no limite, com tensões harmônicas inesperadas. E no jazz indicativo, “I Got Rhyth, ele reharmoniza as clássicas mudanças, move-se através de um sentimento de tempo dobrado e inclui um extenso solo de bateria bem articulado, que você pode quase distinguir os toques.

Cochran gravou com seu trio espetacular, TC3, apresentando o baixista John Leftwich e o baterista Michael Carvin. Porém, ele também devota várias das suas 15 faixas do álbum ao piano solo. A faixa título profere o manifesto final de Cochran sobre o tema: É um redemoinho improvisatório de idiomas clássicos, free-jazz, acentos percussivos e, sim, amor.

Faixas: Softly As In A Morning Sunrise; A Foggy Day; I Got Rhythm; Verselet For The Duke; The Duke; Don’t Get Around Much Anymore; Heretofore (Interstitial 1); Fantaisie–J.S. Bach Prelude XX, WTC Book II; April In Paris; Between Spaces (Interstitial 2); Invitation; You Must Believe In Spring; Bemsha Swing; Little B’s Poem; Then And Again, Here And Now. (57:15)

Músicos: Todd Cochran, piano; John Leftwich, baixo; Michael Carvin, bateria.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

 Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 https://www.youtube.com/watch?v=eVp99hfk8OU

 Fonte:  Suzanne Lorge (DownBeat) 

 

ANIVERSARIANTES - 23/09

Albert Ammons (1907-1949) - pianista,

Bardu Ali (1910-1981) – guitarrista, vocalista,

Bill Tole (1937) - trombonista,

Christian Escoude(1947) - guitarrista,

Don Grolnick (1947-1996) - pianista,

Fenton Robinson (1935-1997) – guitarrista,vocalista,

Frank Foster (1928-2011) - saxofonista, flautista,

George Garzone (1950) - saxofonista,

George Matthews (1912-1982) - trombonista,

Ingebrigt Haker Flaten (1971) – baixista,

Irene Reid (1930-2006) - vocalista,

Jeremy Steig (1943) - flautista,

Jimmy Woode (1928-2005) - baixista,

John Coltrane (1926-1967)- saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=0I6xkVRWzCY

Les McCann (1935) - pianista,vocalista,

Little Joe Blue (19341990) – guitarrista,vocalista,

Norma Winstone (1941) - vocalista,

Ray Charles (1930-2004) - pianista,vocalista 

 

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

KEITH BROWN TRIO - AFRICAN RIPPLES (Space Time Records)

“Call it magic/ Call it ministry/ Call it music NT: Chame-a magia/ chame-a clero/ chame-a música, em tradução livre”. A epígrafe da abertura de “African Ripples” apresenta o recitador Cyrus Aaron, que estabelece a entonação para o álbum, que brilha como um farol de esperança ao final de cada ano muito sombrio. “Nós tocamos para viver”, como Aaron observa. “O progresso pode ser lento, mas não pode ser parado”.

Em seu terceiro álbum como líder, Brown explora sua história pessoal com a música negra e sua própria jornada de vida remete ondas de positividade, que ilumina nosso caminho para a redenção. Ele também angaria uma plenitude de ajuda. O profundo balanço do núcleo do seu trio — com o baixista Derzon Douglas e os bateristas, que se alternam, Terreon “Tank” Gully e Darrell Green — serve como uma plataforma de lançamento por uma inspirada lista de artistas convidados.

Em “Queen”, dedicada à esposa de Brown, Tamara, o vocal de Camille Thurman mergulha como uma estrela cintilante, que clareia o barulho jovial de um coro celestial. Quando Melanie Charles canta, ela quer Stevie Wonder em “Come Back As A Flower”, então, seu desejo floresce.

Entre os mais memoráveis giros dos convidados estão em “Prayer For My Nephews”, no qual Aaron adverte o jovem negro, “Não deixe nada sem mencionar. Aumente sua voz”. Porém o coração e a alma de “African Ripples”, uma canção primeiro gravada por Fats Waller em 1934, é o diálogo intuitivo do núcleo do trio, conduzido pelo piano de Brown.

“African Ripples Part I” invoca a elegância da orquestra de Duke Ellington. “Part II” dá nascimento ao cool, enquanto a divertida “118th & 8th” irrompe com batidas de rua de sábado à noite.

Faixas: African Ripples Epigraph; Truth And Comfort; NAFID; Just You, Just Me; 512 Arkansas St.; African Ripples Part I; African Ripples Part II; Queen; Come Back As A Flower; 118th & 8th; What’s Left Behind; Song Of Samson; Eye 2 Eye With The Sun; Prayer For My Nephews; African Ripples. (71:18)

Músicos: Keith Brown, piano, Rhodes, sintetizadores; Dezron Douglas, baixos acústico e elétrico; Darrell Green (6–8, 13), Terreon “Tank” Gully (exceto faixas 6–8, 13), bateria.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=wArzKqjlmqo

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte: Cree McCree (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 22/09

Alex Kontorovich (1980) - saxofonista,

Dilermando Reis(1916-1977) – violonista,

Doug Beavers Rovira (1976) - trombonista,

Gonzaguinha(1945-1991) – vocalista,compositor,

Jon Gold (1958) – pianista,

Ken Vandermark (1964) - saxofonista,clarinetista,

Marlena Shaw (1942) – vocalista,

Ornella Vanoni (1934) – vocalista,

Paulo Bellinati(1950) – violonista,guitarrista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=oIotNLJh8LA,

Ray Wetzel (1924-1951) – trompetista,

Robert Falk (1953) – guitarrista,

Tony Reedus (1959-2008) - baterista

 

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

THE KEVIN BRADY ELECTRIC QUARTET - PLAN B (Ubuntu)

Kevin Brady é um baterista bem reconhecido na Irlanda. O baixista Dave Redmond é um compatriota, enquanto o tecladista Bill Carrothers e o saxofonista Seamus Blake são estadunidenses. Quando eles se juntam, eles criam um som coletivo que é clássico, ainda que ousado o bastante para insistir em sua própria modernidade.

A abertura “Airbourne” estabelece a entonação delicadamente. Isto não é “órgão jazz” no senso comovente e firmemente suingante, mas no tradicional hard bop com um pouco de funk extra na bateria e algum fusion dos anos 70 emanando do Fender Rhodes. O toque de Brady tem um relaxamento orgânico e som que acena para a clássica produção dos anos 70, enquanto o teclado cintilante de Carrothers traz à mente Return To Forever antes de ter ido para pleno rock progressivo, com alguma psicodelia à la Larry Young aqui e lá. O baixo de Redmond está longe do supérfluo. De fato, sua profundidade, quase com linhas remixadas do baixo permite ao Fender Rhodes flutuar como uma nuvem ou entregar solos pungentes sem ter preocupação em providenciar qualquer espécie de âncora. E Blake nunca trata os outros três como sua banda de fundo, mesmo quando ele está solando, ele está ouvindo. A ironicamente intitulada “Short ’n‘ Sweet” (vem com menos 10 segundos para ser a mais longa peça do álbum) é rápida, com balanço quase dançável, que dá a cada instrumentista espaço para solo ou realizar um empático, mas ainda sustentador, manifesto. Enquanto “Suicide Squeeze” é uma fascinante mistura da fluidez do bebop com o soul-jazz dos anos 70. O extenso Blake, flexibiliza excursões de sua técnica impressionante a serviço do esquema de Grover Washington Jr. com frases melódicas repetitivas e facilmente reconhecidas.

Faixas: Airbourne; Plan B; Short ’n‘ Sweet; Spindle Top; Suicide Squeeze; Quiet Beach; Out Of The Blue; Wanderlust. (55:45)

Músicos: Seamus Blake, saxofone tenor; Bill Carrothers, Fender Rhodes; Dave Redmond, baixo elétrico ; Kevin Brady, bateria.

Fonte:  Philip Freeman (DownBeat) 

ANIVERSARIANTES - 21/09

Blake Mills (1986) – guitarrista,

Chico Hamilton (1921-2013) – baterista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=2sdS7EX3pHs,

Dick Shearer (1940-1997) - trombonista,

Don Preston (1932) - tecladista,

Henry Butler (1949-2018) – pianista,vocalista,

Shafi Hadi (1929) - saxofonista,

Slam Stewart (1914-1987) - baixista,

Sunny Murray (1937-2017) - baterista,

Tommy Potter (1915-1988) - baixista 

 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

WEFREESTRINGS - LOVE IN THE FORM OF SACRED OUTRAGE (ESP Disk)

A História repete-se em si mesma, a violista Melanie Dyer baseia-se na mesma boa inspiração de Max Roach em “We Insist! Max Roach's Freedom Now Suite (Candid, 1961) ”. Talvez coloque melhor a História, que revela o arco do universo moral de Martin Luther King, que apenas estendeu poucos passos nos passados sessenta anos. Com “Love In The Form Of Sacred Outrage”, a banda WeFreeStrings segue sua estreia, “Fulfillment (autolançamento de 2018).

Dyer, uma violista classicamente treinada, encontrou inspiração na música de Billy Bang, Michael White e Leroy Jenkins. Ela tem atuado com Salim Washington, com a Sun Ra Arkestra, Heroes Are Gang Leaders, Tomeka Reid e William Parker.

WeFreeStrings (uma brincadeira com "We Free Kings" de Rahsaan Roland Kirk) é uma coletiva improvisação de cordas/ritmo. Ao lado de três composições compostas por Dyer, a banda em construção simplificada (Dyer, o violinista Gwen Laster e o baixista Ken Filiano) interpreta "Pretty Flowers" de Andrew Lamb, que está transbordando com uma delicada beleza evanescente. O mesmo trio interpreta a faixa título, dedicada aos direitos civis e a ativista pelos direitos femininos, Fannie Lou Hamer, na performance, agita-se com fricção e agitação. Usa-se o arco na viola e o violino riscando através do dedilhar do baixo de Filiano.

Ainda mais impregnado de perturbação, "Propagating the Same Type of Madness, that uh... (for Fred Hampton)", onde o completo elenco estimula o dínamo com percussão e cordas planando. É uma orquestra de câmara, que derrubou as portas para jogá-las nas ruas. A peça mais ampla com mais de 25 minutos, "Baraka Suite", é uma suíte compostas em seis movimentos. A música passa através de múltiplas expressões, que expõe desde a tristeza ao otimismo aparado conforme a banda completa atravessa o arranjo de Dyer. A destinação final é um amor e cooperação pública. Esta música tem uma beleza incontestável.

Faixas: Baraka Suite (for Amiri Baraka): Mvt. 1 Meditation On Earth; Mvt. 2 In nThe Theater; Mvt. 3 Who? Who? Who?; Mvt. 4 Stride out And Dig; Mvt. 5 Few Worlds Ahead; Mvt. 6 There Me Go; Love in the Form of Sacred Outrage [for Fannie Lou Harner); Pretty Flowers; Propagating the Same Type of Madness, that uh... [for Fred Hampton).

Músicos: Melanie Dyer: viola; Alex Waterman: cello; Gwen Laster: violino; Charles Burnham: violino; Michael Wimberly: percussão; Ken Filiano: baixo.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo :

https://www.youtube.com/watch?v=Xhmom6yQ5HU

Fonte: Mark Corroto (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 20/09

Adam Glasser (1955) – gaitista,

Amanda Carr (1962) - vocalista,

Bill DeArango (1921-2006) - guitarrista,

Billy Bang (1947-2011) - violinista,

Catherine Russell (1956) – vocalista,

Eric Gale (1938-1994) - guitarrista,

Jackie Paris (1926-2004) – guitarrista, vocalista,

Jim Cullum, Jr. (1941) - cornetista,

Joe Temperley (1929-2016) - saxofonista,

John Dankworth (1927-2010) - clarinetista,saxofonista,

Leonardo Amuedo (1967) – guitarrista,violonista,

Michael Sarín (1965) – baterista,

Red Mitchell (1927-1992) - baixista,

Steve Coleman (1956) – saxofonista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=JV_eprPWSfs,

Steve McCall (1933-1989) – baterista. 

 

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

ALBERT AYLER – REVELATIONS (Elemental)

É algo confuso imaginar a nova caixa de trabalho de Albert Ayler, “Revelations”, como uma busca elevada do que é colecionável na Record Store Day. Com 5 discos, 10 lados, a coisa é bestial. E ainda assim, isto é o que muitos quiseram em 23 de Abril, e alguns lojistas esperançosos tiveram a negação.

Isto documenta um período singular do trabalho de Ayler. Ele estava preparando o seu último lançamento, que ele gravaria em sua vida: Music Is The Healing Power Of The Universe (quatro das cinco faixas que estão aqui). Um mês antes, ele reproduziu dois trabalhos gravados na França na Foundation Maeght, Saint Paul-De-Venice, em Julho de 23 e 27, 1970.

O que foi capturado, aqui, é um lançamento sem paralelo de Ayler. Algo disto foi lançado como Nuits de la Fondation Maeght, mas não tudo dele. Foi miraculosamente desenterrado pela Elemental Music.

Assim, vamos à história de fundo. As notas para o disco, apropriadamente, a expõe em quatro “Revelations NT: Revelações”. A primeira é Mary Maria Parks, sua parceira do último período, vocalista e destroçadora no saxofone soprano. Então, há Steve Tintweiss e Allen Brairman, e baterista novos no acompanhamento de Ayler. Call Cobbs, que tocou com Ayler antes, retorna aqui, mas apenas no segundo dos dois dias gravados. Finalmente, nós temos uma plenitude de improvisações vocais próprias de Ayler, simultaneamente zombeteiras e deliciosas.

Desde o início — “Music Is The Healing Force Of The Universe” — você está tendo discernimento sobre Ayler. Não é uma coisa fácil vir a ser comovente, com notas atrativas vindo do saxofone, mas ele poderia, facilmente, vir a ser. A coisa foi, então ele dissecou o instrumento para apavorar com guinchos para provar suas intenções. Parks, finalmente, assume a canção com conselhos como, “Apenas abra sua alma e deixe o amor entrar”. Definitivamente!

Em outra parte, em faixa como “Birth Of Mirth”, Tintweiss e Brairman comprovam o lugar deles como suporte de Ayler em uma forma orquestral e dando-lhe plenitude de espaço.

Quando ele apresenta seu grande sucesso, “Ghosts”, e a audiência dá até uma rodada de aplausos, você pode praticamente contar o número de mãos na sala. Porém, o uso do arco no elevado solo de baixo serve como uma lembrança da razão pela qual o free-jazz foi o que foi. É como: “Nós estamos indo tocar os tradicionais instrumentos do jazz, mas ainda estará sendo estranho! ”.

Então há “Revelations” partes 1, 2, 3, 4, 5 (elas mesmas em duas partes) e 6. Há tantas corridas através destas passagens. Primeiro de tudo, desde o início, Parks realmente o desafia no saxofone soprano. Na terceira parte, Ayler segue sua marca registrada de toque um movimento quase identificável para harmonizar a sementeira, como se para dizer, “See?. Isto poderia ser alguma coisa. Não tem de ser um standard ”. Partes posteriores apresentam solos espetaculares de bateria e baixo.

Quando Ayler passa para “Truth Is Marching In” não é diferente da maneira como ele tocou no The Village Vanguard quatro anos antes. Ele apenas explode até sua competente seção rítmica se sentir em casa. Entretanto, “Zion Hil”, que apresentou Cobbs na espineta em ”Love Cry em 1968, está muito solto e mais relaxado aqui com Cobb ao piano. A audiência está, audivelmente, reconhecedora.

Talvez, devido ao recente álbum de Ayler, e incorretamente criticado, “New Grass”, sua banda neste ponto estava disponível para tentar uma batida de fundo, um novo movimento para o rei da rejeição europeia do ritmo e harmonia. Um grande exemplo disto é “Again Comes The Rising Of The Sun”, sobre o qual Parks declara, “Nós sempre estamos estudando e planejando realizar um proveitoso, e ao final surpreender, caso tenha valido a pena”. Prega.

Fica melhor a partir de lá. “Holy Family” fora do álbum “Spirits Rejoice” de 1965, é apenas a entonação direta do jazz, expandida do seu comprimento original de dois minutos a 12, e nunca sai dos trilhos, e com a seção rítmica dispara todos os cilindros. Entretanto, “A Man Is Like A Tree” é fraturada, mais perfeita, com Parks vocalizando o caminho.

A verdade que chega aqui deve estar em “Holy Holy”, uma peça de seis anos, que ele dobrou o tamanho e que prova ser despudoradamente livre.

Outro destaque está em “Thank God For Women” (uau, ele tinha um jeito para títulos de músicas), uma faixa que a Impulse! rejeitou (de acordo com as notas para o disco) mas está arejada aqui.

Adequadamente, tudo encerra com “Music Is The Healing Power Of The Universe” outra vez, com Ayler dando mais um ensaio de música ao final de noite e Parks, fiel à forma, declarando, “Música nunca está completa. Está sendo. Está sempre lá”.

Então, na faixa final, “Mary Parks Vocal Announcement/Curtain Call”, Parks diz, “Nós estamos tão felizes em estar com vocês. Nós amamos muito vocês ”.

Em menos que quatro meses, Ayler seria encontrado morto no East River em Nova York.

Fonte:  Daniel Margolis (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 19/09

Candy Dulfer (1969) – saxofonista,

César Camargo Mariano (1943) – pianista(na  foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=hSLUtzYGokU,

Cuong Vu (1969) – trompetista,

Helen Ward (1916-1997) - vocalista,

Lol Coxhill (1932) - saxofonista,

Lovie Austin (1887-1972) - pianista,

Muhal Richard Abrams (1930-2017)- pianista,

Zeca Assumpção (1945) - baixista 

 

domingo, 18 de setembro de 2022

CHRISTIAN McBRIDE - THE MOVEMENT REVISITED: A MUSICAL PORTRAIT OF FOUR ICONS

O lançamento, na primavera de 2020, de “The Movement Revisited: A Musical Portrait Of Four Icons” é o último capítulo da saudação de Christian McBride, inspirada no movimento dos direitos civis dos afro-americanos e para quatro dos seus heróis: Dr. Martin Luther King, Rosa Parks, Malcolm X e Muhammad Ali. Utilizando uma orquestra, pequenos grupos de jazz, gospel, funk e músicas de coro, junto com passagens declamadas, a suíte emprega uma banda com 18 componentes, um coral gospel, Voices Of The Flame, com 10 membros, dois líderes vocais e 4 narradores. Encerra com um recentemente escrito quinto movimento inspirado na vitória eleitoral de Barack Obama em 2008. Ao menos dois movimentos sugerem, em si, a era Trump e (vamos lá) suas consequências.

O bastidor: “The Movement Revisited” tem sua gênese em 1998 e é uma contratação do Portland (Maine) Arts Society. A McBride foi dada outra liberdade, que estipulou a inclusão de um coro. Ele escolheu escrever o que ele chamou de retrato do movimento dos direitos civis, executado por um quarteto de jazz e um coro gospel. Preferindo uma reportagem documental em palavras e música, McBride explicita a evocação do espírito do movimento.

Em 2008, a Los Angeles Philharmonic convidou McBride para elaborar uma versão expandida da suíte para sua sessão de concerto, que viria (Conferindo a linha do tempo: este foi o ano que McBride fez parte da banda que gravou a obra prima, “Day Trip” com o trio de Pat Metheny pelo selo Nonesuch). Poucos meses depois, Obama foi eleito Presidente, e o Detroit Jazz Festival solicitou a McBride reunir uma orquestra para interpretar a peça. Isto o levou a compor o quinto movimento, "Apotheosis November 4th 2008", no qual os narradores que interpretaram King, Parks, X e Ali retornaram ao palco com partes do discurso de vitória de Obama.

Retrocedamos outra vez: Como uma criança, McBride aprendeu, na escola, a história do movimento, mas ele tem a boa fortuna de descobrir uma mais emocional fonte acessível do que livros textos, uma coleção cuidadosamente guardada por sua avó das revistas Jet e Ebony dos anos 1960 e os perfis luminosos dos líderes do movimento. Este foi, ele disse, "o maior presente que minha avó poderia ter me dado".

Vamos adiante com “The Movement Revisited”: Muito do álbum consiste em grupos instrumentais e solistas, mas estes estão ancorados em seções declamadas, nas quais atores citam passagens de discursos feitos por King, Parks, X e Ali. Wendell Pierce (The Wire, Treme) representa King. Dion Graham (Malcolm X, The Wire) interpreta X. Vondie Curtis-Hall (Chicago Hope, Daredevil) interpreta Ali. O único não ator é a destacada poetisa Sonia Sanchez, que interpreta Parks.

Este é um trabalho épico. Há ressonâncias oblíquas em relação a “Blood On The Fields (Columbia, 1997) ” de Wynton Marsalis e The Lincoln Center Jazz Orchestra, mas McBride conta sua estória em pouco mais de uma hora, comparado ao trabalho realizado em 3 CDs por parte de Marsalis. E não mencione Kamasi Washington. Neste contexto, algo é relembrado do pós-escrito do matemático do século XVII, Blaise Pascal, que corresponde a: "I have made this letter longer because I have not had the time to make it shorter – NT: Eu fiz esta carta mais longa porque eu não tive tempo de fazê-la mais curta, em tradução livre ". Então, mais uma vez, em defesa de Marsalis e Washington, McBride levou mais de vinte anos neste projeto.

Faixas : Overture The Movement Revisited; Sister Rosa Prologue; Sister Rosa; Rosa Introduces Malcolm; Brother Malcolm Prologue; Brother Malcolm; Malcolm Introduces Ali; Ali Speaks; Rumble In The Jungle; Rosa Introduces MLK; Soldiers (I Have A Dream); A View From The Mountaintop; Apotheosis November 4th 2008.

Músicos : Christian McBride: baixo; Steve Wilson: saxofone alto; Todd Bashore: saxofone alto; Ron Blake: saxofone; Loren Schoenberg: saxofone; Carl Maraghi: saxofone barítono; Michael Dease: trombone; Steve Davis: trombone; James Burton: trombone; Doug Purviance: trombone; Lew Soloff: trompete; Ron Tooley: trompete; Frank Greene: trompete; Freddie Hendrix: trompete; Darryl Shaw: trompete; Warren Wolf: vibrafone; Geoffrey Keezer: teclados; Terreon Gully: bateria.

J.D. Steele: líder vocal (9, 12); Alicia Olatuja: líder vocal (6); Sonia Sanchez: narração; Vondie Curtis-Hall: narração; Dion Graham: narração; Wendell Pierce: narração. Voices Of The Flame: Marvel Allen, Shani P. Baker, Jeffrey S. Bolding, Jeff Hamer, Susann Miles, Deborah Newallo, Eunice Newkirk, Claudine Rucker, Trevor Smith, Melissa Walker.

Fonte: Chris May (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 18/09

Cris Delanno (1969) – vocalista,

Emily Remler (1957-1990)- guitarrista,

John Fedchock (1957) - trombonista,

Jovino Santos Neto (1954) – pianista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=pM8b_OC0164,

Michael Franks (1944) - vocalista,

Nils Petter Molvaer (1960) – trompetista,

Pete Zimmer (1977) - baterista,

Steve Marcus (1939-2005) - saxofonista,

Teddi King (1929-1977) – vocalista

 

sábado, 17 de setembro de 2022

BILLY MOHLER – ANATOMY (Contagious Music)

Nós podemos contentar o velho cliché sobre o jazz de Los Angeles ser capenga, pálido e brando? Alguém que ouviu a batida do metal-jazz do pianista Cameron Graves ou a complexidade nervosa dos recentes lançamentos de David Binney deveria ter o bastante para queimar este ultrapassado boato. Agora chega o baixista Billy Mohler com “Anatomy”, 43 minutos de energia amplificada e excitada que pulsa com elevada frequência punk rock onde ele toca

Não por acaso. Mohler está programado pela música pop, um nominado ao Grammy, cujo currículo brilha com nomes como Liz Phair, Lady Gaga, Sia e Steven Tyler. Ele é um membro do Jimmy Chamberlin Complex, uma vertente do projeto do baterista do The Smashing Pumpkins, onde ele toca ao lado de Chris Speed, cujo saxofone tenor rígido compartilha a linha de frente com o trompetista Shane Endsley. Como um membro do Kneebody, outra banda de Los Angeles, Endsley está em casa nas fronteiras onde estão o jazz, punk e contenda eletrônica em termos iguais. O baterista do Kneebody, Nate Wood, completa o quarteto sem piano de Mohler, e seu agitado desassossego é essencial para o som de “Anatomy”. Se Jack DeJohnette viesse para a banda SoCal pop/punk, ele soaria como isto.

Wood e Mohler são amigos desde a infância e o relacionamento deles é inquebrantável. O baixista gosta de iniciar as músicas estabelecendo um brinquedo giratório, em ostinato, em movimento, então colide com Wood em um gatilho sensível para um jogo musical de Mario Kart. Por cima, os líderes são insistentes, frequentemente modal e vocalizado em uníssono. Eles impulsionam o caminho deles através da acumulação do ritmo liderado pelo holofote dourado da entonação de Endsley. Seu solo passa a soar com foco no vigor, enquanto Speed realiza granulosas exposições no tenor. Eles criam excelentes ornamentos entre si.

A predileção de Mohler por acompanhamento improvisado relembra as bandas de Dave Holland dos anos 1980 e 90, mas buscou refletir o stress e a velocidade da vida urbana em 2020. Ainda mais sob o incessante rodopio, a atividade desta música reside numa ansiedade —talvez mesmo a reprovação—na tensão e na ostentação da existência em nosso mundo sempre ligado, sempre a incomodar. Se este mundo foi criado na Califórnia, está ajustado à música obstinada e premente de Billy Mohler, que vem direto daqui de Los Angeles.

Faixas: Abstract 1; Fight Song; Nightfall; Equals; Abstract 2; Perseverance; Exit; Abstract 3; Speed Kills; Moonglow.

Músicos: Billy Mohler: baixo; Shane Endsley: trompete; Chris Speed: saxofone; Nate Wood: bateria.

Fonte : John Chacona (AllAboutJazz)

 

ANIVERSARIANTES - 17/09

Christopher Dell (1965) – vibrafonista,

Craig Haynes (1965) - baterista,

Curtis Peagler (1929-1992) - saxofonista,

David Williams (1946) – baixista,

Earl May (1927-2008) - baixista,

Hubert Rostaing (1918-1990) – saxofonista,clarinetista,

Jack McDuff (1926-2001) - organista,

Jeff Ballard (1963) – baterista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=qFaixp0UD9E,

Louis Nelson (1902-1990) - trombonista,

Marina Lima (1955) – vocalista,

Perry Robinson (1938) – clarinetista,

Ralph Sharon (1923-2015) - pianista,

Sil Austin (1929-2001) - saxofonista 

 

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

THE SMUDGES – SONG AND CALL (Cryptogramophone)

O altamente original trabalho do violinista Jeff Gauthier e do cellista Maggie Parkins, estrelas da nova cena musical da Costa Oeste, resiste a classificações. “Smudges”, a estreia deles, ressoa, pulsa e agrada.

De “Music Of Chants”, o memorial de Guy Klucevsek para John Cage, através de “Release”, a jornada estratificada de Tom Flaherty através do eco e repetição, “Song And Call” é este intrépido compartilhamento emparelhado do natural e tecnologia. O resultado é uma espécie de música de câmara cibernética que, desde o começo, mergulham os ouvintes na catedral da mente.

Gauthier e Parkins estendem-se na faixa título, onde balança o arco e um anúncio sibilante de Parkin como uma conferência em um aviário passando por amostras desaceleradas de cantos de pássaros, as vozes desencadeadas pelos pedais de Gauthier. O que inicia, exclusivamente, o aviário breve mimetiza os sons de uma floresta chuvosa. O que começa calmamente passa a ser frenético. Os sons, às vezes, imensamente eletrônicos, sempre parecem natural.

Outras faixas são apenas surpreendentes, da desimpedida “The Gigue Is Up” à fervilhante “Blitva”, uma tomada mais curta que um barco guinando em seu caminho através de uma tempestade. “Gigue” é uma festa na qual Parkins ascende harmonicamente conforme Gauthier acelera o passo. A ressaca eletrônica transmite ameaça e divertimento. “Blitva” é pesadamente repetitiva, as cordas engrossando a proteção contra a turbulência.

Largamente composto por Gauthier e Parkins, o ambicioso “Song And Call” é um ilimitado experimento de sucesso em criatividade. Este par transita na inteligência. Se é tecnológico ou natural não importa muito.

Faixas: Music Of Chants (in memory of John Cage); Julius Caesar Eyebrows; The Gigue Is Up; Kasha’s Lament; Matter Of Time; Song And Call; Blitva; Palindrones (for Bobby); Release. (53:08)

Músicos: Jeff Gauthier, violino, violino elétrico, samples, eletrônica; Maggie Parkins, cello, assobios.

Fonte: Carlo Wolff (DownBeat)

ANIVERSARIANTES - 16/09

B.B. King (1925-2015) – guitarrista,vocalista,

Bororó (1953) – baixista,

Charlie Byrd (1925-1999) - violonista,

Chick Bullock (1908) - vocalista,

Chris Cheek (1968) – saxofonista(na foto e vídeo) http://vimeo.com/4899592,

Earl Klugh (1954) - guitarrista,

Gordon Beck (1935) - pianista,

Graham Haynes (1960) - cornetista,

Hamiet Bluiett (1942) - saxofonista,

Joe Venuti (1903-1978) - violinista,

Jon Hendricks (1921-2017)-vocalista,

Lupicínio Rodrigues (1914-1974) – vocalista, compositor,

Rod Levitt (1929) - trombonista,

Rodney Franklin (1958) - pianista,

Steve Slagle (1951) - saxofonista 

 

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

BILL MAYS AND FRIENDS - MAYS PLAYS MAYS (No Blooze)

A importância dos relacionamentos nos bate à porta com “Mays Plays Mays”, onde o pianista Bill Mays celebra a família e amizades. Exceto por “How Long Has This Been Going On? ” dos Gershwin e um tributo a Mays composto pelo pianista Chris Cuvier, todas as faixas são composições de Mays.

Acompanhado pelo seu antigo trio formado pelo baixista Martin Wind e pelo baterista Matt Wilson, para quem Mays compôs a homenagem “MW2”, o grupo adiciona o trompetista/flugelhornista Marvin Stamm e o guitarrista John Hart para um par de músicas.

As aventuras melódicas de Mays capturam um sabor de grandes pianistas históricos, zoneando um esperto Lennie Tristano ou um blueseiro Thelonious Monk, enquanto, potencialmente, insinua a refinada elegância de Bill Evans. Letras românticas compostas por Judy Kirtley (a esposa de Mays) em sua valsa “Play Song”, dando destaque do pianista para o vocal. “Ten, Chelsea Evening”, composta por Kirtley, é uma paisagem sonora da vizinhança de Manhattan, que segue o piano reflexivo de Mays, e o sedutor arco e pizzicato do baixo de Wind. A suíte do pianista com quatro canções, um tributo para seus pais e irmãos, apresenta sua dedicação criativa para seu pai, “Whistling Pastor”, com um tema de vinheta mutante sobre o pai feliz e sortudo de Mays assoviando a melodia. Uma peça celebratória para Greece, “Kalavrita”, exibe Mays alegremente cantantando ritmos festivos dançantes sobre seu próprio Fender Rhodes, e acompanhado por vocalistas no fundo, flugelhorn e a unidade rítmica com alta energia esmaecendo em um final solar.

Faixas: Birthday Blues; Exuma; Mays In The Mirror; Jolie Joëlle; MW2; Play Song; Snow Job; How Long Has This Been Going On?; Ten, Chelsea Evening; For Woff; Martha; Whistling Pastor; Mark David; Eileen’s Birthday Waltz; Kalavrita. (67:35)

Músicos: Bill Mays, piano, Fender Rhodes, vocal; Martin Wind, baixo; Matt Wilson, bateria, percussão; Marvin Stamm, trompete (1), flugelhorn (6, 15); John Hart, guitarra (1, 5, 13); Margaret Dulaney Balitsaris, Judy Kirtley, Rose Litschauer, vocal (15).

Fonte: Kerilie McDowall (DownBeat)  

 

ANIVERSARIANTES - 15/09

Al Casey (1915-2005) - guitarrista,

Arvell Shaw (1923-2002) - baixista,

Bob Wyatt (1946) – baterista,

Bobby Short (1924-2005) – pianista,vocalista,

Cannonball Adderley (1928-1975) – saxofonista (na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=eR2yVlvnjjM,

Doug Proper (1967) - guitarrista,

Gene Roland (1921-1982) – trompetista, trombonista, pianista,

Joana Machado (1978) - vocalista,

Kid Sheik Cola (1908-1996) - trompetista,

Ned Rothenberg (1956) - saxofonista,

Ram Ramirez (1913-1994) - tecladista 

 

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

RUSS LOSSING – METAMORPHISM (Sunnyside)

O compositor e improvisador Russ Lossing chegou à cena de Nova York durante o início dos anos 80, quando estudou com John Cage e veio a ser um membro do Paul Motian Quintet durante 12 anos, marcado por semanas de trabalho no Village Vanguard. Com o lançamento de “Metamorphism”, Lossing brilha tão intensamente quanto qualquer dos pioneiros do jazz, que o precedeu no mapeamento de suas próprias jornadas musicais.

Em 2019, o pianista homenageou o sempre venturoso falecido baterista com a Motian Music e, outra vez, faz um tributo para ele a faixa título “Metamorphism” com camadas intervalares de som. Aqui, e ao longo do álbum, a antiga banda de Lossing com seus frequentes colaboradores — o saxofonista Loren Stillman, baixista John Hébert e o baterista Michael Sarin—está completamente sintonizado com a visão composicional do líder, liberando cada instrumentista para tomar seus próprios voos de imaginação.

Na abertura, “Three Treasures”, Lossing telegrafa uma mensagem urgente com um trio de teclado, que ecoou e amplificou o instrumento de sopro de Stillman, estabelecendo a entonação para uma chamada e resposta entre os instrumentistas, que confiam em cada outro implicitamente. Da evocação dos fumegante blues de fim de noite em “Mai’s”, acariciada pelo baixo do lânguido de Hébert às besliscadas da bateria de Sarin em “Pileatus” e o espaço amplo de “Blind Horizon (For Andrew Hill) ” um tributo contemplativo ao falecido pianista e compositor, “Metamorphism” revelam uma série de mundos cadenciados dentro do singular toque  e estilos composicionais de Lossing.

Faixas: Three Treasures; Sojourn; Metamorphism (For Paul Motian); Mai; Pileatus; Blind Horizon (For Andrew Hill); June Jig; Canto 24. (68:16)

Músicos: Russ Lossing, piano; Loren Stillman, saxofone alto; John Hébert, baixo; Michael Sarin, bateria.

Nota: Este álbum foi considerado, pela DownBeat, como um dos melhores lançados em 2021 com a classificação de 4 estrelas.

Fonte: Cree McCree (DownBeat) 

 

ANIVERSARIANTES - 14/09

Arrigo Barnabé(1951) - pianista,vocalista(na foto e vídeo) http://www.youtube.com/watch?v=tIPUdxK38jU,

Bill Berry (1930-2002) - trompetista,

Brian Lundrus (1978) – saxofonista,

Charlie Beal (1908-1991) - pianista,

Ismael Silva (1905-1078) – compositor,

Israel "Cachao" Lopez (1918-2008) – baixista,

Jay Cameron (1928) – clarinetista,saxofonista,

Jeffery Smith (1955) - vocalista,

Jerome Sabbagh (1973) - saxafonista,

Joseph Jarman (1937) – saxofonista,multi-instrumentista,

Marcos Valle(1943) – pianista,vocalista,

Oliver Lake (1942) – flautista , saxofonista